Futebol, seus bastidores e outras histórias

Opinião|Corinthians, Santos e São Paulo têm troca de guarda na presidência e muito a melhorar


No Parque São Jorge, Duílio Monteiro Alves já foi eleito no lugar de Andrés Sanchez por três anos

Por Robson Morelli

Três clubes de São Paulo vão trocar de presidentes. Corinthians, São Paulo e Santos começam 2021 sob nova administração. O cargo é o mais importante na hierarquia de um time de futebol. O presidente é aquele que manda em tudo, que dá a última palavra, que contrata e demite treinador, que libera verba para reforços, mas também aquele que se apresenta ao mercado com seus planos de gestão, suas ideias de investimento e estratégia para pagar a contas e, principalmente, ganhar títulos importantes.

Portanto, o cargo é pra lá de importante. O presidente é o papa dos cardeais, é o comandante do legislativo, executivo e judiciário e da vida social do clube. Sua retidão não pode ser questionada, nem mesmo pela oposição. Quando eleito, estarão todos de olho nos seus passos e qualquer um em falso fará sua credibilidade cair por terra. Se isso acontecer, a gestão já era.

Robson Morelli é editor de Esportes e colunista doEstadão Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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O Corinthians já escolheu o seu novo presidente. É Duílio Monteiro Alves. Ele vai governar o clube por três anos. Seu orçamento anual beira os R$ 500 milhões. Portanto, em três temporadas, o novo presidente vai ter à disposição R$ 1,5 bilhão. Duílio é da situação. Vem da gestão de Andrés Sanchez, atual presidente, mas também esteve junto com Mário Gobbi em diretorias passadas, quando ele era o chefe.

São Paulo e Santos decidem a troca de guarda no mesmo dia, 12 de dezembro. Na Vila Belmiro, seis postulantes querem o cargo. No Morumbi, há dois candidatos para comandar o clube.

O Santos vive seu pior momento político dos últimos anos, e olha que alguns presidentes que passaram pela Vila tiveram suas gestões reprovadas pela opinião pública, deixaram o cargo sob o olhar da desconfiança e do benefício próprio. José Carlos Peres sofreu afastamento do cargo, passando o bastão para seu vice, Orlando Rollo. Passando não, porque ambos não se bicam. Rollo teve de pegar o bastão no chão. O clube tem problemas financeiros graves, atraso nos salários, débitos com a Fifa, necessidade de vender jogador e nenhuma previsão estruturada para 2021. Mesmo assim, seis candidatos querem comandar o Santos. A urna, muito provavelmente, vai mostrar uma colcha de retalhos, caso nenhum deles desista do pleito até lá.

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O eleito, seja ele quem for, não terá muitas margens de manobra. Terá de apostar numa gestão austera e arrumar dinheiro para honrar as dívidas. Cheiro de encrenca ao ganhador.

O São Paulo tem nas urnas uma formação clássica: situação contra oposição. Júlio Casares e Roberto Natel. Ambos estão em campanha há tempos.

Em comum, os três clubes paulistas têm dívidas para pagar, compromissos com credores, necessidade de formar e vender jogador da base, manter a máquina funcionando para tentar ganhar competições. Taças significam prestígio e dinheiro, muito dinheiro. O São Paulo é quem está em jejum maior.

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Do seu presidente, o torcedor espera o trivial, ou pelo menos o que deveria ser trivial para manter o clube funcionando. Mas tudo parece difícil na gestão do futebol, mesmo quando a guarda é trocada. O torcedor pede pouco. Ele quer o presidente cercado de pessoas honestas e competentes. Que não pegue no caixa o que pertence ao clube. Que faça as transações à luz do dia. Que forme times competitivos e não compre atleta para ficar encostado no elenco, nem faça favores a empresários. Por fim, que mantenha a parte social andando, com disposição para apostar em outras modalidades, de modo a não viver esportivamente somente do futebol. Há ainda todo um estádio para cuidar.

Nesse quesito, o Santos abortou uma nova Vila Belmiro idealizada por José Carlos Peres. O desafio do novo presidente é fazer a atual lotar, claro, quando os portões estiverem abertos novamente ao público e a pandemia estiver controlada com o uso de uma vacina. Bilheteria ativa, e estádio cheio, é dinheiro no bolso.

O São Paulo cuida razoavelmente do Morumbi. Não tão moderno quando o torcedor gostaria, mas tradicional. O Corinthians tem dívida de R$ 1,1 bi de sua arena para pagar à Caixa e Odebrecht. Nessa troca de guarda, os eleitos terão muito o que fazer. Tomara que eles façam.

Três clubes de São Paulo vão trocar de presidentes. Corinthians, São Paulo e Santos começam 2021 sob nova administração. O cargo é o mais importante na hierarquia de um time de futebol. O presidente é aquele que manda em tudo, que dá a última palavra, que contrata e demite treinador, que libera verba para reforços, mas também aquele que se apresenta ao mercado com seus planos de gestão, suas ideias de investimento e estratégia para pagar a contas e, principalmente, ganhar títulos importantes.

Portanto, o cargo é pra lá de importante. O presidente é o papa dos cardeais, é o comandante do legislativo, executivo e judiciário e da vida social do clube. Sua retidão não pode ser questionada, nem mesmo pela oposição. Quando eleito, estarão todos de olho nos seus passos e qualquer um em falso fará sua credibilidade cair por terra. Se isso acontecer, a gestão já era.

Robson Morelli é editor de Esportes e colunista doEstadão Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O Corinthians já escolheu o seu novo presidente. É Duílio Monteiro Alves. Ele vai governar o clube por três anos. Seu orçamento anual beira os R$ 500 milhões. Portanto, em três temporadas, o novo presidente vai ter à disposição R$ 1,5 bilhão. Duílio é da situação. Vem da gestão de Andrés Sanchez, atual presidente, mas também esteve junto com Mário Gobbi em diretorias passadas, quando ele era o chefe.

São Paulo e Santos decidem a troca de guarda no mesmo dia, 12 de dezembro. Na Vila Belmiro, seis postulantes querem o cargo. No Morumbi, há dois candidatos para comandar o clube.

O Santos vive seu pior momento político dos últimos anos, e olha que alguns presidentes que passaram pela Vila tiveram suas gestões reprovadas pela opinião pública, deixaram o cargo sob o olhar da desconfiança e do benefício próprio. José Carlos Peres sofreu afastamento do cargo, passando o bastão para seu vice, Orlando Rollo. Passando não, porque ambos não se bicam. Rollo teve de pegar o bastão no chão. O clube tem problemas financeiros graves, atraso nos salários, débitos com a Fifa, necessidade de vender jogador e nenhuma previsão estruturada para 2021. Mesmo assim, seis candidatos querem comandar o Santos. A urna, muito provavelmente, vai mostrar uma colcha de retalhos, caso nenhum deles desista do pleito até lá.

O eleito, seja ele quem for, não terá muitas margens de manobra. Terá de apostar numa gestão austera e arrumar dinheiro para honrar as dívidas. Cheiro de encrenca ao ganhador.

O São Paulo tem nas urnas uma formação clássica: situação contra oposição. Júlio Casares e Roberto Natel. Ambos estão em campanha há tempos.

Em comum, os três clubes paulistas têm dívidas para pagar, compromissos com credores, necessidade de formar e vender jogador da base, manter a máquina funcionando para tentar ganhar competições. Taças significam prestígio e dinheiro, muito dinheiro. O São Paulo é quem está em jejum maior.

Do seu presidente, o torcedor espera o trivial, ou pelo menos o que deveria ser trivial para manter o clube funcionando. Mas tudo parece difícil na gestão do futebol, mesmo quando a guarda é trocada. O torcedor pede pouco. Ele quer o presidente cercado de pessoas honestas e competentes. Que não pegue no caixa o que pertence ao clube. Que faça as transações à luz do dia. Que forme times competitivos e não compre atleta para ficar encostado no elenco, nem faça favores a empresários. Por fim, que mantenha a parte social andando, com disposição para apostar em outras modalidades, de modo a não viver esportivamente somente do futebol. Há ainda todo um estádio para cuidar.

Nesse quesito, o Santos abortou uma nova Vila Belmiro idealizada por José Carlos Peres. O desafio do novo presidente é fazer a atual lotar, claro, quando os portões estiverem abertos novamente ao público e a pandemia estiver controlada com o uso de uma vacina. Bilheteria ativa, e estádio cheio, é dinheiro no bolso.

O São Paulo cuida razoavelmente do Morumbi. Não tão moderno quando o torcedor gostaria, mas tradicional. O Corinthians tem dívida de R$ 1,1 bi de sua arena para pagar à Caixa e Odebrecht. Nessa troca de guarda, os eleitos terão muito o que fazer. Tomara que eles façam.

Três clubes de São Paulo vão trocar de presidentes. Corinthians, São Paulo e Santos começam 2021 sob nova administração. O cargo é o mais importante na hierarquia de um time de futebol. O presidente é aquele que manda em tudo, que dá a última palavra, que contrata e demite treinador, que libera verba para reforços, mas também aquele que se apresenta ao mercado com seus planos de gestão, suas ideias de investimento e estratégia para pagar a contas e, principalmente, ganhar títulos importantes.

Portanto, o cargo é pra lá de importante. O presidente é o papa dos cardeais, é o comandante do legislativo, executivo e judiciário e da vida social do clube. Sua retidão não pode ser questionada, nem mesmo pela oposição. Quando eleito, estarão todos de olho nos seus passos e qualquer um em falso fará sua credibilidade cair por terra. Se isso acontecer, a gestão já era.

Robson Morelli é editor de Esportes e colunista doEstadão Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O Corinthians já escolheu o seu novo presidente. É Duílio Monteiro Alves. Ele vai governar o clube por três anos. Seu orçamento anual beira os R$ 500 milhões. Portanto, em três temporadas, o novo presidente vai ter à disposição R$ 1,5 bilhão. Duílio é da situação. Vem da gestão de Andrés Sanchez, atual presidente, mas também esteve junto com Mário Gobbi em diretorias passadas, quando ele era o chefe.

São Paulo e Santos decidem a troca de guarda no mesmo dia, 12 de dezembro. Na Vila Belmiro, seis postulantes querem o cargo. No Morumbi, há dois candidatos para comandar o clube.

O Santos vive seu pior momento político dos últimos anos, e olha que alguns presidentes que passaram pela Vila tiveram suas gestões reprovadas pela opinião pública, deixaram o cargo sob o olhar da desconfiança e do benefício próprio. José Carlos Peres sofreu afastamento do cargo, passando o bastão para seu vice, Orlando Rollo. Passando não, porque ambos não se bicam. Rollo teve de pegar o bastão no chão. O clube tem problemas financeiros graves, atraso nos salários, débitos com a Fifa, necessidade de vender jogador e nenhuma previsão estruturada para 2021. Mesmo assim, seis candidatos querem comandar o Santos. A urna, muito provavelmente, vai mostrar uma colcha de retalhos, caso nenhum deles desista do pleito até lá.

O eleito, seja ele quem for, não terá muitas margens de manobra. Terá de apostar numa gestão austera e arrumar dinheiro para honrar as dívidas. Cheiro de encrenca ao ganhador.

O São Paulo tem nas urnas uma formação clássica: situação contra oposição. Júlio Casares e Roberto Natel. Ambos estão em campanha há tempos.

Em comum, os três clubes paulistas têm dívidas para pagar, compromissos com credores, necessidade de formar e vender jogador da base, manter a máquina funcionando para tentar ganhar competições. Taças significam prestígio e dinheiro, muito dinheiro. O São Paulo é quem está em jejum maior.

Do seu presidente, o torcedor espera o trivial, ou pelo menos o que deveria ser trivial para manter o clube funcionando. Mas tudo parece difícil na gestão do futebol, mesmo quando a guarda é trocada. O torcedor pede pouco. Ele quer o presidente cercado de pessoas honestas e competentes. Que não pegue no caixa o que pertence ao clube. Que faça as transações à luz do dia. Que forme times competitivos e não compre atleta para ficar encostado no elenco, nem faça favores a empresários. Por fim, que mantenha a parte social andando, com disposição para apostar em outras modalidades, de modo a não viver esportivamente somente do futebol. Há ainda todo um estádio para cuidar.

Nesse quesito, o Santos abortou uma nova Vila Belmiro idealizada por José Carlos Peres. O desafio do novo presidente é fazer a atual lotar, claro, quando os portões estiverem abertos novamente ao público e a pandemia estiver controlada com o uso de uma vacina. Bilheteria ativa, e estádio cheio, é dinheiro no bolso.

O São Paulo cuida razoavelmente do Morumbi. Não tão moderno quando o torcedor gostaria, mas tradicional. O Corinthians tem dívida de R$ 1,1 bi de sua arena para pagar à Caixa e Odebrecht. Nessa troca de guarda, os eleitos terão muito o que fazer. Tomara que eles façam.

Três clubes de São Paulo vão trocar de presidentes. Corinthians, São Paulo e Santos começam 2021 sob nova administração. O cargo é o mais importante na hierarquia de um time de futebol. O presidente é aquele que manda em tudo, que dá a última palavra, que contrata e demite treinador, que libera verba para reforços, mas também aquele que se apresenta ao mercado com seus planos de gestão, suas ideias de investimento e estratégia para pagar a contas e, principalmente, ganhar títulos importantes.

Portanto, o cargo é pra lá de importante. O presidente é o papa dos cardeais, é o comandante do legislativo, executivo e judiciário e da vida social do clube. Sua retidão não pode ser questionada, nem mesmo pela oposição. Quando eleito, estarão todos de olho nos seus passos e qualquer um em falso fará sua credibilidade cair por terra. Se isso acontecer, a gestão já era.

Robson Morelli é editor de Esportes e colunista doEstadão Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O Corinthians já escolheu o seu novo presidente. É Duílio Monteiro Alves. Ele vai governar o clube por três anos. Seu orçamento anual beira os R$ 500 milhões. Portanto, em três temporadas, o novo presidente vai ter à disposição R$ 1,5 bilhão. Duílio é da situação. Vem da gestão de Andrés Sanchez, atual presidente, mas também esteve junto com Mário Gobbi em diretorias passadas, quando ele era o chefe.

São Paulo e Santos decidem a troca de guarda no mesmo dia, 12 de dezembro. Na Vila Belmiro, seis postulantes querem o cargo. No Morumbi, há dois candidatos para comandar o clube.

O Santos vive seu pior momento político dos últimos anos, e olha que alguns presidentes que passaram pela Vila tiveram suas gestões reprovadas pela opinião pública, deixaram o cargo sob o olhar da desconfiança e do benefício próprio. José Carlos Peres sofreu afastamento do cargo, passando o bastão para seu vice, Orlando Rollo. Passando não, porque ambos não se bicam. Rollo teve de pegar o bastão no chão. O clube tem problemas financeiros graves, atraso nos salários, débitos com a Fifa, necessidade de vender jogador e nenhuma previsão estruturada para 2021. Mesmo assim, seis candidatos querem comandar o Santos. A urna, muito provavelmente, vai mostrar uma colcha de retalhos, caso nenhum deles desista do pleito até lá.

O eleito, seja ele quem for, não terá muitas margens de manobra. Terá de apostar numa gestão austera e arrumar dinheiro para honrar as dívidas. Cheiro de encrenca ao ganhador.

O São Paulo tem nas urnas uma formação clássica: situação contra oposição. Júlio Casares e Roberto Natel. Ambos estão em campanha há tempos.

Em comum, os três clubes paulistas têm dívidas para pagar, compromissos com credores, necessidade de formar e vender jogador da base, manter a máquina funcionando para tentar ganhar competições. Taças significam prestígio e dinheiro, muito dinheiro. O São Paulo é quem está em jejum maior.

Do seu presidente, o torcedor espera o trivial, ou pelo menos o que deveria ser trivial para manter o clube funcionando. Mas tudo parece difícil na gestão do futebol, mesmo quando a guarda é trocada. O torcedor pede pouco. Ele quer o presidente cercado de pessoas honestas e competentes. Que não pegue no caixa o que pertence ao clube. Que faça as transações à luz do dia. Que forme times competitivos e não compre atleta para ficar encostado no elenco, nem faça favores a empresários. Por fim, que mantenha a parte social andando, com disposição para apostar em outras modalidades, de modo a não viver esportivamente somente do futebol. Há ainda todo um estádio para cuidar.

Nesse quesito, o Santos abortou uma nova Vila Belmiro idealizada por José Carlos Peres. O desafio do novo presidente é fazer a atual lotar, claro, quando os portões estiverem abertos novamente ao público e a pandemia estiver controlada com o uso de uma vacina. Bilheteria ativa, e estádio cheio, é dinheiro no bolso.

O São Paulo cuida razoavelmente do Morumbi. Não tão moderno quando o torcedor gostaria, mas tradicional. O Corinthians tem dívida de R$ 1,1 bi de sua arena para pagar à Caixa e Odebrecht. Nessa troca de guarda, os eleitos terão muito o que fazer. Tomara que eles façam.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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