Em todo caso, o futebol que dá mais prazer é aquele que se assemelha ao carnaval como expressão da alegria. Sendo da folia ou não, todos imaginamos a quantidade de trabalho que custa para botar uma escola na avenida. É preciso planejamento e investimento. Um carnavalesco criativo, um bom samba, tradição, destaques. Para exprimir a espontaneidade, é preciso um tremendo trabalho de organização nos bastidores. Mais ou menos como no futebol. É preciso investimento, treino, aquilo que os boleiros chamam de "estrutura", planejamento, cuidado com o aspecto financeiro, etc. Num caso como no outro: se não houver talento, a imponderabilidade do talento, nada feito. Pode até funcionar, de maneira burocrática. Ser certinho, bonitinho, agradável, correto e até ganhar campeonatos ou a nota máxima dos jurados. Sem a centelha do imprevisível, sem aquele drible inesperado, sem a firula de uma passista, nada feito. Vivemos disso. Desses momentos de beleza.
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