Luxemburgo tinha no currículo o título de campeão paulista no comando do modesto Bragantino, um clube sem estrutura e dependente do clã dos Chedid, família de muita plumagem na cartolagem brasileira.
Brunoro apostou as fichas da Parmalat em Luxemburgo e se deu bem. Naqueles tempos de fartura, Paulo Nobre era um jovem saindo da adolescência e um fanático das arquibancadas em nome do Palmeiras.
Vinte anos depois, Brunoro e Nobre formaram uma parceria imaginando que a história, com a devida ressalva, poderia se repetir. Então resolveram adotar Kleina, contratado por Arnaldo Tirone, para comandar a nau alviverde. O currículo de Kleina era inexpressivo. Vinha de uma boa campanha pela Ponte Preta na Série B e ponto final.
Kleina não fez o Palmeiras jogar no Paulistão, deu um sopro de de vida na Libertadores até ser eliminado pelo Tiujana (quem?) e entrou na Série B, sempre respaldado por Brunoro e Nobre de que a Segundona era a prioridade do Palmeiras.
Com Valdivia em forma, o time de Kleina sobrou na Série B. Aí apareceu a Copa do Brasil no meio do caminho. Brunoro e Nobre sonharam com moderação, se é que um sonho pode ser moderado, de que o Palmeiras poderia ir um pouco mais longe nesta competição. A derrota para o Atlético-PR nesta quarta-feira pulverizou o sonho.
Indignado com a forma como o time foi varrido pelo Furacão, Nobre percebeu, enfim, que Kleina não tem estofo para ser o comandante do time em 2014. Na Série B, tudo bem. Na Série A, o mundo é outro.
Kleina, sem Valdivia, não faz o Palmeiras jogar. Sem Valdivia, o homem de referência de Kleina é Márcio Araújo. Não por acaso as redes sociais desta quinta-feira se entupiram com #Fora Kleina.
Quem abraça jogadores como Márcio Araújo não costuma ir longe. Naqueles tempos de Luxemburgo, o volante do Palmeiras era Cesar Sampaio.
PARA LEMBRAR
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