O desempenho de Cuba foi um dos destaques negativos da Olimpíada de Pequim. Com apenas duas medalhas de ouro, a ilha terminou os Jogos na 28ª colocação no quadro de medalhas, e deu início a uma série de teorias sobre os motivos de sua decadência olímpica. Mas para Fidel Castro, ex-governante do país, a razão é uma só: a má vontade dos árbitros. "Não sou obrigado a ficar calado diante da máfia. Foi um crime o que fizeram com nossos jovens da equipe de boxe, para completar o trabalho de roubar os atletas do Terceiro Mundo. Por isso, deixaram Cuba sem uma única medalha de ouro nesta modalidade", escreveu Fidel em sua coluna desta segunda-feira no jornal "Granma". O político afirmou, também, que o lutador Angel Valodia Matos, do tae kwon do, não deveria ser banido do esporte pela agressão a um árbitro, depois de perder a disputa pela medalha de bronze. "Ele estava assombrado por uma decisão que lhe pareceu completamente injusta. Há esportes em que a arbitragem está muito corrompida, e nosso atletas lutam contra o adversário e o árbitro", reclamou. Fidel fez questão de exaltar, também, os medalhistas de prata e bronze do país. "Eles têm um enorme mérito como representantes do esporte amador, que deu origem ao movimento olímpico. São exemplos insuperáveis no mundo."
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