O craque muda tudo


Riquelme voltou de férias com a família ontem à noite e trouxe com ele a dívida de responder se aceita ou não ao convite do Palmeiras. Está de pé. Depois de quase acertar com o Boca Juniors, mas não fechar pelo tempo de contrato, Riquelme viajou para a praia com a informação de que diria à mulher e aos filhos que passará um ano jogando no Brasil, mas eles ficarão na Argentina.Para uma parte da diretoria verde, há muito otimismo quanto à resposta do meia por um contrato de dois anos, mas que só terá o segundo se o desempenho de Riquelme for satisfatório no primeiro.Se chegar, Riquelme muda o que se treinou no Palmeiras da última semana. Gilson Kleina dirigiu durante a primeira semana de trabalho do ano o mais pobre elenco dos quatro grandes de São Paulo. O Santos tem Neymar, Montillo e Marcos Assunção; o Corinthians jogará com Pato, Émerson e Guerrero; o São Paulo pode ter Vargas, Luís Fabiano e Ganso juntos.O Palmeiras teria um sistema 4-1-4-1 com marcação pressão no campo ofensivo. Barcos, Maikon Leite, Wesley, Patrick Vieira e Souza, que retorna de empréstimo ao Náutico fazem isso. Sobe marcação e mata o adversário como fazia a Ponte Preta de Kleina.Esse sistema, com Riquelme, não existe. O argentino marca menos e cadencia mais. O resto do time precisa trabalhar para que ele brilhe. São duas preocupações da comissão técnica, se Riquelme chegar mesmo: 1. o ambiente do vestiário; 2. o sistema que o proteja.Como o Palmeiras é, de longe, o mais pobre elenco do início do ano, é justo dizer que a comissão técnica vai ter de se virar para resolver os dois problemas. Riquelme pode resolver outros. Por exemplo, oferecer o passe preciso que deixe Barcos na cara do gol, como nenhum outro jogador do elenco parece ser capaz.

Por Paulo Vinícius Coelho

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