Projeto para conter violência no futebol brasileiro fica no papel


Ministérios do Esporte e da Justiça lançaram em 2013 uma lista de propostas para evitar brigas. Só este ano, 13 torcedores morreram

Por Raphael Ramos

Quase um ano depois de os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Esporte, Aldo Rebelo, terem anunciado nove propostas que prometiam conter a violência no futebol brasileiro, pouca coisa saiu do papel. E de lá para cá mais 13 pessoas morreram no Brasil por causa de brigas de torcidas. A última vítima foi o palmeirense Leonardo da Mata Santos, de 21 anos, atropelado enquanto participava de uma emboscada a santistas na Rodovia Anchieta no último domingo. Uma briga generalizada entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, na Arena Joinville, durante a última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, motivou os ministérios do Esporte e da Justiça a se unirem contra a violência no futebol. Os principais itens da lista de propostas, no entanto, ainda não avançaram. Não foram criadas, por exemplo, delegacias especiais para os torcedores. Também não foi concluído o Cadastro Nacional de Torcedores, que seria utilizado para impedir a entrada nos estádios de pessoas com histórico de brigas. A promessa era que esse projeto ficasse pronto antes da Copa do Mundo.

Briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco motivou projeto do governo Foto: Carlos Moraes/Agência O Dia

Outra ideia que não avançou é qualificar os estádios com modernos sistemas de segurança, semelhantes aos que foram usados durante o Mundial. Chegou a ser levantada também a hipótese de aumentar a responsabilidade dos clubes cujos torcedores se envolvessem em brigas. Em casos considerados graves, os clubes seriam punidos até com perda de pontos nos campeonatos. De concreto, por enquanto, o Ministério da Justiça articulou, junto com o Ministério do Esporte, apenas a efetivação da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos. O órgão é composto por representantes dos ministérios, do Conselho Nacional de Defesa Civil, da área de segurança pública, de torcidas organizadas e de pesquisadores. A comissão possui cinco câmaras técnicas: Prevenção à Violência nos Estádios; Educação e Cultura pela Paz nos Espetáculos Desportivos; Adequação e Melhoria nos Estádios; Organização e Associação de Torcedores; e Câmara de Integração Geral. Esses grupos de estudo têm se reunido para avaliar como serão implantadas as ações dos nove pontos da proposta inicial.MEDIDAS PONTUAIS  Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, já foi encaminhada a orientação para os tribunais estaduais de Justiça para a criação de varas especializadas para o futebol. Ele se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, para tratar do assunto. “Estamos avançando no sentido de fazer com que o torcedor violento seja punido e responsabilizado pela prática de seus atos, porque eu vejo que o que mais estimula a violência é a impunidade”, disse. Ainda sem a criação do Cadastro Nacional de Torcedores, o ministro vê como alternativa para impedir o acesso aos estádios daqueles que se envolvem em brigas o uso de tornozeleiras eletrônicas. “Alguns Estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, cogitam adotar o controle de torcedores punidos por prática de violência com a aplicação da tornozeleira eletrônica. Muitas vezes a punição é aplicada e o torcedor, por falta de controle, acaba conseguindo entrar nos estádios nos dias do jogo.” Em São Paulo, a proposta ainda não avançou.

Quase um ano depois de os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Esporte, Aldo Rebelo, terem anunciado nove propostas que prometiam conter a violência no futebol brasileiro, pouca coisa saiu do papel. E de lá para cá mais 13 pessoas morreram no Brasil por causa de brigas de torcidas. A última vítima foi o palmeirense Leonardo da Mata Santos, de 21 anos, atropelado enquanto participava de uma emboscada a santistas na Rodovia Anchieta no último domingo. Uma briga generalizada entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, na Arena Joinville, durante a última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, motivou os ministérios do Esporte e da Justiça a se unirem contra a violência no futebol. Os principais itens da lista de propostas, no entanto, ainda não avançaram. Não foram criadas, por exemplo, delegacias especiais para os torcedores. Também não foi concluído o Cadastro Nacional de Torcedores, que seria utilizado para impedir a entrada nos estádios de pessoas com histórico de brigas. A promessa era que esse projeto ficasse pronto antes da Copa do Mundo.

Briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco motivou projeto do governo Foto: Carlos Moraes/Agência O Dia

Outra ideia que não avançou é qualificar os estádios com modernos sistemas de segurança, semelhantes aos que foram usados durante o Mundial. Chegou a ser levantada também a hipótese de aumentar a responsabilidade dos clubes cujos torcedores se envolvessem em brigas. Em casos considerados graves, os clubes seriam punidos até com perda de pontos nos campeonatos. De concreto, por enquanto, o Ministério da Justiça articulou, junto com o Ministério do Esporte, apenas a efetivação da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos. O órgão é composto por representantes dos ministérios, do Conselho Nacional de Defesa Civil, da área de segurança pública, de torcidas organizadas e de pesquisadores. A comissão possui cinco câmaras técnicas: Prevenção à Violência nos Estádios; Educação e Cultura pela Paz nos Espetáculos Desportivos; Adequação e Melhoria nos Estádios; Organização e Associação de Torcedores; e Câmara de Integração Geral. Esses grupos de estudo têm se reunido para avaliar como serão implantadas as ações dos nove pontos da proposta inicial.MEDIDAS PONTUAIS  Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, já foi encaminhada a orientação para os tribunais estaduais de Justiça para a criação de varas especializadas para o futebol. Ele se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, para tratar do assunto. “Estamos avançando no sentido de fazer com que o torcedor violento seja punido e responsabilizado pela prática de seus atos, porque eu vejo que o que mais estimula a violência é a impunidade”, disse. Ainda sem a criação do Cadastro Nacional de Torcedores, o ministro vê como alternativa para impedir o acesso aos estádios daqueles que se envolvem em brigas o uso de tornozeleiras eletrônicas. “Alguns Estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, cogitam adotar o controle de torcedores punidos por prática de violência com a aplicação da tornozeleira eletrônica. Muitas vezes a punição é aplicada e o torcedor, por falta de controle, acaba conseguindo entrar nos estádios nos dias do jogo.” Em São Paulo, a proposta ainda não avançou.

Quase um ano depois de os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Esporte, Aldo Rebelo, terem anunciado nove propostas que prometiam conter a violência no futebol brasileiro, pouca coisa saiu do papel. E de lá para cá mais 13 pessoas morreram no Brasil por causa de brigas de torcidas. A última vítima foi o palmeirense Leonardo da Mata Santos, de 21 anos, atropelado enquanto participava de uma emboscada a santistas na Rodovia Anchieta no último domingo. Uma briga generalizada entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, na Arena Joinville, durante a última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, motivou os ministérios do Esporte e da Justiça a se unirem contra a violência no futebol. Os principais itens da lista de propostas, no entanto, ainda não avançaram. Não foram criadas, por exemplo, delegacias especiais para os torcedores. Também não foi concluído o Cadastro Nacional de Torcedores, que seria utilizado para impedir a entrada nos estádios de pessoas com histórico de brigas. A promessa era que esse projeto ficasse pronto antes da Copa do Mundo.

Briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco motivou projeto do governo Foto: Carlos Moraes/Agência O Dia

Outra ideia que não avançou é qualificar os estádios com modernos sistemas de segurança, semelhantes aos que foram usados durante o Mundial. Chegou a ser levantada também a hipótese de aumentar a responsabilidade dos clubes cujos torcedores se envolvessem em brigas. Em casos considerados graves, os clubes seriam punidos até com perda de pontos nos campeonatos. De concreto, por enquanto, o Ministério da Justiça articulou, junto com o Ministério do Esporte, apenas a efetivação da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos. O órgão é composto por representantes dos ministérios, do Conselho Nacional de Defesa Civil, da área de segurança pública, de torcidas organizadas e de pesquisadores. A comissão possui cinco câmaras técnicas: Prevenção à Violência nos Estádios; Educação e Cultura pela Paz nos Espetáculos Desportivos; Adequação e Melhoria nos Estádios; Organização e Associação de Torcedores; e Câmara de Integração Geral. Esses grupos de estudo têm se reunido para avaliar como serão implantadas as ações dos nove pontos da proposta inicial.MEDIDAS PONTUAIS  Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, já foi encaminhada a orientação para os tribunais estaduais de Justiça para a criação de varas especializadas para o futebol. Ele se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, para tratar do assunto. “Estamos avançando no sentido de fazer com que o torcedor violento seja punido e responsabilizado pela prática de seus atos, porque eu vejo que o que mais estimula a violência é a impunidade”, disse. Ainda sem a criação do Cadastro Nacional de Torcedores, o ministro vê como alternativa para impedir o acesso aos estádios daqueles que se envolvem em brigas o uso de tornozeleiras eletrônicas. “Alguns Estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, cogitam adotar o controle de torcedores punidos por prática de violência com a aplicação da tornozeleira eletrônica. Muitas vezes a punição é aplicada e o torcedor, por falta de controle, acaba conseguindo entrar nos estádios nos dias do jogo.” Em São Paulo, a proposta ainda não avançou.

Quase um ano depois de os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Esporte, Aldo Rebelo, terem anunciado nove propostas que prometiam conter a violência no futebol brasileiro, pouca coisa saiu do papel. E de lá para cá mais 13 pessoas morreram no Brasil por causa de brigas de torcidas. A última vítima foi o palmeirense Leonardo da Mata Santos, de 21 anos, atropelado enquanto participava de uma emboscada a santistas na Rodovia Anchieta no último domingo. Uma briga generalizada entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, na Arena Joinville, durante a última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, motivou os ministérios do Esporte e da Justiça a se unirem contra a violência no futebol. Os principais itens da lista de propostas, no entanto, ainda não avançaram. Não foram criadas, por exemplo, delegacias especiais para os torcedores. Também não foi concluído o Cadastro Nacional de Torcedores, que seria utilizado para impedir a entrada nos estádios de pessoas com histórico de brigas. A promessa era que esse projeto ficasse pronto antes da Copa do Mundo.

Briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco motivou projeto do governo Foto: Carlos Moraes/Agência O Dia

Outra ideia que não avançou é qualificar os estádios com modernos sistemas de segurança, semelhantes aos que foram usados durante o Mundial. Chegou a ser levantada também a hipótese de aumentar a responsabilidade dos clubes cujos torcedores se envolvessem em brigas. Em casos considerados graves, os clubes seriam punidos até com perda de pontos nos campeonatos. De concreto, por enquanto, o Ministério da Justiça articulou, junto com o Ministério do Esporte, apenas a efetivação da Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos. O órgão é composto por representantes dos ministérios, do Conselho Nacional de Defesa Civil, da área de segurança pública, de torcidas organizadas e de pesquisadores. A comissão possui cinco câmaras técnicas: Prevenção à Violência nos Estádios; Educação e Cultura pela Paz nos Espetáculos Desportivos; Adequação e Melhoria nos Estádios; Organização e Associação de Torcedores; e Câmara de Integração Geral. Esses grupos de estudo têm se reunido para avaliar como serão implantadas as ações dos nove pontos da proposta inicial.MEDIDAS PONTUAIS  Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, já foi encaminhada a orientação para os tribunais estaduais de Justiça para a criação de varas especializadas para o futebol. Ele se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, para tratar do assunto. “Estamos avançando no sentido de fazer com que o torcedor violento seja punido e responsabilizado pela prática de seus atos, porque eu vejo que o que mais estimula a violência é a impunidade”, disse. Ainda sem a criação do Cadastro Nacional de Torcedores, o ministro vê como alternativa para impedir o acesso aos estádios daqueles que se envolvem em brigas o uso de tornozeleiras eletrônicas. “Alguns Estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, cogitam adotar o controle de torcedores punidos por prática de violência com a aplicação da tornozeleira eletrônica. Muitas vezes a punição é aplicada e o torcedor, por falta de controle, acaba conseguindo entrar nos estádios nos dias do jogo.” Em São Paulo, a proposta ainda não avançou.

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