Coreias fazem história no esporte durante os Jogos de Inverno


Inédita, seleção feminina reúne jogadoras norte e sul-coreanas e já tem quem defenda que a equipe seja nomeada para o Prêmio Nobel da Paz

Por Redação

A seleção de hóquei no gelo formada por jogadoras norte e sul-coreanas perdeu nesta terça-feira novamente por 8 a 0 nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang. O placar elástico da partida contra a Suécia, no entanto, ficou em segundo plano mais uma vez. Assim como já havia ocorrido na estreia, quando a equipe perdeu para a Suíça, a partida tornou-se o centro das atenções por transpor a barreira do esporte e ser ponto central na tentativa de renovação diplomática entre as duas Coreias, tecnicamente ainda em guerra após o armistício de 1953.

+ Holandesa conquista décima medalha olímpica e bate recorde na patinação

+ Canadense sai do coma para o bronze na neve

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Nesta terça, por exemplo, apesar da derrota avassaladora para a Suécia, o clima era festivo na arena do hóquei no gelo em Gangneung. Entre os cantos da torcida, o que mais chamou atenção foi o de “nós somos um”. O time é formado por 23 atletas sul-coreanas e 12 norte-coreanas.

Rebecca Stenberg, da Suécia, disputa o disco com a goleira So Jung Shin e com Ye Eun Park: esporte proporciona união entre as duas Coreias. Foto: Larry S. Smith/EFE

Uma prova de que a equipe conjunta de hóquei no gelo da Coreia do Norte e da Coreia do Sul não se limita apenas ao esporte é que uma importante integrante do conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) sugeriu no domingo que o time seja nomeado para o Prêmio Nobel da Paz. “Será algo para reconhecer o sacrifício que fizeram para ajustar suas competições”, disse a americana Angela Ruggiero, quatro vezes campeã mundial de hóquei no gelo e medalha de ouro olímpica, à agência de notícias Reuters.

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“Como alguém que competiu em quatro Olimpíadas e sabe que isso não é sobre você, sua equipe ou seu país, eu vi o poder do que foi realizado”, disse.

Outra demonstração de que o placar do jogo pouco importava foi dada por Sarah Murray, treinadora da equipe formada por jogadoras norte e sul-coreanas. “É uma experiência de aprendizagem. Nunca estivemos em uma Olimpíada antes, nunca jogamos contra equipes de alto nível. Então, cada vez que perdemos é apenas um possibilidade de melhorar”, disse.

Essa é a primeira vez que uma equipe “intercoreana” compete em Jogos Olímpicos. Na quinta-feira, o time enfrentará o Japão.

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Na avaliação de Kim Sung-han, ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul entre 2012 e 2013, a vizinha do Norte já desponta como favorita a ganhar a medalha mais importante dos Jogos Olímpicos de Inverno: o ouro diplomático. “A Coreia do Norte parece que vai ganhar esse ouro. Sua delegação e atletas estão recebendo todos os holofotes”, disse.

Especialistas em política externa, no entanto, alertam para o fato de que o regime do líder norte-coreano Kim Jong-un estar obtendo reconhecimento internacional e legitimidade sem fazer concessões ou desistir de suas armas nucleares. A Coreia do Norte enviou 22 atletas e uma torcida com 230 membros para os Jogos de Pyeongchang.

Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, acompanhou por três dias a delegação norte-coreana nos Jogos e no sábado se reuniu em Seul com o presidente sul-coreano Moon Jae-in. Ela aproveitou o encontro para convidar Moon Jae-in para se reunir com Kim Jong-un em Pyongyang “o mais breve possível”. Até o momento, aconteceram apenas dois encontros entre os líderes das Coreias; ambos em Pyongyang nos anos 2000 e 2007 envolvendo o falecido líder e pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, e os ex-presidentes do Sul Kim Dae-jung e Roh Tae-woo.

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Confira as melhores imagens de cada dia na Olimpíada de Inverno

1 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (25/02)

Foto: Kai Deschwanden/ Reuters
2 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: François Xavier/ AFP
3 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: Damir Sagoji/ Reuters
4 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: Franck Fife/ AFP
5 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: Aris Messinis/ AFP
6 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: NYT
7 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: Christof Stache/ AFP
8 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Mike Blake/ Reuters
9 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Kai Pfaffenbach/ Reuters
10 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/ AFP
11 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Rebecca Lai/ NYT
12 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Kim Kyung-Hoon/ Reuters
13 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Mladen Antonov/ AFP
14 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: David W Cemy/ Reuters
15 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: Eric Gaillard/ Reuters
16 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/ AFP
17 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Jung Yeon-je/AFP
18 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Mohd Rasfan/AFP
19 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/AFP
20 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Mladen Antonov/AFP
21 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Chang W. Lee/NYT
22 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (18/02)

Foto: Wong Maye-E/AP
23 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (18/02)

Foto: AFP
24 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongyang (18/02)

Foto: Felipe Dana/AP
25 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongyang (18/02)

Foto: Jae C. Hong/AP
26 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
27 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Maddie Meyer/Reuters
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Cathal McNaughton/Reuters
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Foto: Christof Stache/AFP
30 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
31 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
32 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Dylan Martinez
33 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler
34 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (15/02)

Foto: REUTERS/Mike Blake
35 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (15/02)

Foto: REUTERS/Edgar Su
36 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
37 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
38 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach
39 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: Bedel Saget and Joe Ward/The New York Times
40 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
41 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: Chang W. Lee/The New York Times
42 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: REUTERS/Edgar Su
43 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: AFP PHOTO / Brendan Smialowski
44 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: REUTERS/Carlos Barria
45 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
46 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: AFP PHOTO / Roberto SCHMIDT
47 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: AFP PHOTO / Kirill KUDRYAVTSEV
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Mike Blake
49 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Grigory Dukor
50 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
51 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AP Photo/Gregory Bull)
52 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AFP PHOTO / POOL / Kiichiro Sato
53 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: EFE/EPA/JAVIER ETXEZARRETA
54 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AFP PHOTO / Martin BUREAU
55 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: REUTERS/Phil Noble
56 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler
57 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Bruce Bennett/Pool
58 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: EFE/EPA/DIEGO AZUBEL
59 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Carlos Barria
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: Doug Mills/The New York Times
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Brian Snyder
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: AFP PHOTO / Mladen ANTONOV
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Arnd Wiegmann

*ANÁLISE - Atletas cumprem função que política não conseguiu atingir

O time que reúne as duas Coreias sequer precisa vencer uma partida para fazer história. Juntas, as jogadoras de hóquei no gelo estão realizando em cada lance, em cada passe, o que décadas de diplomacia jamais conseguiu: que os dois lados da fronteira tenham o mesmo objetivo e que, uma vez obtido, seja motivo de comemoração.

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O que parecia ser uma região que caminhava a largos passos em direção a uma guerra foi tomada por uma aproximação sem precedentes nos últimos 50 anos. A Coreia do Sul queria usar o evento como instrumento político e, para isso, abriu todas as brechas possíveis, todos os canais existentes.

O espaço foi amplamente ocupado pelo regime do Norte, que soube se aproveitar da vontade do Sul pela paz para uma operação única de sedução da opinião pública. Ninguém duvida que a propaganda do regime do Norte foi cuidadosamente desenhada com a mesma precisão de seus desfiles militares. O sorriso e a simpatia da irmã do ditador, as torcedoras escolhidas a dedo por sua “beleza e ideologia” e uma imagem praticamente de um país normal.

O que ninguém sabe dizer é se o clima de aproximação será mantido uma vez que a chama olímpica se apague. Na cerimônia de abertura, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, deixou claro que o teste será o dia seguinte dos Jogos e que não existe chance de a Casa Branca reduzir sua pressão e sanções.

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O Japão ainda quer exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e com os EUA, assim que a festa olímpica terminar.

O governo sul-coreano sabe que estará sob forte pressão, inclusive por parte das alas mais conservadoras do país. Mas, seja qual for a posição de seus atletas na tabela de medalhas ou o uso das instalações olímpicas, o legado desse evento já está consolidado: a demonstração de que nenhuma crise é tão grave que não possa ser revertida. Resta saber se tudo não passa de uma ilusão olímpica.

* Jamil Chade, correspondente do Estado em Genebra

A seleção de hóquei no gelo formada por jogadoras norte e sul-coreanas perdeu nesta terça-feira novamente por 8 a 0 nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang. O placar elástico da partida contra a Suécia, no entanto, ficou em segundo plano mais uma vez. Assim como já havia ocorrido na estreia, quando a equipe perdeu para a Suíça, a partida tornou-se o centro das atenções por transpor a barreira do esporte e ser ponto central na tentativa de renovação diplomática entre as duas Coreias, tecnicamente ainda em guerra após o armistício de 1953.

+ Holandesa conquista décima medalha olímpica e bate recorde na patinação

+ Canadense sai do coma para o bronze na neve

Nesta terça, por exemplo, apesar da derrota avassaladora para a Suécia, o clima era festivo na arena do hóquei no gelo em Gangneung. Entre os cantos da torcida, o que mais chamou atenção foi o de “nós somos um”. O time é formado por 23 atletas sul-coreanas e 12 norte-coreanas.

Rebecca Stenberg, da Suécia, disputa o disco com a goleira So Jung Shin e com Ye Eun Park: esporte proporciona união entre as duas Coreias. Foto: Larry S. Smith/EFE

Uma prova de que a equipe conjunta de hóquei no gelo da Coreia do Norte e da Coreia do Sul não se limita apenas ao esporte é que uma importante integrante do conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) sugeriu no domingo que o time seja nomeado para o Prêmio Nobel da Paz. “Será algo para reconhecer o sacrifício que fizeram para ajustar suas competições”, disse a americana Angela Ruggiero, quatro vezes campeã mundial de hóquei no gelo e medalha de ouro olímpica, à agência de notícias Reuters.

“Como alguém que competiu em quatro Olimpíadas e sabe que isso não é sobre você, sua equipe ou seu país, eu vi o poder do que foi realizado”, disse.

Outra demonstração de que o placar do jogo pouco importava foi dada por Sarah Murray, treinadora da equipe formada por jogadoras norte e sul-coreanas. “É uma experiência de aprendizagem. Nunca estivemos em uma Olimpíada antes, nunca jogamos contra equipes de alto nível. Então, cada vez que perdemos é apenas um possibilidade de melhorar”, disse.

Essa é a primeira vez que uma equipe “intercoreana” compete em Jogos Olímpicos. Na quinta-feira, o time enfrentará o Japão.

Na avaliação de Kim Sung-han, ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul entre 2012 e 2013, a vizinha do Norte já desponta como favorita a ganhar a medalha mais importante dos Jogos Olímpicos de Inverno: o ouro diplomático. “A Coreia do Norte parece que vai ganhar esse ouro. Sua delegação e atletas estão recebendo todos os holofotes”, disse.

Especialistas em política externa, no entanto, alertam para o fato de que o regime do líder norte-coreano Kim Jong-un estar obtendo reconhecimento internacional e legitimidade sem fazer concessões ou desistir de suas armas nucleares. A Coreia do Norte enviou 22 atletas e uma torcida com 230 membros para os Jogos de Pyeongchang.

Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, acompanhou por três dias a delegação norte-coreana nos Jogos e no sábado se reuniu em Seul com o presidente sul-coreano Moon Jae-in. Ela aproveitou o encontro para convidar Moon Jae-in para se reunir com Kim Jong-un em Pyongyang “o mais breve possível”. Até o momento, aconteceram apenas dois encontros entre os líderes das Coreias; ambos em Pyongyang nos anos 2000 e 2007 envolvendo o falecido líder e pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, e os ex-presidentes do Sul Kim Dae-jung e Roh Tae-woo.

Confira as melhores imagens de cada dia na Olimpíada de Inverno

1 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (25/02)

Foto: Kai Deschwanden/ Reuters
2 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: François Xavier/ AFP
3 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: Damir Sagoji/ Reuters
4 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: Franck Fife/ AFP
5 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: Aris Messinis/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: NYT
7 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: Christof Stache/ AFP
8 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Mike Blake/ Reuters
9 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Kai Pfaffenbach/ Reuters
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Rebecca Lai/ NYT
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Kim Kyung-Hoon/ Reuters
13 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Mladen Antonov/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: David W Cemy/ Reuters
15 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: Eric Gaillard/ Reuters
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Jung Yeon-je/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Mohd Rasfan/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Mladen Antonov/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Chang W. Lee/NYT
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (18/02)

Foto: Wong Maye-E/AP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (18/02)

Foto: AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongyang (18/02)

Foto: Felipe Dana/AP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongyang (18/02)

Foto: Jae C. Hong/AP
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Maddie Meyer/Reuters
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Cathal McNaughton/Reuters
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Foto: Christof Stache/AFP
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Dylan Martinez
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (15/02)

Foto: REUTERS/Mike Blake
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (15/02)

Foto: REUTERS/Edgar Su
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: Bedel Saget and Joe Ward/The New York Times
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: Chang W. Lee/The New York Times
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: REUTERS/Edgar Su
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: AFP PHOTO / Brendan Smialowski
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: REUTERS/Carlos Barria
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: AFP PHOTO / Roberto SCHMIDT
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: AFP PHOTO / Kirill KUDRYAVTSEV
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Mike Blake
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Grigory Dukor
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AP Photo/Gregory Bull)
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AFP PHOTO / POOL / Kiichiro Sato
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: EFE/EPA/JAVIER ETXEZARRETA
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AFP PHOTO / Martin BUREAU
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: REUTERS/Phil Noble
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Bruce Bennett/Pool
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: EFE/EPA/DIEGO AZUBEL
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Carlos Barria
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: Doug Mills/The New York Times
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Brian Snyder
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: AFP PHOTO / Mladen ANTONOV
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Arnd Wiegmann

*ANÁLISE - Atletas cumprem função que política não conseguiu atingir

O time que reúne as duas Coreias sequer precisa vencer uma partida para fazer história. Juntas, as jogadoras de hóquei no gelo estão realizando em cada lance, em cada passe, o que décadas de diplomacia jamais conseguiu: que os dois lados da fronteira tenham o mesmo objetivo e que, uma vez obtido, seja motivo de comemoração.

O que parecia ser uma região que caminhava a largos passos em direção a uma guerra foi tomada por uma aproximação sem precedentes nos últimos 50 anos. A Coreia do Sul queria usar o evento como instrumento político e, para isso, abriu todas as brechas possíveis, todos os canais existentes.

O espaço foi amplamente ocupado pelo regime do Norte, que soube se aproveitar da vontade do Sul pela paz para uma operação única de sedução da opinião pública. Ninguém duvida que a propaganda do regime do Norte foi cuidadosamente desenhada com a mesma precisão de seus desfiles militares. O sorriso e a simpatia da irmã do ditador, as torcedoras escolhidas a dedo por sua “beleza e ideologia” e uma imagem praticamente de um país normal.

O que ninguém sabe dizer é se o clima de aproximação será mantido uma vez que a chama olímpica se apague. Na cerimônia de abertura, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, deixou claro que o teste será o dia seguinte dos Jogos e que não existe chance de a Casa Branca reduzir sua pressão e sanções.

O Japão ainda quer exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e com os EUA, assim que a festa olímpica terminar.

O governo sul-coreano sabe que estará sob forte pressão, inclusive por parte das alas mais conservadoras do país. Mas, seja qual for a posição de seus atletas na tabela de medalhas ou o uso das instalações olímpicas, o legado desse evento já está consolidado: a demonstração de que nenhuma crise é tão grave que não possa ser revertida. Resta saber se tudo não passa de uma ilusão olímpica.

* Jamil Chade, correspondente do Estado em Genebra

A seleção de hóquei no gelo formada por jogadoras norte e sul-coreanas perdeu nesta terça-feira novamente por 8 a 0 nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang. O placar elástico da partida contra a Suécia, no entanto, ficou em segundo plano mais uma vez. Assim como já havia ocorrido na estreia, quando a equipe perdeu para a Suíça, a partida tornou-se o centro das atenções por transpor a barreira do esporte e ser ponto central na tentativa de renovação diplomática entre as duas Coreias, tecnicamente ainda em guerra após o armistício de 1953.

+ Holandesa conquista décima medalha olímpica e bate recorde na patinação

+ Canadense sai do coma para o bronze na neve

Nesta terça, por exemplo, apesar da derrota avassaladora para a Suécia, o clima era festivo na arena do hóquei no gelo em Gangneung. Entre os cantos da torcida, o que mais chamou atenção foi o de “nós somos um”. O time é formado por 23 atletas sul-coreanas e 12 norte-coreanas.

Rebecca Stenberg, da Suécia, disputa o disco com a goleira So Jung Shin e com Ye Eun Park: esporte proporciona união entre as duas Coreias. Foto: Larry S. Smith/EFE

Uma prova de que a equipe conjunta de hóquei no gelo da Coreia do Norte e da Coreia do Sul não se limita apenas ao esporte é que uma importante integrante do conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) sugeriu no domingo que o time seja nomeado para o Prêmio Nobel da Paz. “Será algo para reconhecer o sacrifício que fizeram para ajustar suas competições”, disse a americana Angela Ruggiero, quatro vezes campeã mundial de hóquei no gelo e medalha de ouro olímpica, à agência de notícias Reuters.

“Como alguém que competiu em quatro Olimpíadas e sabe que isso não é sobre você, sua equipe ou seu país, eu vi o poder do que foi realizado”, disse.

Outra demonstração de que o placar do jogo pouco importava foi dada por Sarah Murray, treinadora da equipe formada por jogadoras norte e sul-coreanas. “É uma experiência de aprendizagem. Nunca estivemos em uma Olimpíada antes, nunca jogamos contra equipes de alto nível. Então, cada vez que perdemos é apenas um possibilidade de melhorar”, disse.

Essa é a primeira vez que uma equipe “intercoreana” compete em Jogos Olímpicos. Na quinta-feira, o time enfrentará o Japão.

Na avaliação de Kim Sung-han, ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul entre 2012 e 2013, a vizinha do Norte já desponta como favorita a ganhar a medalha mais importante dos Jogos Olímpicos de Inverno: o ouro diplomático. “A Coreia do Norte parece que vai ganhar esse ouro. Sua delegação e atletas estão recebendo todos os holofotes”, disse.

Especialistas em política externa, no entanto, alertam para o fato de que o regime do líder norte-coreano Kim Jong-un estar obtendo reconhecimento internacional e legitimidade sem fazer concessões ou desistir de suas armas nucleares. A Coreia do Norte enviou 22 atletas e uma torcida com 230 membros para os Jogos de Pyeongchang.

Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, acompanhou por três dias a delegação norte-coreana nos Jogos e no sábado se reuniu em Seul com o presidente sul-coreano Moon Jae-in. Ela aproveitou o encontro para convidar Moon Jae-in para se reunir com Kim Jong-un em Pyongyang “o mais breve possível”. Até o momento, aconteceram apenas dois encontros entre os líderes das Coreias; ambos em Pyongyang nos anos 2000 e 2007 envolvendo o falecido líder e pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, e os ex-presidentes do Sul Kim Dae-jung e Roh Tae-woo.

Confira as melhores imagens de cada dia na Olimpíada de Inverno

1 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (25/02)

Foto: Kai Deschwanden/ Reuters
2 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: François Xavier/ AFP
3 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: Damir Sagoji/ Reuters
4 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: Franck Fife/ AFP
5 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: Aris Messinis/ AFP
6 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: NYT
7 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: Christof Stache/ AFP
8 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Mike Blake/ Reuters
9 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Kai Pfaffenbach/ Reuters
10 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/ AFP
11 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Rebecca Lai/ NYT
12 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Kim Kyung-Hoon/ Reuters
13 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Mladen Antonov/ AFP
14 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: David W Cemy/ Reuters
15 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: Eric Gaillard/ Reuters
16 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/ AFP
17 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Jung Yeon-je/AFP
18 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Mohd Rasfan/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Mladen Antonov/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Chang W. Lee/NYT
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (18/02)

Foto: Wong Maye-E/AP
23 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (18/02)

Foto: AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongyang (18/02)

Foto: Felipe Dana/AP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongyang (18/02)

Foto: Jae C. Hong/AP
26 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Maddie Meyer/Reuters
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Cathal McNaughton/Reuters
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ctv-wea-pye2

Foto: Christof Stache/AFP
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
31 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
32 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Dylan Martinez
33 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler
34 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (15/02)

Foto: REUTERS/Mike Blake
35 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (15/02)

Foto: REUTERS/Edgar Su
36 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Lucy Nicholson
37 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
38 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach
39 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: Bedel Saget and Joe Ward/The New York Times
40 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (14/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
41 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: Chang W. Lee/The New York Times
42 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: REUTERS/Edgar Su
43 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: AFP PHOTO / Brendan Smialowski
44 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (13/02)

Foto: REUTERS/Carlos Barria
45 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: AFP PHOTO / Roberto SCHMIDT
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: AFP PHOTO / Kirill KUDRYAVTSEV
48 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Mike Blake
49 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Grigory Dukor
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
51 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AP Photo/Gregory Bull)
52 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AFP PHOTO / POOL / Kiichiro Sato
53 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: EFE/EPA/JAVIER ETXEZARRETA
54 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: AFP PHOTO / Martin BUREAU
55 | 64

Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (11/02)

Foto: REUTERS/Phil Noble
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Bruce Bennett/Pool
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: EFE/EPA/DIEGO AZUBEL
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Carlos Barria
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: Doug Mills/The New York Times
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Brian Snyder
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: AFP PHOTO / Mladen ANTONOV
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Arnd Wiegmann

*ANÁLISE - Atletas cumprem função que política não conseguiu atingir

O time que reúne as duas Coreias sequer precisa vencer uma partida para fazer história. Juntas, as jogadoras de hóquei no gelo estão realizando em cada lance, em cada passe, o que décadas de diplomacia jamais conseguiu: que os dois lados da fronteira tenham o mesmo objetivo e que, uma vez obtido, seja motivo de comemoração.

O que parecia ser uma região que caminhava a largos passos em direção a uma guerra foi tomada por uma aproximação sem precedentes nos últimos 50 anos. A Coreia do Sul queria usar o evento como instrumento político e, para isso, abriu todas as brechas possíveis, todos os canais existentes.

O espaço foi amplamente ocupado pelo regime do Norte, que soube se aproveitar da vontade do Sul pela paz para uma operação única de sedução da opinião pública. Ninguém duvida que a propaganda do regime do Norte foi cuidadosamente desenhada com a mesma precisão de seus desfiles militares. O sorriso e a simpatia da irmã do ditador, as torcedoras escolhidas a dedo por sua “beleza e ideologia” e uma imagem praticamente de um país normal.

O que ninguém sabe dizer é se o clima de aproximação será mantido uma vez que a chama olímpica se apague. Na cerimônia de abertura, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, deixou claro que o teste será o dia seguinte dos Jogos e que não existe chance de a Casa Branca reduzir sua pressão e sanções.

O Japão ainda quer exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e com os EUA, assim que a festa olímpica terminar.

O governo sul-coreano sabe que estará sob forte pressão, inclusive por parte das alas mais conservadoras do país. Mas, seja qual for a posição de seus atletas na tabela de medalhas ou o uso das instalações olímpicas, o legado desse evento já está consolidado: a demonstração de que nenhuma crise é tão grave que não possa ser revertida. Resta saber se tudo não passa de uma ilusão olímpica.

* Jamil Chade, correspondente do Estado em Genebra

A seleção de hóquei no gelo formada por jogadoras norte e sul-coreanas perdeu nesta terça-feira novamente por 8 a 0 nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang. O placar elástico da partida contra a Suécia, no entanto, ficou em segundo plano mais uma vez. Assim como já havia ocorrido na estreia, quando a equipe perdeu para a Suíça, a partida tornou-se o centro das atenções por transpor a barreira do esporte e ser ponto central na tentativa de renovação diplomática entre as duas Coreias, tecnicamente ainda em guerra após o armistício de 1953.

+ Holandesa conquista décima medalha olímpica e bate recorde na patinação

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Nesta terça, por exemplo, apesar da derrota avassaladora para a Suécia, o clima era festivo na arena do hóquei no gelo em Gangneung. Entre os cantos da torcida, o que mais chamou atenção foi o de “nós somos um”. O time é formado por 23 atletas sul-coreanas e 12 norte-coreanas.

Rebecca Stenberg, da Suécia, disputa o disco com a goleira So Jung Shin e com Ye Eun Park: esporte proporciona união entre as duas Coreias. Foto: Larry S. Smith/EFE

Uma prova de que a equipe conjunta de hóquei no gelo da Coreia do Norte e da Coreia do Sul não se limita apenas ao esporte é que uma importante integrante do conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) sugeriu no domingo que o time seja nomeado para o Prêmio Nobel da Paz. “Será algo para reconhecer o sacrifício que fizeram para ajustar suas competições”, disse a americana Angela Ruggiero, quatro vezes campeã mundial de hóquei no gelo e medalha de ouro olímpica, à agência de notícias Reuters.

“Como alguém que competiu em quatro Olimpíadas e sabe que isso não é sobre você, sua equipe ou seu país, eu vi o poder do que foi realizado”, disse.

Outra demonstração de que o placar do jogo pouco importava foi dada por Sarah Murray, treinadora da equipe formada por jogadoras norte e sul-coreanas. “É uma experiência de aprendizagem. Nunca estivemos em uma Olimpíada antes, nunca jogamos contra equipes de alto nível. Então, cada vez que perdemos é apenas um possibilidade de melhorar”, disse.

Essa é a primeira vez que uma equipe “intercoreana” compete em Jogos Olímpicos. Na quinta-feira, o time enfrentará o Japão.

Na avaliação de Kim Sung-han, ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul entre 2012 e 2013, a vizinha do Norte já desponta como favorita a ganhar a medalha mais importante dos Jogos Olímpicos de Inverno: o ouro diplomático. “A Coreia do Norte parece que vai ganhar esse ouro. Sua delegação e atletas estão recebendo todos os holofotes”, disse.

Especialistas em política externa, no entanto, alertam para o fato de que o regime do líder norte-coreano Kim Jong-un estar obtendo reconhecimento internacional e legitimidade sem fazer concessões ou desistir de suas armas nucleares. A Coreia do Norte enviou 22 atletas e uma torcida com 230 membros para os Jogos de Pyeongchang.

Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, acompanhou por três dias a delegação norte-coreana nos Jogos e no sábado se reuniu em Seul com o presidente sul-coreano Moon Jae-in. Ela aproveitou o encontro para convidar Moon Jae-in para se reunir com Kim Jong-un em Pyongyang “o mais breve possível”. Até o momento, aconteceram apenas dois encontros entre os líderes das Coreias; ambos em Pyongyang nos anos 2000 e 2007 envolvendo o falecido líder e pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, e os ex-presidentes do Sul Kim Dae-jung e Roh Tae-woo.

Confira as melhores imagens de cada dia na Olimpíada de Inverno

1 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (25/02)

Foto: Kai Deschwanden/ Reuters
2 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: François Xavier/ AFP
3 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: Damir Sagoji/ Reuters
4 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (24/02)

Foto: Franck Fife/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: Aris Messinis/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: NYT
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (23/02)

Foto: Christof Stache/ AFP
8 | 64

Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Mike Blake/ Reuters
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Kai Pfaffenbach/ Reuters
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (22/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Rebecca Lai/ NYT
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (21/02)

Foto: Mladen Antonov/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: David W Cemy/ Reuters
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: Eric Gaillard/ Reuters
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (20/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/ AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Jung Yeon-je/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Mohd Rasfan/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Jonathan Nackstrand/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Mladen Antonov/AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (19/02)

Foto: Chang W. Lee/NYT
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (18/02)

Foto: Wong Maye-E/AP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongchang (18/02)

Foto: AFP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongyang (18/02)

Foto: Felipe Dana/AP
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Olimpíada de Inverno de Pyeongyang (18/02)

Foto: Jae C. Hong/AP
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (17/02)

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
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Foto: Maddie Meyer/Reuters
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Foto: Cathal McNaughton/Reuters
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Foto: Christof Stache/AFP
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Foto: REUTERS/Damir Sagolj
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (16/02)

Foto: REUTERS/Damir Sagolj
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Foto: REUTERS/Dominic Ebenbichler
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Foto: Chang W. Lee/The New York Times
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Foto: REUTERS/Carlos Barria
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (12/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
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Foto: AP Photo/Gregory Bull)
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Issei Kato
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Carlos Barria
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

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Foto: REUTERS/Brian Snyder
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: AFP PHOTO / Mladen ANTONOV
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Olimpíada de Inverno em Pyeongchang (10/02)

Foto: REUTERS/Arnd Wiegmann

*ANÁLISE - Atletas cumprem função que política não conseguiu atingir

O time que reúne as duas Coreias sequer precisa vencer uma partida para fazer história. Juntas, as jogadoras de hóquei no gelo estão realizando em cada lance, em cada passe, o que décadas de diplomacia jamais conseguiu: que os dois lados da fronteira tenham o mesmo objetivo e que, uma vez obtido, seja motivo de comemoração.

O que parecia ser uma região que caminhava a largos passos em direção a uma guerra foi tomada por uma aproximação sem precedentes nos últimos 50 anos. A Coreia do Sul queria usar o evento como instrumento político e, para isso, abriu todas as brechas possíveis, todos os canais existentes.

O espaço foi amplamente ocupado pelo regime do Norte, que soube se aproveitar da vontade do Sul pela paz para uma operação única de sedução da opinião pública. Ninguém duvida que a propaganda do regime do Norte foi cuidadosamente desenhada com a mesma precisão de seus desfiles militares. O sorriso e a simpatia da irmã do ditador, as torcedoras escolhidas a dedo por sua “beleza e ideologia” e uma imagem praticamente de um país normal.

O que ninguém sabe dizer é se o clima de aproximação será mantido uma vez que a chama olímpica se apague. Na cerimônia de abertura, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, deixou claro que o teste será o dia seguinte dos Jogos e que não existe chance de a Casa Branca reduzir sua pressão e sanções.

O Japão ainda quer exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e com os EUA, assim que a festa olímpica terminar.

O governo sul-coreano sabe que estará sob forte pressão, inclusive por parte das alas mais conservadoras do país. Mas, seja qual for a posição de seus atletas na tabela de medalhas ou o uso das instalações olímpicas, o legado desse evento já está consolidado: a demonstração de que nenhuma crise é tão grave que não possa ser revertida. Resta saber se tudo não passa de uma ilusão olímpica.

* Jamil Chade, correspondente do Estado em Genebra

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