O secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Roberto Garibe, vistoriou ontem as obras que estão sendo feitas no autódromo de Interlagos para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, que será realizado no dia 9 de novembro. O asfalto recebeu o primeiro recapeamento completo desde 2007. O piso de concreto do pit lane foi substituído. A largura aumentou em quatro metros – de três para sete. Já o paddock recebeu apenas a manutenção rotineira – elétrica, hidráulica e pintura. A principal obra, além do recapeamento, é a readequação geométrica do traçado. A entrada e a saída dos boxes foram redesenhadas, atendendo a pedidos dos comissários da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
O espaço destinado à entrada dos boxes foi ampliado, graças à construção de um novo muro de contenção, dez metros à esquerda. Os carros vão começar a desacelerar antes, reduzindo o risco de acidentes durante a aproximação à área de boxes. Na saída dos boxes, foi criada uma área de escape no S do Senna.
Até mesmo o kartódromo Ayrton Senna foi contemplado pela reforma. Seu asfalto, que passou a ter o padrão FIA, foi recapeado pela primeira vez desde a inauguração, em 1970. As zebras e lavadeiras também serão reconstruídas. A conclusão das obras do kartódromo está prevista para o primeiro trimestre de 2015. A reinauguração deverá ser marcada pela colocação de uma estátua do piloto, que foi doada ao Instituto Ayrton Senna e está na Europa.
A primeira fase das obras custou R$ 47 milhões. A segunda prevê a reforma dos boxes e a ampliação do paddock. A Prefeitura pretende iniciá-la em dezembro. Serão construídos boxes auxiliares ao lado do S do Senna para que as outras categorias possam utilizá-los.
A maior parte da verba é federal - provêm do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Turismo. Cerca de R$ 10 milhões são a contrapartida da prefeitura para recebimento da veba federal.
“A Fórmula 1 é importantíssima para a indústria de turismo da cidade de São Paulo. Na semana da Fórmula 1, 450 mil pessoas vêm a São Paulo. É fundamental para a manutenção de empregos, ocupação de hotéis e para os setores de bares e restaurantes”, diz Garibe.