Penta ameaça moralização no futebol


Por Agencia Estado

Uma cena ilustrativa. Na primeira poltrona da primeira classe do vôo do penta, que trazia a seleção brasileira de volta ao País após a vitoriosa campanha na Copa do Mundo do Japão e da Coréia, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, parecia estar com a ?alma lavada?. Depois de ser (e continuar sendo) um dos principais alvos das investigações iniciadas por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e encaminhadas ao Ministério Público (MP), o cartola, ao ser questionado sobre o que teria a dizer para as pessoas que tanto o investigaram, levantou a medalha do peito e apontou para a urna, acomodada sob seus pés, onde estava o troféu erguido por Cafu. "É isso que eu tenho para falar", afirmou. O gesto de Ricardo Teixeira levanta uma questão: a comoção motivada pelo título teria força para influenciar no andamento dos inquéritos? Ou então, seria a Justiça brasileira, de fato, cega? "Espero que seja cega suficiente para não ter visto os gols do Ronaldo na final", disse o senador Álvaro Dias (PDT), que presidiu a CPI do Futebol e hoje concorre ao governo do Paraná. "É preciso lembrar que o Brasil venceu pelo talento de seus jogadores. A conquista pode ser um prejuízo se servir como salvo-conduto, panos quentes para essas pessoas." Na teoria, o discurso é óbvio. Porém, o próprio Álvaro Dias reconhece que, na prática, há risco da situação ser diferente. "Não sou ingênuo a ponto de acreditar que a conquista passe despercebida. Minha esperança é que o Ministério Público se mostre intocável", afirmou. "A útilização do penta nessa causa é desonesta. Tem de contar com o repúdio daqueles que defendem a moralização do futebol." Só para lembrar, pesam sobre o presidente da CBF indícios de envolvimento em sonegação fiscal, evasão de divisas e apropriação indébita. Séquito em festa - Do outro lado, entre os seguidores de Ricardo Teixeira, o clima é bem diferente. Ninguém fala, mas desde o dia da vitória sobre os alemães, em Yokohama, todos se mostram convictos de que a pressão da Justiça sobre o cartola vai diminuir por causa do triunfo da equipe de futebol. No estádio, no aeroporto e no vôo não faltaram tapinhas nas costas do presidente da CBF, demonstrações de solidariedade e frases do tipo "o que eles (senadores, deputados e procuradores) vão dizer agora?" Apesar de toda bajulação, o presidente da CBF parece que vai mesmo tentar ?sair por cima?. Já garantiu que fica no cargo somente até o final do ano e que não vai concorrer a um novo mandato. Enquanto isso, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, encarrega-se dos inquéritos que envolvem o cartola. Humilhação - Álvaro Dias considerou "ridícula" a presença de Ricardo Teixeira ao lado do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no dia do desembarque da seleção em Brasília. Todos foram recebidos no Palácio do Planalto e participaram da tradicional ?subida da rampa?. "Não foi uma atitude pedagógica. Um péssimo exemplo." A escala na capital foi cercada de mistério e polêmica. Nos bastidores, comenta-se que só foi acertada nas últimas horas, depois de intensa negociação, o que explicaria o caos no qual se tornou, uma vez que não teria havido tempo suficiente para o planejamento. "Se essa negociação com a CBF aconteceu, foi uma humilhação para o governo", afirmou o senador paranaense. "Isso (a negociação) só alimenta essa história dos cartolas se julgarem acima do bem e do mal em uma situação de vitória como essa." Aposta - Nessa briga entre comoção e imparcialidade, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), responsável pela presidência da CPI da CBF/Nike, prefere apostar na segunda opção. Para ele, não é possível cogitar a hipótese de a Justiça se deixar influenciar por uma vitória em Copa do Mundo. "A Justiça vai continuar se mostrando cega nesse caso", afirmou. Outra expectativa do parlamentar é com relação à Medida Provisória para o futebol. "Espero que seja aperfeiçoada e aprovada até agosto, quando termina o prazo para votação."

Uma cena ilustrativa. Na primeira poltrona da primeira classe do vôo do penta, que trazia a seleção brasileira de volta ao País após a vitoriosa campanha na Copa do Mundo do Japão e da Coréia, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, parecia estar com a ?alma lavada?. Depois de ser (e continuar sendo) um dos principais alvos das investigações iniciadas por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e encaminhadas ao Ministério Público (MP), o cartola, ao ser questionado sobre o que teria a dizer para as pessoas que tanto o investigaram, levantou a medalha do peito e apontou para a urna, acomodada sob seus pés, onde estava o troféu erguido por Cafu. "É isso que eu tenho para falar", afirmou. O gesto de Ricardo Teixeira levanta uma questão: a comoção motivada pelo título teria força para influenciar no andamento dos inquéritos? Ou então, seria a Justiça brasileira, de fato, cega? "Espero que seja cega suficiente para não ter visto os gols do Ronaldo na final", disse o senador Álvaro Dias (PDT), que presidiu a CPI do Futebol e hoje concorre ao governo do Paraná. "É preciso lembrar que o Brasil venceu pelo talento de seus jogadores. A conquista pode ser um prejuízo se servir como salvo-conduto, panos quentes para essas pessoas." Na teoria, o discurso é óbvio. Porém, o próprio Álvaro Dias reconhece que, na prática, há risco da situação ser diferente. "Não sou ingênuo a ponto de acreditar que a conquista passe despercebida. Minha esperança é que o Ministério Público se mostre intocável", afirmou. "A útilização do penta nessa causa é desonesta. Tem de contar com o repúdio daqueles que defendem a moralização do futebol." Só para lembrar, pesam sobre o presidente da CBF indícios de envolvimento em sonegação fiscal, evasão de divisas e apropriação indébita. Séquito em festa - Do outro lado, entre os seguidores de Ricardo Teixeira, o clima é bem diferente. Ninguém fala, mas desde o dia da vitória sobre os alemães, em Yokohama, todos se mostram convictos de que a pressão da Justiça sobre o cartola vai diminuir por causa do triunfo da equipe de futebol. No estádio, no aeroporto e no vôo não faltaram tapinhas nas costas do presidente da CBF, demonstrações de solidariedade e frases do tipo "o que eles (senadores, deputados e procuradores) vão dizer agora?" Apesar de toda bajulação, o presidente da CBF parece que vai mesmo tentar ?sair por cima?. Já garantiu que fica no cargo somente até o final do ano e que não vai concorrer a um novo mandato. Enquanto isso, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, encarrega-se dos inquéritos que envolvem o cartola. Humilhação - Álvaro Dias considerou "ridícula" a presença de Ricardo Teixeira ao lado do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no dia do desembarque da seleção em Brasília. Todos foram recebidos no Palácio do Planalto e participaram da tradicional ?subida da rampa?. "Não foi uma atitude pedagógica. Um péssimo exemplo." A escala na capital foi cercada de mistério e polêmica. Nos bastidores, comenta-se que só foi acertada nas últimas horas, depois de intensa negociação, o que explicaria o caos no qual se tornou, uma vez que não teria havido tempo suficiente para o planejamento. "Se essa negociação com a CBF aconteceu, foi uma humilhação para o governo", afirmou o senador paranaense. "Isso (a negociação) só alimenta essa história dos cartolas se julgarem acima do bem e do mal em uma situação de vitória como essa." Aposta - Nessa briga entre comoção e imparcialidade, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), responsável pela presidência da CPI da CBF/Nike, prefere apostar na segunda opção. Para ele, não é possível cogitar a hipótese de a Justiça se deixar influenciar por uma vitória em Copa do Mundo. "A Justiça vai continuar se mostrando cega nesse caso", afirmou. Outra expectativa do parlamentar é com relação à Medida Provisória para o futebol. "Espero que seja aperfeiçoada e aprovada até agosto, quando termina o prazo para votação."

Uma cena ilustrativa. Na primeira poltrona da primeira classe do vôo do penta, que trazia a seleção brasileira de volta ao País após a vitoriosa campanha na Copa do Mundo do Japão e da Coréia, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, parecia estar com a ?alma lavada?. Depois de ser (e continuar sendo) um dos principais alvos das investigações iniciadas por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e encaminhadas ao Ministério Público (MP), o cartola, ao ser questionado sobre o que teria a dizer para as pessoas que tanto o investigaram, levantou a medalha do peito e apontou para a urna, acomodada sob seus pés, onde estava o troféu erguido por Cafu. "É isso que eu tenho para falar", afirmou. O gesto de Ricardo Teixeira levanta uma questão: a comoção motivada pelo título teria força para influenciar no andamento dos inquéritos? Ou então, seria a Justiça brasileira, de fato, cega? "Espero que seja cega suficiente para não ter visto os gols do Ronaldo na final", disse o senador Álvaro Dias (PDT), que presidiu a CPI do Futebol e hoje concorre ao governo do Paraná. "É preciso lembrar que o Brasil venceu pelo talento de seus jogadores. A conquista pode ser um prejuízo se servir como salvo-conduto, panos quentes para essas pessoas." Na teoria, o discurso é óbvio. Porém, o próprio Álvaro Dias reconhece que, na prática, há risco da situação ser diferente. "Não sou ingênuo a ponto de acreditar que a conquista passe despercebida. Minha esperança é que o Ministério Público se mostre intocável", afirmou. "A útilização do penta nessa causa é desonesta. Tem de contar com o repúdio daqueles que defendem a moralização do futebol." Só para lembrar, pesam sobre o presidente da CBF indícios de envolvimento em sonegação fiscal, evasão de divisas e apropriação indébita. Séquito em festa - Do outro lado, entre os seguidores de Ricardo Teixeira, o clima é bem diferente. Ninguém fala, mas desde o dia da vitória sobre os alemães, em Yokohama, todos se mostram convictos de que a pressão da Justiça sobre o cartola vai diminuir por causa do triunfo da equipe de futebol. No estádio, no aeroporto e no vôo não faltaram tapinhas nas costas do presidente da CBF, demonstrações de solidariedade e frases do tipo "o que eles (senadores, deputados e procuradores) vão dizer agora?" Apesar de toda bajulação, o presidente da CBF parece que vai mesmo tentar ?sair por cima?. Já garantiu que fica no cargo somente até o final do ano e que não vai concorrer a um novo mandato. Enquanto isso, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, encarrega-se dos inquéritos que envolvem o cartola. Humilhação - Álvaro Dias considerou "ridícula" a presença de Ricardo Teixeira ao lado do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no dia do desembarque da seleção em Brasília. Todos foram recebidos no Palácio do Planalto e participaram da tradicional ?subida da rampa?. "Não foi uma atitude pedagógica. Um péssimo exemplo." A escala na capital foi cercada de mistério e polêmica. Nos bastidores, comenta-se que só foi acertada nas últimas horas, depois de intensa negociação, o que explicaria o caos no qual se tornou, uma vez que não teria havido tempo suficiente para o planejamento. "Se essa negociação com a CBF aconteceu, foi uma humilhação para o governo", afirmou o senador paranaense. "Isso (a negociação) só alimenta essa história dos cartolas se julgarem acima do bem e do mal em uma situação de vitória como essa." Aposta - Nessa briga entre comoção e imparcialidade, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), responsável pela presidência da CPI da CBF/Nike, prefere apostar na segunda opção. Para ele, não é possível cogitar a hipótese de a Justiça se deixar influenciar por uma vitória em Copa do Mundo. "A Justiça vai continuar se mostrando cega nesse caso", afirmou. Outra expectativa do parlamentar é com relação à Medida Provisória para o futebol. "Espero que seja aperfeiçoada e aprovada até agosto, quando termina o prazo para votação."

Uma cena ilustrativa. Na primeira poltrona da primeira classe do vôo do penta, que trazia a seleção brasileira de volta ao País após a vitoriosa campanha na Copa do Mundo do Japão e da Coréia, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, parecia estar com a ?alma lavada?. Depois de ser (e continuar sendo) um dos principais alvos das investigações iniciadas por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e encaminhadas ao Ministério Público (MP), o cartola, ao ser questionado sobre o que teria a dizer para as pessoas que tanto o investigaram, levantou a medalha do peito e apontou para a urna, acomodada sob seus pés, onde estava o troféu erguido por Cafu. "É isso que eu tenho para falar", afirmou. O gesto de Ricardo Teixeira levanta uma questão: a comoção motivada pelo título teria força para influenciar no andamento dos inquéritos? Ou então, seria a Justiça brasileira, de fato, cega? "Espero que seja cega suficiente para não ter visto os gols do Ronaldo na final", disse o senador Álvaro Dias (PDT), que presidiu a CPI do Futebol e hoje concorre ao governo do Paraná. "É preciso lembrar que o Brasil venceu pelo talento de seus jogadores. A conquista pode ser um prejuízo se servir como salvo-conduto, panos quentes para essas pessoas." Na teoria, o discurso é óbvio. Porém, o próprio Álvaro Dias reconhece que, na prática, há risco da situação ser diferente. "Não sou ingênuo a ponto de acreditar que a conquista passe despercebida. Minha esperança é que o Ministério Público se mostre intocável", afirmou. "A útilização do penta nessa causa é desonesta. Tem de contar com o repúdio daqueles que defendem a moralização do futebol." Só para lembrar, pesam sobre o presidente da CBF indícios de envolvimento em sonegação fiscal, evasão de divisas e apropriação indébita. Séquito em festa - Do outro lado, entre os seguidores de Ricardo Teixeira, o clima é bem diferente. Ninguém fala, mas desde o dia da vitória sobre os alemães, em Yokohama, todos se mostram convictos de que a pressão da Justiça sobre o cartola vai diminuir por causa do triunfo da equipe de futebol. No estádio, no aeroporto e no vôo não faltaram tapinhas nas costas do presidente da CBF, demonstrações de solidariedade e frases do tipo "o que eles (senadores, deputados e procuradores) vão dizer agora?" Apesar de toda bajulação, o presidente da CBF parece que vai mesmo tentar ?sair por cima?. Já garantiu que fica no cargo somente até o final do ano e que não vai concorrer a um novo mandato. Enquanto isso, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, encarrega-se dos inquéritos que envolvem o cartola. Humilhação - Álvaro Dias considerou "ridícula" a presença de Ricardo Teixeira ao lado do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no dia do desembarque da seleção em Brasília. Todos foram recebidos no Palácio do Planalto e participaram da tradicional ?subida da rampa?. "Não foi uma atitude pedagógica. Um péssimo exemplo." A escala na capital foi cercada de mistério e polêmica. Nos bastidores, comenta-se que só foi acertada nas últimas horas, depois de intensa negociação, o que explicaria o caos no qual se tornou, uma vez que não teria havido tempo suficiente para o planejamento. "Se essa negociação com a CBF aconteceu, foi uma humilhação para o governo", afirmou o senador paranaense. "Isso (a negociação) só alimenta essa história dos cartolas se julgarem acima do bem e do mal em uma situação de vitória como essa." Aposta - Nessa briga entre comoção e imparcialidade, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), responsável pela presidência da CPI da CBF/Nike, prefere apostar na segunda opção. Para ele, não é possível cogitar a hipótese de a Justiça se deixar influenciar por uma vitória em Copa do Mundo. "A Justiça vai continuar se mostrando cega nesse caso", afirmou. Outra expectativa do parlamentar é com relação à Medida Provisória para o futebol. "Espero que seja aperfeiçoada e aprovada até agosto, quando termina o prazo para votação."

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