Rebelde e genial, Mario Sérgio está entre as vítimas da tragédia da Chapecoense


Comentarista da Fox Sports foi um dos atletas mais talentosos de sua geração

Por Gonçalo Junior

O ex-jogador, ex-técnico e comentarista Mario Sérgio Pontes de Paiva, que trabalhava no canal Fox Sports, está entre as vítimas da queda do avião que levava a equipe da Chapecoense além de jornalistas e dirigentes para a cidade de Medellín para a final da Copa Sul-Americana. A informação foi confirmada pela própria emissora.

Antes de se tornar comentarista de tevê, carreira que iniciou em 2012, Mario Sérgio foi um dos atletas mais talentosos de sua geração, reconhecido pela habilidade e criatividade. É citado no livro "Os 100 melhores jogadores brasileiros de todos os tempos", dos jornalistas Paulo Vinicius Coelho e André Kfouri.

Comentarista Mario Sérgio não sobreviveu Foto: Divulgação/ Fox
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Cabeludo e com ar rebelde, Mario atuava com as meias arriadas. Sempre vestindo a camisa 11, ele desempenhava a função de falso ponteiro-esquerdo, meia e até armador. Ao longo de dezoito anos como jogador, Mário Sérgio colheu elogios na mesma proporção que recebeu críticas.

É considerado um dos melhores jogadores da história do Vitória, onde iniciou sua carreira na década de 1970. Começou a jogar pelo clube em 1971, mas o destaque veio no ano seguinte com a conquista do Campeonato Baiano. Foi contratado pelo Fluminense em 1975 para fazer parte da primeira versão da "Máquina Tricolor", com Rivelino, Paulo César, Gil, Manfrini e Edinho.

Mesmo com o título carioca de 1975, um desentendimento entre o presidente do Fluminense, Francisco Horta, e o jogador, acabou com sua passagem pelas Laranjeiras. No Internacional, Mário fez parte do time que conquistou o Brasileirão de 1979 de forma invicta.

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Sua passagem pelo futebol paulista foi marcante, dentro e fora de campo. No São Paulo, clube pelo qual atuou em 1979, tornou-se conhecido por uma de suas jogadas características. Costumava dar um passe em que olhava para um lado e tocava para o outro confundindo a marcação adversária. Por isso, foi chamado de "Vesgo". Ganhou o apelido de 'rei do gatilho' após disparar tiros para o alto para assustar torcedores do São José, no Vale do Paraíba, que se manifestavam na saída da delegação são-paulina do Estádio Martins Pereira.

Na partida de volta, o placar do Morumbi anunciava "Mario Sérgio, o Rei do Gatilho". Mais tarde, Mario afirmou que as balas eram de festim e que se arrependia do fato. Mesmo com boas atuações, Mário não se adaptava ao esquema tático do técnico Cilinho e era acusado de problemas disciplinares. Foi no Vitória, da Bahia, que Mário se destacou através de dribles, ginga e lançamentos. Ele antevia a jogada. Olhava de um lado e lançava para o outro, por isso o apelido de Vesgo.

Ainda em 1983, foi contratado pelo Grêmio, a pedido do técnico Valdir Espinosa, apenas para a disputa do Mundial Interclubes. Entre os clubes que passou, Mario colecionou a fama de indisciplinado, o que fatalmente o afastava da seleção brasileira, apesar do enorme talento. Apesar de ter feito parte de toda a preparação da equipe para a disputa da Copa de 1982, ele foi cortado na última convocação, substituído por Eder, do Atlético-MG.

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Confira imagens do acidente de avião do time da Chapecoense

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Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
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Sobreviventes do acidente

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Sobreviventes do acidente

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Destroços do avião

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Destroços do avião

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Destroços do avião

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Destroços do avião

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Alan Ruschel

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Alan Ruschel

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Alan Ruschel

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Neto

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Neto

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Rafael Henze

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Rafael Henze

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Caixas-pretas

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Aeronave

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Torcedora mirim

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Torcedores na Arena Condá

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Vestiário na Arena Condá

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Vestiário da Chapecoense

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Demerson evita vestiário do time da Chapecoense: 'Dá uma dor'

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Arena Condá

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Torcedor Mirim

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Torcedores na Arena Condá

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'Não podemos desistir agora', afirma funcionário da Arena Condá

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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'Ele estava com um pressentimento ruim', conta viúva

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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Torcedor mirim

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

O ex-jogador, ex-técnico e comentarista Mario Sérgio Pontes de Paiva, que trabalhava no canal Fox Sports, está entre as vítimas da queda do avião que levava a equipe da Chapecoense além de jornalistas e dirigentes para a cidade de Medellín para a final da Copa Sul-Americana. A informação foi confirmada pela própria emissora.

Antes de se tornar comentarista de tevê, carreira que iniciou em 2012, Mario Sérgio foi um dos atletas mais talentosos de sua geração, reconhecido pela habilidade e criatividade. É citado no livro "Os 100 melhores jogadores brasileiros de todos os tempos", dos jornalistas Paulo Vinicius Coelho e André Kfouri.

Comentarista Mario Sérgio não sobreviveu Foto: Divulgação/ Fox

Cabeludo e com ar rebelde, Mario atuava com as meias arriadas. Sempre vestindo a camisa 11, ele desempenhava a função de falso ponteiro-esquerdo, meia e até armador. Ao longo de dezoito anos como jogador, Mário Sérgio colheu elogios na mesma proporção que recebeu críticas.

É considerado um dos melhores jogadores da história do Vitória, onde iniciou sua carreira na década de 1970. Começou a jogar pelo clube em 1971, mas o destaque veio no ano seguinte com a conquista do Campeonato Baiano. Foi contratado pelo Fluminense em 1975 para fazer parte da primeira versão da "Máquina Tricolor", com Rivelino, Paulo César, Gil, Manfrini e Edinho.

Mesmo com o título carioca de 1975, um desentendimento entre o presidente do Fluminense, Francisco Horta, e o jogador, acabou com sua passagem pelas Laranjeiras. No Internacional, Mário fez parte do time que conquistou o Brasileirão de 1979 de forma invicta.

Sua passagem pelo futebol paulista foi marcante, dentro e fora de campo. No São Paulo, clube pelo qual atuou em 1979, tornou-se conhecido por uma de suas jogadas características. Costumava dar um passe em que olhava para um lado e tocava para o outro confundindo a marcação adversária. Por isso, foi chamado de "Vesgo". Ganhou o apelido de 'rei do gatilho' após disparar tiros para o alto para assustar torcedores do São José, no Vale do Paraíba, que se manifestavam na saída da delegação são-paulina do Estádio Martins Pereira.

Na partida de volta, o placar do Morumbi anunciava "Mario Sérgio, o Rei do Gatilho". Mais tarde, Mario afirmou que as balas eram de festim e que se arrependia do fato. Mesmo com boas atuações, Mário não se adaptava ao esquema tático do técnico Cilinho e era acusado de problemas disciplinares. Foi no Vitória, da Bahia, que Mário se destacou através de dribles, ginga e lançamentos. Ele antevia a jogada. Olhava de um lado e lançava para o outro, por isso o apelido de Vesgo.

Ainda em 1983, foi contratado pelo Grêmio, a pedido do técnico Valdir Espinosa, apenas para a disputa do Mundial Interclubes. Entre os clubes que passou, Mario colecionou a fama de indisciplinado, o que fatalmente o afastava da seleção brasileira, apesar do enorme talento. Apesar de ter feito parte de toda a preparação da equipe para a disputa da Copa de 1982, ele foi cortado na última convocação, substituído por Eder, do Atlético-MG.

Confira imagens do acidente de avião do time da Chapecoense

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Sobreviventes do acidente

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Sobreviventes do acidente

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Destroços do avião

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Rafael Henze

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Torcedora mirim

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
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Torcedores na Arena Condá

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Vestiário na Arena Condá

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Vestiário da Chapecoense

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Demerson evita vestiário do time da Chapecoense: 'Dá uma dor'

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Arena Condá

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Arena Condá

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Missa

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Missa

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Cidade de Chapecó

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Cidade de Chapecó

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Cidade de Chapecó

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Cidade de Chapecó

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Cidade de Chapecó

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Brasília

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Torcedor mirim

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Torcedores da Chapecoense

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Torcedoras da Chapecoense

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Torcedores rezam na Arena Condá

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Torcedor Mirim

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Torcedor Mirim

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Torcedores na Arena Condá

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Torcedoras da Chapecoense

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Torcedores na Arena Condá

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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'Não podemos desistir agora', afirma funcionário da Arena Condá

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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'Ele estava com um pressentimento ruim', conta viúva

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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Torcedor mirim

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

O ex-jogador, ex-técnico e comentarista Mario Sérgio Pontes de Paiva, que trabalhava no canal Fox Sports, está entre as vítimas da queda do avião que levava a equipe da Chapecoense além de jornalistas e dirigentes para a cidade de Medellín para a final da Copa Sul-Americana. A informação foi confirmada pela própria emissora.

Antes de se tornar comentarista de tevê, carreira que iniciou em 2012, Mario Sérgio foi um dos atletas mais talentosos de sua geração, reconhecido pela habilidade e criatividade. É citado no livro "Os 100 melhores jogadores brasileiros de todos os tempos", dos jornalistas Paulo Vinicius Coelho e André Kfouri.

Comentarista Mario Sérgio não sobreviveu Foto: Divulgação/ Fox

Cabeludo e com ar rebelde, Mario atuava com as meias arriadas. Sempre vestindo a camisa 11, ele desempenhava a função de falso ponteiro-esquerdo, meia e até armador. Ao longo de dezoito anos como jogador, Mário Sérgio colheu elogios na mesma proporção que recebeu críticas.

É considerado um dos melhores jogadores da história do Vitória, onde iniciou sua carreira na década de 1970. Começou a jogar pelo clube em 1971, mas o destaque veio no ano seguinte com a conquista do Campeonato Baiano. Foi contratado pelo Fluminense em 1975 para fazer parte da primeira versão da "Máquina Tricolor", com Rivelino, Paulo César, Gil, Manfrini e Edinho.

Mesmo com o título carioca de 1975, um desentendimento entre o presidente do Fluminense, Francisco Horta, e o jogador, acabou com sua passagem pelas Laranjeiras. No Internacional, Mário fez parte do time que conquistou o Brasileirão de 1979 de forma invicta.

Sua passagem pelo futebol paulista foi marcante, dentro e fora de campo. No São Paulo, clube pelo qual atuou em 1979, tornou-se conhecido por uma de suas jogadas características. Costumava dar um passe em que olhava para um lado e tocava para o outro confundindo a marcação adversária. Por isso, foi chamado de "Vesgo". Ganhou o apelido de 'rei do gatilho' após disparar tiros para o alto para assustar torcedores do São José, no Vale do Paraíba, que se manifestavam na saída da delegação são-paulina do Estádio Martins Pereira.

Na partida de volta, o placar do Morumbi anunciava "Mario Sérgio, o Rei do Gatilho". Mais tarde, Mario afirmou que as balas eram de festim e que se arrependia do fato. Mesmo com boas atuações, Mário não se adaptava ao esquema tático do técnico Cilinho e era acusado de problemas disciplinares. Foi no Vitória, da Bahia, que Mário se destacou através de dribles, ginga e lançamentos. Ele antevia a jogada. Olhava de um lado e lançava para o outro, por isso o apelido de Vesgo.

Ainda em 1983, foi contratado pelo Grêmio, a pedido do técnico Valdir Espinosa, apenas para a disputa do Mundial Interclubes. Entre os clubes que passou, Mario colecionou a fama de indisciplinado, o que fatalmente o afastava da seleção brasileira, apesar do enorme talento. Apesar de ter feito parte de toda a preparação da equipe para a disputa da Copa de 1982, ele foi cortado na última convocação, substituído por Eder, do Atlético-MG.

Confira imagens do acidente de avião do time da Chapecoense

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Sobreviventes do acidente

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Sobreviventes do acidente

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Destroços do avião

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Destroços do avião

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Destroços do avião

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Destroços do avião

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Alan Ruschel

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Alan Ruschel

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Alan Ruschel

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Neto

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Rafael Henze

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Rafael Henze

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Resgate de corpos

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Arena Condá

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Torcedora mirim

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
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Torcedores na Arena Condá

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Vestiário na Arena Condá

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Vestiário da Chapecoense

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Demerson evita vestiário do time da Chapecoense: 'Dá uma dor'

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Arena Condá

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Missa

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Cidade de Chapecó

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Cidade de Chapecó

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Cidade de Chapecó

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Torcedor mirim

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Torcedores da Chapecoense

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Torcedoras da Chapecoense

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Torcedores rezam na Arena Condá

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Torcedor Mirim

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Torcedor Mirim

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Torcedores na Arena Condá

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Torcedoras da Chapecoense

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Torcedores na Arena Condá

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Torcedores na Arena Condá

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'Não podemos desistir agora', afirma funcionário da Arena Condá

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'Ele estava com um pressentimento ruim', conta viúva

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Torcedor mirim

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Torcedores na Arena Condá

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O ex-jogador, ex-técnico e comentarista Mario Sérgio Pontes de Paiva, que trabalhava no canal Fox Sports, está entre as vítimas da queda do avião que levava a equipe da Chapecoense além de jornalistas e dirigentes para a cidade de Medellín para a final da Copa Sul-Americana. A informação foi confirmada pela própria emissora.

Antes de se tornar comentarista de tevê, carreira que iniciou em 2012, Mario Sérgio foi um dos atletas mais talentosos de sua geração, reconhecido pela habilidade e criatividade. É citado no livro "Os 100 melhores jogadores brasileiros de todos os tempos", dos jornalistas Paulo Vinicius Coelho e André Kfouri.

Comentarista Mario Sérgio não sobreviveu Foto: Divulgação/ Fox

Cabeludo e com ar rebelde, Mario atuava com as meias arriadas. Sempre vestindo a camisa 11, ele desempenhava a função de falso ponteiro-esquerdo, meia e até armador. Ao longo de dezoito anos como jogador, Mário Sérgio colheu elogios na mesma proporção que recebeu críticas.

É considerado um dos melhores jogadores da história do Vitória, onde iniciou sua carreira na década de 1970. Começou a jogar pelo clube em 1971, mas o destaque veio no ano seguinte com a conquista do Campeonato Baiano. Foi contratado pelo Fluminense em 1975 para fazer parte da primeira versão da "Máquina Tricolor", com Rivelino, Paulo César, Gil, Manfrini e Edinho.

Mesmo com o título carioca de 1975, um desentendimento entre o presidente do Fluminense, Francisco Horta, e o jogador, acabou com sua passagem pelas Laranjeiras. No Internacional, Mário fez parte do time que conquistou o Brasileirão de 1979 de forma invicta.

Sua passagem pelo futebol paulista foi marcante, dentro e fora de campo. No São Paulo, clube pelo qual atuou em 1979, tornou-se conhecido por uma de suas jogadas características. Costumava dar um passe em que olhava para um lado e tocava para o outro confundindo a marcação adversária. Por isso, foi chamado de "Vesgo". Ganhou o apelido de 'rei do gatilho' após disparar tiros para o alto para assustar torcedores do São José, no Vale do Paraíba, que se manifestavam na saída da delegação são-paulina do Estádio Martins Pereira.

Na partida de volta, o placar do Morumbi anunciava "Mario Sérgio, o Rei do Gatilho". Mais tarde, Mario afirmou que as balas eram de festim e que se arrependia do fato. Mesmo com boas atuações, Mário não se adaptava ao esquema tático do técnico Cilinho e era acusado de problemas disciplinares. Foi no Vitória, da Bahia, que Mário se destacou através de dribles, ginga e lançamentos. Ele antevia a jogada. Olhava de um lado e lançava para o outro, por isso o apelido de Vesgo.

Ainda em 1983, foi contratado pelo Grêmio, a pedido do técnico Valdir Espinosa, apenas para a disputa do Mundial Interclubes. Entre os clubes que passou, Mario colecionou a fama de indisciplinado, o que fatalmente o afastava da seleção brasileira, apesar do enorme talento. Apesar de ter feito parte de toda a preparação da equipe para a disputa da Copa de 1982, ele foi cortado na última convocação, substituído por Eder, do Atlético-MG.

Confira imagens do acidente de avião do time da Chapecoense

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Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
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Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
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Sobreviventes do acidente

Foto: Felipe Rau/ Estadão
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Destroços do avião

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Destroços do avião

Foto: Reprodução/ Twitter
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Destroços do avião

Foto: Frady Builes/Reuters
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Destroços do avião

Foto: Fernando Vergara/AP
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Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Alan Ruschel

Foto: EFE/ Luis Eduardo Noriega
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Alan Ruschel

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Neto

Foto: AFP Photo/ Luis Acosta
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Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Rafael Henze

Foto: EFE/LUIS EDUARDO NORIEGA
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Resgate de corpos

Foto: AP Photo/ Luis Benavides
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo/ Raul Arboleda
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Resgate de corpos

Foto: AFP Photo
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Resgate de corpos

Foto: Fernando Vergara/AP
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Resgate de corpos

Foto: Mauricio Castañeda/EFE
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Caixas-pretas

Foto: Reprodução/Twitter
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Aeronave

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Torcedora mirim

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Arena Condá

Foto: André Penner/AP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: Renato Padilha/ Futura Press
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Arena Condá

Foto: Paulo Withaker/ Reutes
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/ Reuters
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Vestiário na Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Vestiário da Chapecoense

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Demerson evita vestiário do time da Chapecoense: 'Dá uma dor'

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: Reprodução/ Twitter
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Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Arena Condá

Foto: AFP
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Arena Condá

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Missa

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
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Missa

Foto: Nelson Almeida/AFP
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

Foto: Reprodução/ Twitter
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Cidade de Chapecó

Foto: Luis Lopes/Estadão
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Cidade de Chapecó

Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Brasília

Foto: Joedson Alves/EFE
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Torcedor mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores da Chapecoense

Foto: EFE/ Fernando Bizerra Jr.
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Torcedoras da Chapecoense

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores rezam na Arena Condá

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo
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Torcedor Mirim

Foto: Gabriela Bilo/ Estadão
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Torcedoras da Chapecoense

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: Nilton Fukuda/ Estadão
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'Não podemos desistir agora', afirma funcionário da Arena Condá

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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'Ele estava com um pressentimento ruim', conta viúva

Foto: Gabriela Biló|Estadão
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Torcedor mirim

Foto: Reuters/ Paulo Whitaker
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Torcedores na Arena Condá

Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr.

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