O ala de 35 anos, que confirmou na quarta-feira que vai ficar afastado pelo restante da temporada por causa de uma lesão no joelho esquerdo, sofrida em 17 de dezembro, terá pela frente talvez o maior desafio da carreira.
É difícil imaginar desafio maior do que voltar sete meses depois de uma cirurgia delicada no tendão de Aquiles do pé esquerdo, mas, na carreira de Kobe, o que vem na sequência parece sempre apresentar ainda mais dificuldades.
Com mais dois anos de contrato com os Lakers, recebendo US$ 24 milhões por temporada, Kobe, um sujeito realmente competitivo, não vai aceitar se aposentar desta maneira, por baixo.
As primeiras palavras logo após o fim de uma temporada de apenas seis jogos, com 29,5 minutos em quadra de média, deixaram claro o sentimento de Kobe. "Estou ansioso para voltar e pronto para começar a pré-temporada", disse o jogador, que registrou 13,8 pontos (aproveitamento de 42,5%), 6,3 assistências e 4,3 rebotes.
O trabalho de Kobe nos bastidores precisa ser intenso. O astro vai se concentrar na recuperação e montagem do time. O ala, com certeza, não vai tolerar ter uma equipe remendada ao seu lado.
Nesta temporada, os Lakers, que sofreram bastante pela ausência de Kobe, foram um grande catadão de jogadores medianos. Não à toa fazem campanha pífia, com 22 vitórias e 42 derrotas.
Será necessário definir rapidamente se Steve Nash e Pau Gasol vão voltar para a próxima temporada. O veterano armador não sabe mais se o corpo aguenta o ritmo frenético da liga e o espanhol está bastante insatisfeito e já ameaçou romper o acordo, antes de o clube decidir por este caminho.
A equipe californiana também está atenta ao draft. Penúltimo colocado na Conferência Oeste e sexto pior no geral até aqui, o Los Angeles pode conseguir uma boa posição na escolha dos novatos, em uma classe que promete ser a mais promissora dos últimos anos.
Com um bom rookie e movimentos corretos no mercado (dinheiro não falta porque o time nunca se importa de pagar taxas), os Lakers podem realmente dar a Kobe uma equipe forte para ajudá-lo a superar mais um desafio.
Sem respaldo, o jogador, que sempre será lembrando por ser um dos maiores da história, corre sério risco de pendurar os tênis sem o mesmo brilho que emanou ao longo da carreira.