Mineirinho conquista o mundo e é campeão de surfe pela 1ª vez


Brasileiro vai à final e supera matematicamente Mick Fanning

Por Paulo Favero e enviado especial ao Havaí

Atualizada às 21h

Pela segunda vez consecutiva um brasileiro conquista o título mundial de surfe. Adriano de Souza, o Mineirinho, teve uma atuação brilhante no Billabong Pipe Masters, ganhou a etapa e superou o favorito australiano Mick Fanning - graças também à ajuda de Medina, que eliminou o rival na semifinal.

“Cheguei ao topo do mundo graças a R$ 30, que foi o valor que o meu irmão pagou para comprar a minha primeira prancha quando a gente não tinha condição de ter um gasto desses. Dedico essa vitória a ele”, afirmou Mineirinho, que foi carregado por dezenas de torcedores brasileiros que estavam na praia em Pipeline.

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O surfista do Guarujá sabia que precisava terminar a última etapa do Circuito Mundial à frente de Fanning, que chegou ao evento como líder e via em outro brasileiro, Filipe Toledo, seu maior adversário. Só que Filipinho caiu na terceira fase e deixou o caminho aberto para o australiano, que despachou dois especialistas em Pipeline em fases decisivas, Jamie O’Brien e Kelly Slater.

Última etapa do Circuito Mundial de Surfe 2015

1 | 32

Medina e Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
2 | 32

Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Medina e Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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MIneirinho é campeão em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho é campeão em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
6 | 32

Mineirinho conquista o mundo e é campeão de surfe pela 1ª vez

Foto: Divulgação
7 | 32

Mick Fanning e Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
8 | 32

Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
9 | 32

Gabriel Medina em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
10 | 32

Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
11 | 32

Gabriel Medina, surfista brasileiro

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
12 | 32

Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
13 | 32

Filipe Toledo

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
14 | 32

Etapa de Pipeline é adiada

Foto: Marcio Fernandes/ Estadão
15 | 32

Adriano de Souza passa na repescagem

Foto: WSL/ Divulgação
16 | 32

Filipe Toledo avança em Pipeline

Foto: WSL/ Divulgação
17 | 32

Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
18 | 32

Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
19 | 32

Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
20 | 32

Filipinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
21 | 32

Surfe

Foto: Marcio Fernandes
22 | 32

Surfe

Foto: Marcio Feranndes/Estadão
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
25 | 32

Surfista Gabriel Medina treina no Havaí

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
26 | 32

Gabriel Medina treina no Havaí

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
27 | 32

Tricampeão Mick Fanning desafia os brasileiros no Havaí

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
28 | 32

Pipeline recebe última etapa do Circuito Mundial de Surfe

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
29 | 32

Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
30 | 32

Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
31 | 32

Surfe

Foto: Marcio Fernandes
32 | 32

Liga Mundial de Surfe festeja bom momento do surfe

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Aos 34 anos, Fanning teve um temporada bastante regular, com vitórias em Bells Beach e Trestles antes de chegar ao Havaí como favorito. Mesmo com a notícia da morte de seu irmão na quarta-feira, ele competiu com brilho e foi avançando no Pipe Masters. Nesta quinta-feira ele chegou à semifinal, mas foi eliminado por Medina na primeira semifinal e ficou dependendo da derrota de Mineirinho na outra para ser campeão.

O brasileiro fez a sua parte e foi passando as baterias na base da raça e do talento. Na semifinal, viu o amigo Gabriel Medina, já sem chances de conquistar o bicampeonato, eliminar Fanning com um belo aéreo nos últimos segundos da disputa. Então Mineirinho seria campeão se superasse o local Mason Ho na outra bateria. “É um sentimento incrível ser campeão. No meio da corrida do título achava que o Mick merecia mais do que eu, ele é um grande homem e três vezes campeão mundial, e estava lutando contra alguém que queria seu primeiro título”, contou.

O surfista vibrou ainda mais porque ajudou a quebrar o estigma que existe em relação aos brasileiros. “A gente sempre foi muito massacrado, com fama de não saber surfar onda grande. Ganhei em Margaret River com ondas de 15 pés e o Gabriel mostrou em Teahupoo que podemos. Eu quebrei um tabu muito grande, porque as pessoas falavam que um cara do Guarujá não sabe surfar onda buraco. Sou campeão do mundo e do Pipe Masters.”

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Com um surfe competitivo, sem brilho em um mar de poucas ondas, Mineirinho fez o suficiente para chegar à decisão e manter o título mundial no Brasil. No final, ele ainda dedicou a façanha ao amigo Ricardinho dos Santos, assassinado no início do ano por um policial em Santa Catarina.

“Queria agradecer muito a Deus por esse momento e pelo Ricardo lá em cima. Eu também dedico esse troféu a ele. Eu fiz uma homenagem com uma tatuagem aqui no braço, ele estará comigo para sempre, vou carregar a alma dele comigo.”

MOMENTO CRÍTICO

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Na temporada, Mineirinho chegou ao Havaí com uma vitória em Margaret River, na Austrália, e outras duas finais, em Bells Beach e Trestles. Em Portugal, na penúltima etapa do ano, ele ficou em 13º lugar e achou que não conseguiria mais o cobiçado troféu. “Quando perdi em Portugal, achei que o título estava escorrendo pelas minhas mãos. Mas eu me dediquei muito para chegar a essa conquista.”

O título de Mineirinho é mais um capítulo do bom momento do surfe no Brasil. Os últimos dois campeões são paulistas, o vencedor do WQS, uma espécie de segunda divisão, foi Caio Ibelli, e o País vem mostrando talento nas competições. Só para se ter uma ideia, os três troféus mais cobiçados no Havaí ficaram com brasileiros: Mineirinho com o título mundial e o Pipe Masters, e Medina com a Tríplice Coroa Havaiana. “Ninguém acreditava que eu pudesse vencer nos tubos daqui, mas realizei o meu sonho.”

Atualizada às 21h

Pela segunda vez consecutiva um brasileiro conquista o título mundial de surfe. Adriano de Souza, o Mineirinho, teve uma atuação brilhante no Billabong Pipe Masters, ganhou a etapa e superou o favorito australiano Mick Fanning - graças também à ajuda de Medina, que eliminou o rival na semifinal.

“Cheguei ao topo do mundo graças a R$ 30, que foi o valor que o meu irmão pagou para comprar a minha primeira prancha quando a gente não tinha condição de ter um gasto desses. Dedico essa vitória a ele”, afirmou Mineirinho, que foi carregado por dezenas de torcedores brasileiros que estavam na praia em Pipeline.

O surfista do Guarujá sabia que precisava terminar a última etapa do Circuito Mundial à frente de Fanning, que chegou ao evento como líder e via em outro brasileiro, Filipe Toledo, seu maior adversário. Só que Filipinho caiu na terceira fase e deixou o caminho aberto para o australiano, que despachou dois especialistas em Pipeline em fases decisivas, Jamie O’Brien e Kelly Slater.

Última etapa do Circuito Mundial de Surfe 2015

1 | 32

Medina e Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Medina e Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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MIneirinho é campeão em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho é campeão em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho conquista o mundo e é campeão de surfe pela 1ª vez

Foto: Divulgação
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Mick Fanning e Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina, surfista brasileiro

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Filipe Toledo

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Etapa de Pipeline é adiada

Foto: Marcio Fernandes/ Estadão
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Adriano de Souza passa na repescagem

Foto: WSL/ Divulgação
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Filipe Toledo avança em Pipeline

Foto: WSL/ Divulgação
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Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Filipinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfe

Foto: Marcio Feranndes/Estadão
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfista Gabriel Medina treina no Havaí

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina treina no Havaí

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Tricampeão Mick Fanning desafia os brasileiros no Havaí

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Pipeline recebe última etapa do Circuito Mundial de Surfe

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Liga Mundial de Surfe festeja bom momento do surfe

Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Aos 34 anos, Fanning teve um temporada bastante regular, com vitórias em Bells Beach e Trestles antes de chegar ao Havaí como favorito. Mesmo com a notícia da morte de seu irmão na quarta-feira, ele competiu com brilho e foi avançando no Pipe Masters. Nesta quinta-feira ele chegou à semifinal, mas foi eliminado por Medina na primeira semifinal e ficou dependendo da derrota de Mineirinho na outra para ser campeão.

O brasileiro fez a sua parte e foi passando as baterias na base da raça e do talento. Na semifinal, viu o amigo Gabriel Medina, já sem chances de conquistar o bicampeonato, eliminar Fanning com um belo aéreo nos últimos segundos da disputa. Então Mineirinho seria campeão se superasse o local Mason Ho na outra bateria. “É um sentimento incrível ser campeão. No meio da corrida do título achava que o Mick merecia mais do que eu, ele é um grande homem e três vezes campeão mundial, e estava lutando contra alguém que queria seu primeiro título”, contou.

O surfista vibrou ainda mais porque ajudou a quebrar o estigma que existe em relação aos brasileiros. “A gente sempre foi muito massacrado, com fama de não saber surfar onda grande. Ganhei em Margaret River com ondas de 15 pés e o Gabriel mostrou em Teahupoo que podemos. Eu quebrei um tabu muito grande, porque as pessoas falavam que um cara do Guarujá não sabe surfar onda buraco. Sou campeão do mundo e do Pipe Masters.”

Com um surfe competitivo, sem brilho em um mar de poucas ondas, Mineirinho fez o suficiente para chegar à decisão e manter o título mundial no Brasil. No final, ele ainda dedicou a façanha ao amigo Ricardinho dos Santos, assassinado no início do ano por um policial em Santa Catarina.

“Queria agradecer muito a Deus por esse momento e pelo Ricardo lá em cima. Eu também dedico esse troféu a ele. Eu fiz uma homenagem com uma tatuagem aqui no braço, ele estará comigo para sempre, vou carregar a alma dele comigo.”

MOMENTO CRÍTICO

Na temporada, Mineirinho chegou ao Havaí com uma vitória em Margaret River, na Austrália, e outras duas finais, em Bells Beach e Trestles. Em Portugal, na penúltima etapa do ano, ele ficou em 13º lugar e achou que não conseguiria mais o cobiçado troféu. “Quando perdi em Portugal, achei que o título estava escorrendo pelas minhas mãos. Mas eu me dediquei muito para chegar a essa conquista.”

O título de Mineirinho é mais um capítulo do bom momento do surfe no Brasil. Os últimos dois campeões são paulistas, o vencedor do WQS, uma espécie de segunda divisão, foi Caio Ibelli, e o País vem mostrando talento nas competições. Só para se ter uma ideia, os três troféus mais cobiçados no Havaí ficaram com brasileiros: Mineirinho com o título mundial e o Pipe Masters, e Medina com a Tríplice Coroa Havaiana. “Ninguém acreditava que eu pudesse vencer nos tubos daqui, mas realizei o meu sonho.”

Atualizada às 21h

Pela segunda vez consecutiva um brasileiro conquista o título mundial de surfe. Adriano de Souza, o Mineirinho, teve uma atuação brilhante no Billabong Pipe Masters, ganhou a etapa e superou o favorito australiano Mick Fanning - graças também à ajuda de Medina, que eliminou o rival na semifinal.

“Cheguei ao topo do mundo graças a R$ 30, que foi o valor que o meu irmão pagou para comprar a minha primeira prancha quando a gente não tinha condição de ter um gasto desses. Dedico essa vitória a ele”, afirmou Mineirinho, que foi carregado por dezenas de torcedores brasileiros que estavam na praia em Pipeline.

O surfista do Guarujá sabia que precisava terminar a última etapa do Circuito Mundial à frente de Fanning, que chegou ao evento como líder e via em outro brasileiro, Filipe Toledo, seu maior adversário. Só que Filipinho caiu na terceira fase e deixou o caminho aberto para o australiano, que despachou dois especialistas em Pipeline em fases decisivas, Jamie O’Brien e Kelly Slater.

Última etapa do Circuito Mundial de Surfe 2015

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Medina e Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Medina e Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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MIneirinho é campeão em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho é campeão em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho conquista o mundo e é campeão de surfe pela 1ª vez

Foto: Divulgação
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Mick Fanning e Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

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Gabriel Medina, surfista brasileiro

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

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Filipe Toledo

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Etapa de Pipeline é adiada

Foto: Marcio Fernandes/ Estadão
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Adriano de Souza passa na repescagem

Foto: WSL/ Divulgação
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Filipe Toledo avança em Pipeline

Foto: WSL/ Divulgação
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Gabriel Medina

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Mineirinho

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Mick Fanning

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Filipinho

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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfe

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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfista Gabriel Medina treina no Havaí

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina treina no Havaí

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Tricampeão Mick Fanning desafia os brasileiros no Havaí

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Pipeline recebe última etapa do Circuito Mundial de Surfe

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina

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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Liga Mundial de Surfe festeja bom momento do surfe

Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Aos 34 anos, Fanning teve um temporada bastante regular, com vitórias em Bells Beach e Trestles antes de chegar ao Havaí como favorito. Mesmo com a notícia da morte de seu irmão na quarta-feira, ele competiu com brilho e foi avançando no Pipe Masters. Nesta quinta-feira ele chegou à semifinal, mas foi eliminado por Medina na primeira semifinal e ficou dependendo da derrota de Mineirinho na outra para ser campeão.

O brasileiro fez a sua parte e foi passando as baterias na base da raça e do talento. Na semifinal, viu o amigo Gabriel Medina, já sem chances de conquistar o bicampeonato, eliminar Fanning com um belo aéreo nos últimos segundos da disputa. Então Mineirinho seria campeão se superasse o local Mason Ho na outra bateria. “É um sentimento incrível ser campeão. No meio da corrida do título achava que o Mick merecia mais do que eu, ele é um grande homem e três vezes campeão mundial, e estava lutando contra alguém que queria seu primeiro título”, contou.

O surfista vibrou ainda mais porque ajudou a quebrar o estigma que existe em relação aos brasileiros. “A gente sempre foi muito massacrado, com fama de não saber surfar onda grande. Ganhei em Margaret River com ondas de 15 pés e o Gabriel mostrou em Teahupoo que podemos. Eu quebrei um tabu muito grande, porque as pessoas falavam que um cara do Guarujá não sabe surfar onda buraco. Sou campeão do mundo e do Pipe Masters.”

Com um surfe competitivo, sem brilho em um mar de poucas ondas, Mineirinho fez o suficiente para chegar à decisão e manter o título mundial no Brasil. No final, ele ainda dedicou a façanha ao amigo Ricardinho dos Santos, assassinado no início do ano por um policial em Santa Catarina.

“Queria agradecer muito a Deus por esse momento e pelo Ricardo lá em cima. Eu também dedico esse troféu a ele. Eu fiz uma homenagem com uma tatuagem aqui no braço, ele estará comigo para sempre, vou carregar a alma dele comigo.”

MOMENTO CRÍTICO

Na temporada, Mineirinho chegou ao Havaí com uma vitória em Margaret River, na Austrália, e outras duas finais, em Bells Beach e Trestles. Em Portugal, na penúltima etapa do ano, ele ficou em 13º lugar e achou que não conseguiria mais o cobiçado troféu. “Quando perdi em Portugal, achei que o título estava escorrendo pelas minhas mãos. Mas eu me dediquei muito para chegar a essa conquista.”

O título de Mineirinho é mais um capítulo do bom momento do surfe no Brasil. Os últimos dois campeões são paulistas, o vencedor do WQS, uma espécie de segunda divisão, foi Caio Ibelli, e o País vem mostrando talento nas competições. Só para se ter uma ideia, os três troféus mais cobiçados no Havaí ficaram com brasileiros: Mineirinho com o título mundial e o Pipe Masters, e Medina com a Tríplice Coroa Havaiana. “Ninguém acreditava que eu pudesse vencer nos tubos daqui, mas realizei o meu sonho.”

Atualizada às 21h

Pela segunda vez consecutiva um brasileiro conquista o título mundial de surfe. Adriano de Souza, o Mineirinho, teve uma atuação brilhante no Billabong Pipe Masters, ganhou a etapa e superou o favorito australiano Mick Fanning - graças também à ajuda de Medina, que eliminou o rival na semifinal.

“Cheguei ao topo do mundo graças a R$ 30, que foi o valor que o meu irmão pagou para comprar a minha primeira prancha quando a gente não tinha condição de ter um gasto desses. Dedico essa vitória a ele”, afirmou Mineirinho, que foi carregado por dezenas de torcedores brasileiros que estavam na praia em Pipeline.

O surfista do Guarujá sabia que precisava terminar a última etapa do Circuito Mundial à frente de Fanning, que chegou ao evento como líder e via em outro brasileiro, Filipe Toledo, seu maior adversário. Só que Filipinho caiu na terceira fase e deixou o caminho aberto para o australiano, que despachou dois especialistas em Pipeline em fases decisivas, Jamie O’Brien e Kelly Slater.

Última etapa do Circuito Mundial de Surfe 2015

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Medina e Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Medina e Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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MIneirinho é campeão em Pipeline

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Mineirinho é campeão em Pipeline

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Mineirinho conquista o mundo e é campeão de surfe pela 1ª vez

Foto: Divulgação
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Mick Fanning e Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina em Pipeline

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina, surfista brasileiro

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

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Filipe Toledo

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Etapa de Pipeline é adiada

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Adriano de Souza passa na repescagem

Foto: WSL/ Divulgação
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Filipe Toledo avança em Pipeline

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Gabriel Medina

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Mineirinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Mick Fanning

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Filipinho

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfe

Foto: Marcio Feranndes/Estadão
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Surfe

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Surfista Gabriel Medina treina no Havaí

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina treina no Havaí

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Tricampeão Mick Fanning desafia os brasileiros no Havaí

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Pipeline recebe última etapa do Circuito Mundial de Surfe

Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Gabriel Medina

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Surfe

Foto: Marcio Fernandes
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Liga Mundial de Surfe festeja bom momento do surfe

Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Aos 34 anos, Fanning teve um temporada bastante regular, com vitórias em Bells Beach e Trestles antes de chegar ao Havaí como favorito. Mesmo com a notícia da morte de seu irmão na quarta-feira, ele competiu com brilho e foi avançando no Pipe Masters. Nesta quinta-feira ele chegou à semifinal, mas foi eliminado por Medina na primeira semifinal e ficou dependendo da derrota de Mineirinho na outra para ser campeão.

O brasileiro fez a sua parte e foi passando as baterias na base da raça e do talento. Na semifinal, viu o amigo Gabriel Medina, já sem chances de conquistar o bicampeonato, eliminar Fanning com um belo aéreo nos últimos segundos da disputa. Então Mineirinho seria campeão se superasse o local Mason Ho na outra bateria. “É um sentimento incrível ser campeão. No meio da corrida do título achava que o Mick merecia mais do que eu, ele é um grande homem e três vezes campeão mundial, e estava lutando contra alguém que queria seu primeiro título”, contou.

O surfista vibrou ainda mais porque ajudou a quebrar o estigma que existe em relação aos brasileiros. “A gente sempre foi muito massacrado, com fama de não saber surfar onda grande. Ganhei em Margaret River com ondas de 15 pés e o Gabriel mostrou em Teahupoo que podemos. Eu quebrei um tabu muito grande, porque as pessoas falavam que um cara do Guarujá não sabe surfar onda buraco. Sou campeão do mundo e do Pipe Masters.”

Com um surfe competitivo, sem brilho em um mar de poucas ondas, Mineirinho fez o suficiente para chegar à decisão e manter o título mundial no Brasil. No final, ele ainda dedicou a façanha ao amigo Ricardinho dos Santos, assassinado no início do ano por um policial em Santa Catarina.

“Queria agradecer muito a Deus por esse momento e pelo Ricardo lá em cima. Eu também dedico esse troféu a ele. Eu fiz uma homenagem com uma tatuagem aqui no braço, ele estará comigo para sempre, vou carregar a alma dele comigo.”

MOMENTO CRÍTICO

Na temporada, Mineirinho chegou ao Havaí com uma vitória em Margaret River, na Austrália, e outras duas finais, em Bells Beach e Trestles. Em Portugal, na penúltima etapa do ano, ele ficou em 13º lugar e achou que não conseguiria mais o cobiçado troféu. “Quando perdi em Portugal, achei que o título estava escorrendo pelas minhas mãos. Mas eu me dediquei muito para chegar a essa conquista.”

O título de Mineirinho é mais um capítulo do bom momento do surfe no Brasil. Os últimos dois campeões são paulistas, o vencedor do WQS, uma espécie de segunda divisão, foi Caio Ibelli, e o País vem mostrando talento nas competições. Só para se ter uma ideia, os três troféus mais cobiçados no Havaí ficaram com brasileiros: Mineirinho com o título mundial e o Pipe Masters, e Medina com a Tríplice Coroa Havaiana. “Ninguém acreditava que eu pudesse vencer nos tubos daqui, mas realizei o meu sonho.”

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