O técnico do Real Madrid, Zinedine Zidane, se mostrou a favor da entrada do sistema de auxílio com vídeo para árbitros (VAR) no futebol espanhol, após o ocorrido no estádio Mestalla, no gol legal não validado de Lionel Messi para o Barcelona contra o Valencia, mas afirmou que a tecnologia "tirará a espontaneidade do futebol". + Barça é prejudicado por juiz, mas empata com Valencia e mantém vantagem na ponta
+ Tabela: Campeonato Espanhol "Todos sabemos que a tecnologia muda e vai ser um sistema para melhorar o futebol, mas nós não decidimos (sobre o uso do VAR), é o futebol espanhol o que o faz", disse Zidane em entrevista coletiva, na qual não quis entrar em polêmicas.
"Não vou entrar porque o que buscamos aqui sempre é polêmica e eu não quero, me interessa a minha equipe. Há muita gente cujo trabalho é falar disso, não é o meu. Como treinador, alguém do futebol, como um apaixonado, quero que o futebol melhore, sem dúvida, mas o resto não é assunto meu".
Para Zidane, a entrada do VAR é necessária para a evolução do futebol, embora o treinador tenha se mostrado "romântico" com certos aspectos que pensa que serão perdidos.
"Algo se perde, seguramente. Conseguiremos algo por um lado, mas perderemos por outros aspectos do futebol. É inevitável. É certo que vamos para algo mais tecnológico e haverá menos problemas, daí a ideia de implantar o árbitro de vídeo, mas por outro lado nos tirará um pouco a espontaneidade do futebol", concluiu.
PRESIDENTE DA FIFA ELOGIA
Presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, exaltou nesta segunda-feira as experiências feitas com o sistema de auxílio com vídeo para árbitros de futebol, comparando a novidade com a tecnologia da linha do gol, implantada há alguns anos.
"É absolutamente normal, no século 21, ver como o VAR pode ajudar ao juiz a tomar decisões de forma correta. As experiências que tivemos foram extremamente positivas", destacou o dirigente, em declarações publicadas no site da entidade.
Para Infantino, o mais importante das diversas inovações que estão sendo inseridas no jogo é impedir que o erro se perpetue. "É igual a tecnologia de linha do gol, que garante que se um gol foi marcado, ele será dado para o time que o anotou", completou o suíço. / EFE