Conversa de pista

Opinião|F1 2017: Vettel e Ferrari voltam a vencer


Piloto alemão também marcou a melhor volta. Bottas chegou a pressionar Hamilton. Massa terminou em sexto.

Por Wagner Gonzalez

A vitória de Sebastian Vettel (Ferrari SF70H) no Grande Prêmio da Austrália, disputado hoje, em Melbourne, deixou claro que a Ferrari será um adversário a altura da supremacia que a Mercedes exerceu nas últimas três temporadas de F-1. Após um início de prova onde manteve-se atrás do pole-position e líder Lewis Hamilton (AMG Mercedes W08), o piloto alemão soube construir uma vantagem que o devolveu à pista após à frente do inglês, que trocou os pneus supermacios por outros de compostos macios na 20a volta, quatro antes do ferrarista. O finlandês Valtteri Bottas (AMG Mercedes W08) completou o pódio, mas o qaurto lugar de Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) garantiu pontos suficientes para colocar a Scuderia na liderança no Campeonato de Construtores. O brasileiro Felipe Massa (Williams FW40-Mercedes) terminou em sexto lugar em atuação consistente e dentro das possibilidades do seu carro frente aos rivais Ferrari, Mercedes e Red Bull.

 

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Lewis Hamilton e Valtteri Bottas completaram o pódio (Mercedes) Foto: Estadão

O Grande Prêmio da Austrália registrou várias novidades na F-1 e começou com notas de emoção após a largada ter sido abortada por motivos que não ficaram claros. Foi o primeiro GP realizado sob a nova administração da categoria, os carros e pneus estão mais largos, estáveis e pesados e dois pilotos inscreveram seus nomes na história da categoria. Ídolo da casa, o australiano Daniel Ricciardo (Red Bull RB13-Tag Heuer) largou com uma volta de atraso por causa de problemas ocorridos na volta de aquecimento e foi obrigado a abandonar na 25a volta. Felipe Massa largou em sétimo e terminou em sexto após uma atuação consistente durante todo o final de semana.

 

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Massa, veterano e popular, teve um fim de semana consistente e terminou em sexto (Williams/Glenn Dunbar) Foto: Estadão

Entre os estreantes Antonio Giovinazzi (Sauber C36-Ferrari) , que terminou em 12o, foi melhor que Lance Stroll (Williams FW40-Mercedes), que abandonou. Enquanto estiveram na pista o italiano mostrou maior equilíbrio e uma tocada mais segura que o canadense, que o seguiu durante várias voltas.

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O italiano Antonio Giovinazzi estreou e levou seu Sauber C36-Ferrari até o final da prova (Sauber) Foto: Estadão

O italiano Antonio Giovinazzi estreou e levou seu Sauber C36-Ferrari até o final da prova (Sauber)O triunfo de Vettel mostrou que resultados da Ferrari durante os testes de pré-temporada não foram por acaso e que a Mercedes ainda precisa limar arestas do seu novo carro para permitir que que seus pilotos mantenham a autoridade que o time alemão consolidou nos últimos anos. Falando em permissão, ficou no ar a dúvida sobre possíveis ordens de equipe. Nas voltas finais Bottas reduziu significativamente a distância que o separava de Hamilton mas a cerca de cinco voltas para a bandeirada a diferença entre ambos se estabilizou.

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Kimi Räikkönen (E) e Max Verstappen disputaram posição desde a largada (Red Bull Content Pool) Foto: Estadão

Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) e Max Verstappen (Red Bull RB13-Tag Heuer) tiveram atuações burocráticas, algo comprovado pelas ameaças de disputas entre ambos. Felipe Massa manteve bom ritmo e melhorou o foco de uma fotografia onde se enxerga que apenas ocasionalmente ele poderá subir ao pódio. Ainda na Williams, outra estreia, a de Paddy Lowe, ex-Mercedes, agora no comando das operações de pista.

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Paddy Lowe está no centro do comando da Williams para esta temporada (Williams/Glenn Dunbar) Foto: Estadão

A estreia da Liberty Media no comando da F-1 foi marcada por problemas técnicos e novidades que merecem algum polimento para que sejam devidamente assimiladas. Os padrões de operação perfeita e sóbria dos tempos de Bernie Ecclestone foram lembrados quando as informações mostradas na transmissão de TV sobre posições e diferença entre os pilotos apareceram de forma equivocada, incompleta ou sequer apareciam. Uma mudança tão quanto radical quanto trocar o homem forte da categoria nas últimas quatro décadas dificilmente ocorreria de outra forma.

 

Romain Grosjean, sexto no grid, foi o primeiro a abandonar por causa de problemas mecânicos (Haas) Foto: Estadão

Force India, Toro Rosso e Haas - cujos carros não terminaram, mas teve Romain Grosjean (Haas VF17-Ferrari) largando em sexto lugar -, mostraram-se os pilares do segundo pelotão, grupo onde a Williams se sobressai. Renault e McLaren tem limitações de ordem pessoal e técnica, em que pese o fato de Fernando Alonso (McLaren MCL32-Honda) ter completado várias voltas em décimo lugar antes de abandonar. Na Sauber ficou evidente a limitação técnica do time suíço e o bom desempenho de Antonio Giovinazzi - que substituiu Pascal Wehrlein após o piloto alemão ter-se queixado de dores decorrentes de um acidente em uma competição-exibição em janeiro - reforçou as limitações de Marcus Ericsson (Sauber C36-Ferrari). O sueco se envolveu em acidente com Kevin Magnussen (Haas VF17-Ferrari)) durante a volta inicial e a batida entre ambos mostrou que os dois e o inglês Jolyon Palmer (Renault RS17) iniciaram a temporada como grandes candidatos a deixar a F-1 no final do ano.

O resultado do GP da Austrália

O vencedor Sebastian Vettel e seu Ferrari SF70 H (Ferrari) Foto: Estadão

1a etapa do Campeonato Mundial de F-1

1) Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, 57 voltas, 1h24'11"672

2) Lewis Hamilton, AMG-Mercedes W08, a 9"975

3) Valtteri Bottas, AMG-Mercedes W08, a 11"250

4) Kimi Räikkönen, Ferrari SF70H, a 22"393

5) Max Verstappen, Red Bull RB13-Tag Heuer, a 28"827

6) Felipe Massa, Williams FW40-Mercedes, a 1'23" 386

7) Sérgio Pérez, Force India VJ10-Mercedes, a uma volta

8) Carlos Sainz Jr, Toro Rosso STR12-Renault

9) Daniil Kvyat, Toro Rosso STR12-Renault

10) Estebán Ocón, Force India VJ10-Mercedes,

11) Nico Hulkenberg, Renault RS 17,

12) Antonio Giovinazzi, Sauber C36-Ferrari, a duas voltas

13) Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32-Honda

Não classificados:

14) Fernando Alonso, McLaren MCL32-Honda, 50 voltas

15) Kevin Magnussen, Haas VF17-Ferrari, 46

16) Lance Stroll, Williams FW40-Mercedes, 40

17) Daniel Ricciardo,Red Bull RB13-Tag Heuer, 25

18) Marcus Ericsson, Sauber C36-Ferrari, 21

19) Jolyon Palmer, Renault RS17, 15

20) Romain Grosjean, Haas VF17-Ferrari, 13

 

Posições no Campeonato de Pilotos

 

1) Sebastian Vettel, 25 pontos

2) Lewis Hamilton, 18

3) Valteri Bottas, 15

4) Kimi Räikkönen, 12

5) Max Verstappen, 10

6) Felipe Massa, 8

7) Sérgio Pérez, 6

8) Carlos Sainz Jr, 4

9) Daniil Kvyat, 2

10) Esyebán Ocón, 1

 

Posições no Campeonato de Construtores

1) Scuderia Ferrari, 37 pontos

2) AMG Mercedes Petronas, 33

3) Red Bull Racing, 10

4) Martini Williams Racing, 8

5) Sahara Force India, 7

6) Scuderia Toro Rosso, 6

 

Próxima etapa: GP da China, Xangai, 9 de abril.

A vitória de Sebastian Vettel (Ferrari SF70H) no Grande Prêmio da Austrália, disputado hoje, em Melbourne, deixou claro que a Ferrari será um adversário a altura da supremacia que a Mercedes exerceu nas últimas três temporadas de F-1. Após um início de prova onde manteve-se atrás do pole-position e líder Lewis Hamilton (AMG Mercedes W08), o piloto alemão soube construir uma vantagem que o devolveu à pista após à frente do inglês, que trocou os pneus supermacios por outros de compostos macios na 20a volta, quatro antes do ferrarista. O finlandês Valtteri Bottas (AMG Mercedes W08) completou o pódio, mas o qaurto lugar de Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) garantiu pontos suficientes para colocar a Scuderia na liderança no Campeonato de Construtores. O brasileiro Felipe Massa (Williams FW40-Mercedes) terminou em sexto lugar em atuação consistente e dentro das possibilidades do seu carro frente aos rivais Ferrari, Mercedes e Red Bull.

 

Lewis Hamilton e Valtteri Bottas completaram o pódio (Mercedes) Foto: Estadão

O Grande Prêmio da Austrália registrou várias novidades na F-1 e começou com notas de emoção após a largada ter sido abortada por motivos que não ficaram claros. Foi o primeiro GP realizado sob a nova administração da categoria, os carros e pneus estão mais largos, estáveis e pesados e dois pilotos inscreveram seus nomes na história da categoria. Ídolo da casa, o australiano Daniel Ricciardo (Red Bull RB13-Tag Heuer) largou com uma volta de atraso por causa de problemas ocorridos na volta de aquecimento e foi obrigado a abandonar na 25a volta. Felipe Massa largou em sétimo e terminou em sexto após uma atuação consistente durante todo o final de semana.

 

Massa, veterano e popular, teve um fim de semana consistente e terminou em sexto (Williams/Glenn Dunbar) Foto: Estadão

Entre os estreantes Antonio Giovinazzi (Sauber C36-Ferrari) , que terminou em 12o, foi melhor que Lance Stroll (Williams FW40-Mercedes), que abandonou. Enquanto estiveram na pista o italiano mostrou maior equilíbrio e uma tocada mais segura que o canadense, que o seguiu durante várias voltas.

O italiano Antonio Giovinazzi estreou e levou seu Sauber C36-Ferrari até o final da prova (Sauber) Foto: Estadão

O italiano Antonio Giovinazzi estreou e levou seu Sauber C36-Ferrari até o final da prova (Sauber)O triunfo de Vettel mostrou que resultados da Ferrari durante os testes de pré-temporada não foram por acaso e que a Mercedes ainda precisa limar arestas do seu novo carro para permitir que que seus pilotos mantenham a autoridade que o time alemão consolidou nos últimos anos. Falando em permissão, ficou no ar a dúvida sobre possíveis ordens de equipe. Nas voltas finais Bottas reduziu significativamente a distância que o separava de Hamilton mas a cerca de cinco voltas para a bandeirada a diferença entre ambos se estabilizou.

 

 

Kimi Räikkönen (E) e Max Verstappen disputaram posição desde a largada (Red Bull Content Pool) Foto: Estadão

Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) e Max Verstappen (Red Bull RB13-Tag Heuer) tiveram atuações burocráticas, algo comprovado pelas ameaças de disputas entre ambos. Felipe Massa manteve bom ritmo e melhorou o foco de uma fotografia onde se enxerga que apenas ocasionalmente ele poderá subir ao pódio. Ainda na Williams, outra estreia, a de Paddy Lowe, ex-Mercedes, agora no comando das operações de pista.

Paddy Lowe está no centro do comando da Williams para esta temporada (Williams/Glenn Dunbar) Foto: Estadão

A estreia da Liberty Media no comando da F-1 foi marcada por problemas técnicos e novidades que merecem algum polimento para que sejam devidamente assimiladas. Os padrões de operação perfeita e sóbria dos tempos de Bernie Ecclestone foram lembrados quando as informações mostradas na transmissão de TV sobre posições e diferença entre os pilotos apareceram de forma equivocada, incompleta ou sequer apareciam. Uma mudança tão quanto radical quanto trocar o homem forte da categoria nas últimas quatro décadas dificilmente ocorreria de outra forma.

 

Romain Grosjean, sexto no grid, foi o primeiro a abandonar por causa de problemas mecânicos (Haas) Foto: Estadão

Force India, Toro Rosso e Haas - cujos carros não terminaram, mas teve Romain Grosjean (Haas VF17-Ferrari) largando em sexto lugar -, mostraram-se os pilares do segundo pelotão, grupo onde a Williams se sobressai. Renault e McLaren tem limitações de ordem pessoal e técnica, em que pese o fato de Fernando Alonso (McLaren MCL32-Honda) ter completado várias voltas em décimo lugar antes de abandonar. Na Sauber ficou evidente a limitação técnica do time suíço e o bom desempenho de Antonio Giovinazzi - que substituiu Pascal Wehrlein após o piloto alemão ter-se queixado de dores decorrentes de um acidente em uma competição-exibição em janeiro - reforçou as limitações de Marcus Ericsson (Sauber C36-Ferrari). O sueco se envolveu em acidente com Kevin Magnussen (Haas VF17-Ferrari)) durante a volta inicial e a batida entre ambos mostrou que os dois e o inglês Jolyon Palmer (Renault RS17) iniciaram a temporada como grandes candidatos a deixar a F-1 no final do ano.

O resultado do GP da Austrália

O vencedor Sebastian Vettel e seu Ferrari SF70 H (Ferrari) Foto: Estadão

1a etapa do Campeonato Mundial de F-1

1) Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, 57 voltas, 1h24'11"672

2) Lewis Hamilton, AMG-Mercedes W08, a 9"975

3) Valtteri Bottas, AMG-Mercedes W08, a 11"250

4) Kimi Räikkönen, Ferrari SF70H, a 22"393

5) Max Verstappen, Red Bull RB13-Tag Heuer, a 28"827

6) Felipe Massa, Williams FW40-Mercedes, a 1'23" 386

7) Sérgio Pérez, Force India VJ10-Mercedes, a uma volta

8) Carlos Sainz Jr, Toro Rosso STR12-Renault

9) Daniil Kvyat, Toro Rosso STR12-Renault

10) Estebán Ocón, Force India VJ10-Mercedes,

11) Nico Hulkenberg, Renault RS 17,

12) Antonio Giovinazzi, Sauber C36-Ferrari, a duas voltas

13) Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32-Honda

Não classificados:

14) Fernando Alonso, McLaren MCL32-Honda, 50 voltas

15) Kevin Magnussen, Haas VF17-Ferrari, 46

16) Lance Stroll, Williams FW40-Mercedes, 40

17) Daniel Ricciardo,Red Bull RB13-Tag Heuer, 25

18) Marcus Ericsson, Sauber C36-Ferrari, 21

19) Jolyon Palmer, Renault RS17, 15

20) Romain Grosjean, Haas VF17-Ferrari, 13

 

Posições no Campeonato de Pilotos

 

1) Sebastian Vettel, 25 pontos

2) Lewis Hamilton, 18

3) Valteri Bottas, 15

4) Kimi Räikkönen, 12

5) Max Verstappen, 10

6) Felipe Massa, 8

7) Sérgio Pérez, 6

8) Carlos Sainz Jr, 4

9) Daniil Kvyat, 2

10) Esyebán Ocón, 1

 

Posições no Campeonato de Construtores

1) Scuderia Ferrari, 37 pontos

2) AMG Mercedes Petronas, 33

3) Red Bull Racing, 10

4) Martini Williams Racing, 8

5) Sahara Force India, 7

6) Scuderia Toro Rosso, 6

 

Próxima etapa: GP da China, Xangai, 9 de abril.

A vitória de Sebastian Vettel (Ferrari SF70H) no Grande Prêmio da Austrália, disputado hoje, em Melbourne, deixou claro que a Ferrari será um adversário a altura da supremacia que a Mercedes exerceu nas últimas três temporadas de F-1. Após um início de prova onde manteve-se atrás do pole-position e líder Lewis Hamilton (AMG Mercedes W08), o piloto alemão soube construir uma vantagem que o devolveu à pista após à frente do inglês, que trocou os pneus supermacios por outros de compostos macios na 20a volta, quatro antes do ferrarista. O finlandês Valtteri Bottas (AMG Mercedes W08) completou o pódio, mas o qaurto lugar de Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) garantiu pontos suficientes para colocar a Scuderia na liderança no Campeonato de Construtores. O brasileiro Felipe Massa (Williams FW40-Mercedes) terminou em sexto lugar em atuação consistente e dentro das possibilidades do seu carro frente aos rivais Ferrari, Mercedes e Red Bull.

 

Lewis Hamilton e Valtteri Bottas completaram o pódio (Mercedes) Foto: Estadão

O Grande Prêmio da Austrália registrou várias novidades na F-1 e começou com notas de emoção após a largada ter sido abortada por motivos que não ficaram claros. Foi o primeiro GP realizado sob a nova administração da categoria, os carros e pneus estão mais largos, estáveis e pesados e dois pilotos inscreveram seus nomes na história da categoria. Ídolo da casa, o australiano Daniel Ricciardo (Red Bull RB13-Tag Heuer) largou com uma volta de atraso por causa de problemas ocorridos na volta de aquecimento e foi obrigado a abandonar na 25a volta. Felipe Massa largou em sétimo e terminou em sexto após uma atuação consistente durante todo o final de semana.

 

Massa, veterano e popular, teve um fim de semana consistente e terminou em sexto (Williams/Glenn Dunbar) Foto: Estadão

Entre os estreantes Antonio Giovinazzi (Sauber C36-Ferrari) , que terminou em 12o, foi melhor que Lance Stroll (Williams FW40-Mercedes), que abandonou. Enquanto estiveram na pista o italiano mostrou maior equilíbrio e uma tocada mais segura que o canadense, que o seguiu durante várias voltas.

O italiano Antonio Giovinazzi estreou e levou seu Sauber C36-Ferrari até o final da prova (Sauber) Foto: Estadão

O italiano Antonio Giovinazzi estreou e levou seu Sauber C36-Ferrari até o final da prova (Sauber)O triunfo de Vettel mostrou que resultados da Ferrari durante os testes de pré-temporada não foram por acaso e que a Mercedes ainda precisa limar arestas do seu novo carro para permitir que que seus pilotos mantenham a autoridade que o time alemão consolidou nos últimos anos. Falando em permissão, ficou no ar a dúvida sobre possíveis ordens de equipe. Nas voltas finais Bottas reduziu significativamente a distância que o separava de Hamilton mas a cerca de cinco voltas para a bandeirada a diferença entre ambos se estabilizou.

 

 

Kimi Räikkönen (E) e Max Verstappen disputaram posição desde a largada (Red Bull Content Pool) Foto: Estadão

Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) e Max Verstappen (Red Bull RB13-Tag Heuer) tiveram atuações burocráticas, algo comprovado pelas ameaças de disputas entre ambos. Felipe Massa manteve bom ritmo e melhorou o foco de uma fotografia onde se enxerga que apenas ocasionalmente ele poderá subir ao pódio. Ainda na Williams, outra estreia, a de Paddy Lowe, ex-Mercedes, agora no comando das operações de pista.

Paddy Lowe está no centro do comando da Williams para esta temporada (Williams/Glenn Dunbar) Foto: Estadão

A estreia da Liberty Media no comando da F-1 foi marcada por problemas técnicos e novidades que merecem algum polimento para que sejam devidamente assimiladas. Os padrões de operação perfeita e sóbria dos tempos de Bernie Ecclestone foram lembrados quando as informações mostradas na transmissão de TV sobre posições e diferença entre os pilotos apareceram de forma equivocada, incompleta ou sequer apareciam. Uma mudança tão quanto radical quanto trocar o homem forte da categoria nas últimas quatro décadas dificilmente ocorreria de outra forma.

 

Romain Grosjean, sexto no grid, foi o primeiro a abandonar por causa de problemas mecânicos (Haas) Foto: Estadão

Force India, Toro Rosso e Haas - cujos carros não terminaram, mas teve Romain Grosjean (Haas VF17-Ferrari) largando em sexto lugar -, mostraram-se os pilares do segundo pelotão, grupo onde a Williams se sobressai. Renault e McLaren tem limitações de ordem pessoal e técnica, em que pese o fato de Fernando Alonso (McLaren MCL32-Honda) ter completado várias voltas em décimo lugar antes de abandonar. Na Sauber ficou evidente a limitação técnica do time suíço e o bom desempenho de Antonio Giovinazzi - que substituiu Pascal Wehrlein após o piloto alemão ter-se queixado de dores decorrentes de um acidente em uma competição-exibição em janeiro - reforçou as limitações de Marcus Ericsson (Sauber C36-Ferrari). O sueco se envolveu em acidente com Kevin Magnussen (Haas VF17-Ferrari)) durante a volta inicial e a batida entre ambos mostrou que os dois e o inglês Jolyon Palmer (Renault RS17) iniciaram a temporada como grandes candidatos a deixar a F-1 no final do ano.

O resultado do GP da Austrália

O vencedor Sebastian Vettel e seu Ferrari SF70 H (Ferrari) Foto: Estadão

1a etapa do Campeonato Mundial de F-1

1) Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, 57 voltas, 1h24'11"672

2) Lewis Hamilton, AMG-Mercedes W08, a 9"975

3) Valtteri Bottas, AMG-Mercedes W08, a 11"250

4) Kimi Räikkönen, Ferrari SF70H, a 22"393

5) Max Verstappen, Red Bull RB13-Tag Heuer, a 28"827

6) Felipe Massa, Williams FW40-Mercedes, a 1'23" 386

7) Sérgio Pérez, Force India VJ10-Mercedes, a uma volta

8) Carlos Sainz Jr, Toro Rosso STR12-Renault

9) Daniil Kvyat, Toro Rosso STR12-Renault

10) Estebán Ocón, Force India VJ10-Mercedes,

11) Nico Hulkenberg, Renault RS 17,

12) Antonio Giovinazzi, Sauber C36-Ferrari, a duas voltas

13) Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32-Honda

Não classificados:

14) Fernando Alonso, McLaren MCL32-Honda, 50 voltas

15) Kevin Magnussen, Haas VF17-Ferrari, 46

16) Lance Stroll, Williams FW40-Mercedes, 40

17) Daniel Ricciardo,Red Bull RB13-Tag Heuer, 25

18) Marcus Ericsson, Sauber C36-Ferrari, 21

19) Jolyon Palmer, Renault RS17, 15

20) Romain Grosjean, Haas VF17-Ferrari, 13

 

Posições no Campeonato de Pilotos

 

1) Sebastian Vettel, 25 pontos

2) Lewis Hamilton, 18

3) Valteri Bottas, 15

4) Kimi Räikkönen, 12

5) Max Verstappen, 10

6) Felipe Massa, 8

7) Sérgio Pérez, 6

8) Carlos Sainz Jr, 4

9) Daniil Kvyat, 2

10) Esyebán Ocón, 1

 

Posições no Campeonato de Construtores

1) Scuderia Ferrari, 37 pontos

2) AMG Mercedes Petronas, 33

3) Red Bull Racing, 10

4) Martini Williams Racing, 8

5) Sahara Force India, 7

6) Scuderia Toro Rosso, 6

 

Próxima etapa: GP da China, Xangai, 9 de abril.

A vitória de Sebastian Vettel (Ferrari SF70H) no Grande Prêmio da Austrália, disputado hoje, em Melbourne, deixou claro que a Ferrari será um adversário a altura da supremacia que a Mercedes exerceu nas últimas três temporadas de F-1. Após um início de prova onde manteve-se atrás do pole-position e líder Lewis Hamilton (AMG Mercedes W08), o piloto alemão soube construir uma vantagem que o devolveu à pista após à frente do inglês, que trocou os pneus supermacios por outros de compostos macios na 20a volta, quatro antes do ferrarista. O finlandês Valtteri Bottas (AMG Mercedes W08) completou o pódio, mas o qaurto lugar de Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) garantiu pontos suficientes para colocar a Scuderia na liderança no Campeonato de Construtores. O brasileiro Felipe Massa (Williams FW40-Mercedes) terminou em sexto lugar em atuação consistente e dentro das possibilidades do seu carro frente aos rivais Ferrari, Mercedes e Red Bull.

 

Lewis Hamilton e Valtteri Bottas completaram o pódio (Mercedes) Foto: Estadão

O Grande Prêmio da Austrália registrou várias novidades na F-1 e começou com notas de emoção após a largada ter sido abortada por motivos que não ficaram claros. Foi o primeiro GP realizado sob a nova administração da categoria, os carros e pneus estão mais largos, estáveis e pesados e dois pilotos inscreveram seus nomes na história da categoria. Ídolo da casa, o australiano Daniel Ricciardo (Red Bull RB13-Tag Heuer) largou com uma volta de atraso por causa de problemas ocorridos na volta de aquecimento e foi obrigado a abandonar na 25a volta. Felipe Massa largou em sétimo e terminou em sexto após uma atuação consistente durante todo o final de semana.

 

Massa, veterano e popular, teve um fim de semana consistente e terminou em sexto (Williams/Glenn Dunbar) Foto: Estadão

Entre os estreantes Antonio Giovinazzi (Sauber C36-Ferrari) , que terminou em 12o, foi melhor que Lance Stroll (Williams FW40-Mercedes), que abandonou. Enquanto estiveram na pista o italiano mostrou maior equilíbrio e uma tocada mais segura que o canadense, que o seguiu durante várias voltas.

O italiano Antonio Giovinazzi estreou e levou seu Sauber C36-Ferrari até o final da prova (Sauber) Foto: Estadão

O italiano Antonio Giovinazzi estreou e levou seu Sauber C36-Ferrari até o final da prova (Sauber)O triunfo de Vettel mostrou que resultados da Ferrari durante os testes de pré-temporada não foram por acaso e que a Mercedes ainda precisa limar arestas do seu novo carro para permitir que que seus pilotos mantenham a autoridade que o time alemão consolidou nos últimos anos. Falando em permissão, ficou no ar a dúvida sobre possíveis ordens de equipe. Nas voltas finais Bottas reduziu significativamente a distância que o separava de Hamilton mas a cerca de cinco voltas para a bandeirada a diferença entre ambos se estabilizou.

 

 

Kimi Räikkönen (E) e Max Verstappen disputaram posição desde a largada (Red Bull Content Pool) Foto: Estadão

Kimi Räikkönen (Ferrari SF70H) e Max Verstappen (Red Bull RB13-Tag Heuer) tiveram atuações burocráticas, algo comprovado pelas ameaças de disputas entre ambos. Felipe Massa manteve bom ritmo e melhorou o foco de uma fotografia onde se enxerga que apenas ocasionalmente ele poderá subir ao pódio. Ainda na Williams, outra estreia, a de Paddy Lowe, ex-Mercedes, agora no comando das operações de pista.

Paddy Lowe está no centro do comando da Williams para esta temporada (Williams/Glenn Dunbar) Foto: Estadão

A estreia da Liberty Media no comando da F-1 foi marcada por problemas técnicos e novidades que merecem algum polimento para que sejam devidamente assimiladas. Os padrões de operação perfeita e sóbria dos tempos de Bernie Ecclestone foram lembrados quando as informações mostradas na transmissão de TV sobre posições e diferença entre os pilotos apareceram de forma equivocada, incompleta ou sequer apareciam. Uma mudança tão quanto radical quanto trocar o homem forte da categoria nas últimas quatro décadas dificilmente ocorreria de outra forma.

 

Romain Grosjean, sexto no grid, foi o primeiro a abandonar por causa de problemas mecânicos (Haas) Foto: Estadão

Force India, Toro Rosso e Haas - cujos carros não terminaram, mas teve Romain Grosjean (Haas VF17-Ferrari) largando em sexto lugar -, mostraram-se os pilares do segundo pelotão, grupo onde a Williams se sobressai. Renault e McLaren tem limitações de ordem pessoal e técnica, em que pese o fato de Fernando Alonso (McLaren MCL32-Honda) ter completado várias voltas em décimo lugar antes de abandonar. Na Sauber ficou evidente a limitação técnica do time suíço e o bom desempenho de Antonio Giovinazzi - que substituiu Pascal Wehrlein após o piloto alemão ter-se queixado de dores decorrentes de um acidente em uma competição-exibição em janeiro - reforçou as limitações de Marcus Ericsson (Sauber C36-Ferrari). O sueco se envolveu em acidente com Kevin Magnussen (Haas VF17-Ferrari)) durante a volta inicial e a batida entre ambos mostrou que os dois e o inglês Jolyon Palmer (Renault RS17) iniciaram a temporada como grandes candidatos a deixar a F-1 no final do ano.

O resultado do GP da Austrália

O vencedor Sebastian Vettel e seu Ferrari SF70 H (Ferrari) Foto: Estadão

1a etapa do Campeonato Mundial de F-1

1) Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, 57 voltas, 1h24'11"672

2) Lewis Hamilton, AMG-Mercedes W08, a 9"975

3) Valtteri Bottas, AMG-Mercedes W08, a 11"250

4) Kimi Räikkönen, Ferrari SF70H, a 22"393

5) Max Verstappen, Red Bull RB13-Tag Heuer, a 28"827

6) Felipe Massa, Williams FW40-Mercedes, a 1'23" 386

7) Sérgio Pérez, Force India VJ10-Mercedes, a uma volta

8) Carlos Sainz Jr, Toro Rosso STR12-Renault

9) Daniil Kvyat, Toro Rosso STR12-Renault

10) Estebán Ocón, Force India VJ10-Mercedes,

11) Nico Hulkenberg, Renault RS 17,

12) Antonio Giovinazzi, Sauber C36-Ferrari, a duas voltas

13) Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32-Honda

Não classificados:

14) Fernando Alonso, McLaren MCL32-Honda, 50 voltas

15) Kevin Magnussen, Haas VF17-Ferrari, 46

16) Lance Stroll, Williams FW40-Mercedes, 40

17) Daniel Ricciardo,Red Bull RB13-Tag Heuer, 25

18) Marcus Ericsson, Sauber C36-Ferrari, 21

19) Jolyon Palmer, Renault RS17, 15

20) Romain Grosjean, Haas VF17-Ferrari, 13

 

Posições no Campeonato de Pilotos

 

1) Sebastian Vettel, 25 pontos

2) Lewis Hamilton, 18

3) Valteri Bottas, 15

4) Kimi Räikkönen, 12

5) Max Verstappen, 10

6) Felipe Massa, 8

7) Sérgio Pérez, 6

8) Carlos Sainz Jr, 4

9) Daniil Kvyat, 2

10) Esyebán Ocón, 1

 

Posições no Campeonato de Construtores

1) Scuderia Ferrari, 37 pontos

2) AMG Mercedes Petronas, 33

3) Red Bull Racing, 10

4) Martini Williams Racing, 8

5) Sahara Force India, 7

6) Scuderia Toro Rosso, 6

 

Próxima etapa: GP da China, Xangai, 9 de abril.

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