Considerando também os resultados do Torneio Open, disputado em dezembro, em Palhoça (SC), Chierighini fez o melhor tempo entre os brasileiros: 48s20, nas eliminatórias desta segunda-feira - foi 0s03 mais lento na final. Por isso, será o titular do revezamento 4x100m medley no nado crawl.
A segunda marca ficou com Nicolas Nilo Oliveira, que fez 48s30 nas eliminatórias e 48s54 na final, completando em segundo lugar. Assim como Chierighini, ele está garantido no revezamento 4x100m livre. Antes, havia se classificado para os 200m livre e para o 4x200m.
As demais vagas no revezamento ainda precisam ser confirmadas pela comissão técnica, o que vai acontecer assim que acabar o Maria Lenk. A tendência é que sejam convocados mais dois atletas, que seriam João de Lucca (48s59 nas eliminatórias) e Matheus Santana (48s71 no Open). Na final do Maria Lenk, nesta segunda, ele fizeram respectivamente 48s68 e 48s80, em quarto e quinto lugares, atrás também do canadense Santo Condorelli.
Matheus Santana, que chegou a fazer 48s25 em 2014 e não repetiu mais os ótimos resultados, seria convocado para nadar apenas o revezamento 4x100m livre e, pelo regulamento dos Jogos, precisará competir na semifinal ou na final, sob o risco de a equipe ser eliminada. João de Lucca estará nos Jogos para os 200m livre e, por isso, sua participação no revezamento não é mandatória.
Nos Jogos, a comissão técnica pode optar por abrir espaço no revezamento para os nadadores que se classificarem nos 50m livre. O problema é que Bruno Fratus fez 49s70 como melhor resultado nos 100m, pela manhã, e dificilmente merecerá essa chance. Cesar Cielo, por outro lado, fez 48s97 nas eliminatórias - depois, desistiu de nadar a final dos 100m. Caso se classifique nos 50m, na quarta-feira, pode ser aproveitado no revezamento. Senão, fica fora dos Jogos.
Gabriel Santos (48s84 na final) e Alan Vitória (48s96 no Open) também nadaram abaixo do índice olímpico nos 100m, mas não irão ao Rio-2016. Henrique Martins tinha a expectativa de fazer o índice, mas, doente, não competiu nesta segunda-feira.
Com os resultados do Maria Lenk, o Brasil tem Chierighini em nono do ranking mundial Nilo em 11.º e João de Lucca em 19.º. França e Austrália também tiveram seletivas fortíssimas e ambos têm quatro atletas cada no Top 25 do ranking mundial. A soma dos tempos dos quatro melhores brasileiros é 3min13s80, contra 3min12s07 dos australianos e 3min12s41 dos franceses. Os EUA também devem brigar pela medalha no 4x100m livre no Rio-2016.
OUTRAS PROVAS - Thiago Pereira falhou na tentativa de classificação ao Rio-2016 nos 200m peito. Ele venceu a prova no Troféu Maria Lenk, com o tempo de 2min11s86, e ficou a 0s20 do mínimo necessário. Os representantes serão Thiago Simon, que fez 2min11s29 no Torneio Open e disputará sua primeira Olimpíada, e Tales Cerdeira, que marcou 2min10s99 nas eliminatórias do Maria Lenk. Em Londres, Tales foi semifinalista da prova.
Os 200m peito confirmaram a ausência de Felipe Lima na Olimpíada. Bronze no Mundial de 2013 nos 100m peito, ele não conseguiu a vaga na prova mais curta (fez índice, mas ficou abaixo de João Luiz Gomes Júnior e Felipe França) e também não teve sucesso nos 200m. Na final, fez só 2min14s94, em penúltimo.
Nos 200m borboleta, Joanna Maranhão assegurou o direito de nadar a prova no Rio-2016 mesmo sem ter feito o chamado "índice A" da Federação Internacional de Natação (Fina), também exigido pela confederação brasileira (CBDA). Ela será convocada para competir nos 200m medley, prova no qual atingiu o índice, e pode ser inscrita nos 200m borboleta porque tem o "índice B", mais fraco, e porque o Brasil não terá outra representante na disputa.
Nesta segunda-feira, ela venceu o Maria Lenk com o tempo de 2min11s75, baixando em 0s01 a marca da manhã. Ficou relativamente distante do índice A, que é 2min09s33. A segunda melhor brasileira, Maria Pessanha, completou a prova em 2min17s11.