Uma das principais patrocinadoras da Fifa, a Visa voltou a pressionar a entidade nesta quarta-feira. Em audiência no Parlamento Britânico, em Londres, a vice-presidente Ellen Richey afirmou que a empresa encerrará a parceria caso não esteja "satisfeita" com as mudanças que a entidade promete fazer em seus procedimentos e estrutura.
"Há necessidades que precisam ser trabalhadas por um comitê independente. Nós avisamos a Fifa em diversas ocasiões que, se não estivermos satisfeitos com as mudanças, vamos rever o contrato do patrocínio", declarou Richey, ao lado de executivos do McDonald''s, Coca-Cola e Budweiser, todos também patrocinadores da Fifa.
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Os parceiros da entidade máxima do futebol estão preocupados com os integrantes que integram os grupos de trabalho, que tem o objetivo de reformar a Fifa. A maioria tem fortes laços com a atual gestão, que comanda a entidade desde 1998. O único membro independente do Comitê de Reforma é o advogado suíço François Carrard.
Além de Richey, Peter Franklin, diretor da Coca-Cola, se pronunciou na audiência do comitê de cultura, mídia e esporte do Parlamento. E afirmou que a empresa tem cobrado maior transparência quanto às finanças da Fifa. "Nós fizemos estes questionamentos e vamos continuar a fazê-lo", declarou Franklin. "Pagamos os valores definidos em contrato e pedimos para saber se o dinheiro está sendo gastado de forma apropriada."
Os patrocinadores da Fifa tem elevado o tom das cobranças nas últimas semanas, ainda na esteira do escândalo de corrupção que vem abalando a entidade. No dia 27 de maio, sete dirigentes foram presos em Zurique, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Desde então novas denúncias causaram a suspensão do presidente Joseph Blatter, do secretário-geral Jérôme Valcke, e do francês Michel Platini, favorito nas novas eleições da Fifa.