Brasil perde bronze para a Argentina e tem pior campanha no vôlei masculino desde Sydney-2000


Equipe brasileira joga mal e encerra participação em Tóquio com derrota por por 3 sets a 2

Por Raphael Ramos e TÓQUIO

A rotina de pódios da seleção brasileira masculina de vôlei nos Jogos Olímpicos foi interrompida neste sábado em Tóquio com um amargo quarto lugar após derrota para a Argentina por 3 sets a 2 (parciais 25/23, 20/25, 20/25, 25/17 e 15/13). Foi a pior campanha do Brasil desde Sydney-2000, quando a equipe terminou na sexta colocação, justamente após ser eliminada pelos argentinos nas quartas de final.

A derrota deste sábado foi uma reedição dos Jogos de Seul, em 1988, quando as duas seleções também se enfrentaram na disputa pelo bronze e a Argentina levou a melhor. Dois dados curiosos ligavam aquele jogo realizado há 33 anos e a partida deste sábado. Renan Dal Zotto, hoje técnico do Brasil, esteve em quadra como jogador em Seul quando foi derrotado por Hugo Conte, pai de Facundo Conte, que neste sábado foi um dos principais destaques da vitória argentina.

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Brasil para na garra argentina e encerra participação em Tóquio sem o bronze Foto: JUNG Yeon-je / AFP

Antes do quarto lugar em Tóquio, o vôlei masculino brasileiro ostentava um desempenho espetacular nos Jogos Olímpicos. Sob o comando do técnico Bernardinho, o time foi campeão em Atenas-2004 e Rio-2016 e prata em Pequim-2008 e Londres-2012.

Um novo ciclo se iniciou a partir de 2017, quando Bernardinho deixou a seleção e em seu lugar assumiu Renan Dal Zotto. O time passou por mudanças, mas mesmo assim manteve-se competitivo e como um dos favoritos ao ouro. Na reta final da preparação para os Jogos, porém, a equipe se viu sem o seu treinador, que contraiu a covid-19, ficou 36 dias internado, com duas intubações e uma cirurgia, e só reassumiu a seleção às vésperas do embarque para Tóquio.

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Os efeitos da derrota para o Comitê Russo na semifinal ainda puderam ser sentidos neste sábado. O Brasil começou o jogo apático, enquanto a Argentina demonstrava muito mais vontade. A tônica da partida foi muito parecida com o confronto entre as duas equipes ainda na primeira fase dos Jogos Olímpicos, com a diferença de que naquele jogo o Brasil também sofreu muito, mas conseguiu se impor e venceu de virada por 3 a 2.

Fotos do dia 7 de agosto na Olimpíada de Tóquio 2020

1 | 19

Malcom comemora o gol que garantiu ouro para o Brasil

Foto: Vincenzo Pinto / AFP
2 | 19

Malcom, ex-Corinthians, fez o gol do título da seleção brasileira olímpica em Tóquio.

Foto: Vincenzo Pinto/AFP
3 | 19

Brasil e Espanha na decisão do ouro olímpico

Foto: Stoyan Reuters / Reuters
4 | 19

Isaquias Queiroz recebe a medalha de ouro

Foto: Lee Jin-man/ AP
5 | 19

Hebert Conceição

Foto: Wander Roberto/ COB
6 | 19

Allyson Felix conquistou sua 11ª medalha olímpica no revezamento 4x400m feminino.

Foto: Javier Soriano/AFP
7 | 19

Após bater na trave quatro vezes em Jogos Olímpicos, Austrália enfim conquista uma medalha olímpica no basquete masculino.

Foto: Molly Darlington/Reuters
8 | 19

Yuri Mansur, da equipe de hipismo do Brasil, que ficou na sexta colocação

Foto: Carolyn Kaster / AP
9 | 19

Wallace admite fim de ciclo na seleção de vôlei

Foto: Miguel Gutiérrez / EFE
10 | 19

Francesas comemoram o bronze nos Jogos de Tóquio

Foto: Mohd Rasfan / AFP
11 | 19

Alina Harnasko, ginasta de Belarus

Foto: Lisi Niesner/Reuters
12 | 19

Isaquias Queiroz, canoísta brasileiro

Foto: Jonne Roriz/COB
13 | 19

Isaquias Queiroz Kamehameha

Foto: Maxim Shemetov/ Reuters
14 | 19

Golpe do ouro de Hebert Conceição

Foto: Wander Roberto/COB
15 | 19

Nocaute de Hebert Conceição

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
16 | 19

Kawan Pereira na final dos saltos ornamentais

Foto: Dmitri Lovetsky/ AP
17 | 19

Brasil perde a disputa do bronze para Argentina

Foto: Jonne Roriz/COB
18 | 19

Hebert Conceição celebra vitória

Foto: Wander Roberto/ COB
19 | 19

EUA vencem França na final do basquete masculino

Foto: Aris MESSINIS / AFP

Com erros de saque e sem conseguir encaixar a defesa para segurar a Argentina, a seleção viu o adversário abrir vantagem logo no início da partida e manter o domínio ao longo de todo o primeiro set. Leal, por exemplo, não estava bem e foi substituído por Douglas. Do lado argentino, Facundo Conte não tinha grandes dificuldades para passar pelo bloqueio brasileiro e conduziu a Argentina à vitória na primeira parcial por 25 a 23.

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A seleção reagiu no segundo set. Mesmo sem ainda jogar o seu melhor, a partida ficou mais equilibrada. O aumento de produção do Brasil passou pelas mãos de Wallace. O jogador chamou a responsabilidade, pediu mais bolas para Bruninho e foi o maior pontuador da segunda parcial com nove pontos e ajudou o Brasil a ganhar por 25 a 20.

O terceiro set foi muito equilibrado, disputado ponto a ponto. Era toma lá dá cá. A cada bom ataque do Brasil, os argentinos reagiram com um ponto também. Lucarelli subiu de produção e, com uma atuação muito consistente, foi fundamental para a virada brasileira. Quando não conseguia cravar a bola no chão, ele explorava o bloqueio argentino e, assim, a seleção fechou novamente em 25 a 20.

Quando o jogo parecia se encaminhar para um desfecho favorável ao Brasil, o quarto set se transformou em um pesadelo. Irreconhecível, o time passou a errar bolas fáceis e foi amplamente dominado pela Argentina, que ganhou por 25 a 17.

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O tie-break foi emocionante. Renan mexeu bastante no time. Alan e Cachopa entraram bem e fizeram o Brasil reagir, mas não a ponto de superar os argentinos, que venceram por 15 a 13. Ao time brasileiro restou apenas aplaudir a Argentina, que festejou demais o bronze. Assim como há 33 anos.

A rotina de pódios da seleção brasileira masculina de vôlei nos Jogos Olímpicos foi interrompida neste sábado em Tóquio com um amargo quarto lugar após derrota para a Argentina por 3 sets a 2 (parciais 25/23, 20/25, 20/25, 25/17 e 15/13). Foi a pior campanha do Brasil desde Sydney-2000, quando a equipe terminou na sexta colocação, justamente após ser eliminada pelos argentinos nas quartas de final.

A derrota deste sábado foi uma reedição dos Jogos de Seul, em 1988, quando as duas seleções também se enfrentaram na disputa pelo bronze e a Argentina levou a melhor. Dois dados curiosos ligavam aquele jogo realizado há 33 anos e a partida deste sábado. Renan Dal Zotto, hoje técnico do Brasil, esteve em quadra como jogador em Seul quando foi derrotado por Hugo Conte, pai de Facundo Conte, que neste sábado foi um dos principais destaques da vitória argentina.

Brasil para na garra argentina e encerra participação em Tóquio sem o bronze Foto: JUNG Yeon-je / AFP

Antes do quarto lugar em Tóquio, o vôlei masculino brasileiro ostentava um desempenho espetacular nos Jogos Olímpicos. Sob o comando do técnico Bernardinho, o time foi campeão em Atenas-2004 e Rio-2016 e prata em Pequim-2008 e Londres-2012.

Um novo ciclo se iniciou a partir de 2017, quando Bernardinho deixou a seleção e em seu lugar assumiu Renan Dal Zotto. O time passou por mudanças, mas mesmo assim manteve-se competitivo e como um dos favoritos ao ouro. Na reta final da preparação para os Jogos, porém, a equipe se viu sem o seu treinador, que contraiu a covid-19, ficou 36 dias internado, com duas intubações e uma cirurgia, e só reassumiu a seleção às vésperas do embarque para Tóquio.

Os efeitos da derrota para o Comitê Russo na semifinal ainda puderam ser sentidos neste sábado. O Brasil começou o jogo apático, enquanto a Argentina demonstrava muito mais vontade. A tônica da partida foi muito parecida com o confronto entre as duas equipes ainda na primeira fase dos Jogos Olímpicos, com a diferença de que naquele jogo o Brasil também sofreu muito, mas conseguiu se impor e venceu de virada por 3 a 2.

Fotos do dia 7 de agosto na Olimpíada de Tóquio 2020

1 | 19

Malcom comemora o gol que garantiu ouro para o Brasil

Foto: Vincenzo Pinto / AFP
2 | 19

Malcom, ex-Corinthians, fez o gol do título da seleção brasileira olímpica em Tóquio.

Foto: Vincenzo Pinto/AFP
3 | 19

Brasil e Espanha na decisão do ouro olímpico

Foto: Stoyan Reuters / Reuters
4 | 19

Isaquias Queiroz recebe a medalha de ouro

Foto: Lee Jin-man/ AP
5 | 19

Hebert Conceição

Foto: Wander Roberto/ COB
6 | 19

Allyson Felix conquistou sua 11ª medalha olímpica no revezamento 4x400m feminino.

Foto: Javier Soriano/AFP
7 | 19

Após bater na trave quatro vezes em Jogos Olímpicos, Austrália enfim conquista uma medalha olímpica no basquete masculino.

Foto: Molly Darlington/Reuters
8 | 19

Yuri Mansur, da equipe de hipismo do Brasil, que ficou na sexta colocação

Foto: Carolyn Kaster / AP
9 | 19

Wallace admite fim de ciclo na seleção de vôlei

Foto: Miguel Gutiérrez / EFE
10 | 19

Francesas comemoram o bronze nos Jogos de Tóquio

Foto: Mohd Rasfan / AFP
11 | 19

Alina Harnasko, ginasta de Belarus

Foto: Lisi Niesner/Reuters
12 | 19

Isaquias Queiroz, canoísta brasileiro

Foto: Jonne Roriz/COB
13 | 19

Isaquias Queiroz Kamehameha

Foto: Maxim Shemetov/ Reuters
14 | 19

Golpe do ouro de Hebert Conceição

Foto: Wander Roberto/COB
15 | 19

Nocaute de Hebert Conceição

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
16 | 19

Kawan Pereira na final dos saltos ornamentais

Foto: Dmitri Lovetsky/ AP
17 | 19

Brasil perde a disputa do bronze para Argentina

Foto: Jonne Roriz/COB
18 | 19

Hebert Conceição celebra vitória

Foto: Wander Roberto/ COB
19 | 19

EUA vencem França na final do basquete masculino

Foto: Aris MESSINIS / AFP

Com erros de saque e sem conseguir encaixar a defesa para segurar a Argentina, a seleção viu o adversário abrir vantagem logo no início da partida e manter o domínio ao longo de todo o primeiro set. Leal, por exemplo, não estava bem e foi substituído por Douglas. Do lado argentino, Facundo Conte não tinha grandes dificuldades para passar pelo bloqueio brasileiro e conduziu a Argentina à vitória na primeira parcial por 25 a 23.

A seleção reagiu no segundo set. Mesmo sem ainda jogar o seu melhor, a partida ficou mais equilibrada. O aumento de produção do Brasil passou pelas mãos de Wallace. O jogador chamou a responsabilidade, pediu mais bolas para Bruninho e foi o maior pontuador da segunda parcial com nove pontos e ajudou o Brasil a ganhar por 25 a 20.

O terceiro set foi muito equilibrado, disputado ponto a ponto. Era toma lá dá cá. A cada bom ataque do Brasil, os argentinos reagiram com um ponto também. Lucarelli subiu de produção e, com uma atuação muito consistente, foi fundamental para a virada brasileira. Quando não conseguia cravar a bola no chão, ele explorava o bloqueio argentino e, assim, a seleção fechou novamente em 25 a 20.

Quando o jogo parecia se encaminhar para um desfecho favorável ao Brasil, o quarto set se transformou em um pesadelo. Irreconhecível, o time passou a errar bolas fáceis e foi amplamente dominado pela Argentina, que ganhou por 25 a 17.

O tie-break foi emocionante. Renan mexeu bastante no time. Alan e Cachopa entraram bem e fizeram o Brasil reagir, mas não a ponto de superar os argentinos, que venceram por 15 a 13. Ao time brasileiro restou apenas aplaudir a Argentina, que festejou demais o bronze. Assim como há 33 anos.

A rotina de pódios da seleção brasileira masculina de vôlei nos Jogos Olímpicos foi interrompida neste sábado em Tóquio com um amargo quarto lugar após derrota para a Argentina por 3 sets a 2 (parciais 25/23, 20/25, 20/25, 25/17 e 15/13). Foi a pior campanha do Brasil desde Sydney-2000, quando a equipe terminou na sexta colocação, justamente após ser eliminada pelos argentinos nas quartas de final.

A derrota deste sábado foi uma reedição dos Jogos de Seul, em 1988, quando as duas seleções também se enfrentaram na disputa pelo bronze e a Argentina levou a melhor. Dois dados curiosos ligavam aquele jogo realizado há 33 anos e a partida deste sábado. Renan Dal Zotto, hoje técnico do Brasil, esteve em quadra como jogador em Seul quando foi derrotado por Hugo Conte, pai de Facundo Conte, que neste sábado foi um dos principais destaques da vitória argentina.

Brasil para na garra argentina e encerra participação em Tóquio sem o bronze Foto: JUNG Yeon-je / AFP

Antes do quarto lugar em Tóquio, o vôlei masculino brasileiro ostentava um desempenho espetacular nos Jogos Olímpicos. Sob o comando do técnico Bernardinho, o time foi campeão em Atenas-2004 e Rio-2016 e prata em Pequim-2008 e Londres-2012.

Um novo ciclo se iniciou a partir de 2017, quando Bernardinho deixou a seleção e em seu lugar assumiu Renan Dal Zotto. O time passou por mudanças, mas mesmo assim manteve-se competitivo e como um dos favoritos ao ouro. Na reta final da preparação para os Jogos, porém, a equipe se viu sem o seu treinador, que contraiu a covid-19, ficou 36 dias internado, com duas intubações e uma cirurgia, e só reassumiu a seleção às vésperas do embarque para Tóquio.

Os efeitos da derrota para o Comitê Russo na semifinal ainda puderam ser sentidos neste sábado. O Brasil começou o jogo apático, enquanto a Argentina demonstrava muito mais vontade. A tônica da partida foi muito parecida com o confronto entre as duas equipes ainda na primeira fase dos Jogos Olímpicos, com a diferença de que naquele jogo o Brasil também sofreu muito, mas conseguiu se impor e venceu de virada por 3 a 2.

Fotos do dia 7 de agosto na Olimpíada de Tóquio 2020

1 | 19

Malcom comemora o gol que garantiu ouro para o Brasil

Foto: Vincenzo Pinto / AFP
2 | 19

Malcom, ex-Corinthians, fez o gol do título da seleção brasileira olímpica em Tóquio.

Foto: Vincenzo Pinto/AFP
3 | 19

Brasil e Espanha na decisão do ouro olímpico

Foto: Stoyan Reuters / Reuters
4 | 19

Isaquias Queiroz recebe a medalha de ouro

Foto: Lee Jin-man/ AP
5 | 19

Hebert Conceição

Foto: Wander Roberto/ COB
6 | 19

Allyson Felix conquistou sua 11ª medalha olímpica no revezamento 4x400m feminino.

Foto: Javier Soriano/AFP
7 | 19

Após bater na trave quatro vezes em Jogos Olímpicos, Austrália enfim conquista uma medalha olímpica no basquete masculino.

Foto: Molly Darlington/Reuters
8 | 19

Yuri Mansur, da equipe de hipismo do Brasil, que ficou na sexta colocação

Foto: Carolyn Kaster / AP
9 | 19

Wallace admite fim de ciclo na seleção de vôlei

Foto: Miguel Gutiérrez / EFE
10 | 19

Francesas comemoram o bronze nos Jogos de Tóquio

Foto: Mohd Rasfan / AFP
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Alina Harnasko, ginasta de Belarus

Foto: Lisi Niesner/Reuters
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Isaquias Queiroz, canoísta brasileiro

Foto: Jonne Roriz/COB
13 | 19

Isaquias Queiroz Kamehameha

Foto: Maxim Shemetov/ Reuters
14 | 19

Golpe do ouro de Hebert Conceição

Foto: Wander Roberto/COB
15 | 19

Nocaute de Hebert Conceição

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
16 | 19

Kawan Pereira na final dos saltos ornamentais

Foto: Dmitri Lovetsky/ AP
17 | 19

Brasil perde a disputa do bronze para Argentina

Foto: Jonne Roriz/COB
18 | 19

Hebert Conceição celebra vitória

Foto: Wander Roberto/ COB
19 | 19

EUA vencem França na final do basquete masculino

Foto: Aris MESSINIS / AFP

Com erros de saque e sem conseguir encaixar a defesa para segurar a Argentina, a seleção viu o adversário abrir vantagem logo no início da partida e manter o domínio ao longo de todo o primeiro set. Leal, por exemplo, não estava bem e foi substituído por Douglas. Do lado argentino, Facundo Conte não tinha grandes dificuldades para passar pelo bloqueio brasileiro e conduziu a Argentina à vitória na primeira parcial por 25 a 23.

A seleção reagiu no segundo set. Mesmo sem ainda jogar o seu melhor, a partida ficou mais equilibrada. O aumento de produção do Brasil passou pelas mãos de Wallace. O jogador chamou a responsabilidade, pediu mais bolas para Bruninho e foi o maior pontuador da segunda parcial com nove pontos e ajudou o Brasil a ganhar por 25 a 20.

O terceiro set foi muito equilibrado, disputado ponto a ponto. Era toma lá dá cá. A cada bom ataque do Brasil, os argentinos reagiram com um ponto também. Lucarelli subiu de produção e, com uma atuação muito consistente, foi fundamental para a virada brasileira. Quando não conseguia cravar a bola no chão, ele explorava o bloqueio argentino e, assim, a seleção fechou novamente em 25 a 20.

Quando o jogo parecia se encaminhar para um desfecho favorável ao Brasil, o quarto set se transformou em um pesadelo. Irreconhecível, o time passou a errar bolas fáceis e foi amplamente dominado pela Argentina, que ganhou por 25 a 17.

O tie-break foi emocionante. Renan mexeu bastante no time. Alan e Cachopa entraram bem e fizeram o Brasil reagir, mas não a ponto de superar os argentinos, que venceram por 15 a 13. Ao time brasileiro restou apenas aplaudir a Argentina, que festejou demais o bronze. Assim como há 33 anos.

A rotina de pódios da seleção brasileira masculina de vôlei nos Jogos Olímpicos foi interrompida neste sábado em Tóquio com um amargo quarto lugar após derrota para a Argentina por 3 sets a 2 (parciais 25/23, 20/25, 20/25, 25/17 e 15/13). Foi a pior campanha do Brasil desde Sydney-2000, quando a equipe terminou na sexta colocação, justamente após ser eliminada pelos argentinos nas quartas de final.

A derrota deste sábado foi uma reedição dos Jogos de Seul, em 1988, quando as duas seleções também se enfrentaram na disputa pelo bronze e a Argentina levou a melhor. Dois dados curiosos ligavam aquele jogo realizado há 33 anos e a partida deste sábado. Renan Dal Zotto, hoje técnico do Brasil, esteve em quadra como jogador em Seul quando foi derrotado por Hugo Conte, pai de Facundo Conte, que neste sábado foi um dos principais destaques da vitória argentina.

Brasil para na garra argentina e encerra participação em Tóquio sem o bronze Foto: JUNG Yeon-je / AFP

Antes do quarto lugar em Tóquio, o vôlei masculino brasileiro ostentava um desempenho espetacular nos Jogos Olímpicos. Sob o comando do técnico Bernardinho, o time foi campeão em Atenas-2004 e Rio-2016 e prata em Pequim-2008 e Londres-2012.

Um novo ciclo se iniciou a partir de 2017, quando Bernardinho deixou a seleção e em seu lugar assumiu Renan Dal Zotto. O time passou por mudanças, mas mesmo assim manteve-se competitivo e como um dos favoritos ao ouro. Na reta final da preparação para os Jogos, porém, a equipe se viu sem o seu treinador, que contraiu a covid-19, ficou 36 dias internado, com duas intubações e uma cirurgia, e só reassumiu a seleção às vésperas do embarque para Tóquio.

Os efeitos da derrota para o Comitê Russo na semifinal ainda puderam ser sentidos neste sábado. O Brasil começou o jogo apático, enquanto a Argentina demonstrava muito mais vontade. A tônica da partida foi muito parecida com o confronto entre as duas equipes ainda na primeira fase dos Jogos Olímpicos, com a diferença de que naquele jogo o Brasil também sofreu muito, mas conseguiu se impor e venceu de virada por 3 a 2.

Fotos do dia 7 de agosto na Olimpíada de Tóquio 2020

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Malcom comemora o gol que garantiu ouro para o Brasil

Foto: Vincenzo Pinto / AFP
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Malcom, ex-Corinthians, fez o gol do título da seleção brasileira olímpica em Tóquio.

Foto: Vincenzo Pinto/AFP
3 | 19

Brasil e Espanha na decisão do ouro olímpico

Foto: Stoyan Reuters / Reuters
4 | 19

Isaquias Queiroz recebe a medalha de ouro

Foto: Lee Jin-man/ AP
5 | 19

Hebert Conceição

Foto: Wander Roberto/ COB
6 | 19

Allyson Felix conquistou sua 11ª medalha olímpica no revezamento 4x400m feminino.

Foto: Javier Soriano/AFP
7 | 19

Após bater na trave quatro vezes em Jogos Olímpicos, Austrália enfim conquista uma medalha olímpica no basquete masculino.

Foto: Molly Darlington/Reuters
8 | 19

Yuri Mansur, da equipe de hipismo do Brasil, que ficou na sexta colocação

Foto: Carolyn Kaster / AP
9 | 19

Wallace admite fim de ciclo na seleção de vôlei

Foto: Miguel Gutiérrez / EFE
10 | 19

Francesas comemoram o bronze nos Jogos de Tóquio

Foto: Mohd Rasfan / AFP
11 | 19

Alina Harnasko, ginasta de Belarus

Foto: Lisi Niesner/Reuters
12 | 19

Isaquias Queiroz, canoísta brasileiro

Foto: Jonne Roriz/COB
13 | 19

Isaquias Queiroz Kamehameha

Foto: Maxim Shemetov/ Reuters
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Golpe do ouro de Hebert Conceição

Foto: Wander Roberto/COB
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Nocaute de Hebert Conceição

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
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Kawan Pereira na final dos saltos ornamentais

Foto: Dmitri Lovetsky/ AP
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Brasil perde a disputa do bronze para Argentina

Foto: Jonne Roriz/COB
18 | 19

Hebert Conceição celebra vitória

Foto: Wander Roberto/ COB
19 | 19

EUA vencem França na final do basquete masculino

Foto: Aris MESSINIS / AFP

Com erros de saque e sem conseguir encaixar a defesa para segurar a Argentina, a seleção viu o adversário abrir vantagem logo no início da partida e manter o domínio ao longo de todo o primeiro set. Leal, por exemplo, não estava bem e foi substituído por Douglas. Do lado argentino, Facundo Conte não tinha grandes dificuldades para passar pelo bloqueio brasileiro e conduziu a Argentina à vitória na primeira parcial por 25 a 23.

A seleção reagiu no segundo set. Mesmo sem ainda jogar o seu melhor, a partida ficou mais equilibrada. O aumento de produção do Brasil passou pelas mãos de Wallace. O jogador chamou a responsabilidade, pediu mais bolas para Bruninho e foi o maior pontuador da segunda parcial com nove pontos e ajudou o Brasil a ganhar por 25 a 20.

O terceiro set foi muito equilibrado, disputado ponto a ponto. Era toma lá dá cá. A cada bom ataque do Brasil, os argentinos reagiram com um ponto também. Lucarelli subiu de produção e, com uma atuação muito consistente, foi fundamental para a virada brasileira. Quando não conseguia cravar a bola no chão, ele explorava o bloqueio argentino e, assim, a seleção fechou novamente em 25 a 20.

Quando o jogo parecia se encaminhar para um desfecho favorável ao Brasil, o quarto set se transformou em um pesadelo. Irreconhecível, o time passou a errar bolas fáceis e foi amplamente dominado pela Argentina, que ganhou por 25 a 17.

O tie-break foi emocionante. Renan mexeu bastante no time. Alan e Cachopa entraram bem e fizeram o Brasil reagir, mas não a ponto de superar os argentinos, que venceram por 15 a 13. Ao time brasileiro restou apenas aplaudir a Argentina, que festejou demais o bronze. Assim como há 33 anos.

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