Murray voltou a ser seu maior adversário


Na final do Aberto da Austrália, escocês sofreu um colapso mental do tipo que não se via durante sua parceria com Ivan Lendl

Por Mateus Silva Alves

Não é preciso ser um especialista em tênis para entender por que Andy Murray perdeu para Novak Djokovic na final do Aberto da Austrália. Quem assistiu ao jogo percebeu que a cabeça do escocês o deixou na mão no meio do terceiro set - quando ele parou de ganhar games, não por coincidência. Por estranho que pareça, a decisão em Melbourne foi muito mais perdida por Murray do que ganha por Djokovic.

O sérvio, obviamente, merece todos os louros por sua quinta vitória na Austrália, a oitava em Grand Slams. É um monstro que certamente encerrará a carreira consagrado como um dos melhores jogadores da história do tênis. Mas Djokovic não foi brilhante na edição de 2015 do torneio. Ele chegou à semifinal de maneira segura, mas não espetacular, e fez uma partida cheia de altos e baixos contra Stanislas Wawrinka. Na final, mostrou alguma fragilidade física e só foi campeão porque mentalmente é um colosso, como é sabido. E porque Murray "pirou", claro, o que nos leva de volta ao assunto principal deste texto.

O colapso mental do escocês na final valoriza demais a sua finada parceria com Ivan Lendl. Foi só enquanto esteve aos cuidados do mito checo que Murray conseguiu controlar seus demônios nos grandes momentos. Não à toa, foi com Lendl que ele ganhou seus maiores títulos, Aberto dos Estados Unidos, Wimbledon e Jogos Olímpicos.

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Agora Murray tem um problema a resolver. E dos grandes. Sob o comando de Amelie Mauresmo, ou de qualquer outro treinador, ele terá de recuperar a força mental dos tempos de Lendl. Do contrário, continuará se submetendo a constrangimentos públicos como o de Melbourne, com seus auto-xingamentos no último volume e o pneu no set final. Pior do que isso, vai ganhar menos títulos grandes do que o seu enorme talento permitiria em outras circunstâncias.

Por falar em problema para resolver, Maria Sharapova também tem um bem complicado. Ela jogou muito contra Serena Williams no sábado, especialmente no segundo set, e nem asim conseguiu quebrar o jejum de vitórias sobre a rival (a última foi em 2004). E tudo girou em torno do saque de Serena, um assombro de força e regularidade. Ficou ainda mais claro que para ganhar da americana a russa precisa contar com um dia ruim de Serena no serviço. Do contrário, vai lutar como sempre e ver a rival levantar a taça, também como sempre.

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Com a cabeça ótima, Novak Djokovic curtiu a segunda-feira ensolarada de Melbourne Foto: Estadão

Não é preciso ser um especialista em tênis para entender por que Andy Murray perdeu para Novak Djokovic na final do Aberto da Austrália. Quem assistiu ao jogo percebeu que a cabeça do escocês o deixou na mão no meio do terceiro set - quando ele parou de ganhar games, não por coincidência. Por estranho que pareça, a decisão em Melbourne foi muito mais perdida por Murray do que ganha por Djokovic.

O sérvio, obviamente, merece todos os louros por sua quinta vitória na Austrália, a oitava em Grand Slams. É um monstro que certamente encerrará a carreira consagrado como um dos melhores jogadores da história do tênis. Mas Djokovic não foi brilhante na edição de 2015 do torneio. Ele chegou à semifinal de maneira segura, mas não espetacular, e fez uma partida cheia de altos e baixos contra Stanislas Wawrinka. Na final, mostrou alguma fragilidade física e só foi campeão porque mentalmente é um colosso, como é sabido. E porque Murray "pirou", claro, o que nos leva de volta ao assunto principal deste texto.

O colapso mental do escocês na final valoriza demais a sua finada parceria com Ivan Lendl. Foi só enquanto esteve aos cuidados do mito checo que Murray conseguiu controlar seus demônios nos grandes momentos. Não à toa, foi com Lendl que ele ganhou seus maiores títulos, Aberto dos Estados Unidos, Wimbledon e Jogos Olímpicos.

Agora Murray tem um problema a resolver. E dos grandes. Sob o comando de Amelie Mauresmo, ou de qualquer outro treinador, ele terá de recuperar a força mental dos tempos de Lendl. Do contrário, continuará se submetendo a constrangimentos públicos como o de Melbourne, com seus auto-xingamentos no último volume e o pneu no set final. Pior do que isso, vai ganhar menos títulos grandes do que o seu enorme talento permitiria em outras circunstâncias.

Por falar em problema para resolver, Maria Sharapova também tem um bem complicado. Ela jogou muito contra Serena Williams no sábado, especialmente no segundo set, e nem asim conseguiu quebrar o jejum de vitórias sobre a rival (a última foi em 2004). E tudo girou em torno do saque de Serena, um assombro de força e regularidade. Ficou ainda mais claro que para ganhar da americana a russa precisa contar com um dia ruim de Serena no serviço. Do contrário, vai lutar como sempre e ver a rival levantar a taça, também como sempre.

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Com a cabeça ótima, Novak Djokovic curtiu a segunda-feira ensolarada de Melbourne Foto: Estadão

Não é preciso ser um especialista em tênis para entender por que Andy Murray perdeu para Novak Djokovic na final do Aberto da Austrália. Quem assistiu ao jogo percebeu que a cabeça do escocês o deixou na mão no meio do terceiro set - quando ele parou de ganhar games, não por coincidência. Por estranho que pareça, a decisão em Melbourne foi muito mais perdida por Murray do que ganha por Djokovic.

O sérvio, obviamente, merece todos os louros por sua quinta vitória na Austrália, a oitava em Grand Slams. É um monstro que certamente encerrará a carreira consagrado como um dos melhores jogadores da história do tênis. Mas Djokovic não foi brilhante na edição de 2015 do torneio. Ele chegou à semifinal de maneira segura, mas não espetacular, e fez uma partida cheia de altos e baixos contra Stanislas Wawrinka. Na final, mostrou alguma fragilidade física e só foi campeão porque mentalmente é um colosso, como é sabido. E porque Murray "pirou", claro, o que nos leva de volta ao assunto principal deste texto.

O colapso mental do escocês na final valoriza demais a sua finada parceria com Ivan Lendl. Foi só enquanto esteve aos cuidados do mito checo que Murray conseguiu controlar seus demônios nos grandes momentos. Não à toa, foi com Lendl que ele ganhou seus maiores títulos, Aberto dos Estados Unidos, Wimbledon e Jogos Olímpicos.

Agora Murray tem um problema a resolver. E dos grandes. Sob o comando de Amelie Mauresmo, ou de qualquer outro treinador, ele terá de recuperar a força mental dos tempos de Lendl. Do contrário, continuará se submetendo a constrangimentos públicos como o de Melbourne, com seus auto-xingamentos no último volume e o pneu no set final. Pior do que isso, vai ganhar menos títulos grandes do que o seu enorme talento permitiria em outras circunstâncias.

Por falar em problema para resolver, Maria Sharapova também tem um bem complicado. Ela jogou muito contra Serena Williams no sábado, especialmente no segundo set, e nem asim conseguiu quebrar o jejum de vitórias sobre a rival (a última foi em 2004). E tudo girou em torno do saque de Serena, um assombro de força e regularidade. Ficou ainda mais claro que para ganhar da americana a russa precisa contar com um dia ruim de Serena no serviço. Do contrário, vai lutar como sempre e ver a rival levantar a taça, também como sempre.

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Com a cabeça ótima, Novak Djokovic curtiu a segunda-feira ensolarada de Melbourne Foto: Estadão

Não é preciso ser um especialista em tênis para entender por que Andy Murray perdeu para Novak Djokovic na final do Aberto da Austrália. Quem assistiu ao jogo percebeu que a cabeça do escocês o deixou na mão no meio do terceiro set - quando ele parou de ganhar games, não por coincidência. Por estranho que pareça, a decisão em Melbourne foi muito mais perdida por Murray do que ganha por Djokovic.

O sérvio, obviamente, merece todos os louros por sua quinta vitória na Austrália, a oitava em Grand Slams. É um monstro que certamente encerrará a carreira consagrado como um dos melhores jogadores da história do tênis. Mas Djokovic não foi brilhante na edição de 2015 do torneio. Ele chegou à semifinal de maneira segura, mas não espetacular, e fez uma partida cheia de altos e baixos contra Stanislas Wawrinka. Na final, mostrou alguma fragilidade física e só foi campeão porque mentalmente é um colosso, como é sabido. E porque Murray "pirou", claro, o que nos leva de volta ao assunto principal deste texto.

O colapso mental do escocês na final valoriza demais a sua finada parceria com Ivan Lendl. Foi só enquanto esteve aos cuidados do mito checo que Murray conseguiu controlar seus demônios nos grandes momentos. Não à toa, foi com Lendl que ele ganhou seus maiores títulos, Aberto dos Estados Unidos, Wimbledon e Jogos Olímpicos.

Agora Murray tem um problema a resolver. E dos grandes. Sob o comando de Amelie Mauresmo, ou de qualquer outro treinador, ele terá de recuperar a força mental dos tempos de Lendl. Do contrário, continuará se submetendo a constrangimentos públicos como o de Melbourne, com seus auto-xingamentos no último volume e o pneu no set final. Pior do que isso, vai ganhar menos títulos grandes do que o seu enorme talento permitiria em outras circunstâncias.

Por falar em problema para resolver, Maria Sharapova também tem um bem complicado. Ela jogou muito contra Serena Williams no sábado, especialmente no segundo set, e nem asim conseguiu quebrar o jejum de vitórias sobre a rival (a última foi em 2004). E tudo girou em torno do saque de Serena, um assombro de força e regularidade. Ficou ainda mais claro que para ganhar da americana a russa precisa contar com um dia ruim de Serena no serviço. Do contrário, vai lutar como sempre e ver a rival levantar a taça, também como sempre.

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