Após ser acusado de agredir a ex-namorada, o holandês Camiel Eurlings renunciou ao cargo no Comitê Olímpico Internacional (COI) que ocupava desde 2013. "Lamento muito o curso dos eventos", disse Eurlings, nesta sexta-feira, em um comunicado para a mídia holandesa. "Com dor no meu coração, renuncio como membro do COI", afirmou.
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Eurlings foi acusado de agressão em 2015 por uma então namorada. Um acordo foi feito no ano passado para resolver o caso sem acusações criminais e nenhuma admissão de culpa do agora ex-membro do COI e que também foi ministro dos Transportes e Navegação da Holanda, e presidente da companhia aérea KLM.
O COI não tomou nenhuma ação no ano passado, descrevendo o caso então como "assunto privado". Nesta sexta-feira, o corpo olímpico confirmou que aceitou sua renúncia "com pesar". "Apesar de lamentarmos sua decisão, que é pessoal, respeitamos a decisão tomada no interesse do COI, do movimento olímpico e de todos envolvidos", informou a entidade em um comunicado.
Camiel Eurlings, de 44 anos, foi eleito pelo COI em 2013 para suceder o rei Willem-Alexander, que deixou a entidade olímpica depois de se tornar o monarca holandês naquele ano, e cresceu rapidamente nos círculos olímpicos. Foi nomeado para presidir a comissão de comunicação do COI e foi um dos cinco membros escolhidos para estar à frente do influente painel de finanças.
"Agradecemos a sua contribuição", disse o COI, que o descreveu como "forte defensor das reformas na organização", o que, segundo o COI, ajudou as pequenas nações a sediarem os Jogos Olímpicos.
A saída da Eurlings deixa o COI com 99 membros antes da reunião da sessão no mês que vem, na Coreia do Sul, que antecede os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.