O jogo da montanha-russa


Por Luiz Zanin

Observador do futebol há tantos anos, eu já não devia me surpreender com coisa nenhuma. Mas me surpreendo. Falo, amigos, dessa vocação de montanha-russa que caracteriza o nosso esporte tão querido. Um sobe e desce sem cessar. Hoje o clube está por cima. Amanhã está por baixo. Vejam só caso do Corinthians. Quem diria que o clube do Parque São Jorge, que teve seu ano esplendoroso em 2012, fosse começar 2014 nessa draga sem fim. Bem, domingo pelo menos conseguiu empatar e deter a trajetória de derrotas. Empatou. Até jogou melhor que o adversário no segundo tempo. Mas parece que não sabia ganhar. Por que o Corinthians está tão mal? Francamente não sei. Quando um clube sofre um desmanche em regra, com a venda dos seus melhores valores e sem a chegada de substitutos à altura, fica fácil explicar. Mas não foi o que houve. O elenco era basicamente o mesmo. E a má campanha de 2013 acabou por derrubar Tite, possivelmente o treinador mais importante da história do Alvinegro. Pelo menos, foi aquele que o levou aos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. Um feito e tanto. Isso não o vacinou contra a queda e trouxeram em seu lugar Mano Menezes, defenestrado da seleção. Ninguém imaginava tanta turbulência. Afinal, Mano é velho conhecido do Corinthians. Mas não há sossego quando as vitórias não vêm. E a goleada sofrida diante do outro alvinegro paulista, o da Vila, azedou os humores da torcida. Que (parte dela, diga-se) manifestou-se da maneira mais idiota possível, invadindo dependências do clube e ameaçando jogadores. Não pode haver frase mais boçal do que essa - ou joga por amor ou joga por terror. Porque por terror ninguém joga. Apenas adiciona-se um grau a mais de instabilidade em um grupo já fragilizado. O fato é que a indesejada presença dessa facção de torcedores apenas ajudou a entornar um caldo já derramado pela metade. O time não estava rendendo, não conseguia vencer. Perdera até mesmo a força da defesa, sua principal característica, e passara a tomar gols. O ataque continuava com a inapetência de sempre. Talvez agravada. Sua principal contratação não funcionava. E não funcionou mesmo. Tanto assim que Pato foi trocado por Jadson, uma decisão polêmica da diretoria. Enfim, o que houve com o Corinthians senão uma séria fadiga de material, aquela força indefinível e invisível, que vai comendo os mecanismos por dentro, minando-lhes a força e a eficácia? Desgaste, que acontece em todas as relações humanas, até mesmo nas afetivas, e que no futebol se expressa de maneira dramática. O grupo é o mesmo, os desafios idênticos e, no entanto, algo começa a girar em falso. Já vimos isso acontecer várias vezes, e sempre sem maiores explicações de ordem racional. O futebol tem razões que a própria razão desconhece, se me permitem adaptar uma frase famosa. Outro mistério: por que um jogador não rende o que dele se espera? Refiro-me ao Pato, naturalmente. O boleiro chegou da Europa com a aura do craque - palavra, aliás, que usamos a torto e a direito, com muita leviandade. Todos esperamos que o Pato, vindo das Oropas, fosse deitar e rolar no fraco futebol interno do Brasil. Nada. Nadinha mesmo. Sua passagem pelo Corinthians foi tímida, nula, pífia. Mas será que era para esperar muito mais?, me pergunto. O garoto surgiu como um foguete no Internacional. Fez uma partida de arrasar contra o Palmeiras e logo foi vendido para a Europa, sem disputar um Grenal. Lá badalou muito, namorou a filha do capo Berlusconi e acabou voltando para o Brasil. Foi apenas um fogo de artifício, que brilhou rapidamente e se extinguiu?Sua transferência para o São Paulo será a chance de mostrar quem é. Se começar a comer a bola, sempre poderá dizer que não se adaptou ao Parque São Jorge, que aquele não era o seu ambiente, etc. E poderá dar a volta por cima em companhia de outro que também foi grande promessa e até agora não repetiu as suas primeiras atuações. Refiro-me, claro, a Paulo Henrique Ganso. De Pato a Ganso, podem formar no São Paulo uma dupla memorável. Pelo menos na teoria. Na prática, são outros quinhentos.

Observador do futebol há tantos anos, eu já não devia me surpreender com coisa nenhuma. Mas me surpreendo. Falo, amigos, dessa vocação de montanha-russa que caracteriza o nosso esporte tão querido. Um sobe e desce sem cessar. Hoje o clube está por cima. Amanhã está por baixo. Vejam só caso do Corinthians. Quem diria que o clube do Parque São Jorge, que teve seu ano esplendoroso em 2012, fosse começar 2014 nessa draga sem fim. Bem, domingo pelo menos conseguiu empatar e deter a trajetória de derrotas. Empatou. Até jogou melhor que o adversário no segundo tempo. Mas parece que não sabia ganhar. Por que o Corinthians está tão mal? Francamente não sei. Quando um clube sofre um desmanche em regra, com a venda dos seus melhores valores e sem a chegada de substitutos à altura, fica fácil explicar. Mas não foi o que houve. O elenco era basicamente o mesmo. E a má campanha de 2013 acabou por derrubar Tite, possivelmente o treinador mais importante da história do Alvinegro. Pelo menos, foi aquele que o levou aos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. Um feito e tanto. Isso não o vacinou contra a queda e trouxeram em seu lugar Mano Menezes, defenestrado da seleção. Ninguém imaginava tanta turbulência. Afinal, Mano é velho conhecido do Corinthians. Mas não há sossego quando as vitórias não vêm. E a goleada sofrida diante do outro alvinegro paulista, o da Vila, azedou os humores da torcida. Que (parte dela, diga-se) manifestou-se da maneira mais idiota possível, invadindo dependências do clube e ameaçando jogadores. Não pode haver frase mais boçal do que essa - ou joga por amor ou joga por terror. Porque por terror ninguém joga. Apenas adiciona-se um grau a mais de instabilidade em um grupo já fragilizado. O fato é que a indesejada presença dessa facção de torcedores apenas ajudou a entornar um caldo já derramado pela metade. O time não estava rendendo, não conseguia vencer. Perdera até mesmo a força da defesa, sua principal característica, e passara a tomar gols. O ataque continuava com a inapetência de sempre. Talvez agravada. Sua principal contratação não funcionava. E não funcionou mesmo. Tanto assim que Pato foi trocado por Jadson, uma decisão polêmica da diretoria. Enfim, o que houve com o Corinthians senão uma séria fadiga de material, aquela força indefinível e invisível, que vai comendo os mecanismos por dentro, minando-lhes a força e a eficácia? Desgaste, que acontece em todas as relações humanas, até mesmo nas afetivas, e que no futebol se expressa de maneira dramática. O grupo é o mesmo, os desafios idênticos e, no entanto, algo começa a girar em falso. Já vimos isso acontecer várias vezes, e sempre sem maiores explicações de ordem racional. O futebol tem razões que a própria razão desconhece, se me permitem adaptar uma frase famosa. Outro mistério: por que um jogador não rende o que dele se espera? Refiro-me ao Pato, naturalmente. O boleiro chegou da Europa com a aura do craque - palavra, aliás, que usamos a torto e a direito, com muita leviandade. Todos esperamos que o Pato, vindo das Oropas, fosse deitar e rolar no fraco futebol interno do Brasil. Nada. Nadinha mesmo. Sua passagem pelo Corinthians foi tímida, nula, pífia. Mas será que era para esperar muito mais?, me pergunto. O garoto surgiu como um foguete no Internacional. Fez uma partida de arrasar contra o Palmeiras e logo foi vendido para a Europa, sem disputar um Grenal. Lá badalou muito, namorou a filha do capo Berlusconi e acabou voltando para o Brasil. Foi apenas um fogo de artifício, que brilhou rapidamente e se extinguiu?Sua transferência para o São Paulo será a chance de mostrar quem é. Se começar a comer a bola, sempre poderá dizer que não se adaptou ao Parque São Jorge, que aquele não era o seu ambiente, etc. E poderá dar a volta por cima em companhia de outro que também foi grande promessa e até agora não repetiu as suas primeiras atuações. Refiro-me, claro, a Paulo Henrique Ganso. De Pato a Ganso, podem formar no São Paulo uma dupla memorável. Pelo menos na teoria. Na prática, são outros quinhentos.

Observador do futebol há tantos anos, eu já não devia me surpreender com coisa nenhuma. Mas me surpreendo. Falo, amigos, dessa vocação de montanha-russa que caracteriza o nosso esporte tão querido. Um sobe e desce sem cessar. Hoje o clube está por cima. Amanhã está por baixo. Vejam só caso do Corinthians. Quem diria que o clube do Parque São Jorge, que teve seu ano esplendoroso em 2012, fosse começar 2014 nessa draga sem fim. Bem, domingo pelo menos conseguiu empatar e deter a trajetória de derrotas. Empatou. Até jogou melhor que o adversário no segundo tempo. Mas parece que não sabia ganhar. Por que o Corinthians está tão mal? Francamente não sei. Quando um clube sofre um desmanche em regra, com a venda dos seus melhores valores e sem a chegada de substitutos à altura, fica fácil explicar. Mas não foi o que houve. O elenco era basicamente o mesmo. E a má campanha de 2013 acabou por derrubar Tite, possivelmente o treinador mais importante da história do Alvinegro. Pelo menos, foi aquele que o levou aos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. Um feito e tanto. Isso não o vacinou contra a queda e trouxeram em seu lugar Mano Menezes, defenestrado da seleção. Ninguém imaginava tanta turbulência. Afinal, Mano é velho conhecido do Corinthians. Mas não há sossego quando as vitórias não vêm. E a goleada sofrida diante do outro alvinegro paulista, o da Vila, azedou os humores da torcida. Que (parte dela, diga-se) manifestou-se da maneira mais idiota possível, invadindo dependências do clube e ameaçando jogadores. Não pode haver frase mais boçal do que essa - ou joga por amor ou joga por terror. Porque por terror ninguém joga. Apenas adiciona-se um grau a mais de instabilidade em um grupo já fragilizado. O fato é que a indesejada presença dessa facção de torcedores apenas ajudou a entornar um caldo já derramado pela metade. O time não estava rendendo, não conseguia vencer. Perdera até mesmo a força da defesa, sua principal característica, e passara a tomar gols. O ataque continuava com a inapetência de sempre. Talvez agravada. Sua principal contratação não funcionava. E não funcionou mesmo. Tanto assim que Pato foi trocado por Jadson, uma decisão polêmica da diretoria. Enfim, o que houve com o Corinthians senão uma séria fadiga de material, aquela força indefinível e invisível, que vai comendo os mecanismos por dentro, minando-lhes a força e a eficácia? Desgaste, que acontece em todas as relações humanas, até mesmo nas afetivas, e que no futebol se expressa de maneira dramática. O grupo é o mesmo, os desafios idênticos e, no entanto, algo começa a girar em falso. Já vimos isso acontecer várias vezes, e sempre sem maiores explicações de ordem racional. O futebol tem razões que a própria razão desconhece, se me permitem adaptar uma frase famosa. Outro mistério: por que um jogador não rende o que dele se espera? Refiro-me ao Pato, naturalmente. O boleiro chegou da Europa com a aura do craque - palavra, aliás, que usamos a torto e a direito, com muita leviandade. Todos esperamos que o Pato, vindo das Oropas, fosse deitar e rolar no fraco futebol interno do Brasil. Nada. Nadinha mesmo. Sua passagem pelo Corinthians foi tímida, nula, pífia. Mas será que era para esperar muito mais?, me pergunto. O garoto surgiu como um foguete no Internacional. Fez uma partida de arrasar contra o Palmeiras e logo foi vendido para a Europa, sem disputar um Grenal. Lá badalou muito, namorou a filha do capo Berlusconi e acabou voltando para o Brasil. Foi apenas um fogo de artifício, que brilhou rapidamente e se extinguiu?Sua transferência para o São Paulo será a chance de mostrar quem é. Se começar a comer a bola, sempre poderá dizer que não se adaptou ao Parque São Jorge, que aquele não era o seu ambiente, etc. E poderá dar a volta por cima em companhia de outro que também foi grande promessa e até agora não repetiu as suas primeiras atuações. Refiro-me, claro, a Paulo Henrique Ganso. De Pato a Ganso, podem formar no São Paulo uma dupla memorável. Pelo menos na teoria. Na prática, são outros quinhentos.

Observador do futebol há tantos anos, eu já não devia me surpreender com coisa nenhuma. Mas me surpreendo. Falo, amigos, dessa vocação de montanha-russa que caracteriza o nosso esporte tão querido. Um sobe e desce sem cessar. Hoje o clube está por cima. Amanhã está por baixo. Vejam só caso do Corinthians. Quem diria que o clube do Parque São Jorge, que teve seu ano esplendoroso em 2012, fosse começar 2014 nessa draga sem fim. Bem, domingo pelo menos conseguiu empatar e deter a trajetória de derrotas. Empatou. Até jogou melhor que o adversário no segundo tempo. Mas parece que não sabia ganhar. Por que o Corinthians está tão mal? Francamente não sei. Quando um clube sofre um desmanche em regra, com a venda dos seus melhores valores e sem a chegada de substitutos à altura, fica fácil explicar. Mas não foi o que houve. O elenco era basicamente o mesmo. E a má campanha de 2013 acabou por derrubar Tite, possivelmente o treinador mais importante da história do Alvinegro. Pelo menos, foi aquele que o levou aos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. Um feito e tanto. Isso não o vacinou contra a queda e trouxeram em seu lugar Mano Menezes, defenestrado da seleção. Ninguém imaginava tanta turbulência. Afinal, Mano é velho conhecido do Corinthians. Mas não há sossego quando as vitórias não vêm. E a goleada sofrida diante do outro alvinegro paulista, o da Vila, azedou os humores da torcida. Que (parte dela, diga-se) manifestou-se da maneira mais idiota possível, invadindo dependências do clube e ameaçando jogadores. Não pode haver frase mais boçal do que essa - ou joga por amor ou joga por terror. Porque por terror ninguém joga. Apenas adiciona-se um grau a mais de instabilidade em um grupo já fragilizado. O fato é que a indesejada presença dessa facção de torcedores apenas ajudou a entornar um caldo já derramado pela metade. O time não estava rendendo, não conseguia vencer. Perdera até mesmo a força da defesa, sua principal característica, e passara a tomar gols. O ataque continuava com a inapetência de sempre. Talvez agravada. Sua principal contratação não funcionava. E não funcionou mesmo. Tanto assim que Pato foi trocado por Jadson, uma decisão polêmica da diretoria. Enfim, o que houve com o Corinthians senão uma séria fadiga de material, aquela força indefinível e invisível, que vai comendo os mecanismos por dentro, minando-lhes a força e a eficácia? Desgaste, que acontece em todas as relações humanas, até mesmo nas afetivas, e que no futebol se expressa de maneira dramática. O grupo é o mesmo, os desafios idênticos e, no entanto, algo começa a girar em falso. Já vimos isso acontecer várias vezes, e sempre sem maiores explicações de ordem racional. O futebol tem razões que a própria razão desconhece, se me permitem adaptar uma frase famosa. Outro mistério: por que um jogador não rende o que dele se espera? Refiro-me ao Pato, naturalmente. O boleiro chegou da Europa com a aura do craque - palavra, aliás, que usamos a torto e a direito, com muita leviandade. Todos esperamos que o Pato, vindo das Oropas, fosse deitar e rolar no fraco futebol interno do Brasil. Nada. Nadinha mesmo. Sua passagem pelo Corinthians foi tímida, nula, pífia. Mas será que era para esperar muito mais?, me pergunto. O garoto surgiu como um foguete no Internacional. Fez uma partida de arrasar contra o Palmeiras e logo foi vendido para a Europa, sem disputar um Grenal. Lá badalou muito, namorou a filha do capo Berlusconi e acabou voltando para o Brasil. Foi apenas um fogo de artifício, que brilhou rapidamente e se extinguiu?Sua transferência para o São Paulo será a chance de mostrar quem é. Se começar a comer a bola, sempre poderá dizer que não se adaptou ao Parque São Jorge, que aquele não era o seu ambiente, etc. E poderá dar a volta por cima em companhia de outro que também foi grande promessa e até agora não repetiu as suas primeiras atuações. Refiro-me, claro, a Paulo Henrique Ganso. De Pato a Ganso, podem formar no São Paulo uma dupla memorável. Pelo menos na teoria. Na prática, são outros quinhentos.

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