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Opinião|Palmeiras deixa São Paulo zonzo no Allianz e Dudu transforma marcadores em 'joões'


Vitória de 4 a 0 coroa melhor time do Paulistão 2022: time da Pompeia conquista sua 24ª taça do regional, numa virada épica depois de perder por 3 a 1 no Morumbi

Por Robson Morelli
Atualização:

O Palmeiras ganhou o seu 24º título do Paulistão. Mas não foi uma conquista como tantas outras. O time de Danilo, Zé Rafael, Dudu, Raphael Veiga e Gómez reverteu um placar adverso de 3 a 1 diante de um de seus mais tradicionais rivais. Um dia antes, o Flamengo tentou a mesma proeza e não conseguiu. Perdeu o torneio para o Fluminense. Dessa forma, os comandados de Abel Ferreira mostraram que o que aconteceu no Morumbi no jogo de ida foi um acidente, não o São Paulo ter vencido, mas aberto uma vantagem de dois gols. Naquele duelo, o time de Rogério Ceni fez por merecer a vitória. O marcador elástico foi abusivo.

O próprio Ceni comentou, em tom de brincadeira após o primeiro jogo, que assinaria uma vitória de 3 a 1 na hora, inteligente que é e sabedor do potencial do rival da Pompeia. Dito e feito. No Allianz Parque só deu Palmeiras, principalmente no primeiro tempo, quando o time da casa fez os dois gols que precisava para levar a decisão aos pênaltis. Não demorou, após o intervalo, para fazer o terceiro e o quarto. Uma goleada. Dudu chamou seus marcadores de 'joões', principalmente Léo. Acabou com todos eles. Raphael Veiga é o craque esquecido por Tite.

Zé Rafael (à esquerda)marcou o segundo gol palmeirense no Allianz Parque neste domingo Foto: Felipe Rau/ Estadão Conteúdo
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Era visível o nervosismo dos jogadores são-paulinos, batendo boca por posicionamento e marcação. Nada deu certo no Allianz Parque para o visitante. O Palmeiras não deu a menor chance de o São Paulo se arrumar nos primeiros 45 minutos. E continuou assim na segunda etapa. Foi de uma intensidade absurda. Uma concentração máxima. Um massacre.

Também não percebi tanta estratégia desta vez por parte do treinador Abel Ferreira. Era jogo jogado, com o Palmeiras sabendo o que precisava fazer e acreditando em seus jogadores. Foi na raça, na disposição e na técnica. Abel talvez não tivesse muita coisa a dizer a eles. Era só jogar bola, foi sua leitura.

A semana foi tensa entre os dirigentes, mas os jogadores se mantiveram focados, dos dois lados. Não houve troca de farpas, tamanho o respeito de um time pelo outro. As duas torcidas apoiaram como tinha de ser também. Confiantes. A festa foi mais do que merecida. Abel se ajoelhou no campo e agradeceu os 4 a 0. Gigante.

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O fato de o Palmeiras estar mais acostumado com finais pode ter feito uma boa diferença nos 90 minutos finais. Apesar de o São Paulo jogar pelo bi do Estadual, uma vez que venceu o torneio do ano passado, ainda falta aos seus jogadores a frieza para decidir em circunstâncias favoráveis ou não. Isso pesa em campo. O Palmeiras já passou por muitos dissabores nos dois últimos anos em partidas valendo taças. Viveu o que o São Paulo está vivendo agora. O Palmeiras está mais acostumado e testado. O São Paulo faz a sua segunda final seguida, mas  amargou um jejum gigantesco em jogos desta natureza.

Em campo, individualmente, o Palmeiras apresentou mais armas do que o rival, mais letais e perigosas. Danilo é mesmo excepcional. Defende e ataque. Corre e marca. Nunca desiste e se mete entre os marcadores na área adversária. É moderno. Só consegue fazer isso porque o fôlego está em dia. Acima da média até. Dudu amolou o lado esquerdo do São Paulo. Transformou o setor num inferno. Demorou para Ceni entender isso e reforçar o local. Não adiantou. Os 'joões' foram muitos no Allianz. Scarpa é útil demais. Sai dos seus pés as melhores jogadas e passes, viradas de lado e penetrações. Raphael Veiga fez a diferença. Essa turma deixou o São Paulo zonzo do começo ao fim da decisão.

O Palmeiras ganhou o seu 24º título do Paulistão. Mas não foi uma conquista como tantas outras. O time de Danilo, Zé Rafael, Dudu, Raphael Veiga e Gómez reverteu um placar adverso de 3 a 1 diante de um de seus mais tradicionais rivais. Um dia antes, o Flamengo tentou a mesma proeza e não conseguiu. Perdeu o torneio para o Fluminense. Dessa forma, os comandados de Abel Ferreira mostraram que o que aconteceu no Morumbi no jogo de ida foi um acidente, não o São Paulo ter vencido, mas aberto uma vantagem de dois gols. Naquele duelo, o time de Rogério Ceni fez por merecer a vitória. O marcador elástico foi abusivo.

O próprio Ceni comentou, em tom de brincadeira após o primeiro jogo, que assinaria uma vitória de 3 a 1 na hora, inteligente que é e sabedor do potencial do rival da Pompeia. Dito e feito. No Allianz Parque só deu Palmeiras, principalmente no primeiro tempo, quando o time da casa fez os dois gols que precisava para levar a decisão aos pênaltis. Não demorou, após o intervalo, para fazer o terceiro e o quarto. Uma goleada. Dudu chamou seus marcadores de 'joões', principalmente Léo. Acabou com todos eles. Raphael Veiga é o craque esquecido por Tite.

Zé Rafael (à esquerda)marcou o segundo gol palmeirense no Allianz Parque neste domingo Foto: Felipe Rau/ Estadão Conteúdo

Era visível o nervosismo dos jogadores são-paulinos, batendo boca por posicionamento e marcação. Nada deu certo no Allianz Parque para o visitante. O Palmeiras não deu a menor chance de o São Paulo se arrumar nos primeiros 45 minutos. E continuou assim na segunda etapa. Foi de uma intensidade absurda. Uma concentração máxima. Um massacre.

Também não percebi tanta estratégia desta vez por parte do treinador Abel Ferreira. Era jogo jogado, com o Palmeiras sabendo o que precisava fazer e acreditando em seus jogadores. Foi na raça, na disposição e na técnica. Abel talvez não tivesse muita coisa a dizer a eles. Era só jogar bola, foi sua leitura.

A semana foi tensa entre os dirigentes, mas os jogadores se mantiveram focados, dos dois lados. Não houve troca de farpas, tamanho o respeito de um time pelo outro. As duas torcidas apoiaram como tinha de ser também. Confiantes. A festa foi mais do que merecida. Abel se ajoelhou no campo e agradeceu os 4 a 0. Gigante.

O fato de o Palmeiras estar mais acostumado com finais pode ter feito uma boa diferença nos 90 minutos finais. Apesar de o São Paulo jogar pelo bi do Estadual, uma vez que venceu o torneio do ano passado, ainda falta aos seus jogadores a frieza para decidir em circunstâncias favoráveis ou não. Isso pesa em campo. O Palmeiras já passou por muitos dissabores nos dois últimos anos em partidas valendo taças. Viveu o que o São Paulo está vivendo agora. O Palmeiras está mais acostumado e testado. O São Paulo faz a sua segunda final seguida, mas  amargou um jejum gigantesco em jogos desta natureza.

Em campo, individualmente, o Palmeiras apresentou mais armas do que o rival, mais letais e perigosas. Danilo é mesmo excepcional. Defende e ataque. Corre e marca. Nunca desiste e se mete entre os marcadores na área adversária. É moderno. Só consegue fazer isso porque o fôlego está em dia. Acima da média até. Dudu amolou o lado esquerdo do São Paulo. Transformou o setor num inferno. Demorou para Ceni entender isso e reforçar o local. Não adiantou. Os 'joões' foram muitos no Allianz. Scarpa é útil demais. Sai dos seus pés as melhores jogadas e passes, viradas de lado e penetrações. Raphael Veiga fez a diferença. Essa turma deixou o São Paulo zonzo do começo ao fim da decisão.

O Palmeiras ganhou o seu 24º título do Paulistão. Mas não foi uma conquista como tantas outras. O time de Danilo, Zé Rafael, Dudu, Raphael Veiga e Gómez reverteu um placar adverso de 3 a 1 diante de um de seus mais tradicionais rivais. Um dia antes, o Flamengo tentou a mesma proeza e não conseguiu. Perdeu o torneio para o Fluminense. Dessa forma, os comandados de Abel Ferreira mostraram que o que aconteceu no Morumbi no jogo de ida foi um acidente, não o São Paulo ter vencido, mas aberto uma vantagem de dois gols. Naquele duelo, o time de Rogério Ceni fez por merecer a vitória. O marcador elástico foi abusivo.

O próprio Ceni comentou, em tom de brincadeira após o primeiro jogo, que assinaria uma vitória de 3 a 1 na hora, inteligente que é e sabedor do potencial do rival da Pompeia. Dito e feito. No Allianz Parque só deu Palmeiras, principalmente no primeiro tempo, quando o time da casa fez os dois gols que precisava para levar a decisão aos pênaltis. Não demorou, após o intervalo, para fazer o terceiro e o quarto. Uma goleada. Dudu chamou seus marcadores de 'joões', principalmente Léo. Acabou com todos eles. Raphael Veiga é o craque esquecido por Tite.

Zé Rafael (à esquerda)marcou o segundo gol palmeirense no Allianz Parque neste domingo Foto: Felipe Rau/ Estadão Conteúdo

Era visível o nervosismo dos jogadores são-paulinos, batendo boca por posicionamento e marcação. Nada deu certo no Allianz Parque para o visitante. O Palmeiras não deu a menor chance de o São Paulo se arrumar nos primeiros 45 minutos. E continuou assim na segunda etapa. Foi de uma intensidade absurda. Uma concentração máxima. Um massacre.

Também não percebi tanta estratégia desta vez por parte do treinador Abel Ferreira. Era jogo jogado, com o Palmeiras sabendo o que precisava fazer e acreditando em seus jogadores. Foi na raça, na disposição e na técnica. Abel talvez não tivesse muita coisa a dizer a eles. Era só jogar bola, foi sua leitura.

A semana foi tensa entre os dirigentes, mas os jogadores se mantiveram focados, dos dois lados. Não houve troca de farpas, tamanho o respeito de um time pelo outro. As duas torcidas apoiaram como tinha de ser também. Confiantes. A festa foi mais do que merecida. Abel se ajoelhou no campo e agradeceu os 4 a 0. Gigante.

O fato de o Palmeiras estar mais acostumado com finais pode ter feito uma boa diferença nos 90 minutos finais. Apesar de o São Paulo jogar pelo bi do Estadual, uma vez que venceu o torneio do ano passado, ainda falta aos seus jogadores a frieza para decidir em circunstâncias favoráveis ou não. Isso pesa em campo. O Palmeiras já passou por muitos dissabores nos dois últimos anos em partidas valendo taças. Viveu o que o São Paulo está vivendo agora. O Palmeiras está mais acostumado e testado. O São Paulo faz a sua segunda final seguida, mas  amargou um jejum gigantesco em jogos desta natureza.

Em campo, individualmente, o Palmeiras apresentou mais armas do que o rival, mais letais e perigosas. Danilo é mesmo excepcional. Defende e ataque. Corre e marca. Nunca desiste e se mete entre os marcadores na área adversária. É moderno. Só consegue fazer isso porque o fôlego está em dia. Acima da média até. Dudu amolou o lado esquerdo do São Paulo. Transformou o setor num inferno. Demorou para Ceni entender isso e reforçar o local. Não adiantou. Os 'joões' foram muitos no Allianz. Scarpa é útil demais. Sai dos seus pés as melhores jogadas e passes, viradas de lado e penetrações. Raphael Veiga fez a diferença. Essa turma deixou o São Paulo zonzo do começo ao fim da decisão.

O Palmeiras ganhou o seu 24º título do Paulistão. Mas não foi uma conquista como tantas outras. O time de Danilo, Zé Rafael, Dudu, Raphael Veiga e Gómez reverteu um placar adverso de 3 a 1 diante de um de seus mais tradicionais rivais. Um dia antes, o Flamengo tentou a mesma proeza e não conseguiu. Perdeu o torneio para o Fluminense. Dessa forma, os comandados de Abel Ferreira mostraram que o que aconteceu no Morumbi no jogo de ida foi um acidente, não o São Paulo ter vencido, mas aberto uma vantagem de dois gols. Naquele duelo, o time de Rogério Ceni fez por merecer a vitória. O marcador elástico foi abusivo.

O próprio Ceni comentou, em tom de brincadeira após o primeiro jogo, que assinaria uma vitória de 3 a 1 na hora, inteligente que é e sabedor do potencial do rival da Pompeia. Dito e feito. No Allianz Parque só deu Palmeiras, principalmente no primeiro tempo, quando o time da casa fez os dois gols que precisava para levar a decisão aos pênaltis. Não demorou, após o intervalo, para fazer o terceiro e o quarto. Uma goleada. Dudu chamou seus marcadores de 'joões', principalmente Léo. Acabou com todos eles. Raphael Veiga é o craque esquecido por Tite.

Zé Rafael (à esquerda)marcou o segundo gol palmeirense no Allianz Parque neste domingo Foto: Felipe Rau/ Estadão Conteúdo

Era visível o nervosismo dos jogadores são-paulinos, batendo boca por posicionamento e marcação. Nada deu certo no Allianz Parque para o visitante. O Palmeiras não deu a menor chance de o São Paulo se arrumar nos primeiros 45 minutos. E continuou assim na segunda etapa. Foi de uma intensidade absurda. Uma concentração máxima. Um massacre.

Também não percebi tanta estratégia desta vez por parte do treinador Abel Ferreira. Era jogo jogado, com o Palmeiras sabendo o que precisava fazer e acreditando em seus jogadores. Foi na raça, na disposição e na técnica. Abel talvez não tivesse muita coisa a dizer a eles. Era só jogar bola, foi sua leitura.

A semana foi tensa entre os dirigentes, mas os jogadores se mantiveram focados, dos dois lados. Não houve troca de farpas, tamanho o respeito de um time pelo outro. As duas torcidas apoiaram como tinha de ser também. Confiantes. A festa foi mais do que merecida. Abel se ajoelhou no campo e agradeceu os 4 a 0. Gigante.

O fato de o Palmeiras estar mais acostumado com finais pode ter feito uma boa diferença nos 90 minutos finais. Apesar de o São Paulo jogar pelo bi do Estadual, uma vez que venceu o torneio do ano passado, ainda falta aos seus jogadores a frieza para decidir em circunstâncias favoráveis ou não. Isso pesa em campo. O Palmeiras já passou por muitos dissabores nos dois últimos anos em partidas valendo taças. Viveu o que o São Paulo está vivendo agora. O Palmeiras está mais acostumado e testado. O São Paulo faz a sua segunda final seguida, mas  amargou um jejum gigantesco em jogos desta natureza.

Em campo, individualmente, o Palmeiras apresentou mais armas do que o rival, mais letais e perigosas. Danilo é mesmo excepcional. Defende e ataque. Corre e marca. Nunca desiste e se mete entre os marcadores na área adversária. É moderno. Só consegue fazer isso porque o fôlego está em dia. Acima da média até. Dudu amolou o lado esquerdo do São Paulo. Transformou o setor num inferno. Demorou para Ceni entender isso e reforçar o local. Não adiantou. Os 'joões' foram muitos no Allianz. Scarpa é útil demais. Sai dos seus pés as melhores jogadas e passes, viradas de lado e penetrações. Raphael Veiga fez a diferença. Essa turma deixou o São Paulo zonzo do começo ao fim da decisão.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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