Regulamento, diz o ditado, é para ser cumprido. E as jogadoras de Unilever e Sollys/Osasco, que decidem amanhã o título da Superliga Feminina de Vôlei, em São Paulo, têm trabalho extra antes da grande final: precisam se adaptar ao horário do jogo, 9h45, no Ibirapuera lotado - os 11 mil lugares foram vendidos.A disputa reúne condições diferentes do restante do torneio. Além do horário antecipado, na medida para a TV aberta, o troféu é decidido, desde 2009, em partida única, ao contrário dos s mata-matas nas fases anteriores. O Osasco teve maior tempo para operar as mudanças, pois garantiu vaga na final ao fazer 2 a 0 sobre o Pinheiros/Mackenzie. Desde o início da semana passada, a rotina foi invertida. "O time sempre treina em dois períodos, mas o trabalho mais forte fica para a tarde", explica o preparador físico Robson Guerreiro. "Para a final, invertemos. Temos de criar uma nova realidade." Realidade que, para a Unilever, foi mais dura. Foram três batalhas para eliminar o São Caetano/Blausiegel por 2 a 1, com direito a datas modificadas por causa da chuva que alagou o Maracanãzinho. O preparador físico Marco Antônio Jardim também inverteu a ordem dos treinos e, na reta final, aposta as fichas no controle da alimentação. "O dia do jogo começa com o jantar do sábado, a principal refeição. Elas devem se "reabastecer" com bastante carboidrato e proteínas."O difícil, porém, é conter a ansiedade. Uma noite mal-dormida antes de um dia que começará por volta das 7 horas pode derrubar qualquer atleta. O técnico Bernardinho, que busca o 8º título, admite que já não dorme direito. Luizomar de Moura, treinador das paulistas, comemora: sua levantadora, Carol Albuquerque, está mais do que acostumada com as manhãs movimentadas. "Acordo todos os dias às 6h30 para dar café da manhã ao meu filho, Matheus."
COM 92% OFF