Neymar não tem limites nem fim. É contínuo. Quando é preciso reinventar o Barcelona sem Messi, gênio dos gênios, Neymar reinventa. E exagera. Não é econômico. Muito pelo contrário. É insaciável. Daí enfileirar quatro gols e dar o passe para mais um na vitória por 5 a 2 contra Rayo Vallecano nesta noite na Catalunha.
Os céticos e chatos de plantão podem insistir que o adversário é fraco, que os pequenos do Campeonato Espanhol não têm lastro. Balela. No Brasil, os pequenos são tão modestos como os de lá. E por aqui Neymar também já encaçapou cinco gols em um jogo com a camisa do Santos.
Aos que comungam do bom futebol, Neymar é fonte inesgotável de prazer. Impossível não se divertir com ele em campo. É o cara que se identifica com a bola como uma criança com seu brinquedo favorito.
Não por acaso ao final da goleada contra o Rayo ele pediu a bola do jogo ao árbitro e a levou nas mãos para os vestiários. A redonda, com certeza, vai ficar na galeria de seus troféus.
"Neymar é um jogador difícil de ser marcado e quando tem espaço é impossível", disse um dos jogadores atordoados do Rayo.
"Essa é sem dúvida uma das minhas mais importantes partidas pelo Barcelona. Não posso contar meu segredo na hora de driblar e conseguir um pênalti, se contar meus marcadores vão me marcar", anotou Neymar, satisfeito por ter feito pela primeira vez quatro gols em um jogo com a camisa do Barça.
Sorte dos torcedores do Barcelona. Quando Messi não pode aparecer como neste sábado, surge Neymar. O craque pede passagem e quer mais, sempre mais. Neymar é contínuo.