Privilegiando a ‘elite’, Liga dos Campeões começa com prêmios inéditos


Uefa vai distribuir cerca de R$ 9 bilhões aos participantes do torneio, que terá transmissão ao vivo para 83 países

Por Jamil Chade

Na entrada da sede da Uefa, em Nyon, na Suíça, um troféu ganha um tratamento diferenciado e um cuidado especial daqueles que, periodicamente, fazem sua limpeza com luvas especiais. Trata-se da “orelhuda”, o nome carinhoso que se dá à taça da Liga dos Campeões.

Nesta terça-feira, a nova edição do torneio começa com 32 times, vindos de 16 países. 125 jogos serão disputados até a grande final, em Madri. O time de Florentino Pérez entrará em campo sem Cristiano Ronaldo, mas com o objetivo de conseguir seu quarto título consecutivo. A competição também estabeleceu uma corrida sem precedentes entre clubes por um volume inédito de dinheiro no futebol. 

Sede da UEFA, em Nyon, na Suíça. Foto: Fabrice Coffrini/AFP
continua após a publicidade

Neste ano, a Uefa anunciou que passará a distribuir US$ 2,2 bilhões (R$ 9,07 bilhões) aos participantes, mais de cinco vezes o prêmio que a Fifa dá para as seleções em uma Copa do Mundo (US$ 400 milhões, cerca de R$ 1,65 bilhão), por exemplo, e 22 vezes mais do que a Conmebol distribuirá em 2018 como premiação para a Libertadores, com cerca de US$ 103 milhões (R$ 425 milhões).

Em apenas um ano, a direção da Uefa decidiu aumentar a premiação em quase 40%, garantindo maior solidez financeira aos clubes que, por sua vez, garantem ao continente o monopólio dos craques mundiais. Na última Copa, 77% dos atletas que foram aos campos russos atuavam em equipes europeias. 

“Nossa renda não fica na Uefa. Ela vai para os clubes”, declarou ao Estado o presidente da entidade, Alexander Ceferin. Em sua avaliação, o fato de que grande parte da receita volta aos times, e não a salários de dirigentes, garante hoje a predominância do futebol europeu. 

continua após a publicidade

Para a temporada 2018/19, a receita da Uefa com a Liga dos Campeões, Liga Europa e Super Copa será de ¤ 3,2 bilhões (R$ 15,4 bilhões). Apenas 6,5% da receita do torneio fica nas mãos dos dirigentes da Uefa. Os números também revelam que o torneio foi tão global quanto nesta edição. A Uefa conta com 172 acordos de transmissão dos jogos, com um total de 149 emissoras de TV, operadoras de Internet e celular. Juntos, eles garantem uma receita de ¤ 2,3 bilhões (R$ 11,11 bilhões) e a transmissão ao vivo para 83 países. 

Apesar de contar com todos os mais de cem jogos praticamente lotados, a bilheteria da Liga se transformou em algo secundário. Hoje, as partidas rendem apenas ¤ 55,6 milhões (R$ 268,6 milhões) em ingressos. 

Elite

continua após a publicidade

A grande diferença em 2018 é que a Uefa, sem qualquer constrangimento, passou a privilegiar os grandes clubes europeus. Cerca de 30% da renda foi colocada de lado em um fundo que hoje soma US$ 683 milhões (R$ 2,81 bilhões). Pelo novo sistema, equipes com melhor desempenho nos últimos dez anos da Liga dos Campeões têm direito a uma renda maior, que sairá justamente desse fundo. Na prática, o Real Madrid entra em campo já sabendo que vai levar para casa US$ 35 milhões (R$ 144 milhões), mesmo se não passar da fase de grupos. 

Se a Uefa defende a mudança alegando que está privilegiando os resultados em campo, os clubes menores alertam que isso poderá perpetuar alguns poucos privilegiados no topo. Entre 1993 e 1999, o torneio teve sete vencedores diferentes. Nos últimos sete anos, foram apenas quatro campeões e de apenas três países: Alemanha, Espanha e Inglaterra. 

O sonho de todos é chegar à decisão, quando o vencedor sairá com um acúmulo de pelo menos ¤ 45 milhões de euros, ou R$ 217 milhões (sem contar sua participação na renda de TV), acima do que a França levou na Copa da Rússia ao conquistar o troféu mais cobiçado do mundo e um cheque de US$ 38 milhões (R$ 156,7 milhões).

continua após a publicidade

Na entrada da sede da Uefa, em Nyon, na Suíça, um troféu ganha um tratamento diferenciado e um cuidado especial daqueles que, periodicamente, fazem sua limpeza com luvas especiais. Trata-se da “orelhuda”, o nome carinhoso que se dá à taça da Liga dos Campeões.

Nesta terça-feira, a nova edição do torneio começa com 32 times, vindos de 16 países. 125 jogos serão disputados até a grande final, em Madri. O time de Florentino Pérez entrará em campo sem Cristiano Ronaldo, mas com o objetivo de conseguir seu quarto título consecutivo. A competição também estabeleceu uma corrida sem precedentes entre clubes por um volume inédito de dinheiro no futebol. 

Sede da UEFA, em Nyon, na Suíça. Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Neste ano, a Uefa anunciou que passará a distribuir US$ 2,2 bilhões (R$ 9,07 bilhões) aos participantes, mais de cinco vezes o prêmio que a Fifa dá para as seleções em uma Copa do Mundo (US$ 400 milhões, cerca de R$ 1,65 bilhão), por exemplo, e 22 vezes mais do que a Conmebol distribuirá em 2018 como premiação para a Libertadores, com cerca de US$ 103 milhões (R$ 425 milhões).

Em apenas um ano, a direção da Uefa decidiu aumentar a premiação em quase 40%, garantindo maior solidez financeira aos clubes que, por sua vez, garantem ao continente o monopólio dos craques mundiais. Na última Copa, 77% dos atletas que foram aos campos russos atuavam em equipes europeias. 

“Nossa renda não fica na Uefa. Ela vai para os clubes”, declarou ao Estado o presidente da entidade, Alexander Ceferin. Em sua avaliação, o fato de que grande parte da receita volta aos times, e não a salários de dirigentes, garante hoje a predominância do futebol europeu. 

Para a temporada 2018/19, a receita da Uefa com a Liga dos Campeões, Liga Europa e Super Copa será de ¤ 3,2 bilhões (R$ 15,4 bilhões). Apenas 6,5% da receita do torneio fica nas mãos dos dirigentes da Uefa. Os números também revelam que o torneio foi tão global quanto nesta edição. A Uefa conta com 172 acordos de transmissão dos jogos, com um total de 149 emissoras de TV, operadoras de Internet e celular. Juntos, eles garantem uma receita de ¤ 2,3 bilhões (R$ 11,11 bilhões) e a transmissão ao vivo para 83 países. 

Apesar de contar com todos os mais de cem jogos praticamente lotados, a bilheteria da Liga se transformou em algo secundário. Hoje, as partidas rendem apenas ¤ 55,6 milhões (R$ 268,6 milhões) em ingressos. 

Elite

A grande diferença em 2018 é que a Uefa, sem qualquer constrangimento, passou a privilegiar os grandes clubes europeus. Cerca de 30% da renda foi colocada de lado em um fundo que hoje soma US$ 683 milhões (R$ 2,81 bilhões). Pelo novo sistema, equipes com melhor desempenho nos últimos dez anos da Liga dos Campeões têm direito a uma renda maior, que sairá justamente desse fundo. Na prática, o Real Madrid entra em campo já sabendo que vai levar para casa US$ 35 milhões (R$ 144 milhões), mesmo se não passar da fase de grupos. 

Se a Uefa defende a mudança alegando que está privilegiando os resultados em campo, os clubes menores alertam que isso poderá perpetuar alguns poucos privilegiados no topo. Entre 1993 e 1999, o torneio teve sete vencedores diferentes. Nos últimos sete anos, foram apenas quatro campeões e de apenas três países: Alemanha, Espanha e Inglaterra. 

O sonho de todos é chegar à decisão, quando o vencedor sairá com um acúmulo de pelo menos ¤ 45 milhões de euros, ou R$ 217 milhões (sem contar sua participação na renda de TV), acima do que a França levou na Copa da Rússia ao conquistar o troféu mais cobiçado do mundo e um cheque de US$ 38 milhões (R$ 156,7 milhões).

Na entrada da sede da Uefa, em Nyon, na Suíça, um troféu ganha um tratamento diferenciado e um cuidado especial daqueles que, periodicamente, fazem sua limpeza com luvas especiais. Trata-se da “orelhuda”, o nome carinhoso que se dá à taça da Liga dos Campeões.

Nesta terça-feira, a nova edição do torneio começa com 32 times, vindos de 16 países. 125 jogos serão disputados até a grande final, em Madri. O time de Florentino Pérez entrará em campo sem Cristiano Ronaldo, mas com o objetivo de conseguir seu quarto título consecutivo. A competição também estabeleceu uma corrida sem precedentes entre clubes por um volume inédito de dinheiro no futebol. 

Sede da UEFA, em Nyon, na Suíça. Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Neste ano, a Uefa anunciou que passará a distribuir US$ 2,2 bilhões (R$ 9,07 bilhões) aos participantes, mais de cinco vezes o prêmio que a Fifa dá para as seleções em uma Copa do Mundo (US$ 400 milhões, cerca de R$ 1,65 bilhão), por exemplo, e 22 vezes mais do que a Conmebol distribuirá em 2018 como premiação para a Libertadores, com cerca de US$ 103 milhões (R$ 425 milhões).

Em apenas um ano, a direção da Uefa decidiu aumentar a premiação em quase 40%, garantindo maior solidez financeira aos clubes que, por sua vez, garantem ao continente o monopólio dos craques mundiais. Na última Copa, 77% dos atletas que foram aos campos russos atuavam em equipes europeias. 

“Nossa renda não fica na Uefa. Ela vai para os clubes”, declarou ao Estado o presidente da entidade, Alexander Ceferin. Em sua avaliação, o fato de que grande parte da receita volta aos times, e não a salários de dirigentes, garante hoje a predominância do futebol europeu. 

Para a temporada 2018/19, a receita da Uefa com a Liga dos Campeões, Liga Europa e Super Copa será de ¤ 3,2 bilhões (R$ 15,4 bilhões). Apenas 6,5% da receita do torneio fica nas mãos dos dirigentes da Uefa. Os números também revelam que o torneio foi tão global quanto nesta edição. A Uefa conta com 172 acordos de transmissão dos jogos, com um total de 149 emissoras de TV, operadoras de Internet e celular. Juntos, eles garantem uma receita de ¤ 2,3 bilhões (R$ 11,11 bilhões) e a transmissão ao vivo para 83 países. 

Apesar de contar com todos os mais de cem jogos praticamente lotados, a bilheteria da Liga se transformou em algo secundário. Hoje, as partidas rendem apenas ¤ 55,6 milhões (R$ 268,6 milhões) em ingressos. 

Elite

A grande diferença em 2018 é que a Uefa, sem qualquer constrangimento, passou a privilegiar os grandes clubes europeus. Cerca de 30% da renda foi colocada de lado em um fundo que hoje soma US$ 683 milhões (R$ 2,81 bilhões). Pelo novo sistema, equipes com melhor desempenho nos últimos dez anos da Liga dos Campeões têm direito a uma renda maior, que sairá justamente desse fundo. Na prática, o Real Madrid entra em campo já sabendo que vai levar para casa US$ 35 milhões (R$ 144 milhões), mesmo se não passar da fase de grupos. 

Se a Uefa defende a mudança alegando que está privilegiando os resultados em campo, os clubes menores alertam que isso poderá perpetuar alguns poucos privilegiados no topo. Entre 1993 e 1999, o torneio teve sete vencedores diferentes. Nos últimos sete anos, foram apenas quatro campeões e de apenas três países: Alemanha, Espanha e Inglaterra. 

O sonho de todos é chegar à decisão, quando o vencedor sairá com um acúmulo de pelo menos ¤ 45 milhões de euros, ou R$ 217 milhões (sem contar sua participação na renda de TV), acima do que a França levou na Copa da Rússia ao conquistar o troféu mais cobiçado do mundo e um cheque de US$ 38 milhões (R$ 156,7 milhões).

Na entrada da sede da Uefa, em Nyon, na Suíça, um troféu ganha um tratamento diferenciado e um cuidado especial daqueles que, periodicamente, fazem sua limpeza com luvas especiais. Trata-se da “orelhuda”, o nome carinhoso que se dá à taça da Liga dos Campeões.

Nesta terça-feira, a nova edição do torneio começa com 32 times, vindos de 16 países. 125 jogos serão disputados até a grande final, em Madri. O time de Florentino Pérez entrará em campo sem Cristiano Ronaldo, mas com o objetivo de conseguir seu quarto título consecutivo. A competição também estabeleceu uma corrida sem precedentes entre clubes por um volume inédito de dinheiro no futebol. 

Sede da UEFA, em Nyon, na Suíça. Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Neste ano, a Uefa anunciou que passará a distribuir US$ 2,2 bilhões (R$ 9,07 bilhões) aos participantes, mais de cinco vezes o prêmio que a Fifa dá para as seleções em uma Copa do Mundo (US$ 400 milhões, cerca de R$ 1,65 bilhão), por exemplo, e 22 vezes mais do que a Conmebol distribuirá em 2018 como premiação para a Libertadores, com cerca de US$ 103 milhões (R$ 425 milhões).

Em apenas um ano, a direção da Uefa decidiu aumentar a premiação em quase 40%, garantindo maior solidez financeira aos clubes que, por sua vez, garantem ao continente o monopólio dos craques mundiais. Na última Copa, 77% dos atletas que foram aos campos russos atuavam em equipes europeias. 

“Nossa renda não fica na Uefa. Ela vai para os clubes”, declarou ao Estado o presidente da entidade, Alexander Ceferin. Em sua avaliação, o fato de que grande parte da receita volta aos times, e não a salários de dirigentes, garante hoje a predominância do futebol europeu. 

Para a temporada 2018/19, a receita da Uefa com a Liga dos Campeões, Liga Europa e Super Copa será de ¤ 3,2 bilhões (R$ 15,4 bilhões). Apenas 6,5% da receita do torneio fica nas mãos dos dirigentes da Uefa. Os números também revelam que o torneio foi tão global quanto nesta edição. A Uefa conta com 172 acordos de transmissão dos jogos, com um total de 149 emissoras de TV, operadoras de Internet e celular. Juntos, eles garantem uma receita de ¤ 2,3 bilhões (R$ 11,11 bilhões) e a transmissão ao vivo para 83 países. 

Apesar de contar com todos os mais de cem jogos praticamente lotados, a bilheteria da Liga se transformou em algo secundário. Hoje, as partidas rendem apenas ¤ 55,6 milhões (R$ 268,6 milhões) em ingressos. 

Elite

A grande diferença em 2018 é que a Uefa, sem qualquer constrangimento, passou a privilegiar os grandes clubes europeus. Cerca de 30% da renda foi colocada de lado em um fundo que hoje soma US$ 683 milhões (R$ 2,81 bilhões). Pelo novo sistema, equipes com melhor desempenho nos últimos dez anos da Liga dos Campeões têm direito a uma renda maior, que sairá justamente desse fundo. Na prática, o Real Madrid entra em campo já sabendo que vai levar para casa US$ 35 milhões (R$ 144 milhões), mesmo se não passar da fase de grupos. 

Se a Uefa defende a mudança alegando que está privilegiando os resultados em campo, os clubes menores alertam que isso poderá perpetuar alguns poucos privilegiados no topo. Entre 1993 e 1999, o torneio teve sete vencedores diferentes. Nos últimos sete anos, foram apenas quatro campeões e de apenas três países: Alemanha, Espanha e Inglaterra. 

O sonho de todos é chegar à decisão, quando o vencedor sairá com um acúmulo de pelo menos ¤ 45 milhões de euros, ou R$ 217 milhões (sem contar sua participação na renda de TV), acima do que a França levou na Copa da Rússia ao conquistar o troféu mais cobiçado do mundo e um cheque de US$ 38 milhões (R$ 156,7 milhões).

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.