Postagem exagera ao dizer que curativo custa R$ 2 mil nos EUA


Tuíte divulga valor de um atendimento padrão em hospital de Connecticut de forma enganosa

Por Guilherme Bianchini

Uma postagem compartilhada no Facebook exagera ao afirmar que um curativo na rede privada de saúde dos Estados Unidos custa R$ 2 mil reais. O post se refere a um episódio que ocorreu 2016, em Connecticut, quando um hospital cobrou US$ 629 (cerca de R$ 2 mil, na conversão da época) para lavar um ferimento e colocar o curativo no dedo de uma criança de um ano. A unidade esclareceu, porém, que apenas US$ 7 eram referentes ao curativo.

No episódio do curativo, o hospital esclareceu que a parte majoritária (US$ 622) do valor cobrado representava uma taxa básica que incluía a recepção, o atendimento e a consulta. O diretor da unidade alegou que se trata do valor mínimo de atendimento.

A publicação, com mais de 1,5 mil compartilhamentos no Facebook, diz o seguinte: "'Ah, mas se privatizar o SUS melhora o serviço'. Sabe onde o serviço é privatizado? Nos EUA. Sabe o que acontece? 370 dólares (R$ 2.109) DEZ ML de insulina. 1 em cada 4 diabéticos raciona insulina e morre. R$ 2 MIL um band-aid".

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Valor do band-aid citado, na verdade, foi de um atendimento em hospital dos EUA. Foto: Reprodução

De fato, existe um racionamento de insulina nos Estados Unidos e, de acordo com levantamento da T1International, 25% dos diabéticos racionam o medicamento. No entanto, o estudo não aponta relação entre essa taxa e o número de mortes. O estudo cita que a prática do racionamento é arriscada para pacientes da diabetes tipo 1, mas sem fazer qualquer citação a porcentagem de mortes.

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Estudo T1International

O valor de dez mililitros de insulina citado na publicação está dentro da faixa de alguns dos medicamentos listados pela GoodRx. Os preços variam entre US$ 107 e US$ 1,1 mil, com média de aproximadamente US$ 402.

As comparações entre os sistemas de saúde do Brasil e dos Estados Unidos viraram assunto frequente nas redes sociais após um decreto polêmico de Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente autorizou estudos que abriam caminho para a privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Depois de forte reação negativa, já que a medida foi vista como o início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o governo revogou o decreto.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Uma postagem compartilhada no Facebook exagera ao afirmar que um curativo na rede privada de saúde dos Estados Unidos custa R$ 2 mil reais. O post se refere a um episódio que ocorreu 2016, em Connecticut, quando um hospital cobrou US$ 629 (cerca de R$ 2 mil, na conversão da época) para lavar um ferimento e colocar o curativo no dedo de uma criança de um ano. A unidade esclareceu, porém, que apenas US$ 7 eram referentes ao curativo.

No episódio do curativo, o hospital esclareceu que a parte majoritária (US$ 622) do valor cobrado representava uma taxa básica que incluía a recepção, o atendimento e a consulta. O diretor da unidade alegou que se trata do valor mínimo de atendimento.

A publicação, com mais de 1,5 mil compartilhamentos no Facebook, diz o seguinte: "'Ah, mas se privatizar o SUS melhora o serviço'. Sabe onde o serviço é privatizado? Nos EUA. Sabe o que acontece? 370 dólares (R$ 2.109) DEZ ML de insulina. 1 em cada 4 diabéticos raciona insulina e morre. R$ 2 MIL um band-aid".

Valor do band-aid citado, na verdade, foi de um atendimento em hospital dos EUA. Foto: Reprodução

De fato, existe um racionamento de insulina nos Estados Unidos e, de acordo com levantamento da T1International, 25% dos diabéticos racionam o medicamento. No entanto, o estudo não aponta relação entre essa taxa e o número de mortes. O estudo cita que a prática do racionamento é arriscada para pacientes da diabetes tipo 1, mas sem fazer qualquer citação a porcentagem de mortes.

Estudo T1International

O valor de dez mililitros de insulina citado na publicação está dentro da faixa de alguns dos medicamentos listados pela GoodRx. Os preços variam entre US$ 107 e US$ 1,1 mil, com média de aproximadamente US$ 402.

As comparações entre os sistemas de saúde do Brasil e dos Estados Unidos viraram assunto frequente nas redes sociais após um decreto polêmico de Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente autorizou estudos que abriam caminho para a privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Depois de forte reação negativa, já que a medida foi vista como o início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o governo revogou o decreto.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Uma postagem compartilhada no Facebook exagera ao afirmar que um curativo na rede privada de saúde dos Estados Unidos custa R$ 2 mil reais. O post se refere a um episódio que ocorreu 2016, em Connecticut, quando um hospital cobrou US$ 629 (cerca de R$ 2 mil, na conversão da época) para lavar um ferimento e colocar o curativo no dedo de uma criança de um ano. A unidade esclareceu, porém, que apenas US$ 7 eram referentes ao curativo.

No episódio do curativo, o hospital esclareceu que a parte majoritária (US$ 622) do valor cobrado representava uma taxa básica que incluía a recepção, o atendimento e a consulta. O diretor da unidade alegou que se trata do valor mínimo de atendimento.

A publicação, com mais de 1,5 mil compartilhamentos no Facebook, diz o seguinte: "'Ah, mas se privatizar o SUS melhora o serviço'. Sabe onde o serviço é privatizado? Nos EUA. Sabe o que acontece? 370 dólares (R$ 2.109) DEZ ML de insulina. 1 em cada 4 diabéticos raciona insulina e morre. R$ 2 MIL um band-aid".

Valor do band-aid citado, na verdade, foi de um atendimento em hospital dos EUA. Foto: Reprodução

De fato, existe um racionamento de insulina nos Estados Unidos e, de acordo com levantamento da T1International, 25% dos diabéticos racionam o medicamento. No entanto, o estudo não aponta relação entre essa taxa e o número de mortes. O estudo cita que a prática do racionamento é arriscada para pacientes da diabetes tipo 1, mas sem fazer qualquer citação a porcentagem de mortes.

Estudo T1International

O valor de dez mililitros de insulina citado na publicação está dentro da faixa de alguns dos medicamentos listados pela GoodRx. Os preços variam entre US$ 107 e US$ 1,1 mil, com média de aproximadamente US$ 402.

As comparações entre os sistemas de saúde do Brasil e dos Estados Unidos viraram assunto frequente nas redes sociais após um decreto polêmico de Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente autorizou estudos que abriam caminho para a privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Depois de forte reação negativa, já que a medida foi vista como o início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o governo revogou o decreto.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Uma postagem compartilhada no Facebook exagera ao afirmar que um curativo na rede privada de saúde dos Estados Unidos custa R$ 2 mil reais. O post se refere a um episódio que ocorreu 2016, em Connecticut, quando um hospital cobrou US$ 629 (cerca de R$ 2 mil, na conversão da época) para lavar um ferimento e colocar o curativo no dedo de uma criança de um ano. A unidade esclareceu, porém, que apenas US$ 7 eram referentes ao curativo.

No episódio do curativo, o hospital esclareceu que a parte majoritária (US$ 622) do valor cobrado representava uma taxa básica que incluía a recepção, o atendimento e a consulta. O diretor da unidade alegou que se trata do valor mínimo de atendimento.

A publicação, com mais de 1,5 mil compartilhamentos no Facebook, diz o seguinte: "'Ah, mas se privatizar o SUS melhora o serviço'. Sabe onde o serviço é privatizado? Nos EUA. Sabe o que acontece? 370 dólares (R$ 2.109) DEZ ML de insulina. 1 em cada 4 diabéticos raciona insulina e morre. R$ 2 MIL um band-aid".

Valor do band-aid citado, na verdade, foi de um atendimento em hospital dos EUA. Foto: Reprodução

De fato, existe um racionamento de insulina nos Estados Unidos e, de acordo com levantamento da T1International, 25% dos diabéticos racionam o medicamento. No entanto, o estudo não aponta relação entre essa taxa e o número de mortes. O estudo cita que a prática do racionamento é arriscada para pacientes da diabetes tipo 1, mas sem fazer qualquer citação a porcentagem de mortes.

Estudo T1International

O valor de dez mililitros de insulina citado na publicação está dentro da faixa de alguns dos medicamentos listados pela GoodRx. Os preços variam entre US$ 107 e US$ 1,1 mil, com média de aproximadamente US$ 402.

As comparações entre os sistemas de saúde do Brasil e dos Estados Unidos viraram assunto frequente nas redes sociais após um decreto polêmico de Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente autorizou estudos que abriam caminho para a privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Depois de forte reação negativa, já que a medida foi vista como o início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o governo revogou o decreto.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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