Conversa de pista

Opinião|Acidente de Grosjean dispara investigação e trará melhorias à F-1


Quarto Fittipaldi na categoria, Pietro é confirmado para estreat pela Haas no GP de Sakhir.

Por Wagner Gonzalez
Romain Grosjean pouco antes da largada do GP do Bahrein, onde sofreu acidente espatacular (Haas)  

Eventos de alto impacto geram oportunidades muito além de novos negócios e um exemplo disso é o espetacular acidente sofrido por Romain Grosjean na volta inicial do GP do Bahrein. Pode-se estudar o fato por diversos ângulos, desde a eficiência do chassi VF20 até detalhes do autódromo desenhado por Hermann Tilke e que demandou investimento de US$ 155 milhões. Mais, sem condições de competir na etapa do próximo domingo, Grosjean será substituído por Pietro Fittipaldi, o que significa a terceira geração e o quarto representante dessa família a disputar um GP de F-1.

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A dinâmica do acidente envolvendo Romain Grosjean vai impactar diversos protocolos de segurança ativa e passiva, adotados pela F1, algumas deles de implementação mais rápida e fácil do que outras. Um exemplo disso é a provável utilização de dois medical cars no lugar de apenas um. No que se refere a alterações nas especificações técnicas nos carros é pouco provável que alguma decisão seja tomada antes que uma longa e detalhada investigação apresente um relatório das causas e danos do acidente, algo que inclui estudar o projeto e os materiais usados no autódromo barenita.

Romain Grosjean saiu caminhando após acidente espetacular no Bahrein (Haas)  
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No que se refere ao automóvel alguns pontos já merecem questionamentos: o ponto de ruptura da estrutura, o rompimento do tanque de combustível e a separação de um conjunto roda/pneu que se desprendeu do chassi. A Dallara, empresa que constrói o carro, já declarou que a ruptura aconteceu no local projetado para tal; em relação aos outros dois pontos ainda é cedo para especulações, mas itens como as barreiras de proteção levantam questões ais imediatas.

A primeira delas é o fato das lâminas dos guard-rails estarem montados com um vão considerável entre elas e em um ângulo em relação à pista não indicado para aquele ponto. O espaço que separa as longarinas de metal é algo que já custou a vida de vários pilotos, casos de Giovani Salvatti em uma prova de F-2 no autódromo de Tarumã e François Cevert em Watkins Glen, nos Estados Unidos. No primeiro caso, ocorrido em 14 de novembro de 1971, o Tecno de Salvati penetrou o espaço entre o guard-rail e o piso da curva 1; no segundo, ocorrido dia 6 de outubro de 1973, o Tyrrell do francês destroçou o guard-rail nos esses do traçado situado na região dos Finger Lakes. Em Sakhir o pior foi evitado por um aparato adotado recentemente, o arco de segurança conhecido como halo, nome adotado graças ao formato que sugere uma auréola. Não houvesse esse equipamento de segurança o piloto franco-suíço certamente teria sido decapitado.

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Cevert (E) e Salvati foram vítimas de guard-rails instalados de maneira incorreta (Arquvo pessoal)  

Ao se considerar que o impacto do carro de Grosjean aconteceu a uma velocidade aproximada de 220 km/h e gerou energia equivalente a uma força de 53g saber que as consequências imediatas sofridas pelo piloto foram apenas queimaduras nas mãos é mais do que louvável. Nem por isso deve-se deixar de pensar em indumentárias mais resistente às chamas e esquecer o acidente de Mark Neary Donohue durante os treinos para o GP da Áustria de 1975. Durante o treino de aquecimento para a competição que seria disputada na tarde daquele 17 de agosto o piso molhado provocou vários acidentes, inclusive durante a competição que registrou a única vitória do italiano Vittorio Brambilla na categoria.

No acidente ocorrido na curva Hella Licht o carro de Donohue bateu contra um painel de publicidade e atingiu o comissário de pista Manfred Schaller, que faleceu no local. Inicialmente o norte-americano queixou-se de dor de cabeça e no dia seguinte foi levado a um hospital em Gratz, onde veio a falecer na terça-feira, 19 de agosto, vítima de hemorragia cerebral decorrente do choque que rachou seu capacete. Obviamente os cuidados médicos dedicados a Romain Grosjean no Hospital das Forças de Defesa, situado em Riffa, são muito superiores aos disponíveis em Gratz em 1975. Porém até que seja confirmada a alta do piloto, algo esperado para esta terça-feira, é aconselhável praticar a prudência.

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Piloto reserva da Haas, Pietro é o quarto representante da família Fittipaldi a disputar a F-1 (Haas)  

Sem poder contar com Grosjean para o GP de Sakhir a Haas confirmou o nome do Pietro Fittipaldi como seu substituto nesse evento. O brasileiro nascido em Miami (EUA) no dia 25 de junho de 1996 é filho de Juliana, que é filha de Emerson, sobrinha de Wilsinho e prima de Christian, todos eles com passagem pela F-1. Há dois anos ligado ao time de Gene Haas, Pietro já fez testes de pista pela equipe e tem no currículo um extenso logbook de horas no simulador da equipe norte-americana. Estes dois detalhes contarão a seu favor e ajudarão a amenizar sua inexperiência em GPs e, principalmente, as limitações de rendimento do Haas VF20-Ferrari. Independente disso, sua presença no grid de largada de domingo marca o retorno de um brasileiro à categoria. Melhor do que isso seria sua participação na corrida seguinte, mas se o franco-suíço estiver em condições mínimas de competir ele terá preferência e poderá celebrar sua despedida do time.

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Romain Grosjean pouco antes da largada do GP do Bahrein, onde sofreu acidente espatacular (Haas)  

Eventos de alto impacto geram oportunidades muito além de novos negócios e um exemplo disso é o espetacular acidente sofrido por Romain Grosjean na volta inicial do GP do Bahrein. Pode-se estudar o fato por diversos ângulos, desde a eficiência do chassi VF20 até detalhes do autódromo desenhado por Hermann Tilke e que demandou investimento de US$ 155 milhões. Mais, sem condições de competir na etapa do próximo domingo, Grosjean será substituído por Pietro Fittipaldi, o que significa a terceira geração e o quarto representante dessa família a disputar um GP de F-1.

A dinâmica do acidente envolvendo Romain Grosjean vai impactar diversos protocolos de segurança ativa e passiva, adotados pela F1, algumas deles de implementação mais rápida e fácil do que outras. Um exemplo disso é a provável utilização de dois medical cars no lugar de apenas um. No que se refere a alterações nas especificações técnicas nos carros é pouco provável que alguma decisão seja tomada antes que uma longa e detalhada investigação apresente um relatório das causas e danos do acidente, algo que inclui estudar o projeto e os materiais usados no autódromo barenita.

Romain Grosjean saiu caminhando após acidente espetacular no Bahrein (Haas)  

No que se refere ao automóvel alguns pontos já merecem questionamentos: o ponto de ruptura da estrutura, o rompimento do tanque de combustível e a separação de um conjunto roda/pneu que se desprendeu do chassi. A Dallara, empresa que constrói o carro, já declarou que a ruptura aconteceu no local projetado para tal; em relação aos outros dois pontos ainda é cedo para especulações, mas itens como as barreiras de proteção levantam questões ais imediatas.

A primeira delas é o fato das lâminas dos guard-rails estarem montados com um vão considerável entre elas e em um ângulo em relação à pista não indicado para aquele ponto. O espaço que separa as longarinas de metal é algo que já custou a vida de vários pilotos, casos de Giovani Salvatti em uma prova de F-2 no autódromo de Tarumã e François Cevert em Watkins Glen, nos Estados Unidos. No primeiro caso, ocorrido em 14 de novembro de 1971, o Tecno de Salvati penetrou o espaço entre o guard-rail e o piso da curva 1; no segundo, ocorrido dia 6 de outubro de 1973, o Tyrrell do francês destroçou o guard-rail nos esses do traçado situado na região dos Finger Lakes. Em Sakhir o pior foi evitado por um aparato adotado recentemente, o arco de segurança conhecido como halo, nome adotado graças ao formato que sugere uma auréola. Não houvesse esse equipamento de segurança o piloto franco-suíço certamente teria sido decapitado.

Cevert (E) e Salvati foram vítimas de guard-rails instalados de maneira incorreta (Arquvo pessoal)  

Ao se considerar que o impacto do carro de Grosjean aconteceu a uma velocidade aproximada de 220 km/h e gerou energia equivalente a uma força de 53g saber que as consequências imediatas sofridas pelo piloto foram apenas queimaduras nas mãos é mais do que louvável. Nem por isso deve-se deixar de pensar em indumentárias mais resistente às chamas e esquecer o acidente de Mark Neary Donohue durante os treinos para o GP da Áustria de 1975. Durante o treino de aquecimento para a competição que seria disputada na tarde daquele 17 de agosto o piso molhado provocou vários acidentes, inclusive durante a competição que registrou a única vitória do italiano Vittorio Brambilla na categoria.

No acidente ocorrido na curva Hella Licht o carro de Donohue bateu contra um painel de publicidade e atingiu o comissário de pista Manfred Schaller, que faleceu no local. Inicialmente o norte-americano queixou-se de dor de cabeça e no dia seguinte foi levado a um hospital em Gratz, onde veio a falecer na terça-feira, 19 de agosto, vítima de hemorragia cerebral decorrente do choque que rachou seu capacete. Obviamente os cuidados médicos dedicados a Romain Grosjean no Hospital das Forças de Defesa, situado em Riffa, são muito superiores aos disponíveis em Gratz em 1975. Porém até que seja confirmada a alta do piloto, algo esperado para esta terça-feira, é aconselhável praticar a prudência.

Piloto reserva da Haas, Pietro é o quarto representante da família Fittipaldi a disputar a F-1 (Haas)  

Sem poder contar com Grosjean para o GP de Sakhir a Haas confirmou o nome do Pietro Fittipaldi como seu substituto nesse evento. O brasileiro nascido em Miami (EUA) no dia 25 de junho de 1996 é filho de Juliana, que é filha de Emerson, sobrinha de Wilsinho e prima de Christian, todos eles com passagem pela F-1. Há dois anos ligado ao time de Gene Haas, Pietro já fez testes de pista pela equipe e tem no currículo um extenso logbook de horas no simulador da equipe norte-americana. Estes dois detalhes contarão a seu favor e ajudarão a amenizar sua inexperiência em GPs e, principalmente, as limitações de rendimento do Haas VF20-Ferrari. Independente disso, sua presença no grid de largada de domingo marca o retorno de um brasileiro à categoria. Melhor do que isso seria sua participação na corrida seguinte, mas se o franco-suíço estiver em condições mínimas de competir ele terá preferência e poderá celebrar sua despedida do time.

 

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Eventos de alto impacto geram oportunidades muito além de novos negócios e um exemplo disso é o espetacular acidente sofrido por Romain Grosjean na volta inicial do GP do Bahrein. Pode-se estudar o fato por diversos ângulos, desde a eficiência do chassi VF20 até detalhes do autódromo desenhado por Hermann Tilke e que demandou investimento de US$ 155 milhões. Mais, sem condições de competir na etapa do próximo domingo, Grosjean será substituído por Pietro Fittipaldi, o que significa a terceira geração e o quarto representante dessa família a disputar um GP de F-1.

A dinâmica do acidente envolvendo Romain Grosjean vai impactar diversos protocolos de segurança ativa e passiva, adotados pela F1, algumas deles de implementação mais rápida e fácil do que outras. Um exemplo disso é a provável utilização de dois medical cars no lugar de apenas um. No que se refere a alterações nas especificações técnicas nos carros é pouco provável que alguma decisão seja tomada antes que uma longa e detalhada investigação apresente um relatório das causas e danos do acidente, algo que inclui estudar o projeto e os materiais usados no autódromo barenita.

Romain Grosjean saiu caminhando após acidente espetacular no Bahrein (Haas)  

No que se refere ao automóvel alguns pontos já merecem questionamentos: o ponto de ruptura da estrutura, o rompimento do tanque de combustível e a separação de um conjunto roda/pneu que se desprendeu do chassi. A Dallara, empresa que constrói o carro, já declarou que a ruptura aconteceu no local projetado para tal; em relação aos outros dois pontos ainda é cedo para especulações, mas itens como as barreiras de proteção levantam questões ais imediatas.

A primeira delas é o fato das lâminas dos guard-rails estarem montados com um vão considerável entre elas e em um ângulo em relação à pista não indicado para aquele ponto. O espaço que separa as longarinas de metal é algo que já custou a vida de vários pilotos, casos de Giovani Salvatti em uma prova de F-2 no autódromo de Tarumã e François Cevert em Watkins Glen, nos Estados Unidos. No primeiro caso, ocorrido em 14 de novembro de 1971, o Tecno de Salvati penetrou o espaço entre o guard-rail e o piso da curva 1; no segundo, ocorrido dia 6 de outubro de 1973, o Tyrrell do francês destroçou o guard-rail nos esses do traçado situado na região dos Finger Lakes. Em Sakhir o pior foi evitado por um aparato adotado recentemente, o arco de segurança conhecido como halo, nome adotado graças ao formato que sugere uma auréola. Não houvesse esse equipamento de segurança o piloto franco-suíço certamente teria sido decapitado.

Cevert (E) e Salvati foram vítimas de guard-rails instalados de maneira incorreta (Arquvo pessoal)  

Ao se considerar que o impacto do carro de Grosjean aconteceu a uma velocidade aproximada de 220 km/h e gerou energia equivalente a uma força de 53g saber que as consequências imediatas sofridas pelo piloto foram apenas queimaduras nas mãos é mais do que louvável. Nem por isso deve-se deixar de pensar em indumentárias mais resistente às chamas e esquecer o acidente de Mark Neary Donohue durante os treinos para o GP da Áustria de 1975. Durante o treino de aquecimento para a competição que seria disputada na tarde daquele 17 de agosto o piso molhado provocou vários acidentes, inclusive durante a competição que registrou a única vitória do italiano Vittorio Brambilla na categoria.

No acidente ocorrido na curva Hella Licht o carro de Donohue bateu contra um painel de publicidade e atingiu o comissário de pista Manfred Schaller, que faleceu no local. Inicialmente o norte-americano queixou-se de dor de cabeça e no dia seguinte foi levado a um hospital em Gratz, onde veio a falecer na terça-feira, 19 de agosto, vítima de hemorragia cerebral decorrente do choque que rachou seu capacete. Obviamente os cuidados médicos dedicados a Romain Grosjean no Hospital das Forças de Defesa, situado em Riffa, são muito superiores aos disponíveis em Gratz em 1975. Porém até que seja confirmada a alta do piloto, algo esperado para esta terça-feira, é aconselhável praticar a prudência.

Piloto reserva da Haas, Pietro é o quarto representante da família Fittipaldi a disputar a F-1 (Haas)  

Sem poder contar com Grosjean para o GP de Sakhir a Haas confirmou o nome do Pietro Fittipaldi como seu substituto nesse evento. O brasileiro nascido em Miami (EUA) no dia 25 de junho de 1996 é filho de Juliana, que é filha de Emerson, sobrinha de Wilsinho e prima de Christian, todos eles com passagem pela F-1. Há dois anos ligado ao time de Gene Haas, Pietro já fez testes de pista pela equipe e tem no currículo um extenso logbook de horas no simulador da equipe norte-americana. Estes dois detalhes contarão a seu favor e ajudarão a amenizar sua inexperiência em GPs e, principalmente, as limitações de rendimento do Haas VF20-Ferrari. Independente disso, sua presença no grid de largada de domingo marca o retorno de um brasileiro à categoria. Melhor do que isso seria sua participação na corrida seguinte, mas se o franco-suíço estiver em condições mínimas de competir ele terá preferência e poderá celebrar sua despedida do time.

 

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Eventos de alto impacto geram oportunidades muito além de novos negócios e um exemplo disso é o espetacular acidente sofrido por Romain Grosjean na volta inicial do GP do Bahrein. Pode-se estudar o fato por diversos ângulos, desde a eficiência do chassi VF20 até detalhes do autódromo desenhado por Hermann Tilke e que demandou investimento de US$ 155 milhões. Mais, sem condições de competir na etapa do próximo domingo, Grosjean será substituído por Pietro Fittipaldi, o que significa a terceira geração e o quarto representante dessa família a disputar um GP de F-1.

A dinâmica do acidente envolvendo Romain Grosjean vai impactar diversos protocolos de segurança ativa e passiva, adotados pela F1, algumas deles de implementação mais rápida e fácil do que outras. Um exemplo disso é a provável utilização de dois medical cars no lugar de apenas um. No que se refere a alterações nas especificações técnicas nos carros é pouco provável que alguma decisão seja tomada antes que uma longa e detalhada investigação apresente um relatório das causas e danos do acidente, algo que inclui estudar o projeto e os materiais usados no autódromo barenita.

Romain Grosjean saiu caminhando após acidente espetacular no Bahrein (Haas)  

No que se refere ao automóvel alguns pontos já merecem questionamentos: o ponto de ruptura da estrutura, o rompimento do tanque de combustível e a separação de um conjunto roda/pneu que se desprendeu do chassi. A Dallara, empresa que constrói o carro, já declarou que a ruptura aconteceu no local projetado para tal; em relação aos outros dois pontos ainda é cedo para especulações, mas itens como as barreiras de proteção levantam questões ais imediatas.

A primeira delas é o fato das lâminas dos guard-rails estarem montados com um vão considerável entre elas e em um ângulo em relação à pista não indicado para aquele ponto. O espaço que separa as longarinas de metal é algo que já custou a vida de vários pilotos, casos de Giovani Salvatti em uma prova de F-2 no autódromo de Tarumã e François Cevert em Watkins Glen, nos Estados Unidos. No primeiro caso, ocorrido em 14 de novembro de 1971, o Tecno de Salvati penetrou o espaço entre o guard-rail e o piso da curva 1; no segundo, ocorrido dia 6 de outubro de 1973, o Tyrrell do francês destroçou o guard-rail nos esses do traçado situado na região dos Finger Lakes. Em Sakhir o pior foi evitado por um aparato adotado recentemente, o arco de segurança conhecido como halo, nome adotado graças ao formato que sugere uma auréola. Não houvesse esse equipamento de segurança o piloto franco-suíço certamente teria sido decapitado.

Cevert (E) e Salvati foram vítimas de guard-rails instalados de maneira incorreta (Arquvo pessoal)  

Ao se considerar que o impacto do carro de Grosjean aconteceu a uma velocidade aproximada de 220 km/h e gerou energia equivalente a uma força de 53g saber que as consequências imediatas sofridas pelo piloto foram apenas queimaduras nas mãos é mais do que louvável. Nem por isso deve-se deixar de pensar em indumentárias mais resistente às chamas e esquecer o acidente de Mark Neary Donohue durante os treinos para o GP da Áustria de 1975. Durante o treino de aquecimento para a competição que seria disputada na tarde daquele 17 de agosto o piso molhado provocou vários acidentes, inclusive durante a competição que registrou a única vitória do italiano Vittorio Brambilla na categoria.

No acidente ocorrido na curva Hella Licht o carro de Donohue bateu contra um painel de publicidade e atingiu o comissário de pista Manfred Schaller, que faleceu no local. Inicialmente o norte-americano queixou-se de dor de cabeça e no dia seguinte foi levado a um hospital em Gratz, onde veio a falecer na terça-feira, 19 de agosto, vítima de hemorragia cerebral decorrente do choque que rachou seu capacete. Obviamente os cuidados médicos dedicados a Romain Grosjean no Hospital das Forças de Defesa, situado em Riffa, são muito superiores aos disponíveis em Gratz em 1975. Porém até que seja confirmada a alta do piloto, algo esperado para esta terça-feira, é aconselhável praticar a prudência.

Piloto reserva da Haas, Pietro é o quarto representante da família Fittipaldi a disputar a F-1 (Haas)  

Sem poder contar com Grosjean para o GP de Sakhir a Haas confirmou o nome do Pietro Fittipaldi como seu substituto nesse evento. O brasileiro nascido em Miami (EUA) no dia 25 de junho de 1996 é filho de Juliana, que é filha de Emerson, sobrinha de Wilsinho e prima de Christian, todos eles com passagem pela F-1. Há dois anos ligado ao time de Gene Haas, Pietro já fez testes de pista pela equipe e tem no currículo um extenso logbook de horas no simulador da equipe norte-americana. Estes dois detalhes contarão a seu favor e ajudarão a amenizar sua inexperiência em GPs e, principalmente, as limitações de rendimento do Haas VF20-Ferrari. Independente disso, sua presença no grid de largada de domingo marca o retorno de um brasileiro à categoria. Melhor do que isso seria sua participação na corrida seguinte, mas se o franco-suíço estiver em condições mínimas de competir ele terá preferência e poderá celebrar sua despedida do time.

 

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