Para a minha geração, aquela foi a Copa das Copas, e a seleção, talvez a mais completa que havíamos visto.
Comparar é sempre difícil. Como dizer que algum time foi melhor do que aquele que teve Pelé e Garrincha, jovens, jogando juntos, como a de 1958? Mas a de 58 era apenas uma memória difusa, numa época em que não víamos os jogos internacionais ao vivo.
A de 1970 foi televisionada. Parou o País, e nos transformou a todos em nacionalistas, isso no auge da ditadura militar. Quem não sabe os grandes nomes de cor? Pelé, Tostão, Rivellino, Jairzinho, Gérson, Clodoaldo...
De todos, o goleiro Félix fosse talvez o que menos confiança passava aos torcedores, pelo menos em São Paulo, já que jogava no Fluminense.
Mas, pelo que me lembro, ele fez grandes partidas, em especial contra a Inglaterra, que, foi, suponho, o jogo mais duro de toda aquela Copa.
De qualquer forma, Félix entrou para a História como goleiro de um time que, em 1970, já prefigurava, pela postura tática, o que viria a ser o futebol moderno. A vantagem é que contava praticamente com um craque em cada posição.