Em Chapecó, jogadores mantinham relação íntima com o cotidiano da cidade


Elenco da Chapecoense participava do cotidiano da cidade e mantinha contato com torcedores em todos os lugares

Por Daniel Batista, Gilberto Amendola e enviados especiais a Chapecó

Os jogadores da Chapecoense tinham uma relação íntima com o cotidiano da cidade em que viviam. Eles não eram apenas os ídolos do gramado, muito menos os heróis distantes que só podem ser admirados da arquibancada ou pela televisão. Eles eram os vizinhos, os clientes, aqueles que se sentavam na mesa ao lado, que comiam da mesma comida e dividiam os mesmos espaços. Eles eram parte da cidade e a cidade era parte deles.

Prova disso é que no dia 24 de novembro, depois de uma classificação histórica para a final da Sul-Americana, jogadores e comissão técnica foram comemorar naquele que é considerado o restaurante mais “chique” de Chapecó, o Spettus.

Adriano Donde, do restaurante que o elenco frequentava em Chapecó Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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O grupo chegou por volta da 1h30 da manhã. O clima era de celebração, algazarra e pagode. O volante Gil foi quem fez o singelo pedido de “latinha de feijão” para conseguir acompanhar o ritmo das palmas e do pandeiro. “A gente chegava nas mesas e só ouvia eles falando da final, falando dos planos para ganhar o título e como seria bom esse final de ano”, afirma Laudélio Teles da Silva, 22 anos. 

Nesse dia, a conta da mesa da Chapecoense deu R$ 45 mil – que foram pagos sem choro e com alegria.

Da cozinha do restaurante saiu o responsável pelas carnes, o Jucimar Guerra, 30 anos. “Os jogadores me chamavam de ‘especial’. Esse era o meu apelido porque eu sempre dizia que iria preparar ‘aquela carne especial’ para eles”, lembra. Emocionado, Guerra conta que os jogadores Gil e Ananias eram muito próximos e generosos. “Minha filha nasceu em fevereiro. Na semana seguinte, eles deram 60 peças de roupa para minha filhinha. Eram pessoas muito boas. Eram nossa família”, completa.

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Laudelino Paes da Silva e Jucimar Guerra são funcionários da Spettus Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A sensação de pertencimento era algo palpável em todo o comércio de Chapecó. Nas vitrines das lojas e restaurantes, sempre há uma bandeira do time ou uma mensagem de força e fé. O dono da pizzaria Don Sini, Adriano Donde, 37 anos, era um dos mais abalados. "Aqui é o restaurante da Chape. Eu patrocinei a equipe no começo e, até hoje, os jogadores recém-contratados ou da base são trazidos aqui para almoçar e jantar”, conta. Para ele, a imagem mais marcante é a do goleiro Adriano com uma marmita na mão – esperando calmamente na fila do buffet. “No começo da Chape, quando ainda não havia estrutura, os jogadores saiam do campo e vinham direto para o restaurante. Nem banho eles tomavam”, recorda, com saudade.

Fernando colocou peruca em homenagem ao atacanteKempes no manequim Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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Perto dali, em uma loja de skate, um manequim com o uniforme da Chapecoense e uma vasta cabeleira chamava atenção. “Essa é uma homenagem ao Kempes. Ele e outros jogadores eram nossos clientes. Na maioria das vezes, vinham comprar bonés. Jogador de futebol adora boné”, fala o vendedor Fernando Tiepo , 28 anos.

Mas nem só de bonés vivem os jogadores. Durante festas mais formais ou premiações, eles procuravam a loja de aluguel de roupas para festas da Loreni Antonini. “Quando chegava algum evento, eles vinham desesperados atrás de terno ou camisas mais sóbrias. Eram todos simpáticos”, diz Loreni.

Loreni Antonini trabalha na loja que aluga trajes de gala para os jogadores Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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A relação dos jogadores com a cidade é tão forte que o meia Cléber Santana estava próximo a se tornar sócio de um bar e restaurante, o Casa da Mata. Desde que o acidente com o avião da Chapecoense se tornou público, o local permaneceu fechado. 

A tristeza da cidade pegou até o vendedor ambulante. Luiz Henrique Pedroza, 19 anos, já havia produzido cartazes com uma foto do time e a palavra campeão em letras gigantes. “Quando aconteceu esses cartazes já estavam prontos. Sei do tamanho da tragédia, mas resolvi tentar vendê-los mesmo assim”, conta.

Confira imagens do acidente de avião do time da Chapecoense

1 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
2 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
3 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
4 | 66

Destroços do avião

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
5 | 66

Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
6 | 66

Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
7 | 66

Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
8 | 66

Destroços do avião

Foto: Reprodução/ Twitter
9 | 66

Destroços do avião

Foto: Frady Builes/Reuters
10 | 66

Destroços do avião

Foto: Fernando Vergara/AP
11 | 66

Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Alan Ruschel

Foto: EFE/ Luis Eduardo Noriega
13 | 66

Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
15 | 66

Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
17 | 66

Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
18 | 66

Resgate de corpos

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
19 | 66

Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
20 | 66

Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
21 | 66

Resgate de corpos

Foto: AFP Photo
22 | 66

Resgate de corpos

Foto: Fernando Vergara/AP
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Resgate de corpos

Foto: Mauricio Castañeda/EFE
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Caixas-pretas

Foto: Reprodução/Twitter
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Aeronave

Foto: Reprodução/ Twitter
26 | 66

Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
27 | 66

Torcedora mirim

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
28 | 66

Arena Condá

Foto: André Penner/AP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: Renato Padilha/ Futura Press
31 | 66

Arena Condá

Foto: Paulo Withaker/ Reutes
32 | 66

Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
33 | 66

Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
34 | 66

Vestiário na Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
35 | 66

Vestiário da Chapecoense

Foto: Gabriela Biló/Estadão
36 | 66

Demerson evita vestiário do time da Chapecoense: 'Dá uma dor'

Foto: Gabriela Biló|Estadão
37 | 66

Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Missa

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
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Missa

Foto: Nelson Almeida/AFP
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

Foto: Reprodução/ Twitter
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

Foto: Luis Lopes/Estadão
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Brasília

Foto: Joedson Alves/EFE
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Torcedor mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores da Chapecoense

Foto: EFE/ Fernando Bizerra Jr.
55 | 66

Torcedoras da Chapecoense

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores rezam na Arena Condá

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
57 | 66

Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo
58 | 66

Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Torcedoras da Chapecoense

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
62 | 66

Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
63 | 66

'Não podemos desistir agora', afirma funcionário da Arena Condá

Foto: Gabriela Biló|Estadão
64 | 66

'Ele estava com um pressentimento ruim', conta viúva

Foto: Gabriela Biló|Estadão
65 | 66

Torcedor mirim

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
66 | 66

Torcedores na Arena Condá

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

Os jogadores da Chapecoense tinham uma relação íntima com o cotidiano da cidade em que viviam. Eles não eram apenas os ídolos do gramado, muito menos os heróis distantes que só podem ser admirados da arquibancada ou pela televisão. Eles eram os vizinhos, os clientes, aqueles que se sentavam na mesa ao lado, que comiam da mesma comida e dividiam os mesmos espaços. Eles eram parte da cidade e a cidade era parte deles.

Prova disso é que no dia 24 de novembro, depois de uma classificação histórica para a final da Sul-Americana, jogadores e comissão técnica foram comemorar naquele que é considerado o restaurante mais “chique” de Chapecó, o Spettus.

Adriano Donde, do restaurante que o elenco frequentava em Chapecó Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O grupo chegou por volta da 1h30 da manhã. O clima era de celebração, algazarra e pagode. O volante Gil foi quem fez o singelo pedido de “latinha de feijão” para conseguir acompanhar o ritmo das palmas e do pandeiro. “A gente chegava nas mesas e só ouvia eles falando da final, falando dos planos para ganhar o título e como seria bom esse final de ano”, afirma Laudélio Teles da Silva, 22 anos. 

Nesse dia, a conta da mesa da Chapecoense deu R$ 45 mil – que foram pagos sem choro e com alegria.

Da cozinha do restaurante saiu o responsável pelas carnes, o Jucimar Guerra, 30 anos. “Os jogadores me chamavam de ‘especial’. Esse era o meu apelido porque eu sempre dizia que iria preparar ‘aquela carne especial’ para eles”, lembra. Emocionado, Guerra conta que os jogadores Gil e Ananias eram muito próximos e generosos. “Minha filha nasceu em fevereiro. Na semana seguinte, eles deram 60 peças de roupa para minha filhinha. Eram pessoas muito boas. Eram nossa família”, completa.

Laudelino Paes da Silva e Jucimar Guerra são funcionários da Spettus Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A sensação de pertencimento era algo palpável em todo o comércio de Chapecó. Nas vitrines das lojas e restaurantes, sempre há uma bandeira do time ou uma mensagem de força e fé. O dono da pizzaria Don Sini, Adriano Donde, 37 anos, era um dos mais abalados. "Aqui é o restaurante da Chape. Eu patrocinei a equipe no começo e, até hoje, os jogadores recém-contratados ou da base são trazidos aqui para almoçar e jantar”, conta. Para ele, a imagem mais marcante é a do goleiro Adriano com uma marmita na mão – esperando calmamente na fila do buffet. “No começo da Chape, quando ainda não havia estrutura, os jogadores saiam do campo e vinham direto para o restaurante. Nem banho eles tomavam”, recorda, com saudade.

Fernando colocou peruca em homenagem ao atacanteKempes no manequim Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Perto dali, em uma loja de skate, um manequim com o uniforme da Chapecoense e uma vasta cabeleira chamava atenção. “Essa é uma homenagem ao Kempes. Ele e outros jogadores eram nossos clientes. Na maioria das vezes, vinham comprar bonés. Jogador de futebol adora boné”, fala o vendedor Fernando Tiepo , 28 anos.

Mas nem só de bonés vivem os jogadores. Durante festas mais formais ou premiações, eles procuravam a loja de aluguel de roupas para festas da Loreni Antonini. “Quando chegava algum evento, eles vinham desesperados atrás de terno ou camisas mais sóbrias. Eram todos simpáticos”, diz Loreni.

Loreni Antonini trabalha na loja que aluga trajes de gala para os jogadores Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A relação dos jogadores com a cidade é tão forte que o meia Cléber Santana estava próximo a se tornar sócio de um bar e restaurante, o Casa da Mata. Desde que o acidente com o avião da Chapecoense se tornou público, o local permaneceu fechado. 

A tristeza da cidade pegou até o vendedor ambulante. Luiz Henrique Pedroza, 19 anos, já havia produzido cartazes com uma foto do time e a palavra campeão em letras gigantes. “Quando aconteceu esses cartazes já estavam prontos. Sei do tamanho da tragédia, mas resolvi tentar vendê-los mesmo assim”, conta.

Confira imagens do acidente de avião do time da Chapecoense

1 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
2 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
3 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
4 | 66

Destroços do avião

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
5 | 66

Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
6 | 66

Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: Reprodução/ Twitter
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Destroços do avião

Foto: Frady Builes/Reuters
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Destroços do avião

Foto: Fernando Vergara/AP
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Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Alan Ruschel

Foto: EFE/ Luis Eduardo Noriega
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Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
17 | 66

Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Resgate de corpos

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
19 | 66

Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
21 | 66

Resgate de corpos

Foto: AFP Photo
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Resgate de corpos

Foto: Fernando Vergara/AP
23 | 66

Resgate de corpos

Foto: Mauricio Castañeda/EFE
24 | 66

Caixas-pretas

Foto: Reprodução/Twitter
25 | 66

Aeronave

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Torcedora mirim

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Arena Condá

Foto: André Penner/AP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: Renato Padilha/ Futura Press
31 | 66

Arena Condá

Foto: Paulo Withaker/ Reutes
32 | 66

Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
33 | 66

Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
34 | 66

Vestiário na Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
35 | 66

Vestiário da Chapecoense

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Demerson evita vestiário do time da Chapecoense: 'Dá uma dor'

Foto: Gabriela Biló|Estadão
37 | 66

Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
38 | 66

Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
39 | 66

Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: AFP
42 | 66

Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
43 | 66

Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
44 | 66

Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Missa

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
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Missa

Foto: Nelson Almeida/AFP
47 | 66

Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

Foto: Reprodução/ Twitter
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
50 | 66

Cidade de Chapecó

Foto: Luis Lopes/Estadão
51 | 66

Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
52 | 66

Brasília

Foto: Joedson Alves/EFE
53 | 66

Torcedor mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
54 | 66

Torcedores da Chapecoense

Foto: EFE/ Fernando Bizerra Jr.
55 | 66

Torcedoras da Chapecoense

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
56 | 66

Torcedores rezam na Arena Condá

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
57 | 66

Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo
58 | 66

Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
59 | 66

Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
60 | 66

Torcedoras da Chapecoense

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
61 | 66

Torcedores na Arena Condá

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
62 | 66

Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
63 | 66

'Não podemos desistir agora', afirma funcionário da Arena Condá

Foto: Gabriela Biló|Estadão
64 | 66

'Ele estava com um pressentimento ruim', conta viúva

Foto: Gabriela Biló|Estadão
65 | 66

Torcedor mirim

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
66 | 66

Torcedores na Arena Condá

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

Os jogadores da Chapecoense tinham uma relação íntima com o cotidiano da cidade em que viviam. Eles não eram apenas os ídolos do gramado, muito menos os heróis distantes que só podem ser admirados da arquibancada ou pela televisão. Eles eram os vizinhos, os clientes, aqueles que se sentavam na mesa ao lado, que comiam da mesma comida e dividiam os mesmos espaços. Eles eram parte da cidade e a cidade era parte deles.

Prova disso é que no dia 24 de novembro, depois de uma classificação histórica para a final da Sul-Americana, jogadores e comissão técnica foram comemorar naquele que é considerado o restaurante mais “chique” de Chapecó, o Spettus.

Adriano Donde, do restaurante que o elenco frequentava em Chapecó Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O grupo chegou por volta da 1h30 da manhã. O clima era de celebração, algazarra e pagode. O volante Gil foi quem fez o singelo pedido de “latinha de feijão” para conseguir acompanhar o ritmo das palmas e do pandeiro. “A gente chegava nas mesas e só ouvia eles falando da final, falando dos planos para ganhar o título e como seria bom esse final de ano”, afirma Laudélio Teles da Silva, 22 anos. 

Nesse dia, a conta da mesa da Chapecoense deu R$ 45 mil – que foram pagos sem choro e com alegria.

Da cozinha do restaurante saiu o responsável pelas carnes, o Jucimar Guerra, 30 anos. “Os jogadores me chamavam de ‘especial’. Esse era o meu apelido porque eu sempre dizia que iria preparar ‘aquela carne especial’ para eles”, lembra. Emocionado, Guerra conta que os jogadores Gil e Ananias eram muito próximos e generosos. “Minha filha nasceu em fevereiro. Na semana seguinte, eles deram 60 peças de roupa para minha filhinha. Eram pessoas muito boas. Eram nossa família”, completa.

Laudelino Paes da Silva e Jucimar Guerra são funcionários da Spettus Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A sensação de pertencimento era algo palpável em todo o comércio de Chapecó. Nas vitrines das lojas e restaurantes, sempre há uma bandeira do time ou uma mensagem de força e fé. O dono da pizzaria Don Sini, Adriano Donde, 37 anos, era um dos mais abalados. "Aqui é o restaurante da Chape. Eu patrocinei a equipe no começo e, até hoje, os jogadores recém-contratados ou da base são trazidos aqui para almoçar e jantar”, conta. Para ele, a imagem mais marcante é a do goleiro Adriano com uma marmita na mão – esperando calmamente na fila do buffet. “No começo da Chape, quando ainda não havia estrutura, os jogadores saiam do campo e vinham direto para o restaurante. Nem banho eles tomavam”, recorda, com saudade.

Fernando colocou peruca em homenagem ao atacanteKempes no manequim Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Perto dali, em uma loja de skate, um manequim com o uniforme da Chapecoense e uma vasta cabeleira chamava atenção. “Essa é uma homenagem ao Kempes. Ele e outros jogadores eram nossos clientes. Na maioria das vezes, vinham comprar bonés. Jogador de futebol adora boné”, fala o vendedor Fernando Tiepo , 28 anos.

Mas nem só de bonés vivem os jogadores. Durante festas mais formais ou premiações, eles procuravam a loja de aluguel de roupas para festas da Loreni Antonini. “Quando chegava algum evento, eles vinham desesperados atrás de terno ou camisas mais sóbrias. Eram todos simpáticos”, diz Loreni.

Loreni Antonini trabalha na loja que aluga trajes de gala para os jogadores Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A relação dos jogadores com a cidade é tão forte que o meia Cléber Santana estava próximo a se tornar sócio de um bar e restaurante, o Casa da Mata. Desde que o acidente com o avião da Chapecoense se tornou público, o local permaneceu fechado. 

A tristeza da cidade pegou até o vendedor ambulante. Luiz Henrique Pedroza, 19 anos, já havia produzido cartazes com uma foto do time e a palavra campeão em letras gigantes. “Quando aconteceu esses cartazes já estavam prontos. Sei do tamanho da tragédia, mas resolvi tentar vendê-los mesmo assim”, conta.

Confira imagens do acidente de avião do time da Chapecoense

1 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
2 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
3 | 66

Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
4 | 66

Destroços do avião

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: Reprodução/ Twitter
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Destroços do avião

Foto: Frady Builes/Reuters
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Destroços do avião

Foto: Fernando Vergara/AP
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Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Alan Ruschel

Foto: EFE/ Luis Eduardo Noriega
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Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Resgate de corpos

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo
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Resgate de corpos

Foto: Fernando Vergara/AP
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Resgate de corpos

Foto: Mauricio Castañeda/EFE
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Caixas-pretas

Foto: Reprodução/Twitter
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Aeronave

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Torcedora mirim

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Arena Condá

Foto: André Penner/AP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: Renato Padilha/ Futura Press
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Arena Condá

Foto: Paulo Withaker/ Reutes
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Vestiário na Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Vestiário da Chapecoense

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Demerson evita vestiário do time da Chapecoense: 'Dá uma dor'

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Missa

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
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Missa

Foto: Nelson Almeida/AFP
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

Foto: Reprodução/ Twitter
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

Foto: Luis Lopes/Estadão
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Brasília

Foto: Joedson Alves/EFE
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Torcedor mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores da Chapecoense

Foto: EFE/ Fernando Bizerra Jr.
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Torcedoras da Chapecoense

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores rezam na Arena Condá

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedor Mirim

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Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Torcedoras da Chapecoense

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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'Não podemos desistir agora', afirma funcionário da Arena Condá

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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'Ele estava com um pressentimento ruim', conta viúva

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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Torcedor mirim

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

Os jogadores da Chapecoense tinham uma relação íntima com o cotidiano da cidade em que viviam. Eles não eram apenas os ídolos do gramado, muito menos os heróis distantes que só podem ser admirados da arquibancada ou pela televisão. Eles eram os vizinhos, os clientes, aqueles que se sentavam na mesa ao lado, que comiam da mesma comida e dividiam os mesmos espaços. Eles eram parte da cidade e a cidade era parte deles.

Prova disso é que no dia 24 de novembro, depois de uma classificação histórica para a final da Sul-Americana, jogadores e comissão técnica foram comemorar naquele que é considerado o restaurante mais “chique” de Chapecó, o Spettus.

Adriano Donde, do restaurante que o elenco frequentava em Chapecó Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O grupo chegou por volta da 1h30 da manhã. O clima era de celebração, algazarra e pagode. O volante Gil foi quem fez o singelo pedido de “latinha de feijão” para conseguir acompanhar o ritmo das palmas e do pandeiro. “A gente chegava nas mesas e só ouvia eles falando da final, falando dos planos para ganhar o título e como seria bom esse final de ano”, afirma Laudélio Teles da Silva, 22 anos. 

Nesse dia, a conta da mesa da Chapecoense deu R$ 45 mil – que foram pagos sem choro e com alegria.

Da cozinha do restaurante saiu o responsável pelas carnes, o Jucimar Guerra, 30 anos. “Os jogadores me chamavam de ‘especial’. Esse era o meu apelido porque eu sempre dizia que iria preparar ‘aquela carne especial’ para eles”, lembra. Emocionado, Guerra conta que os jogadores Gil e Ananias eram muito próximos e generosos. “Minha filha nasceu em fevereiro. Na semana seguinte, eles deram 60 peças de roupa para minha filhinha. Eram pessoas muito boas. Eram nossa família”, completa.

Laudelino Paes da Silva e Jucimar Guerra são funcionários da Spettus Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A sensação de pertencimento era algo palpável em todo o comércio de Chapecó. Nas vitrines das lojas e restaurantes, sempre há uma bandeira do time ou uma mensagem de força e fé. O dono da pizzaria Don Sini, Adriano Donde, 37 anos, era um dos mais abalados. "Aqui é o restaurante da Chape. Eu patrocinei a equipe no começo e, até hoje, os jogadores recém-contratados ou da base são trazidos aqui para almoçar e jantar”, conta. Para ele, a imagem mais marcante é a do goleiro Adriano com uma marmita na mão – esperando calmamente na fila do buffet. “No começo da Chape, quando ainda não havia estrutura, os jogadores saiam do campo e vinham direto para o restaurante. Nem banho eles tomavam”, recorda, com saudade.

Fernando colocou peruca em homenagem ao atacanteKempes no manequim Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Perto dali, em uma loja de skate, um manequim com o uniforme da Chapecoense e uma vasta cabeleira chamava atenção. “Essa é uma homenagem ao Kempes. Ele e outros jogadores eram nossos clientes. Na maioria das vezes, vinham comprar bonés. Jogador de futebol adora boné”, fala o vendedor Fernando Tiepo , 28 anos.

Mas nem só de bonés vivem os jogadores. Durante festas mais formais ou premiações, eles procuravam a loja de aluguel de roupas para festas da Loreni Antonini. “Quando chegava algum evento, eles vinham desesperados atrás de terno ou camisas mais sóbrias. Eram todos simpáticos”, diz Loreni.

Loreni Antonini trabalha na loja que aluga trajes de gala para os jogadores Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A relação dos jogadores com a cidade é tão forte que o meia Cléber Santana estava próximo a se tornar sócio de um bar e restaurante, o Casa da Mata. Desde que o acidente com o avião da Chapecoense se tornou público, o local permaneceu fechado. 

A tristeza da cidade pegou até o vendedor ambulante. Luiz Henrique Pedroza, 19 anos, já havia produzido cartazes com uma foto do time e a palavra campeão em letras gigantes. “Quando aconteceu esses cartazes já estavam prontos. Sei do tamanho da tragédia, mas resolvi tentar vendê-los mesmo assim”, conta.

Confira imagens do acidente de avião do time da Chapecoense

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Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
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Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
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Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
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Destroços do avião

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: Reprodução/ Twitter
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Destroços do avião

Foto: Frady Builes/Reuters
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Destroços do avião

Foto: Fernando Vergara/AP
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Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Alan Ruschel

Foto: EFE/ Luis Eduardo Noriega
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Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Resgate de corpos

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo
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Resgate de corpos

Foto: Fernando Vergara/AP
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Resgate de corpos

Foto: Mauricio Castañeda/EFE
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Caixas-pretas

Foto: Reprodução/Twitter
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Aeronave

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Torcedora mirim

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Arena Condá

Foto: André Penner/AP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: Renato Padilha/ Futura Press
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Arena Condá

Foto: Paulo Withaker/ Reutes
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Vestiário na Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Vestiário da Chapecoense

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Demerson evita vestiário do time da Chapecoense: 'Dá uma dor'

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Arena Condá

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Arena Condá

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Missa

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
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Missa

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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

Foto: Luis Lopes/Estadão
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Cidade de Chapecó

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Brasília

Foto: Joedson Alves/EFE
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Torcedor mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores da Chapecoense

Foto: EFE/ Fernando Bizerra Jr.
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Torcedoras da Chapecoense

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores rezam na Arena Condá

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo
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Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Torcedoras da Chapecoense

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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'Não podemos desistir agora', afirma funcionário da Arena Condá

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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'Ele estava com um pressentimento ruim', conta viúva

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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Torcedor mirim

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

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