Vídeo de confusão com chineses em Brasília é de 2014, sem relação com 7 de Setembro


Gravação mostra discussão entre praticantes de doutrina espiritual banida na China; imagens têm sido compartilhadas como se mostrassem bloqueio de ponte na capital federal na véspera de manifestações

Por Victor Pinheiro

Mensagens enganosas no WhatsApp compartilham um vídeo fora de contexto para insinuar que chineses teriam bloqueado o acesso de cidadãos brasileiros a uma ponte em Brasília, às vésperas das manifestações de 7 de Setembro. O episódio, no entanto, retrata um conflito entre praticantes da filosofia espiritual Falun Gong, que é proibida na China, e um grupo de chineses em 2014.

Na filmagem, o grupo de chineses forma uma barreira que impede outras pessoas de prosseguirem adiante. Em tom indignado, um homem relata que o caso acontece em Brasília e acusa os chineses de violarem seu direito de ir e vir. Embora o vídeo seja antigo, mensagens enganosas compartilharam a gravação com legendas que não indicavam a data. Leitores solicitaram a checagem por WhatsApp, no número 11 97683-7490.

 Foto: Estadão
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"Inacreditável! Dentro do Brasil!!!! Isso é crime!!! Estrangeiros impedindo a livre manifestação democrática e constitucional de brasileiros e brasileiras!!!!", diz uma mensagem enviada por um leitor ao WhatsApp do Estadão Verifica

O vídeo encaminhado com as mensagens foi divulgado no YouTube em abril de 2020; mas outra postagem na plataforma, compartilhada em 2014, aponta que a filmagem é ainda mais antiga. Segundo a descrição deste vídeo, em 17 de julho daquele ano, o conflito dos praticantes de Falun Gong com chineses teria ocorrido durante uma manifestação pacífica que pedia ao presidente da China, Xi Jinping, o fim da suposta perseguição contra a doutrina espiritual. 

No dia anterior, o líder chinês havia participado de reuniões da Cúpula dos Brics em Brasília.

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Uma reportagem do Bom Dia DF veiculada no dia seguinte à publicação do vídeo entrevistou praticantes do Falun Gong que foram encaminhados à delegacia após o episódio. É possível identificar entre os entrevistados um rapaz de óculos que aparece com a mesma camiseta amarela na gravação distorcida pelas mensagens enganosas. 

De acordo com matéria do G1, a Polícia Civil informou que os chineses envolvidos na confusão moravam em São Paulo e estavam em Brasília a turismo.

Chineses na mira da desinformação

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A China é alvo frequente de desinformação e teorias conspiratórias que, além de espalhar informações enganosas, propagam discursos de ódio. O Estadão Verifica já desmentiu uma publicação que tirava de contexto o vídeo de um hasteamento da bandeira do país asiático em uma cidade no interior de São Paulo. A bandeira estava hasteada ao lado de outra brasileira e próxima a uma multinacional chinesa.

Outro boato enganava ao alardear que a China teria comprado uma série de empresas estatais e até companhias privadas por meio do governador de São Paulo, João Doria. Já um conteúdo verificado pelo Comprova desmentiu que o governo chinês não usaria as vacinas de covid fabricadas no próprio país.

Mensagens enganosas no WhatsApp compartilham um vídeo fora de contexto para insinuar que chineses teriam bloqueado o acesso de cidadãos brasileiros a uma ponte em Brasília, às vésperas das manifestações de 7 de Setembro. O episódio, no entanto, retrata um conflito entre praticantes da filosofia espiritual Falun Gong, que é proibida na China, e um grupo de chineses em 2014.

Na filmagem, o grupo de chineses forma uma barreira que impede outras pessoas de prosseguirem adiante. Em tom indignado, um homem relata que o caso acontece em Brasília e acusa os chineses de violarem seu direito de ir e vir. Embora o vídeo seja antigo, mensagens enganosas compartilharam a gravação com legendas que não indicavam a data. Leitores solicitaram a checagem por WhatsApp, no número 11 97683-7490.

 Foto: Estadão

"Inacreditável! Dentro do Brasil!!!! Isso é crime!!! Estrangeiros impedindo a livre manifestação democrática e constitucional de brasileiros e brasileiras!!!!", diz uma mensagem enviada por um leitor ao WhatsApp do Estadão Verifica

O vídeo encaminhado com as mensagens foi divulgado no YouTube em abril de 2020; mas outra postagem na plataforma, compartilhada em 2014, aponta que a filmagem é ainda mais antiga. Segundo a descrição deste vídeo, em 17 de julho daquele ano, o conflito dos praticantes de Falun Gong com chineses teria ocorrido durante uma manifestação pacífica que pedia ao presidente da China, Xi Jinping, o fim da suposta perseguição contra a doutrina espiritual. 

No dia anterior, o líder chinês havia participado de reuniões da Cúpula dos Brics em Brasília.

Uma reportagem do Bom Dia DF veiculada no dia seguinte à publicação do vídeo entrevistou praticantes do Falun Gong que foram encaminhados à delegacia após o episódio. É possível identificar entre os entrevistados um rapaz de óculos que aparece com a mesma camiseta amarela na gravação distorcida pelas mensagens enganosas. 

De acordo com matéria do G1, a Polícia Civil informou que os chineses envolvidos na confusão moravam em São Paulo e estavam em Brasília a turismo.

Chineses na mira da desinformação

A China é alvo frequente de desinformação e teorias conspiratórias que, além de espalhar informações enganosas, propagam discursos de ódio. O Estadão Verifica já desmentiu uma publicação que tirava de contexto o vídeo de um hasteamento da bandeira do país asiático em uma cidade no interior de São Paulo. A bandeira estava hasteada ao lado de outra brasileira e próxima a uma multinacional chinesa.

Outro boato enganava ao alardear que a China teria comprado uma série de empresas estatais e até companhias privadas por meio do governador de São Paulo, João Doria. Já um conteúdo verificado pelo Comprova desmentiu que o governo chinês não usaria as vacinas de covid fabricadas no próprio país.

Mensagens enganosas no WhatsApp compartilham um vídeo fora de contexto para insinuar que chineses teriam bloqueado o acesso de cidadãos brasileiros a uma ponte em Brasília, às vésperas das manifestações de 7 de Setembro. O episódio, no entanto, retrata um conflito entre praticantes da filosofia espiritual Falun Gong, que é proibida na China, e um grupo de chineses em 2014.

Na filmagem, o grupo de chineses forma uma barreira que impede outras pessoas de prosseguirem adiante. Em tom indignado, um homem relata que o caso acontece em Brasília e acusa os chineses de violarem seu direito de ir e vir. Embora o vídeo seja antigo, mensagens enganosas compartilharam a gravação com legendas que não indicavam a data. Leitores solicitaram a checagem por WhatsApp, no número 11 97683-7490.

 Foto: Estadão

"Inacreditável! Dentro do Brasil!!!! Isso é crime!!! Estrangeiros impedindo a livre manifestação democrática e constitucional de brasileiros e brasileiras!!!!", diz uma mensagem enviada por um leitor ao WhatsApp do Estadão Verifica

O vídeo encaminhado com as mensagens foi divulgado no YouTube em abril de 2020; mas outra postagem na plataforma, compartilhada em 2014, aponta que a filmagem é ainda mais antiga. Segundo a descrição deste vídeo, em 17 de julho daquele ano, o conflito dos praticantes de Falun Gong com chineses teria ocorrido durante uma manifestação pacífica que pedia ao presidente da China, Xi Jinping, o fim da suposta perseguição contra a doutrina espiritual. 

No dia anterior, o líder chinês havia participado de reuniões da Cúpula dos Brics em Brasília.

Uma reportagem do Bom Dia DF veiculada no dia seguinte à publicação do vídeo entrevistou praticantes do Falun Gong que foram encaminhados à delegacia após o episódio. É possível identificar entre os entrevistados um rapaz de óculos que aparece com a mesma camiseta amarela na gravação distorcida pelas mensagens enganosas. 

De acordo com matéria do G1, a Polícia Civil informou que os chineses envolvidos na confusão moravam em São Paulo e estavam em Brasília a turismo.

Chineses na mira da desinformação

A China é alvo frequente de desinformação e teorias conspiratórias que, além de espalhar informações enganosas, propagam discursos de ódio. O Estadão Verifica já desmentiu uma publicação que tirava de contexto o vídeo de um hasteamento da bandeira do país asiático em uma cidade no interior de São Paulo. A bandeira estava hasteada ao lado de outra brasileira e próxima a uma multinacional chinesa.

Outro boato enganava ao alardear que a China teria comprado uma série de empresas estatais e até companhias privadas por meio do governador de São Paulo, João Doria. Já um conteúdo verificado pelo Comprova desmentiu que o governo chinês não usaria as vacinas de covid fabricadas no próprio país.

Mensagens enganosas no WhatsApp compartilham um vídeo fora de contexto para insinuar que chineses teriam bloqueado o acesso de cidadãos brasileiros a uma ponte em Brasília, às vésperas das manifestações de 7 de Setembro. O episódio, no entanto, retrata um conflito entre praticantes da filosofia espiritual Falun Gong, que é proibida na China, e um grupo de chineses em 2014.

Na filmagem, o grupo de chineses forma uma barreira que impede outras pessoas de prosseguirem adiante. Em tom indignado, um homem relata que o caso acontece em Brasília e acusa os chineses de violarem seu direito de ir e vir. Embora o vídeo seja antigo, mensagens enganosas compartilharam a gravação com legendas que não indicavam a data. Leitores solicitaram a checagem por WhatsApp, no número 11 97683-7490.

 Foto: Estadão

"Inacreditável! Dentro do Brasil!!!! Isso é crime!!! Estrangeiros impedindo a livre manifestação democrática e constitucional de brasileiros e brasileiras!!!!", diz uma mensagem enviada por um leitor ao WhatsApp do Estadão Verifica

O vídeo encaminhado com as mensagens foi divulgado no YouTube em abril de 2020; mas outra postagem na plataforma, compartilhada em 2014, aponta que a filmagem é ainda mais antiga. Segundo a descrição deste vídeo, em 17 de julho daquele ano, o conflito dos praticantes de Falun Gong com chineses teria ocorrido durante uma manifestação pacífica que pedia ao presidente da China, Xi Jinping, o fim da suposta perseguição contra a doutrina espiritual. 

No dia anterior, o líder chinês havia participado de reuniões da Cúpula dos Brics em Brasília.

Uma reportagem do Bom Dia DF veiculada no dia seguinte à publicação do vídeo entrevistou praticantes do Falun Gong que foram encaminhados à delegacia após o episódio. É possível identificar entre os entrevistados um rapaz de óculos que aparece com a mesma camiseta amarela na gravação distorcida pelas mensagens enganosas. 

De acordo com matéria do G1, a Polícia Civil informou que os chineses envolvidos na confusão moravam em São Paulo e estavam em Brasília a turismo.

Chineses na mira da desinformação

A China é alvo frequente de desinformação e teorias conspiratórias que, além de espalhar informações enganosas, propagam discursos de ódio. O Estadão Verifica já desmentiu uma publicação que tirava de contexto o vídeo de um hasteamento da bandeira do país asiático em uma cidade no interior de São Paulo. A bandeira estava hasteada ao lado de outra brasileira e próxima a uma multinacional chinesa.

Outro boato enganava ao alardear que a China teria comprado uma série de empresas estatais e até companhias privadas por meio do governador de São Paulo, João Doria. Já um conteúdo verificado pelo Comprova desmentiu que o governo chinês não usaria as vacinas de covid fabricadas no próprio país.

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