RIOA maioria dos nadadores no limite por um ano desgastante e puxado. Alguns vinham de disputas consecutivas do Pan-Pacífico, do Mundial Militar de natação e da Copa do Mundo. Mesmo assim, o Troféu José Finkel, encerrado ontem no Parque Aquático Maria Lenk, foi marcado por quebras de recordes e índices conquistados para o Mundial de piscina curta, em Dubai, no final do ano. Ao todo, foram superados 60 recordes (11 sul-americanos, 10 brasileiros e 39 de campeonato) e 25 nadadores conseguiram qualificação para o Mundial. Afinal, o clima acirrado de disputa entre os clubes levou os atletas além dos limites do corpo. Por fim, o Pinheiros conquistou seu 13.º título do Campeonato Brasileiro Absoluto, o oitavo consecutivo. O Minas terminou o torneio em 2.º e o Flamengo subiu da 18.ª colocação no ano anterior para o 3.ª, numa recompensa pelo investimento na modalidade feito pela presidente Patrícia Amorim, que levou para o clube nomes como Cesar Cielo, Nicholas dos Santos, Henrique Barbosa e a americana Jessica Hardy. O Corinthians fechou em 4.º, com a Unisanta em 5.º e o Fluminense em 6.º. Durante os sete dias de competição, alguns atletas se destacaram. Cesar Cielo conquistou o ouro nos 100 m e 50 m livre, como esperado, além da prata nos 50 m borboleta, na final de ontem. Felipe França fechou o Finkel com três ouros, nos 50 m, 100 m e 200 m peito, confirmando seu domínio no estilo. No feminino, brilhou a guerreira Gabriella Silva. A nadadora do Pinheiros superou uma cirurgia no ombro, a que foi submetida no fim do ano passado, e fez bonito com três ouros, nos 50 m e 100 m borboleta e no revezamento 4x100 m medley. Sem medo, Gabriella, que ontem venceu os 50 m borboleta, traça planos ambiciosos para a carreira. "Foi um ano de grande luta psicológica e física. Estou completamente recuperada e agora quero chegar ao Mundial de Dubai e depois à Olimpíada de 2012 disputando medalha", disse Gabi. A americana Jessica Hardy também não fez por menos. Faturou quatro ouros e nadou nada menos do que oito provas durante a semana, Uma verdadeira maratona. "Estou exausta, mas foi uma grande experiência. Estou muito feliz", disse a americana. No último dia, as principais provas foram os 100 m costas e os 50 m borboleta. Nesta última, Cielo fez papel de coadjuvante para o companheiro de clube Nicholas dos Santos, que venceu com Kaio Márcio, do Fluminense, em terceiro. "O importante é que no Fla-Flu das piscinas foi 2 a 0 para o Mengão", provocou Cielo, que ainda não definiu sua ida a Dubai. "Se for ao Mundial, não sei se vou nadar os 50 m borboleta, pois minha prioridade é o nado livre", disse o campeão olímpico e mundial. Na prova de costas, a veterana Fabíola Molina mais uma vez mostrou que ainda tem gasolina no tanque. Superou a jovem Etiene Medeiros (prata) e a húngara Zsuzsanna Jakabos (bronze) e levou o ouro, mas não conseguiu índice para o Mundial. Entre os homens, Guilherme Guido, que já detinha vaga para Dubai, melhorou ainda mais seu tempo. Levou o ouro com 50s46 e novo recorde do campeonato.
COM 92% OFF