O diretor-técnico da Ferrari, Ross Brawn, afirmou em entrevista para a imprensa inglesa, nesta quinta-feira, que sua equipe pode protestar contra os resultados das provas anteriores caso fique mesmo provado que a Michelin vinha utilizando pneus irregulares. A Ferrari e sua fornecedora de pneus, Bridgestone, alegam que a banda de rodagem dos pneus franceses chega a medir, depois das corrida, 286 milímetros de largura, enquanto o limite é 270 milímetros. A Michelin teve de produzir novos pneus já para o GP da Itália, dia 14, porque a medição da largura da banda passará a ser realizada depois da bandeirada e não antes da largada, como era o procedimento. Michael Schumacher, piloto da Ferrari, líder do Mundial e o mais veloz nesta quinta-feira no teste de Monza, procurou diminuir a importância da "descoberta" de seu time: "Não creio que fará muita diferença. Não assistiremos a grandes mudanças no que existe hoje na Fórmula 1." Juízo - Se a Ferrari levar adiante seu plano de questionar resultados passados, a definição do título do campeonato poderá se transferir para o Tribunal de Apelação da FIA. De repente, os sete últimos pódios seguidos de Juan Pablo Montoya, da Williams, escuderia da Michelin, poderiam ser revistos. Mas é muito pouco provável que a FIA desclassifique os pilotos que competiam com os pneus franceses. O diretor-técnico da Renault, Mike Gascoyne, chegou a declarar nesta quinta-feira, em Monza, que a Michelin pode até mesmo sair fortalecida dessa controvérsia sobre seus pneus. "Os novos pneus que testamos aqui em Monza são incrivelmente rápidos."
COM 86% OFF