Julho de 2020 tem mais óbitos do que o mesmo mês de 2019, ao contrário do que diz boato


Postagem usa dados desatualizados de cartórios para desacreditar dimensão da pandemia

Por Pedro Prata

Uma postagem utiliza dados desatualizados de cartórios sobre óbitos em julho para passar a impressão que este ano teria menos mortes do que o mesmo período do ano passado. A publicação diz se basear nos dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil e pretende questionar a gravidade da pandemia de covid-19, mas não considera prazos legais para inserção dos dados. O meme viralizou no Facebook, onde as publicações alcançaram ao menos 20 mil compartilhamentos somados desde 4 de agosto.

A postagem afirma que o Brasil teria registrado 119.390 mortes em julho de 2019 (sem pandemia), ao passo que este ano teriam sido 113.475. Algumas postagens ainda são acompanhadas de uma legenda que diz: "A única fonte que não mente, pois emite diariamente todos os atestados de óbito, por todos os motivos."

O Estadão Verifica consultou o portal às 16h30 de 13 de agosto de 2020 e os dados de julho já eram diferentes do que os citados pelo boato viral. Nesta data, o portal indicava que 121.841 brasileiros perderam a vida em julho de 2020. No mesmo período do ano passado, foram 119.628.

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Dados utilizados por boato estão desatualizados. Foto: Reprodução

O Portal da Transparência foi uma iniciativa dos Cartórios de Registro Civil, lançada em 2018, para dar transparência sobre a emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil. Contudo, a ferramenta recentemente se tornou alvo frequente de desinformação nas redes sociais. Postagens enganosas fazem comparações que omitem que a atualização do site pode demorar mais de 14 dias, de acordo com prazos legais.

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A família tem até 24h após o falecimento para registrar o óbito em cartório. Este, por sua vez, efetua o registro de óbito em até cinco dias e tem até mais oito para enviar o ato feito à Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), que atualiza a plataforma. Como a atualização é diária, quanto mais próximo da data buscada, maior a chance de divergência.

Os dados podem demorar ainda mais para serem informados por cidades distantes dos grandes centros, de acordo com a assessoria de comunicação da associação de cartórios (Arpen), responsável pela plataforma. Em outra ocasião, o vice-presidente da Arpen, Luis Carlos Vendramin Junior, confirmou ao Comprova que os dados estão em constante atualização, e sugeriu respeitar uma margem de 10 a 15 dias para se checar os dados.

Não é a primeira vez que o número de mortos pela covid-19 é questionado por meio da distorção de números do Portal da Transparência. O Estadão Verifica já checou um boato que afirmava que óbitos por pneumonia e insuficiência respiratória estariam agora sendo classificados como consequência do novo coronavírus.

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Nesta quinta-feira, 13, o Ministério da Saúde registrava 104.201 óbitos acumulados por covid-19 e 3.164.785 contaminados. Os dados são informados pelas Secretarias Estaduais de Saúde de acordo com a data de notificação.

Este boato também foi checado por Aos Fatos e Agência Lupa.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

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Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Uma postagem utiliza dados desatualizados de cartórios sobre óbitos em julho para passar a impressão que este ano teria menos mortes do que o mesmo período do ano passado. A publicação diz se basear nos dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil e pretende questionar a gravidade da pandemia de covid-19, mas não considera prazos legais para inserção dos dados. O meme viralizou no Facebook, onde as publicações alcançaram ao menos 20 mil compartilhamentos somados desde 4 de agosto.

A postagem afirma que o Brasil teria registrado 119.390 mortes em julho de 2019 (sem pandemia), ao passo que este ano teriam sido 113.475. Algumas postagens ainda são acompanhadas de uma legenda que diz: "A única fonte que não mente, pois emite diariamente todos os atestados de óbito, por todos os motivos."

O Estadão Verifica consultou o portal às 16h30 de 13 de agosto de 2020 e os dados de julho já eram diferentes do que os citados pelo boato viral. Nesta data, o portal indicava que 121.841 brasileiros perderam a vida em julho de 2020. No mesmo período do ano passado, foram 119.628.

Dados utilizados por boato estão desatualizados. Foto: Reprodução

O Portal da Transparência foi uma iniciativa dos Cartórios de Registro Civil, lançada em 2018, para dar transparência sobre a emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil. Contudo, a ferramenta recentemente se tornou alvo frequente de desinformação nas redes sociais. Postagens enganosas fazem comparações que omitem que a atualização do site pode demorar mais de 14 dias, de acordo com prazos legais.

A família tem até 24h após o falecimento para registrar o óbito em cartório. Este, por sua vez, efetua o registro de óbito em até cinco dias e tem até mais oito para enviar o ato feito à Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), que atualiza a plataforma. Como a atualização é diária, quanto mais próximo da data buscada, maior a chance de divergência.

Os dados podem demorar ainda mais para serem informados por cidades distantes dos grandes centros, de acordo com a assessoria de comunicação da associação de cartórios (Arpen), responsável pela plataforma. Em outra ocasião, o vice-presidente da Arpen, Luis Carlos Vendramin Junior, confirmou ao Comprova que os dados estão em constante atualização, e sugeriu respeitar uma margem de 10 a 15 dias para se checar os dados.

Não é a primeira vez que o número de mortos pela covid-19 é questionado por meio da distorção de números do Portal da Transparência. O Estadão Verifica já checou um boato que afirmava que óbitos por pneumonia e insuficiência respiratória estariam agora sendo classificados como consequência do novo coronavírus.

Nesta quinta-feira, 13, o Ministério da Saúde registrava 104.201 óbitos acumulados por covid-19 e 3.164.785 contaminados. Os dados são informados pelas Secretarias Estaduais de Saúde de acordo com a data de notificação.

Este boato também foi checado por Aos Fatos e Agência Lupa.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Uma postagem utiliza dados desatualizados de cartórios sobre óbitos em julho para passar a impressão que este ano teria menos mortes do que o mesmo período do ano passado. A publicação diz se basear nos dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil e pretende questionar a gravidade da pandemia de covid-19, mas não considera prazos legais para inserção dos dados. O meme viralizou no Facebook, onde as publicações alcançaram ao menos 20 mil compartilhamentos somados desde 4 de agosto.

A postagem afirma que o Brasil teria registrado 119.390 mortes em julho de 2019 (sem pandemia), ao passo que este ano teriam sido 113.475. Algumas postagens ainda são acompanhadas de uma legenda que diz: "A única fonte que não mente, pois emite diariamente todos os atestados de óbito, por todos os motivos."

O Estadão Verifica consultou o portal às 16h30 de 13 de agosto de 2020 e os dados de julho já eram diferentes do que os citados pelo boato viral. Nesta data, o portal indicava que 121.841 brasileiros perderam a vida em julho de 2020. No mesmo período do ano passado, foram 119.628.

Dados utilizados por boato estão desatualizados. Foto: Reprodução

O Portal da Transparência foi uma iniciativa dos Cartórios de Registro Civil, lançada em 2018, para dar transparência sobre a emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil. Contudo, a ferramenta recentemente se tornou alvo frequente de desinformação nas redes sociais. Postagens enganosas fazem comparações que omitem que a atualização do site pode demorar mais de 14 dias, de acordo com prazos legais.

A família tem até 24h após o falecimento para registrar o óbito em cartório. Este, por sua vez, efetua o registro de óbito em até cinco dias e tem até mais oito para enviar o ato feito à Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), que atualiza a plataforma. Como a atualização é diária, quanto mais próximo da data buscada, maior a chance de divergência.

Os dados podem demorar ainda mais para serem informados por cidades distantes dos grandes centros, de acordo com a assessoria de comunicação da associação de cartórios (Arpen), responsável pela plataforma. Em outra ocasião, o vice-presidente da Arpen, Luis Carlos Vendramin Junior, confirmou ao Comprova que os dados estão em constante atualização, e sugeriu respeitar uma margem de 10 a 15 dias para se checar os dados.

Não é a primeira vez que o número de mortos pela covid-19 é questionado por meio da distorção de números do Portal da Transparência. O Estadão Verifica já checou um boato que afirmava que óbitos por pneumonia e insuficiência respiratória estariam agora sendo classificados como consequência do novo coronavírus.

Nesta quinta-feira, 13, o Ministério da Saúde registrava 104.201 óbitos acumulados por covid-19 e 3.164.785 contaminados. Os dados são informados pelas Secretarias Estaduais de Saúde de acordo com a data de notificação.

Este boato também foi checado por Aos Fatos e Agência Lupa.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Uma postagem utiliza dados desatualizados de cartórios sobre óbitos em julho para passar a impressão que este ano teria menos mortes do que o mesmo período do ano passado. A publicação diz se basear nos dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil e pretende questionar a gravidade da pandemia de covid-19, mas não considera prazos legais para inserção dos dados. O meme viralizou no Facebook, onde as publicações alcançaram ao menos 20 mil compartilhamentos somados desde 4 de agosto.

A postagem afirma que o Brasil teria registrado 119.390 mortes em julho de 2019 (sem pandemia), ao passo que este ano teriam sido 113.475. Algumas postagens ainda são acompanhadas de uma legenda que diz: "A única fonte que não mente, pois emite diariamente todos os atestados de óbito, por todos os motivos."

O Estadão Verifica consultou o portal às 16h30 de 13 de agosto de 2020 e os dados de julho já eram diferentes do que os citados pelo boato viral. Nesta data, o portal indicava que 121.841 brasileiros perderam a vida em julho de 2020. No mesmo período do ano passado, foram 119.628.

Dados utilizados por boato estão desatualizados. Foto: Reprodução

O Portal da Transparência foi uma iniciativa dos Cartórios de Registro Civil, lançada em 2018, para dar transparência sobre a emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil. Contudo, a ferramenta recentemente se tornou alvo frequente de desinformação nas redes sociais. Postagens enganosas fazem comparações que omitem que a atualização do site pode demorar mais de 14 dias, de acordo com prazos legais.

A família tem até 24h após o falecimento para registrar o óbito em cartório. Este, por sua vez, efetua o registro de óbito em até cinco dias e tem até mais oito para enviar o ato feito à Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), que atualiza a plataforma. Como a atualização é diária, quanto mais próximo da data buscada, maior a chance de divergência.

Os dados podem demorar ainda mais para serem informados por cidades distantes dos grandes centros, de acordo com a assessoria de comunicação da associação de cartórios (Arpen), responsável pela plataforma. Em outra ocasião, o vice-presidente da Arpen, Luis Carlos Vendramin Junior, confirmou ao Comprova que os dados estão em constante atualização, e sugeriu respeitar uma margem de 10 a 15 dias para se checar os dados.

Não é a primeira vez que o número de mortos pela covid-19 é questionado por meio da distorção de números do Portal da Transparência. O Estadão Verifica já checou um boato que afirmava que óbitos por pneumonia e insuficiência respiratória estariam agora sendo classificados como consequência do novo coronavírus.

Nesta quinta-feira, 13, o Ministério da Saúde registrava 104.201 óbitos acumulados por covid-19 e 3.164.785 contaminados. Os dados são informados pelas Secretarias Estaduais de Saúde de acordo com a data de notificação.

Este boato também foi checado por Aos Fatos e Agência Lupa.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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