SÃO PAULO - Em entrevista publicada nesta sexta-feira pela Fifa Week, revista semanal da entidade máxima do futebol, Luiz Felipe Scolari, técnico da seleção brasileira, tocou num tema que tem evitado nas entrevistas coletivas: os protestos de rua contra a Copa do Mundo. O treinador nacional reconheceu que conversa constantemente com seus atletas sobre isso."Cada um tem sua opinião, mas agora cada jogador deve se concentrar e focar apenas naquilo que tiver de fazer em campo durante a Copa do Mundo. Os jogadores reagem emocionalmente às vezes. Nós falamos com eles abertamente sobre isso e eles podem expressar suas opiniões pelas mídias sociais, mas nós temos regras como um time e estamos atentos a isso", explicou Felipão.O treinador admitiu que os protestos como os que foram vistos durante a Copa das Confederações do ano passado têm influência sobre os atletas e que o trabalho da comissão técnica é tentar evitar danos à equipe. "Tenho certeza de que nós não seremos influenciados ou afetados por qualquer uma dessas circunstâncias. Com certeza, nós somos afetados como pessoas, cidadãos e brasileiros. Mas temos de ser capazes de nos desconectarmos disso e falar para nossos jogadores fazerem o mesmo. Então, temos de estar focados inteiramente no que acontece no campo de jogo."Na entrevista, Felipão comentou principalmente sobre as expectativas para a Copa do Mundo e garantiu que, se a seleção não conquistar o título, isso não significa necessariamente um fracasso. "Eu tive muita experiência e estive em algumas situações em que os times são aplaudidos pelos seus torcedores mesmo sem serem campeões, finalistas ou terceiros colocados. Ao invés disso, é muito mais uma questão de como o time joga", avaliou.
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