A culpa é da China?


Aquele Corinthians, o campeão brasileiro, desapareceu. Tite abraçou as férias pensando que para largar bem na Copa Libertadores bastaria recuperar os padrões que fizeram da equipe um modelo para o futebol brasileiro. Mas não passou de um sonho, a satisfação pelo título nacional e o reconhecimento do ótimo trabalho não duraram 30 dias.

Por Paulo Calçade
Atualização:

Mais uma vez, o treinador experimentou um drama comum aos vitoriosos por aqui: o desmanche do time. Com a alegria vem a depressão. Ao desenvolver um sistema perfeito, capaz de extrair o máximo de cada jogador e até reinventá-los, mesmo com o clube em crise financeira, Tite experimentou o lado amargo da competência.

Os times duram muito pouco por aqui. O estrago surgiu da volúpia chinesa, mas poderia ter vindo de qualquer outro lugar. O problema não é geográfico, é estrutural, conjuntural, é a fragilidade do nosso mercado futebolístico, incapaz de resistir. 

É verdade que os ricaços chineses não pouparam nem a Europa. A maior aquisição até agora foi a de Ramires, que trocou o Chelsea pelo Jiangsu Suning, um negócio em torno dos 140 milhões de reais.

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Ramires é melhor que Renato Augusto? Hoje, com certeza, não é, mas custou quase quatro vezes mais. Trata-se de uma demonstração de força. A grana chinesa também atingiu a Premier League, contratou um jogador desnecessário ao gigante inglês, porém mais caro e mais importante do que um titular do campeão brasileiro.

A China não entra nessas divididas com o pé mole, aproveita-se de nossa reconhecida incapacidade de competir com tradicionais e emergentes praças do futebol.  Entre a compra e a venda de Ramires, o Chelsea, em tremenda crise técnica, fez um grande negócio. Já o campeão brasileiro fez o negócio possível, de uma peça estratégica, do cara que fazia o time funcionar, que não poderia faltar no seu esquema.

Essa é a visão do copo meio vazio, preenchido de realidade. Mas é preciso admitir que o movimento chinês também representa uma oportunidade. Com uma gotinha a mais de organização, os clubes brasileiros poderiam ter faturado muito mais dinheiro, beneficiando-se do ataque asiático, sofrendo menos com ele.

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O grande trabalho do ano passado virou história de almanaque. O momento é de reconstrução. As contratações de Guilherme, marcado por várias contusões musculares no Atlético Mineiro, de Giovanni Augusto e de André, que se juntam a Marlone, parecem boas. 

Se vai dar liga ou não, ninguém tem essa garantia, nem o treinador. Pato e Renato Augusto, antes frequentadores do departamento médico, livraram-se de seus problemas no Corinthians. Pode acontecer o mesmo com Guilherme.

Uma nova equipe vai surgir, precisará de tempo para adquirir consistência e indicar sobre qual formato funcionará melhor, além de determinar as funções de cada jogador. Tite começa 2016 praticamente do zero. Será o primoroso 1-4-1-4-1 do ano passado ou o 1-4-2-3-1 de sempre?

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A sofrida vitória sobre o XV de Piracicaba, na estreia do Paulistinha, diz muito pouco sobre isso. A certeza é que nunca mais veremos um Corinthians parecido ao campeão brasileiro de 2015. Pode ser pior, pode ser melhor, mas com certeza diferente.

Nessas circunstâncias, disputar um torneio menor como o Estadual até ajudaria, pois tirando um clássico aqui e outro ali, sempre haveria um time pequeno para ajustar a engrenagem. 

O perigo está na Libertadores, difícil e impiedosa. O melhor time brasileiro em dezembro é o de menor perspectiva em janeiro. O Corinthians tinha todo o direito de reivindicar protagonismo, mas já pode se dar por feliz se passar da primeira fase da competição internacional. 

Mais uma vez, o treinador experimentou um drama comum aos vitoriosos por aqui: o desmanche do time. Com a alegria vem a depressão. Ao desenvolver um sistema perfeito, capaz de extrair o máximo de cada jogador e até reinventá-los, mesmo com o clube em crise financeira, Tite experimentou o lado amargo da competência.

Os times duram muito pouco por aqui. O estrago surgiu da volúpia chinesa, mas poderia ter vindo de qualquer outro lugar. O problema não é geográfico, é estrutural, conjuntural, é a fragilidade do nosso mercado futebolístico, incapaz de resistir. 

É verdade que os ricaços chineses não pouparam nem a Europa. A maior aquisição até agora foi a de Ramires, que trocou o Chelsea pelo Jiangsu Suning, um negócio em torno dos 140 milhões de reais.

Ramires é melhor que Renato Augusto? Hoje, com certeza, não é, mas custou quase quatro vezes mais. Trata-se de uma demonstração de força. A grana chinesa também atingiu a Premier League, contratou um jogador desnecessário ao gigante inglês, porém mais caro e mais importante do que um titular do campeão brasileiro.

A China não entra nessas divididas com o pé mole, aproveita-se de nossa reconhecida incapacidade de competir com tradicionais e emergentes praças do futebol.  Entre a compra e a venda de Ramires, o Chelsea, em tremenda crise técnica, fez um grande negócio. Já o campeão brasileiro fez o negócio possível, de uma peça estratégica, do cara que fazia o time funcionar, que não poderia faltar no seu esquema.

Essa é a visão do copo meio vazio, preenchido de realidade. Mas é preciso admitir que o movimento chinês também representa uma oportunidade. Com uma gotinha a mais de organização, os clubes brasileiros poderiam ter faturado muito mais dinheiro, beneficiando-se do ataque asiático, sofrendo menos com ele.

O grande trabalho do ano passado virou história de almanaque. O momento é de reconstrução. As contratações de Guilherme, marcado por várias contusões musculares no Atlético Mineiro, de Giovanni Augusto e de André, que se juntam a Marlone, parecem boas. 

Se vai dar liga ou não, ninguém tem essa garantia, nem o treinador. Pato e Renato Augusto, antes frequentadores do departamento médico, livraram-se de seus problemas no Corinthians. Pode acontecer o mesmo com Guilherme.

Uma nova equipe vai surgir, precisará de tempo para adquirir consistência e indicar sobre qual formato funcionará melhor, além de determinar as funções de cada jogador. Tite começa 2016 praticamente do zero. Será o primoroso 1-4-1-4-1 do ano passado ou o 1-4-2-3-1 de sempre?

A sofrida vitória sobre o XV de Piracicaba, na estreia do Paulistinha, diz muito pouco sobre isso. A certeza é que nunca mais veremos um Corinthians parecido ao campeão brasileiro de 2015. Pode ser pior, pode ser melhor, mas com certeza diferente.

Nessas circunstâncias, disputar um torneio menor como o Estadual até ajudaria, pois tirando um clássico aqui e outro ali, sempre haveria um time pequeno para ajustar a engrenagem. 

O perigo está na Libertadores, difícil e impiedosa. O melhor time brasileiro em dezembro é o de menor perspectiva em janeiro. O Corinthians tinha todo o direito de reivindicar protagonismo, mas já pode se dar por feliz se passar da primeira fase da competição internacional. 

Mais uma vez, o treinador experimentou um drama comum aos vitoriosos por aqui: o desmanche do time. Com a alegria vem a depressão. Ao desenvolver um sistema perfeito, capaz de extrair o máximo de cada jogador e até reinventá-los, mesmo com o clube em crise financeira, Tite experimentou o lado amargo da competência.

Os times duram muito pouco por aqui. O estrago surgiu da volúpia chinesa, mas poderia ter vindo de qualquer outro lugar. O problema não é geográfico, é estrutural, conjuntural, é a fragilidade do nosso mercado futebolístico, incapaz de resistir. 

É verdade que os ricaços chineses não pouparam nem a Europa. A maior aquisição até agora foi a de Ramires, que trocou o Chelsea pelo Jiangsu Suning, um negócio em torno dos 140 milhões de reais.

Ramires é melhor que Renato Augusto? Hoje, com certeza, não é, mas custou quase quatro vezes mais. Trata-se de uma demonstração de força. A grana chinesa também atingiu a Premier League, contratou um jogador desnecessário ao gigante inglês, porém mais caro e mais importante do que um titular do campeão brasileiro.

A China não entra nessas divididas com o pé mole, aproveita-se de nossa reconhecida incapacidade de competir com tradicionais e emergentes praças do futebol.  Entre a compra e a venda de Ramires, o Chelsea, em tremenda crise técnica, fez um grande negócio. Já o campeão brasileiro fez o negócio possível, de uma peça estratégica, do cara que fazia o time funcionar, que não poderia faltar no seu esquema.

Essa é a visão do copo meio vazio, preenchido de realidade. Mas é preciso admitir que o movimento chinês também representa uma oportunidade. Com uma gotinha a mais de organização, os clubes brasileiros poderiam ter faturado muito mais dinheiro, beneficiando-se do ataque asiático, sofrendo menos com ele.

O grande trabalho do ano passado virou história de almanaque. O momento é de reconstrução. As contratações de Guilherme, marcado por várias contusões musculares no Atlético Mineiro, de Giovanni Augusto e de André, que se juntam a Marlone, parecem boas. 

Se vai dar liga ou não, ninguém tem essa garantia, nem o treinador. Pato e Renato Augusto, antes frequentadores do departamento médico, livraram-se de seus problemas no Corinthians. Pode acontecer o mesmo com Guilherme.

Uma nova equipe vai surgir, precisará de tempo para adquirir consistência e indicar sobre qual formato funcionará melhor, além de determinar as funções de cada jogador. Tite começa 2016 praticamente do zero. Será o primoroso 1-4-1-4-1 do ano passado ou o 1-4-2-3-1 de sempre?

A sofrida vitória sobre o XV de Piracicaba, na estreia do Paulistinha, diz muito pouco sobre isso. A certeza é que nunca mais veremos um Corinthians parecido ao campeão brasileiro de 2015. Pode ser pior, pode ser melhor, mas com certeza diferente.

Nessas circunstâncias, disputar um torneio menor como o Estadual até ajudaria, pois tirando um clássico aqui e outro ali, sempre haveria um time pequeno para ajustar a engrenagem. 

O perigo está na Libertadores, difícil e impiedosa. O melhor time brasileiro em dezembro é o de menor perspectiva em janeiro. O Corinthians tinha todo o direito de reivindicar protagonismo, mas já pode se dar por feliz se passar da primeira fase da competição internacional. 

Mais uma vez, o treinador experimentou um drama comum aos vitoriosos por aqui: o desmanche do time. Com a alegria vem a depressão. Ao desenvolver um sistema perfeito, capaz de extrair o máximo de cada jogador e até reinventá-los, mesmo com o clube em crise financeira, Tite experimentou o lado amargo da competência.

Os times duram muito pouco por aqui. O estrago surgiu da volúpia chinesa, mas poderia ter vindo de qualquer outro lugar. O problema não é geográfico, é estrutural, conjuntural, é a fragilidade do nosso mercado futebolístico, incapaz de resistir. 

É verdade que os ricaços chineses não pouparam nem a Europa. A maior aquisição até agora foi a de Ramires, que trocou o Chelsea pelo Jiangsu Suning, um negócio em torno dos 140 milhões de reais.

Ramires é melhor que Renato Augusto? Hoje, com certeza, não é, mas custou quase quatro vezes mais. Trata-se de uma demonstração de força. A grana chinesa também atingiu a Premier League, contratou um jogador desnecessário ao gigante inglês, porém mais caro e mais importante do que um titular do campeão brasileiro.

A China não entra nessas divididas com o pé mole, aproveita-se de nossa reconhecida incapacidade de competir com tradicionais e emergentes praças do futebol.  Entre a compra e a venda de Ramires, o Chelsea, em tremenda crise técnica, fez um grande negócio. Já o campeão brasileiro fez o negócio possível, de uma peça estratégica, do cara que fazia o time funcionar, que não poderia faltar no seu esquema.

Essa é a visão do copo meio vazio, preenchido de realidade. Mas é preciso admitir que o movimento chinês também representa uma oportunidade. Com uma gotinha a mais de organização, os clubes brasileiros poderiam ter faturado muito mais dinheiro, beneficiando-se do ataque asiático, sofrendo menos com ele.

O grande trabalho do ano passado virou história de almanaque. O momento é de reconstrução. As contratações de Guilherme, marcado por várias contusões musculares no Atlético Mineiro, de Giovanni Augusto e de André, que se juntam a Marlone, parecem boas. 

Se vai dar liga ou não, ninguém tem essa garantia, nem o treinador. Pato e Renato Augusto, antes frequentadores do departamento médico, livraram-se de seus problemas no Corinthians. Pode acontecer o mesmo com Guilherme.

Uma nova equipe vai surgir, precisará de tempo para adquirir consistência e indicar sobre qual formato funcionará melhor, além de determinar as funções de cada jogador. Tite começa 2016 praticamente do zero. Será o primoroso 1-4-1-4-1 do ano passado ou o 1-4-2-3-1 de sempre?

A sofrida vitória sobre o XV de Piracicaba, na estreia do Paulistinha, diz muito pouco sobre isso. A certeza é que nunca mais veremos um Corinthians parecido ao campeão brasileiro de 2015. Pode ser pior, pode ser melhor, mas com certeza diferente.

Nessas circunstâncias, disputar um torneio menor como o Estadual até ajudaria, pois tirando um clássico aqui e outro ali, sempre haveria um time pequeno para ajustar a engrenagem. 

O perigo está na Libertadores, difícil e impiedosa. O melhor time brasileiro em dezembro é o de menor perspectiva em janeiro. O Corinthians tinha todo o direito de reivindicar protagonismo, mas já pode se dar por feliz se passar da primeira fase da competição internacional. 

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