O Guarani faz despedida melancólica no Campeonato Brasileiro neste domingo, às 16 horas, no estádio Brinco de Ouro, contra o Grêmio. O confronto dos dois piores times da temporada não tem nenhum atrativo e a única preocupação da diretoria campineira é com prováveis protestos dos torcedores. A preocupação é justificada, uma vez que o presidente José Luiz Lourencetti foi acusado de incompetente por não ter elaborado um planejamento adeqüado e nem ter escolhido uma diretoria com capacidade. Só no Brasileirão o time usou cinco técnicos, começando pelo veterano Joel Santana, passando por Zetti, Lori Sandri, Agnaldo Liz e por fim com Jair Picerni, que ficou com a fama de perdedor. Outro problema é que no total foram usados 52 jogadores. Com 46 pontos, o Guarani pode terminar em penúltimo mesmo se vencer. O Grêmio, com 39 pontos, já ficou com a lanterna. Mas furiosa mesmo está a torcida bugrina, que amarga a terceira queda em quatro anos. O time foi rebaixado no Campeonato Paulista de 2001, caiu no Torneio Rio-São Paulo em 2002 e agora vai amargar a Série B em 2005. A diretoria reforçou a segurança, contratando cerca de 50 seguranças particulares e pedindo atenção especial da Polícia Militar. Os líderes das torcidas organizadas garantem que os protestos serão pacíficos, sem nenhum tipo de violência. Para ter uma despedida honrosa, o técnico Jair Picerni vai manter a base do time derrotado pelo Paysandu, por 4 a 2, em Belém, na última rodada. Ele perdeu o zagueiro Juninho e o volante Careca, ambos com três cartões amarelos, e que devem ser substituídos, respectivamente, por Gláuber e Roberto. "Ninguém entra em campo para perder. Vamos brigar por esta vitória, porque ela vale três pontos igual aos outros jogos", comentou Picerni.
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