Preso desde quinta-feira, suspeito de comprar votos para que o Rio de Janeiro fosse a sede da Olimpíada de 2016, Carlos Arthur Nuzman, então presidente do Cômite Olímpico do Brasil, enviou ontem uma carta, confeccionada dentro da cadeia, à cúpula da entidade solicitando seu afastamento do cargo.
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Em seu site oficial, o COB convocou uma Assembleia Geral Extraordinária que será realizada na próxima quarta-feira, dia 11, na sede da entidade no Rio. Os itens a serem discutidos com representantes de confederações esportivas são a punição do Comitê Olímpico Internacional ao COB, que congelou a verba repassada à entidade brasileira, e a agora carta de afastamento de Nuzman.
É provável que a licença de Nuzman como presidente do COB evolua para uma renúncia. Desde que ele foi preso, o vice-presidente Paulo Wanderley Teixeira assumiu o comando da instituição e deve continuar no cargo por ora. O COI exigiu que o COB afastasse Nuzman de suas funções mesmo que sua prisão seja temporária, de cinco dias, com possibilidade de ser mantida.
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Nuzman, que está detido no Rio, também perdeu outros dois cargos que tinha junto ao COI como membro honorário da instituição e como integrante do comitê que coordena os Jogos Olímpicos de 2020, que serão realizado em Tóquio, no Japão.
Veja a trajetória de Carlos Arthur Nuzman
CONFIRA O COMUNICADO DO COB
De acordo com o Globoesporte.com, os advogados de defesa de Nuzman pediram à Justiça a soltura imediata do ex-presidente do COB, citando seu estado frágil de saúde. O documento enviado nesta sexta-feira diz que Nuzman, 75, passou por uma cirurgia recente de dissecção da aorta. Além disso, a defesa ainda aponta um possível constragimento, linchamento moral de seu cliente e abuso de poder por parte da Polícia Federal.
CONFIRA NA ÍNTEGRA A CARTA DE NUZMAN ENTREGUE AO COB