Cabul ou Rio?


Por adrianacarranca

Não eram exatamente estas fotos que eu gostaria de usar, mas não encontrei as originais. Estavam em um dos jornais que eu li nas últimas duas semanas, sob o título "O jogo dos Sete Erros", só não me lembro qual foi (eu estava em férias, afinal). O fato é que existem outras semelhanças entre o Afeganistão e o Rio, que não somente o uniforme paramentado dos oficiais.

Uma delas está na estratégia de combate das polícias do Rio e dos soldados da Otan no Afeganistão, responsável na visão de muitos especialistas pelo fracasso das forças de segurança tanto lá quanto aqui. O presidente Barack Obama já percebeu o erro e conferiu a nova estratégia militar no Afeganistão ao general Stanley McChrystal. O militar moderado confia mais no trabalho de inteligência e na interação com os afegãos para o sucesso da empreitada americana no país do que nas ofensivas que matam milhares de civis inocentes, minam a credibilidade dos militares e jogam muitos para o lado dos Taleban.

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O Rio ainda não enxergou isso, infelizmente, e segue investindo em mega-operações de mesmo efeito: resultam em um número alto de mortes, minam a credibilidade da polícia nas comunidades e jogam muitos jovens para o lado dos traficantes.

Outra semelhança está na ausência de um governo central forte, sem credibilidade junto à maioria. Sandra Carvalho, diretora da Justiça Global, me contava durante um café, sexta-feira, sobre como moradores do Complexo do Alemão vêem as obras do PAC: "Eles acham que o governo federal só está lá para abrir caminho para o 'caveirão' (como é chamado o camburão blindado usado pelo Bope)", diz. Isso porque o Estado quase nunca se faz presente nas favelas, exceto na forma das tais megaoperações policiais e operações de despejo. Ou seja, para o povo, o Estado e a polícia são uma ameaça e não seus aliados.

Oficiais afundados em denúncias de corrupção e de envolvimento com o narcotráfico são outros aspectos de um Estado falido que aproxima realidades tão distintas quanto as do Afeganistão e do Rio.

Não eram exatamente estas fotos que eu gostaria de usar, mas não encontrei as originais. Estavam em um dos jornais que eu li nas últimas duas semanas, sob o título "O jogo dos Sete Erros", só não me lembro qual foi (eu estava em férias, afinal). O fato é que existem outras semelhanças entre o Afeganistão e o Rio, que não somente o uniforme paramentado dos oficiais.

Uma delas está na estratégia de combate das polícias do Rio e dos soldados da Otan no Afeganistão, responsável na visão de muitos especialistas pelo fracasso das forças de segurança tanto lá quanto aqui. O presidente Barack Obama já percebeu o erro e conferiu a nova estratégia militar no Afeganistão ao general Stanley McChrystal. O militar moderado confia mais no trabalho de inteligência e na interação com os afegãos para o sucesso da empreitada americana no país do que nas ofensivas que matam milhares de civis inocentes, minam a credibilidade dos militares e jogam muitos para o lado dos Taleban.

O Rio ainda não enxergou isso, infelizmente, e segue investindo em mega-operações de mesmo efeito: resultam em um número alto de mortes, minam a credibilidade da polícia nas comunidades e jogam muitos jovens para o lado dos traficantes.

Outra semelhança está na ausência de um governo central forte, sem credibilidade junto à maioria. Sandra Carvalho, diretora da Justiça Global, me contava durante um café, sexta-feira, sobre como moradores do Complexo do Alemão vêem as obras do PAC: "Eles acham que o governo federal só está lá para abrir caminho para o 'caveirão' (como é chamado o camburão blindado usado pelo Bope)", diz. Isso porque o Estado quase nunca se faz presente nas favelas, exceto na forma das tais megaoperações policiais e operações de despejo. Ou seja, para o povo, o Estado e a polícia são uma ameaça e não seus aliados.

Oficiais afundados em denúncias de corrupção e de envolvimento com o narcotráfico são outros aspectos de um Estado falido que aproxima realidades tão distintas quanto as do Afeganistão e do Rio.

Não eram exatamente estas fotos que eu gostaria de usar, mas não encontrei as originais. Estavam em um dos jornais que eu li nas últimas duas semanas, sob o título "O jogo dos Sete Erros", só não me lembro qual foi (eu estava em férias, afinal). O fato é que existem outras semelhanças entre o Afeganistão e o Rio, que não somente o uniforme paramentado dos oficiais.

Uma delas está na estratégia de combate das polícias do Rio e dos soldados da Otan no Afeganistão, responsável na visão de muitos especialistas pelo fracasso das forças de segurança tanto lá quanto aqui. O presidente Barack Obama já percebeu o erro e conferiu a nova estratégia militar no Afeganistão ao general Stanley McChrystal. O militar moderado confia mais no trabalho de inteligência e na interação com os afegãos para o sucesso da empreitada americana no país do que nas ofensivas que matam milhares de civis inocentes, minam a credibilidade dos militares e jogam muitos para o lado dos Taleban.

O Rio ainda não enxergou isso, infelizmente, e segue investindo em mega-operações de mesmo efeito: resultam em um número alto de mortes, minam a credibilidade da polícia nas comunidades e jogam muitos jovens para o lado dos traficantes.

Outra semelhança está na ausência de um governo central forte, sem credibilidade junto à maioria. Sandra Carvalho, diretora da Justiça Global, me contava durante um café, sexta-feira, sobre como moradores do Complexo do Alemão vêem as obras do PAC: "Eles acham que o governo federal só está lá para abrir caminho para o 'caveirão' (como é chamado o camburão blindado usado pelo Bope)", diz. Isso porque o Estado quase nunca se faz presente nas favelas, exceto na forma das tais megaoperações policiais e operações de despejo. Ou seja, para o povo, o Estado e a polícia são uma ameaça e não seus aliados.

Oficiais afundados em denúncias de corrupção e de envolvimento com o narcotráfico são outros aspectos de um Estado falido que aproxima realidades tão distintas quanto as do Afeganistão e do Rio.

Não eram exatamente estas fotos que eu gostaria de usar, mas não encontrei as originais. Estavam em um dos jornais que eu li nas últimas duas semanas, sob o título "O jogo dos Sete Erros", só não me lembro qual foi (eu estava em férias, afinal). O fato é que existem outras semelhanças entre o Afeganistão e o Rio, que não somente o uniforme paramentado dos oficiais.

Uma delas está na estratégia de combate das polícias do Rio e dos soldados da Otan no Afeganistão, responsável na visão de muitos especialistas pelo fracasso das forças de segurança tanto lá quanto aqui. O presidente Barack Obama já percebeu o erro e conferiu a nova estratégia militar no Afeganistão ao general Stanley McChrystal. O militar moderado confia mais no trabalho de inteligência e na interação com os afegãos para o sucesso da empreitada americana no país do que nas ofensivas que matam milhares de civis inocentes, minam a credibilidade dos militares e jogam muitos para o lado dos Taleban.

O Rio ainda não enxergou isso, infelizmente, e segue investindo em mega-operações de mesmo efeito: resultam em um número alto de mortes, minam a credibilidade da polícia nas comunidades e jogam muitos jovens para o lado dos traficantes.

Outra semelhança está na ausência de um governo central forte, sem credibilidade junto à maioria. Sandra Carvalho, diretora da Justiça Global, me contava durante um café, sexta-feira, sobre como moradores do Complexo do Alemão vêem as obras do PAC: "Eles acham que o governo federal só está lá para abrir caminho para o 'caveirão' (como é chamado o camburão blindado usado pelo Bope)", diz. Isso porque o Estado quase nunca se faz presente nas favelas, exceto na forma das tais megaoperações policiais e operações de despejo. Ou seja, para o povo, o Estado e a polícia são uma ameaça e não seus aliados.

Oficiais afundados em denúncias de corrupção e de envolvimento com o narcotráfico são outros aspectos de um Estado falido que aproxima realidades tão distintas quanto as do Afeganistão e do Rio.

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