Não há linha de chegada quando o assunto é ocupar a posição de melhor jogador do planeta e, assim, dominar a modalidade
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Por Milton Leite
Como numa prova de revezamento do atletismo, em todas as modalidades esportivas há momentos emblemáticos de mudança. Aquele momento em que o atleta que carrega o bastão vai diminuindo a própria velocidade e quem recebe dispara em direção ao próximo integrante da equipe - ou à linha de chegada. No futebol, não há linha de chegada quando o assunto é ocupar a posição de melhor jogador do planeta e, assim, dominar a modalidade durante um período. Há sempre um próximo personagem a receber o bastão.
A arrancada de Mbappé a 32 quilômetros por hora para percorrer 64 metros no último sábado, em Kazan, no pênalti que sofreu para o primeiro gol da vitória da França por 4 a 3 sobre a Argentina, pode ter sido um destes momentos.
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Emblemático que tenha sido justamente na partida que eliminou Lionel Messi e poucas horas antes de Cristiano Ronaldo também voltar para o hotel e arrumar as malas para deixar a Rússia - no dia seguinte, o aeroporto também foi o destino de outro gigante da última década: Iniesta, da Espanha, que acabou eliminada nos pênaltis pela anfitriã Rússia.
Cristiano Ronaldo e Messi, obviamente, continuarão fazendo a diferença em seus respectivos clubes por algum tempo, mas nas seleções é pouco provável que ambos ainda tenham fôlego para carregar estes fardos, aos 33 e 31 anos, respectivamente. Na próxima Copa do Mundo, em 2022, no Catar, eles estarão com 37 e 35 - continuarão nas seleções depois da Rússia? Iniesta já anunciou que não tem mais condições de jogar no nível de exigência de um clube como o Barcelona ou de uma seleção de ponta como a espanhola.
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O candidato natural a ocupar o posto de maior prestígio no futebol internacional, de fato, é Neymar. Mas para não ser ultrapassado pela história, o atacante brasileiro precisa agregar ainda uma boa dose de humildade ao caráter e senso coletivo aos inegáveis poder de criação e capacidade técnica.
Kylian Mbappé Lottin nasceu em Bondy, meses depois de a França ter conquistado seu único título mundial jogando em casa, em 1998. Surgiu nas categorias de base do Monaco e defende seleções nacionais a partir do sub 17. Desde a temporada passada veste a camisa do multimilionário Paris Saint-Germain, pelo qual fez expressivos 21 gols em 44 partidas. Dependendo de como ele e a França terminarem este Mundial, Mbappé chegará com novo status ao clube de Paris. Não será mais apenas um ótimo escudeiro para Cavani e Neymar.
Se para o brasileiro a corrida já está no meio do caminho, para o francês acaba de ser dada a largada. O resultado final das respectivas seleções aqui na Rússia devem dar a medida do prestígio de cada um nos próximos anos.
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Neymar pode até dominar o próximo ciclo, os quatro anos que separam as Copas da Rússia e do Catar, mas a indicação é de que Mbappé tem a possibilidade de reinar por um período mais longo, como fizeram Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, até por não ter a concorrência de gente deste calibre, como acontece atualmente com Neymar.
O que não significa que Mbappé (e o mesmo vale para Neymar) atingirá o mesmo nível do argentino e do português. Pode ser. No entanto, tem dado mostras de que pode ser a grande estrela da próxima década, principalmente se vierem títulos pela seleção e, em nível continental, pelo PSG.
*MILTON LEITE É NARRADOR DO SPORTV
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Em imagens, a história da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia
Como numa prova de revezamento do atletismo, em todas as modalidades esportivas há momentos emblemáticos de mudança. Aquele momento em que o atleta que carrega o bastão vai diminuindo a própria velocidade e quem recebe dispara em direção ao próximo integrante da equipe - ou à linha de chegada. No futebol, não há linha de chegada quando o assunto é ocupar a posição de melhor jogador do planeta e, assim, dominar a modalidade durante um período. Há sempre um próximo personagem a receber o bastão.
A arrancada de Mbappé a 32 quilômetros por hora para percorrer 64 metros no último sábado, em Kazan, no pênalti que sofreu para o primeiro gol da vitória da França por 4 a 3 sobre a Argentina, pode ter sido um destes momentos.
Emblemático que tenha sido justamente na partida que eliminou Lionel Messi e poucas horas antes de Cristiano Ronaldo também voltar para o hotel e arrumar as malas para deixar a Rússia - no dia seguinte, o aeroporto também foi o destino de outro gigante da última década: Iniesta, da Espanha, que acabou eliminada nos pênaltis pela anfitriã Rússia.
Cristiano Ronaldo e Messi, obviamente, continuarão fazendo a diferença em seus respectivos clubes por algum tempo, mas nas seleções é pouco provável que ambos ainda tenham fôlego para carregar estes fardos, aos 33 e 31 anos, respectivamente. Na próxima Copa do Mundo, em 2022, no Catar, eles estarão com 37 e 35 - continuarão nas seleções depois da Rússia? Iniesta já anunciou que não tem mais condições de jogar no nível de exigência de um clube como o Barcelona ou de uma seleção de ponta como a espanhola.
O candidato natural a ocupar o posto de maior prestígio no futebol internacional, de fato, é Neymar. Mas para não ser ultrapassado pela história, o atacante brasileiro precisa agregar ainda uma boa dose de humildade ao caráter e senso coletivo aos inegáveis poder de criação e capacidade técnica.
Kylian Mbappé Lottin nasceu em Bondy, meses depois de a França ter conquistado seu único título mundial jogando em casa, em 1998. Surgiu nas categorias de base do Monaco e defende seleções nacionais a partir do sub 17. Desde a temporada passada veste a camisa do multimilionário Paris Saint-Germain, pelo qual fez expressivos 21 gols em 44 partidas. Dependendo de como ele e a França terminarem este Mundial, Mbappé chegará com novo status ao clube de Paris. Não será mais apenas um ótimo escudeiro para Cavani e Neymar.
Se para o brasileiro a corrida já está no meio do caminho, para o francês acaba de ser dada a largada. O resultado final das respectivas seleções aqui na Rússia devem dar a medida do prestígio de cada um nos próximos anos.
Neymar pode até dominar o próximo ciclo, os quatro anos que separam as Copas da Rússia e do Catar, mas a indicação é de que Mbappé tem a possibilidade de reinar por um período mais longo, como fizeram Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, até por não ter a concorrência de gente deste calibre, como acontece atualmente com Neymar.
O que não significa que Mbappé (e o mesmo vale para Neymar) atingirá o mesmo nível do argentino e do português. Pode ser. No entanto, tem dado mostras de que pode ser a grande estrela da próxima década, principalmente se vierem títulos pela seleção e, em nível continental, pelo PSG.
*MILTON LEITE É NARRADOR DO SPORTV
Em imagens, a história da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia
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Como numa prova de revezamento do atletismo, em todas as modalidades esportivas há momentos emblemáticos de mudança. Aquele momento em que o atleta que carrega o bastão vai diminuindo a própria velocidade e quem recebe dispara em direção ao próximo integrante da equipe - ou à linha de chegada. No futebol, não há linha de chegada quando o assunto é ocupar a posição de melhor jogador do planeta e, assim, dominar a modalidade durante um período. Há sempre um próximo personagem a receber o bastão.
A arrancada de Mbappé a 32 quilômetros por hora para percorrer 64 metros no último sábado, em Kazan, no pênalti que sofreu para o primeiro gol da vitória da França por 4 a 3 sobre a Argentina, pode ter sido um destes momentos.
Emblemático que tenha sido justamente na partida que eliminou Lionel Messi e poucas horas antes de Cristiano Ronaldo também voltar para o hotel e arrumar as malas para deixar a Rússia - no dia seguinte, o aeroporto também foi o destino de outro gigante da última década: Iniesta, da Espanha, que acabou eliminada nos pênaltis pela anfitriã Rússia.
Cristiano Ronaldo e Messi, obviamente, continuarão fazendo a diferença em seus respectivos clubes por algum tempo, mas nas seleções é pouco provável que ambos ainda tenham fôlego para carregar estes fardos, aos 33 e 31 anos, respectivamente. Na próxima Copa do Mundo, em 2022, no Catar, eles estarão com 37 e 35 - continuarão nas seleções depois da Rússia? Iniesta já anunciou que não tem mais condições de jogar no nível de exigência de um clube como o Barcelona ou de uma seleção de ponta como a espanhola.
O candidato natural a ocupar o posto de maior prestígio no futebol internacional, de fato, é Neymar. Mas para não ser ultrapassado pela história, o atacante brasileiro precisa agregar ainda uma boa dose de humildade ao caráter e senso coletivo aos inegáveis poder de criação e capacidade técnica.
Kylian Mbappé Lottin nasceu em Bondy, meses depois de a França ter conquistado seu único título mundial jogando em casa, em 1998. Surgiu nas categorias de base do Monaco e defende seleções nacionais a partir do sub 17. Desde a temporada passada veste a camisa do multimilionário Paris Saint-Germain, pelo qual fez expressivos 21 gols em 44 partidas. Dependendo de como ele e a França terminarem este Mundial, Mbappé chegará com novo status ao clube de Paris. Não será mais apenas um ótimo escudeiro para Cavani e Neymar.
Se para o brasileiro a corrida já está no meio do caminho, para o francês acaba de ser dada a largada. O resultado final das respectivas seleções aqui na Rússia devem dar a medida do prestígio de cada um nos próximos anos.
Neymar pode até dominar o próximo ciclo, os quatro anos que separam as Copas da Rússia e do Catar, mas a indicação é de que Mbappé tem a possibilidade de reinar por um período mais longo, como fizeram Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, até por não ter a concorrência de gente deste calibre, como acontece atualmente com Neymar.
O que não significa que Mbappé (e o mesmo vale para Neymar) atingirá o mesmo nível do argentino e do português. Pode ser. No entanto, tem dado mostras de que pode ser a grande estrela da próxima década, principalmente se vierem títulos pela seleção e, em nível continental, pelo PSG.
*MILTON LEITE É NARRADOR DO SPORTV
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Como numa prova de revezamento do atletismo, em todas as modalidades esportivas há momentos emblemáticos de mudança. Aquele momento em que o atleta que carrega o bastão vai diminuindo a própria velocidade e quem recebe dispara em direção ao próximo integrante da equipe - ou à linha de chegada. No futebol, não há linha de chegada quando o assunto é ocupar a posição de melhor jogador do planeta e, assim, dominar a modalidade durante um período. Há sempre um próximo personagem a receber o bastão.
A arrancada de Mbappé a 32 quilômetros por hora para percorrer 64 metros no último sábado, em Kazan, no pênalti que sofreu para o primeiro gol da vitória da França por 4 a 3 sobre a Argentina, pode ter sido um destes momentos.
Emblemático que tenha sido justamente na partida que eliminou Lionel Messi e poucas horas antes de Cristiano Ronaldo também voltar para o hotel e arrumar as malas para deixar a Rússia - no dia seguinte, o aeroporto também foi o destino de outro gigante da última década: Iniesta, da Espanha, que acabou eliminada nos pênaltis pela anfitriã Rússia.
Cristiano Ronaldo e Messi, obviamente, continuarão fazendo a diferença em seus respectivos clubes por algum tempo, mas nas seleções é pouco provável que ambos ainda tenham fôlego para carregar estes fardos, aos 33 e 31 anos, respectivamente. Na próxima Copa do Mundo, em 2022, no Catar, eles estarão com 37 e 35 - continuarão nas seleções depois da Rússia? Iniesta já anunciou que não tem mais condições de jogar no nível de exigência de um clube como o Barcelona ou de uma seleção de ponta como a espanhola.
O candidato natural a ocupar o posto de maior prestígio no futebol internacional, de fato, é Neymar. Mas para não ser ultrapassado pela história, o atacante brasileiro precisa agregar ainda uma boa dose de humildade ao caráter e senso coletivo aos inegáveis poder de criação e capacidade técnica.
Kylian Mbappé Lottin nasceu em Bondy, meses depois de a França ter conquistado seu único título mundial jogando em casa, em 1998. Surgiu nas categorias de base do Monaco e defende seleções nacionais a partir do sub 17. Desde a temporada passada veste a camisa do multimilionário Paris Saint-Germain, pelo qual fez expressivos 21 gols em 44 partidas. Dependendo de como ele e a França terminarem este Mundial, Mbappé chegará com novo status ao clube de Paris. Não será mais apenas um ótimo escudeiro para Cavani e Neymar.
Se para o brasileiro a corrida já está no meio do caminho, para o francês acaba de ser dada a largada. O resultado final das respectivas seleções aqui na Rússia devem dar a medida do prestígio de cada um nos próximos anos.
Neymar pode até dominar o próximo ciclo, os quatro anos que separam as Copas da Rússia e do Catar, mas a indicação é de que Mbappé tem a possibilidade de reinar por um período mais longo, como fizeram Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, até por não ter a concorrência de gente deste calibre, como acontece atualmente com Neymar.
O que não significa que Mbappé (e o mesmo vale para Neymar) atingirá o mesmo nível do argentino e do português. Pode ser. No entanto, tem dado mostras de que pode ser a grande estrela da próxima década, principalmente se vierem títulos pela seleção e, em nível continental, pelo PSG.
*MILTON LEITE É NARRADOR DO SPORTV
Em imagens, a história da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia