'Me considero uma vencedora', diz Érica Sena após ver medalha escapar no fim na marcha atlética


Brasileira estava perto de conquistar ao menos o bronze no momento em que, a poucos metros da linha de chegada, recebeu a terceira advertência por um movimento proibido; entenda a punição

Por Redação

A perda da medalha inédita para o Brasil na marcha atlética feminina dos 20 km provocou uma dor imensurável em Érica Sena nesta sexta-feira. A brasileira estava perto de conquistar ao menos o bronze no momento em que, a poucos metros da linha de chegada, recebeu a terceira advertência por um movimento proibido e teve de parar por dois minutos, sendo ultrapassada por várias adversárias e dando fim ao sonho do pódio ao terminar na 11ª colocação. Depois da prova, a marchadora elencou as dificuldades para chegar até a Olimpíada de Tóquio e revelou que pensou em desistir. 

"Queria muito esse resultado, a marcha atlética brasileira precisava muito disso e eu dei tudo de mim na competição. Estou contente porque hoje fiz a melhor prova da minha vida. Me considero uma vencedora", disse a pernambucana de 36 anos.

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Érica Sena durante participação na marcha atlética feminina dos 20 km Foto: Charly Triballeau / AFP

"Tive um ano muito difícil, treinei com muitas dores, pensei em parar. Agradeço muito ao meu treinador, que me deu muita força para que eu não desistisse", acrescentou a atleta, a única brasileira entre as 58 competidoras da marcha atlética disputada na cidade de Sapporo, distante mais de 800 km de Tóquio.

O treinador a que Érica se refere é seu marido, o equatoriano Andrés Chocho, recordista sul-americano dos 50 km da marcha. A brasileira mora com ele em Cuenca, no Equador, desde 2011, e se tornou a melhor marchadora da história do Brasil, com resultados expressivos.

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PUNIÇÃO

Érica ficou tão desolada com a punição que chorou muito após cruzar a linha de chegada e saiu sem falar com os jornalistas. Na marcha atlética, o competidor não pode tirar os dois pés do chão. Quando um sai do solo, o outro começa o movimento e o joelho da perna que dá a passada não pode ser flexionado até que o movimento seja realizado por completo. Vários juízes ficam espalhados ao longo do percurso para aplicar as eventuais advertências. A terceira sanção obriga o atleta a parar por dois minutos, o que aconteceu com a brasileira ao realizar um movimento irregular. Ela vinha apertando o passo para brigar pela prata. Estava a metros da concorrente. Foi quando recebeu a punição. Disse não se lembrar do momento, nem pretende recorrer ou culpar os jurados.

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"O que ocorreu no final foi muito inesperado e nunca havia acontecido comigo em grandes competições. A chinesa que estava atrás de mim é a atual campeã mundial e uma atleta muito rápida. A ideia era acelerar antes e ganhar distância dela. Deu certo e quando vi, já estava me aproximando da colombiana e brigando pelo segundo lugar. Depois disso, todos viram o que aconteceu", explicou ela, ainda tentando processar a perda da medalha. "É muito duro por tudo que fiz, mas aconteceu. Fiz o melhor que pude e dei tudo de mim por essa medalha."

O ouro da marcha atlética ficou com a italiana Antonella Palmisano, com 1h29min12s, a prata foi para a colombiana Sandra Lorena Arenas, que marcou 1h29min37s, e o bronze, para a chinesa Hong Liu, com 1h29min57. Erica realizou o percurso em 1h31min39. Sem a punição, certamente subiria ao pódio. Sua prova foi consistente, tanto que ela chegou a liderar em mais de uma ocasião e sempre esteve no pelotão da frente. Entenda como funciona a marcha atlética.

Fotos do dia 6 de agosto na Olimpíada de Tóquio 2020

1 | 21

Jogadores da seleção brasileira feminina de vôlei comemoram vitória diante da Coreia do Sul

Foto: Frank Augstein / AP
2 | 21

Seleção brasileira faz último treino antes da decisão contra a Espanha.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
3 | 21

Rodrigo Pessoa sofreu na prova do salto do hipismo

Foto: Julio César Guimarães / COB
4 | 21

Érica Sena durante participação na marcha atlética feminina dos 20 km

Foto: Charly Triballeau / AFP
5 | 21

Iêda Guimarães termina na última colocação no pentatlo moderno

Foto: Miriam Jeske / COB
6 | 21

Allyson Felix, a mulher mais laureada dos esportes olímpicos

Foto: Phil Noble/Reuters
7 | 21

México conquista o bronze após vitória sobre o Japão

Foto: Jonathan NACKSTRAND / AFP
8 | 21

Jogadoras japonesas comemoram vitória diante da França na semifinal do basquete feminino

Foto: Eric Gay / AP
9 | 21

Jogadoras da Holanda comemoram o ouro no hóquei na grama

Foto: José Méndez / EFE
10 | 21

Kawan Pereira nos saltos ornamentais

Foto: Wander Roberto/COB
11 | 21

Abner Teixeira recebe a medalha de bronze

Foto: José Méndez/ EFE
12 | 21

Seleção dos EUA vence a Sérvia no vôlei

Foto: Yuri Cortez/AFP
13 | 21

Kawan Pereira

Foto: Antonio Bronic/ Reuters
14 | 21

EUA x Sérvia Basquete Feminino

Foto: Aris Messinis/ AFP
15 | 21

Julio La Cruz

Foto: Frank Franklin II/AP
16 | 21

ABCD detectou anabolizante no exame de Tandara

Foto: Valentyn Ogirenko / Reuters
17 | 21

Equipe italiana do revezamento 4x100m que venceu o ouro em Tóquio.

Foto: Phil Noble/Reuters
18 | 21

Canadenses comemoram ouro inédito no futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Foto: Henry Romero/Reuters
19 | 21

Isaquias Queiroz, canoísta brasileiro

Foto: Kirsty Wigglesworth/AP
20 | 21

Jacky Godmann cai nas quartas do C1 1000

Foto: Gaspar Nóbrega/ COB
21 | 21

Érica Sena Tóquio 2020

Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters
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Érica foi a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha na marcha atlética em Jogos Pan-americanos ao ganhar a prata em Toronto-2015. Em 2019, em Lima, terminou em terceiro lugar. Tóquio-2020 foi sua segunda Olimpíada. No Rio-2016 concluiu a prova na sétima colocação. Além disso, a pernambucana foi quarta colocada nos Mundiais de Londres-2017 e de Doha-2019.

A perda da medalha inédita para o Brasil na marcha atlética feminina dos 20 km provocou uma dor imensurável em Érica Sena nesta sexta-feira. A brasileira estava perto de conquistar ao menos o bronze no momento em que, a poucos metros da linha de chegada, recebeu a terceira advertência por um movimento proibido e teve de parar por dois minutos, sendo ultrapassada por várias adversárias e dando fim ao sonho do pódio ao terminar na 11ª colocação. Depois da prova, a marchadora elencou as dificuldades para chegar até a Olimpíada de Tóquio e revelou que pensou em desistir. 

"Queria muito esse resultado, a marcha atlética brasileira precisava muito disso e eu dei tudo de mim na competição. Estou contente porque hoje fiz a melhor prova da minha vida. Me considero uma vencedora", disse a pernambucana de 36 anos.

Érica Sena durante participação na marcha atlética feminina dos 20 km Foto: Charly Triballeau / AFP

"Tive um ano muito difícil, treinei com muitas dores, pensei em parar. Agradeço muito ao meu treinador, que me deu muita força para que eu não desistisse", acrescentou a atleta, a única brasileira entre as 58 competidoras da marcha atlética disputada na cidade de Sapporo, distante mais de 800 km de Tóquio.

O treinador a que Érica se refere é seu marido, o equatoriano Andrés Chocho, recordista sul-americano dos 50 km da marcha. A brasileira mora com ele em Cuenca, no Equador, desde 2011, e se tornou a melhor marchadora da história do Brasil, com resultados expressivos.

PUNIÇÃO

Érica ficou tão desolada com a punição que chorou muito após cruzar a linha de chegada e saiu sem falar com os jornalistas. Na marcha atlética, o competidor não pode tirar os dois pés do chão. Quando um sai do solo, o outro começa o movimento e o joelho da perna que dá a passada não pode ser flexionado até que o movimento seja realizado por completo. Vários juízes ficam espalhados ao longo do percurso para aplicar as eventuais advertências. A terceira sanção obriga o atleta a parar por dois minutos, o que aconteceu com a brasileira ao realizar um movimento irregular. Ela vinha apertando o passo para brigar pela prata. Estava a metros da concorrente. Foi quando recebeu a punição. Disse não se lembrar do momento, nem pretende recorrer ou culpar os jurados.

"O que ocorreu no final foi muito inesperado e nunca havia acontecido comigo em grandes competições. A chinesa que estava atrás de mim é a atual campeã mundial e uma atleta muito rápida. A ideia era acelerar antes e ganhar distância dela. Deu certo e quando vi, já estava me aproximando da colombiana e brigando pelo segundo lugar. Depois disso, todos viram o que aconteceu", explicou ela, ainda tentando processar a perda da medalha. "É muito duro por tudo que fiz, mas aconteceu. Fiz o melhor que pude e dei tudo de mim por essa medalha."

O ouro da marcha atlética ficou com a italiana Antonella Palmisano, com 1h29min12s, a prata foi para a colombiana Sandra Lorena Arenas, que marcou 1h29min37s, e o bronze, para a chinesa Hong Liu, com 1h29min57. Erica realizou o percurso em 1h31min39. Sem a punição, certamente subiria ao pódio. Sua prova foi consistente, tanto que ela chegou a liderar em mais de uma ocasião e sempre esteve no pelotão da frente. Entenda como funciona a marcha atlética.

Fotos do dia 6 de agosto na Olimpíada de Tóquio 2020

1 | 21

Jogadores da seleção brasileira feminina de vôlei comemoram vitória diante da Coreia do Sul

Foto: Frank Augstein / AP
2 | 21

Seleção brasileira faz último treino antes da decisão contra a Espanha.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
3 | 21

Rodrigo Pessoa sofreu na prova do salto do hipismo

Foto: Julio César Guimarães / COB
4 | 21

Érica Sena durante participação na marcha atlética feminina dos 20 km

Foto: Charly Triballeau / AFP
5 | 21

Iêda Guimarães termina na última colocação no pentatlo moderno

Foto: Miriam Jeske / COB
6 | 21

Allyson Felix, a mulher mais laureada dos esportes olímpicos

Foto: Phil Noble/Reuters
7 | 21

México conquista o bronze após vitória sobre o Japão

Foto: Jonathan NACKSTRAND / AFP
8 | 21

Jogadoras japonesas comemoram vitória diante da França na semifinal do basquete feminino

Foto: Eric Gay / AP
9 | 21

Jogadoras da Holanda comemoram o ouro no hóquei na grama

Foto: José Méndez / EFE
10 | 21

Kawan Pereira nos saltos ornamentais

Foto: Wander Roberto/COB
11 | 21

Abner Teixeira recebe a medalha de bronze

Foto: José Méndez/ EFE
12 | 21

Seleção dos EUA vence a Sérvia no vôlei

Foto: Yuri Cortez/AFP
13 | 21

Kawan Pereira

Foto: Antonio Bronic/ Reuters
14 | 21

EUA x Sérvia Basquete Feminino

Foto: Aris Messinis/ AFP
15 | 21

Julio La Cruz

Foto: Frank Franklin II/AP
16 | 21

ABCD detectou anabolizante no exame de Tandara

Foto: Valentyn Ogirenko / Reuters
17 | 21

Equipe italiana do revezamento 4x100m que venceu o ouro em Tóquio.

Foto: Phil Noble/Reuters
18 | 21

Canadenses comemoram ouro inédito no futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Foto: Henry Romero/Reuters
19 | 21

Isaquias Queiroz, canoísta brasileiro

Foto: Kirsty Wigglesworth/AP
20 | 21

Jacky Godmann cai nas quartas do C1 1000

Foto: Gaspar Nóbrega/ COB
21 | 21

Érica Sena Tóquio 2020

Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters

Érica foi a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha na marcha atlética em Jogos Pan-americanos ao ganhar a prata em Toronto-2015. Em 2019, em Lima, terminou em terceiro lugar. Tóquio-2020 foi sua segunda Olimpíada. No Rio-2016 concluiu a prova na sétima colocação. Além disso, a pernambucana foi quarta colocada nos Mundiais de Londres-2017 e de Doha-2019.

A perda da medalha inédita para o Brasil na marcha atlética feminina dos 20 km provocou uma dor imensurável em Érica Sena nesta sexta-feira. A brasileira estava perto de conquistar ao menos o bronze no momento em que, a poucos metros da linha de chegada, recebeu a terceira advertência por um movimento proibido e teve de parar por dois minutos, sendo ultrapassada por várias adversárias e dando fim ao sonho do pódio ao terminar na 11ª colocação. Depois da prova, a marchadora elencou as dificuldades para chegar até a Olimpíada de Tóquio e revelou que pensou em desistir. 

"Queria muito esse resultado, a marcha atlética brasileira precisava muito disso e eu dei tudo de mim na competição. Estou contente porque hoje fiz a melhor prova da minha vida. Me considero uma vencedora", disse a pernambucana de 36 anos.

Érica Sena durante participação na marcha atlética feminina dos 20 km Foto: Charly Triballeau / AFP

"Tive um ano muito difícil, treinei com muitas dores, pensei em parar. Agradeço muito ao meu treinador, que me deu muita força para que eu não desistisse", acrescentou a atleta, a única brasileira entre as 58 competidoras da marcha atlética disputada na cidade de Sapporo, distante mais de 800 km de Tóquio.

O treinador a que Érica se refere é seu marido, o equatoriano Andrés Chocho, recordista sul-americano dos 50 km da marcha. A brasileira mora com ele em Cuenca, no Equador, desde 2011, e se tornou a melhor marchadora da história do Brasil, com resultados expressivos.

PUNIÇÃO

Érica ficou tão desolada com a punição que chorou muito após cruzar a linha de chegada e saiu sem falar com os jornalistas. Na marcha atlética, o competidor não pode tirar os dois pés do chão. Quando um sai do solo, o outro começa o movimento e o joelho da perna que dá a passada não pode ser flexionado até que o movimento seja realizado por completo. Vários juízes ficam espalhados ao longo do percurso para aplicar as eventuais advertências. A terceira sanção obriga o atleta a parar por dois minutos, o que aconteceu com a brasileira ao realizar um movimento irregular. Ela vinha apertando o passo para brigar pela prata. Estava a metros da concorrente. Foi quando recebeu a punição. Disse não se lembrar do momento, nem pretende recorrer ou culpar os jurados.

"O que ocorreu no final foi muito inesperado e nunca havia acontecido comigo em grandes competições. A chinesa que estava atrás de mim é a atual campeã mundial e uma atleta muito rápida. A ideia era acelerar antes e ganhar distância dela. Deu certo e quando vi, já estava me aproximando da colombiana e brigando pelo segundo lugar. Depois disso, todos viram o que aconteceu", explicou ela, ainda tentando processar a perda da medalha. "É muito duro por tudo que fiz, mas aconteceu. Fiz o melhor que pude e dei tudo de mim por essa medalha."

O ouro da marcha atlética ficou com a italiana Antonella Palmisano, com 1h29min12s, a prata foi para a colombiana Sandra Lorena Arenas, que marcou 1h29min37s, e o bronze, para a chinesa Hong Liu, com 1h29min57. Erica realizou o percurso em 1h31min39. Sem a punição, certamente subiria ao pódio. Sua prova foi consistente, tanto que ela chegou a liderar em mais de uma ocasião e sempre esteve no pelotão da frente. Entenda como funciona a marcha atlética.

Fotos do dia 6 de agosto na Olimpíada de Tóquio 2020

1 | 21

Jogadores da seleção brasileira feminina de vôlei comemoram vitória diante da Coreia do Sul

Foto: Frank Augstein / AP
2 | 21

Seleção brasileira faz último treino antes da decisão contra a Espanha.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
3 | 21

Rodrigo Pessoa sofreu na prova do salto do hipismo

Foto: Julio César Guimarães / COB
4 | 21

Érica Sena durante participação na marcha atlética feminina dos 20 km

Foto: Charly Triballeau / AFP
5 | 21

Iêda Guimarães termina na última colocação no pentatlo moderno

Foto: Miriam Jeske / COB
6 | 21

Allyson Felix, a mulher mais laureada dos esportes olímpicos

Foto: Phil Noble/Reuters
7 | 21

México conquista o bronze após vitória sobre o Japão

Foto: Jonathan NACKSTRAND / AFP
8 | 21

Jogadoras japonesas comemoram vitória diante da França na semifinal do basquete feminino

Foto: Eric Gay / AP
9 | 21

Jogadoras da Holanda comemoram o ouro no hóquei na grama

Foto: José Méndez / EFE
10 | 21

Kawan Pereira nos saltos ornamentais

Foto: Wander Roberto/COB
11 | 21

Abner Teixeira recebe a medalha de bronze

Foto: José Méndez/ EFE
12 | 21

Seleção dos EUA vence a Sérvia no vôlei

Foto: Yuri Cortez/AFP
13 | 21

Kawan Pereira

Foto: Antonio Bronic/ Reuters
14 | 21

EUA x Sérvia Basquete Feminino

Foto: Aris Messinis/ AFP
15 | 21

Julio La Cruz

Foto: Frank Franklin II/AP
16 | 21

ABCD detectou anabolizante no exame de Tandara

Foto: Valentyn Ogirenko / Reuters
17 | 21

Equipe italiana do revezamento 4x100m que venceu o ouro em Tóquio.

Foto: Phil Noble/Reuters
18 | 21

Canadenses comemoram ouro inédito no futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Foto: Henry Romero/Reuters
19 | 21

Isaquias Queiroz, canoísta brasileiro

Foto: Kirsty Wigglesworth/AP
20 | 21

Jacky Godmann cai nas quartas do C1 1000

Foto: Gaspar Nóbrega/ COB
21 | 21

Érica Sena Tóquio 2020

Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters

Érica foi a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha na marcha atlética em Jogos Pan-americanos ao ganhar a prata em Toronto-2015. Em 2019, em Lima, terminou em terceiro lugar. Tóquio-2020 foi sua segunda Olimpíada. No Rio-2016 concluiu a prova na sétima colocação. Além disso, a pernambucana foi quarta colocada nos Mundiais de Londres-2017 e de Doha-2019.

A perda da medalha inédita para o Brasil na marcha atlética feminina dos 20 km provocou uma dor imensurável em Érica Sena nesta sexta-feira. A brasileira estava perto de conquistar ao menos o bronze no momento em que, a poucos metros da linha de chegada, recebeu a terceira advertência por um movimento proibido e teve de parar por dois minutos, sendo ultrapassada por várias adversárias e dando fim ao sonho do pódio ao terminar na 11ª colocação. Depois da prova, a marchadora elencou as dificuldades para chegar até a Olimpíada de Tóquio e revelou que pensou em desistir. 

"Queria muito esse resultado, a marcha atlética brasileira precisava muito disso e eu dei tudo de mim na competição. Estou contente porque hoje fiz a melhor prova da minha vida. Me considero uma vencedora", disse a pernambucana de 36 anos.

Érica Sena durante participação na marcha atlética feminina dos 20 km Foto: Charly Triballeau / AFP

"Tive um ano muito difícil, treinei com muitas dores, pensei em parar. Agradeço muito ao meu treinador, que me deu muita força para que eu não desistisse", acrescentou a atleta, a única brasileira entre as 58 competidoras da marcha atlética disputada na cidade de Sapporo, distante mais de 800 km de Tóquio.

O treinador a que Érica se refere é seu marido, o equatoriano Andrés Chocho, recordista sul-americano dos 50 km da marcha. A brasileira mora com ele em Cuenca, no Equador, desde 2011, e se tornou a melhor marchadora da história do Brasil, com resultados expressivos.

PUNIÇÃO

Érica ficou tão desolada com a punição que chorou muito após cruzar a linha de chegada e saiu sem falar com os jornalistas. Na marcha atlética, o competidor não pode tirar os dois pés do chão. Quando um sai do solo, o outro começa o movimento e o joelho da perna que dá a passada não pode ser flexionado até que o movimento seja realizado por completo. Vários juízes ficam espalhados ao longo do percurso para aplicar as eventuais advertências. A terceira sanção obriga o atleta a parar por dois minutos, o que aconteceu com a brasileira ao realizar um movimento irregular. Ela vinha apertando o passo para brigar pela prata. Estava a metros da concorrente. Foi quando recebeu a punição. Disse não se lembrar do momento, nem pretende recorrer ou culpar os jurados.

"O que ocorreu no final foi muito inesperado e nunca havia acontecido comigo em grandes competições. A chinesa que estava atrás de mim é a atual campeã mundial e uma atleta muito rápida. A ideia era acelerar antes e ganhar distância dela. Deu certo e quando vi, já estava me aproximando da colombiana e brigando pelo segundo lugar. Depois disso, todos viram o que aconteceu", explicou ela, ainda tentando processar a perda da medalha. "É muito duro por tudo que fiz, mas aconteceu. Fiz o melhor que pude e dei tudo de mim por essa medalha."

O ouro da marcha atlética ficou com a italiana Antonella Palmisano, com 1h29min12s, a prata foi para a colombiana Sandra Lorena Arenas, que marcou 1h29min37s, e o bronze, para a chinesa Hong Liu, com 1h29min57. Erica realizou o percurso em 1h31min39. Sem a punição, certamente subiria ao pódio. Sua prova foi consistente, tanto que ela chegou a liderar em mais de uma ocasião e sempre esteve no pelotão da frente. Entenda como funciona a marcha atlética.

Fotos do dia 6 de agosto na Olimpíada de Tóquio 2020

1 | 21

Jogadores da seleção brasileira feminina de vôlei comemoram vitória diante da Coreia do Sul

Foto: Frank Augstein / AP
2 | 21

Seleção brasileira faz último treino antes da decisão contra a Espanha.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
3 | 21

Rodrigo Pessoa sofreu na prova do salto do hipismo

Foto: Julio César Guimarães / COB
4 | 21

Érica Sena durante participação na marcha atlética feminina dos 20 km

Foto: Charly Triballeau / AFP
5 | 21

Iêda Guimarães termina na última colocação no pentatlo moderno

Foto: Miriam Jeske / COB
6 | 21

Allyson Felix, a mulher mais laureada dos esportes olímpicos

Foto: Phil Noble/Reuters
7 | 21

México conquista o bronze após vitória sobre o Japão

Foto: Jonathan NACKSTRAND / AFP
8 | 21

Jogadoras japonesas comemoram vitória diante da França na semifinal do basquete feminino

Foto: Eric Gay / AP
9 | 21

Jogadoras da Holanda comemoram o ouro no hóquei na grama

Foto: José Méndez / EFE
10 | 21

Kawan Pereira nos saltos ornamentais

Foto: Wander Roberto/COB
11 | 21

Abner Teixeira recebe a medalha de bronze

Foto: José Méndez/ EFE
12 | 21

Seleção dos EUA vence a Sérvia no vôlei

Foto: Yuri Cortez/AFP
13 | 21

Kawan Pereira

Foto: Antonio Bronic/ Reuters
14 | 21

EUA x Sérvia Basquete Feminino

Foto: Aris Messinis/ AFP
15 | 21

Julio La Cruz

Foto: Frank Franklin II/AP
16 | 21

ABCD detectou anabolizante no exame de Tandara

Foto: Valentyn Ogirenko / Reuters
17 | 21

Equipe italiana do revezamento 4x100m que venceu o ouro em Tóquio.

Foto: Phil Noble/Reuters
18 | 21

Canadenses comemoram ouro inédito no futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Foto: Henry Romero/Reuters
19 | 21

Isaquias Queiroz, canoísta brasileiro

Foto: Kirsty Wigglesworth/AP
20 | 21

Jacky Godmann cai nas quartas do C1 1000

Foto: Gaspar Nóbrega/ COB
21 | 21

Érica Sena Tóquio 2020

Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters

Érica foi a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha na marcha atlética em Jogos Pan-americanos ao ganhar a prata em Toronto-2015. Em 2019, em Lima, terminou em terceiro lugar. Tóquio-2020 foi sua segunda Olimpíada. No Rio-2016 concluiu a prova na sétima colocação. Além disso, a pernambucana foi quarta colocada nos Mundiais de Londres-2017 e de Doha-2019.

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