Alemanha endurece condições para reagrupamento familiar de imigrantes


Medida que permitia aos imigrantes que se beneficiarem da 'proteção subsidiária' trazer sua família para o país será suspensa por dois anos; centro de imigrantes no sul é atacado com granada

Atualização:

BERLIM - A Alemanha vai endurecer as condições para reagrupamento familiar, suspendendo, especialmente durante dois anos, a possibilidade de que determinados imigrantes levem sua família para o país anunciou o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, na noite de quinta-feira, 28.

Os imigrantes que se beneficiarem da "proteção subsidiária" não terão direito, "durante dois anos", a reunir sua família na Alemanha, afirmou Gabriel, que também acumula o cargo de ministro da Economia e é líder do Partido Social-Democrata (SPD), ao final da reunião com a chanceler Angela Merkel, da União Democrata-Cristã (CDU), e com o bávaro Horst Seehofer, da União Social Cristã (CSU).

A chanceler alemã, Angela Merkel, anuncia a suspensão por dois anos da medida que permitia a imigrantes reunir sua família na Alemanha Foto: REUTERS/Fabrizio Bensch
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A "proteção subsidiária" é uma figura jurídica abaixo do "status" de refugiado, que permite obter uma autorização de residência durante três anos e reunir a família. Destina-se aos imigrantes que tiveram seu pedido de asilo rejeitado, mas que não podem ser expulsos do país.

Essa medida também afetará uma parte dos sírios que, durante muito tempo, beneficiaram-se de um direito de asilo quase automático. Desde 1º de janeiro, porém, Berlim retomou a análise individual dos pedidos para todos os imigrantes.

A restrição do reagrupamento familiar era uma das principais divergências na coalizão governamental. E, chegou-se finalmente a um acordo, na noite de quinta. CDU e CSU queriam reduzi-lo drasticamente, medida rejeitada pelo SPD.

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Além da entrada de Argélia, Marrocos e Tunísia na lista de países de origem "segura", o que limitará de maneira drástica a possibilidade de que cidadãos desses países obtenham asilo, os partidos da coalizão do governo defenderam priorizar o reagrupamento familiar para os futuros refugiados procedentes de "Turquia, Líbano, ou Jordânia", explicou Gabriel.

"Hoje é um bom dia, já que implantamos essas medidas", declarou Merkel, depois da reunião com os líderes dos Estados regionais alemães.

O acordo foi rejeitado por uma importante associação de ajuda aos refugiados alemã, a Pro Asyl, e considerado uma "amarga" decisão. 

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Ataque. Uma granada de mão foi lançada contra um centro de amparo a refugiados na madrugada desta sexta-feira, 29, na cidade alemã de Villingen-Schwenningen, no sul do país, sem deixar feridos, informou a polícia.

A granada foi lançada às 1h15 (22h15, de quinta-feira em Brasília) no centro de amparo, mas embora estivesse desbloqueada, não explodiu. A bomba foi descoberta por um guarda de segurança que alertou as autoridades. A polícia isolou a zona e a granada foi detonada de forma controlada.

Segundo as forças de segurança, trata-se do primeiro ataque destas características nesta cidade de pouco mais de 80 mil moradores no Estado federado de Baden-Württemberg.

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Agentes da unidade especial que assumiu o caso buscam agora possíveis provas nas imediações do fato. No centro de amparo de refugiados, em um antigo quartel, estão hospedadas atualmente cerca de 170 pessoas.

Segundo dados do Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA), a Alemanha registrou em 2015 um total de 163 ataques violentos contra albergues de refugiados no país, quase seis vezes mais que no ano anterior. / AFP e EFE

BERLIM - A Alemanha vai endurecer as condições para reagrupamento familiar, suspendendo, especialmente durante dois anos, a possibilidade de que determinados imigrantes levem sua família para o país anunciou o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, na noite de quinta-feira, 28.

Os imigrantes que se beneficiarem da "proteção subsidiária" não terão direito, "durante dois anos", a reunir sua família na Alemanha, afirmou Gabriel, que também acumula o cargo de ministro da Economia e é líder do Partido Social-Democrata (SPD), ao final da reunião com a chanceler Angela Merkel, da União Democrata-Cristã (CDU), e com o bávaro Horst Seehofer, da União Social Cristã (CSU).

A chanceler alemã, Angela Merkel, anuncia a suspensão por dois anos da medida que permitia a imigrantes reunir sua família na Alemanha Foto: REUTERS/Fabrizio Bensch

A "proteção subsidiária" é uma figura jurídica abaixo do "status" de refugiado, que permite obter uma autorização de residência durante três anos e reunir a família. Destina-se aos imigrantes que tiveram seu pedido de asilo rejeitado, mas que não podem ser expulsos do país.

Essa medida também afetará uma parte dos sírios que, durante muito tempo, beneficiaram-se de um direito de asilo quase automático. Desde 1º de janeiro, porém, Berlim retomou a análise individual dos pedidos para todos os imigrantes.

A restrição do reagrupamento familiar era uma das principais divergências na coalizão governamental. E, chegou-se finalmente a um acordo, na noite de quinta. CDU e CSU queriam reduzi-lo drasticamente, medida rejeitada pelo SPD.

Além da entrada de Argélia, Marrocos e Tunísia na lista de países de origem "segura", o que limitará de maneira drástica a possibilidade de que cidadãos desses países obtenham asilo, os partidos da coalizão do governo defenderam priorizar o reagrupamento familiar para os futuros refugiados procedentes de "Turquia, Líbano, ou Jordânia", explicou Gabriel.

"Hoje é um bom dia, já que implantamos essas medidas", declarou Merkel, depois da reunião com os líderes dos Estados regionais alemães.

O acordo foi rejeitado por uma importante associação de ajuda aos refugiados alemã, a Pro Asyl, e considerado uma "amarga" decisão. 

Ataque. Uma granada de mão foi lançada contra um centro de amparo a refugiados na madrugada desta sexta-feira, 29, na cidade alemã de Villingen-Schwenningen, no sul do país, sem deixar feridos, informou a polícia.

A granada foi lançada às 1h15 (22h15, de quinta-feira em Brasília) no centro de amparo, mas embora estivesse desbloqueada, não explodiu. A bomba foi descoberta por um guarda de segurança que alertou as autoridades. A polícia isolou a zona e a granada foi detonada de forma controlada.

Segundo as forças de segurança, trata-se do primeiro ataque destas características nesta cidade de pouco mais de 80 mil moradores no Estado federado de Baden-Württemberg.

Agentes da unidade especial que assumiu o caso buscam agora possíveis provas nas imediações do fato. No centro de amparo de refugiados, em um antigo quartel, estão hospedadas atualmente cerca de 170 pessoas.

Segundo dados do Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA), a Alemanha registrou em 2015 um total de 163 ataques violentos contra albergues de refugiados no país, quase seis vezes mais que no ano anterior. / AFP e EFE

BERLIM - A Alemanha vai endurecer as condições para reagrupamento familiar, suspendendo, especialmente durante dois anos, a possibilidade de que determinados imigrantes levem sua família para o país anunciou o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, na noite de quinta-feira, 28.

Os imigrantes que se beneficiarem da "proteção subsidiária" não terão direito, "durante dois anos", a reunir sua família na Alemanha, afirmou Gabriel, que também acumula o cargo de ministro da Economia e é líder do Partido Social-Democrata (SPD), ao final da reunião com a chanceler Angela Merkel, da União Democrata-Cristã (CDU), e com o bávaro Horst Seehofer, da União Social Cristã (CSU).

A chanceler alemã, Angela Merkel, anuncia a suspensão por dois anos da medida que permitia a imigrantes reunir sua família na Alemanha Foto: REUTERS/Fabrizio Bensch

A "proteção subsidiária" é uma figura jurídica abaixo do "status" de refugiado, que permite obter uma autorização de residência durante três anos e reunir a família. Destina-se aos imigrantes que tiveram seu pedido de asilo rejeitado, mas que não podem ser expulsos do país.

Essa medida também afetará uma parte dos sírios que, durante muito tempo, beneficiaram-se de um direito de asilo quase automático. Desde 1º de janeiro, porém, Berlim retomou a análise individual dos pedidos para todos os imigrantes.

A restrição do reagrupamento familiar era uma das principais divergências na coalizão governamental. E, chegou-se finalmente a um acordo, na noite de quinta. CDU e CSU queriam reduzi-lo drasticamente, medida rejeitada pelo SPD.

Além da entrada de Argélia, Marrocos e Tunísia na lista de países de origem "segura", o que limitará de maneira drástica a possibilidade de que cidadãos desses países obtenham asilo, os partidos da coalizão do governo defenderam priorizar o reagrupamento familiar para os futuros refugiados procedentes de "Turquia, Líbano, ou Jordânia", explicou Gabriel.

"Hoje é um bom dia, já que implantamos essas medidas", declarou Merkel, depois da reunião com os líderes dos Estados regionais alemães.

O acordo foi rejeitado por uma importante associação de ajuda aos refugiados alemã, a Pro Asyl, e considerado uma "amarga" decisão. 

Ataque. Uma granada de mão foi lançada contra um centro de amparo a refugiados na madrugada desta sexta-feira, 29, na cidade alemã de Villingen-Schwenningen, no sul do país, sem deixar feridos, informou a polícia.

A granada foi lançada às 1h15 (22h15, de quinta-feira em Brasília) no centro de amparo, mas embora estivesse desbloqueada, não explodiu. A bomba foi descoberta por um guarda de segurança que alertou as autoridades. A polícia isolou a zona e a granada foi detonada de forma controlada.

Segundo as forças de segurança, trata-se do primeiro ataque destas características nesta cidade de pouco mais de 80 mil moradores no Estado federado de Baden-Württemberg.

Agentes da unidade especial que assumiu o caso buscam agora possíveis provas nas imediações do fato. No centro de amparo de refugiados, em um antigo quartel, estão hospedadas atualmente cerca de 170 pessoas.

Segundo dados do Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA), a Alemanha registrou em 2015 um total de 163 ataques violentos contra albergues de refugiados no país, quase seis vezes mais que no ano anterior. / AFP e EFE

BERLIM - A Alemanha vai endurecer as condições para reagrupamento familiar, suspendendo, especialmente durante dois anos, a possibilidade de que determinados imigrantes levem sua família para o país anunciou o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, na noite de quinta-feira, 28.

Os imigrantes que se beneficiarem da "proteção subsidiária" não terão direito, "durante dois anos", a reunir sua família na Alemanha, afirmou Gabriel, que também acumula o cargo de ministro da Economia e é líder do Partido Social-Democrata (SPD), ao final da reunião com a chanceler Angela Merkel, da União Democrata-Cristã (CDU), e com o bávaro Horst Seehofer, da União Social Cristã (CSU).

A chanceler alemã, Angela Merkel, anuncia a suspensão por dois anos da medida que permitia a imigrantes reunir sua família na Alemanha Foto: REUTERS/Fabrizio Bensch

A "proteção subsidiária" é uma figura jurídica abaixo do "status" de refugiado, que permite obter uma autorização de residência durante três anos e reunir a família. Destina-se aos imigrantes que tiveram seu pedido de asilo rejeitado, mas que não podem ser expulsos do país.

Essa medida também afetará uma parte dos sírios que, durante muito tempo, beneficiaram-se de um direito de asilo quase automático. Desde 1º de janeiro, porém, Berlim retomou a análise individual dos pedidos para todos os imigrantes.

A restrição do reagrupamento familiar era uma das principais divergências na coalizão governamental. E, chegou-se finalmente a um acordo, na noite de quinta. CDU e CSU queriam reduzi-lo drasticamente, medida rejeitada pelo SPD.

Além da entrada de Argélia, Marrocos e Tunísia na lista de países de origem "segura", o que limitará de maneira drástica a possibilidade de que cidadãos desses países obtenham asilo, os partidos da coalizão do governo defenderam priorizar o reagrupamento familiar para os futuros refugiados procedentes de "Turquia, Líbano, ou Jordânia", explicou Gabriel.

"Hoje é um bom dia, já que implantamos essas medidas", declarou Merkel, depois da reunião com os líderes dos Estados regionais alemães.

O acordo foi rejeitado por uma importante associação de ajuda aos refugiados alemã, a Pro Asyl, e considerado uma "amarga" decisão. 

Ataque. Uma granada de mão foi lançada contra um centro de amparo a refugiados na madrugada desta sexta-feira, 29, na cidade alemã de Villingen-Schwenningen, no sul do país, sem deixar feridos, informou a polícia.

A granada foi lançada às 1h15 (22h15, de quinta-feira em Brasília) no centro de amparo, mas embora estivesse desbloqueada, não explodiu. A bomba foi descoberta por um guarda de segurança que alertou as autoridades. A polícia isolou a zona e a granada foi detonada de forma controlada.

Segundo as forças de segurança, trata-se do primeiro ataque destas características nesta cidade de pouco mais de 80 mil moradores no Estado federado de Baden-Württemberg.

Agentes da unidade especial que assumiu o caso buscam agora possíveis provas nas imediações do fato. No centro de amparo de refugiados, em um antigo quartel, estão hospedadas atualmente cerca de 170 pessoas.

Segundo dados do Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA), a Alemanha registrou em 2015 um total de 163 ataques violentos contra albergues de refugiados no país, quase seis vezes mais que no ano anterior. / AFP e EFE

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