Comparação entre Iraque e Vietnã permite diferentes interpretações


Bush evoca Vietnã para alertar sobre conseqüências de retirada do Iraque.

Por Matthew Davis

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, evocou a "tragédia do Vietnã" para alertar sobre as conseqüências de uma retirada apressada das tropas americanas do Iraque. Suas declarações deverão gerar um grande debate sobre as semelhanças entre os dois conflitos. Mas está claro que as diferenças são muitas. No auge dos oito anos de envolvimento militar americano no Vietnã, mais de meio milhão de soldados americanos estavam no país, lutando contra o Norte comunista. Quando o último soldado americano deixou o Vietnã, em 1973, o conflito havia custado aos Estados Unidos mais de 58 mil vidas. Cerca de 4 milhões de civis vietnamitas foram mortos. O conflito causou muita divisão nos Estados Unidos. A retirada foi humilhante. O Vietnã é até hoje um tema complexo e doloroso para milhões de americanos. O comprometimento dos Estados Unidos no Iraque é bem menor (cerca de 160 mil soldados) e houve menos baixas entre as tropas (cerca de 3,7 mil americanos mortos). O objetivo é partir de cabeça erguida bem mais cedo. Mas, apesar de a dimensão da Guerra do Vietnã poder fazer o conflito no Iraque parecer pequeno, o presidente Bush afirma que há uma semelhança de "significado especial", no momento em que líderes americanos enfrentam novamente crescente pressão para uma rápida retirada de uma guerra muito impopular. Bush afirma que o "legado inegável do Vietnã é o de que o preço pela retirada dos Estados Unidos foi pago por milhões de cidadãos inocentes, cuja agonia iria acrescentar ao nosso vocabulário novos termos como ''boat people'' (como foram chamados os milhares de vietnamitas que fugiram do país, de barco, depois da retirada americana), campos de reeducação e ''killing fields'' (campos de extermínio, comuns no regime do Khmer Vermelho, no Camboja, a partir de 1975)". O presidente está evocando páginas sombrias dos livros de história para alertar sobre as conseqüências de sair do Iraque muito cedo. Dois anos depois da retirada americana, os vietnamitas do Norte lançaram uma grande invasão ao Sul, que antes tinha o apoio militar americano. O Sul logo se rendeu. Depois da invasão, milhares de vietnamitas do Sul foram aprisionados em "campos de reeducação". Dezenas de milhares morreram. Mais de 2 milhões de pessoas fugiram do Vietnã. O sofrimento dessas pessoas, as chamadas "boat people", tornou-se uma crise humanitária internacional. No vizinho Camboja, no brutal regime do Khmer Vermelho, comandado por Pol Pot, mais de 1 milhão de pessoas, acusadas de crimes contra o governo, foram mortas nos campos de extermínio mencionados pelo presidente Bush em seu discurso. A ligação feita por Bush entre a retirada americana do Sudeste Asiático e a ascensão do Khmer Vermelho deverá provocar um acalorado debate. Alguns historiadores afirmam que Pol Pot jamais teria chegado ao poder sem a desestabilização econômica e militar provocada pelos Estados Unidos no Camboja. Mas o ponto defendido pelo presidente Bush é que a luta dos Estados Unidos naquela época - e também agora, na chamada guerra contra o terror - não mudou e que a retirada traria caos semelhante ao povo do Iraque e significaria um golpe semelhante à credibilidade dos Estados Unidos. "Há muitas diferenças entre as guerras que nós lutamos no Extremo Oriente e a guerra ao terror na qual estamos lutando agora", disse Bush. "Mas uma semelhança importante é que, em sua essência, elas são todas lutas ideológicas." Críticos da maneira como Bush lida com a guerra no Iraque também evocaram a experiência americana no Vietnã. Mas esses críticos se concentraram em outros temas, afirmando que a escalada militar dos Estados Unidos no Iraque só vai piorar a situação. O analista James Denselow, do King´s College de Londres, que é especialista em Iraque, disse à BBC que as declarações de Bush parecem ser uma última cartada para se antecipar ao lobby contra a guerra e justificar a permanência americana no país. "Esta é uma questão de como os Estados Unidos vão à guerra e de como saem dela. É raro um líder de uma democracia levar um país à guerra, e também tirá-lo de lá." Segundo Denselow, a situação no Iraque é mais heterogênea que a do Vietnã. No Iraque, de acordo com o analista, há a divisão sectária, mas não da mesma maneira que o Vietnã era dividido, entre Norte e Sul, quando os Estados Unidos chegaram ao país asiático. A luta no Iraque também é menos convencional, segundo Denselow, e a situação de segurança em Bagdá "já é pior". Analistas afirmam que a retirada americana do Iraque deve afetar os países vizinhos. Já há um grande êxodo de refugiados iraquianos para os países vizinhos. E, segundo eles, já há caos no Iraque, apesar de a situação ainda poder piorar. A comparação com o Vietnã vinha sendo rejeitada até agora. Mas essa comparação vem sendo feita cada vez com maior freqüência tanto por opositores quando por aqueles que apóiam a guerra no Iraque. A batalha agora parece ser sobre quem decide os pontos de comparação e que lições escolhe tirar deles. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, evocou a "tragédia do Vietnã" para alertar sobre as conseqüências de uma retirada apressada das tropas americanas do Iraque. Suas declarações deverão gerar um grande debate sobre as semelhanças entre os dois conflitos. Mas está claro que as diferenças são muitas. No auge dos oito anos de envolvimento militar americano no Vietnã, mais de meio milhão de soldados americanos estavam no país, lutando contra o Norte comunista. Quando o último soldado americano deixou o Vietnã, em 1973, o conflito havia custado aos Estados Unidos mais de 58 mil vidas. Cerca de 4 milhões de civis vietnamitas foram mortos. O conflito causou muita divisão nos Estados Unidos. A retirada foi humilhante. O Vietnã é até hoje um tema complexo e doloroso para milhões de americanos. O comprometimento dos Estados Unidos no Iraque é bem menor (cerca de 160 mil soldados) e houve menos baixas entre as tropas (cerca de 3,7 mil americanos mortos). O objetivo é partir de cabeça erguida bem mais cedo. Mas, apesar de a dimensão da Guerra do Vietnã poder fazer o conflito no Iraque parecer pequeno, o presidente Bush afirma que há uma semelhança de "significado especial", no momento em que líderes americanos enfrentam novamente crescente pressão para uma rápida retirada de uma guerra muito impopular. Bush afirma que o "legado inegável do Vietnã é o de que o preço pela retirada dos Estados Unidos foi pago por milhões de cidadãos inocentes, cuja agonia iria acrescentar ao nosso vocabulário novos termos como ''boat people'' (como foram chamados os milhares de vietnamitas que fugiram do país, de barco, depois da retirada americana), campos de reeducação e ''killing fields'' (campos de extermínio, comuns no regime do Khmer Vermelho, no Camboja, a partir de 1975)". O presidente está evocando páginas sombrias dos livros de história para alertar sobre as conseqüências de sair do Iraque muito cedo. Dois anos depois da retirada americana, os vietnamitas do Norte lançaram uma grande invasão ao Sul, que antes tinha o apoio militar americano. O Sul logo se rendeu. Depois da invasão, milhares de vietnamitas do Sul foram aprisionados em "campos de reeducação". Dezenas de milhares morreram. Mais de 2 milhões de pessoas fugiram do Vietnã. O sofrimento dessas pessoas, as chamadas "boat people", tornou-se uma crise humanitária internacional. No vizinho Camboja, no brutal regime do Khmer Vermelho, comandado por Pol Pot, mais de 1 milhão de pessoas, acusadas de crimes contra o governo, foram mortas nos campos de extermínio mencionados pelo presidente Bush em seu discurso. A ligação feita por Bush entre a retirada americana do Sudeste Asiático e a ascensão do Khmer Vermelho deverá provocar um acalorado debate. Alguns historiadores afirmam que Pol Pot jamais teria chegado ao poder sem a desestabilização econômica e militar provocada pelos Estados Unidos no Camboja. Mas o ponto defendido pelo presidente Bush é que a luta dos Estados Unidos naquela época - e também agora, na chamada guerra contra o terror - não mudou e que a retirada traria caos semelhante ao povo do Iraque e significaria um golpe semelhante à credibilidade dos Estados Unidos. "Há muitas diferenças entre as guerras que nós lutamos no Extremo Oriente e a guerra ao terror na qual estamos lutando agora", disse Bush. "Mas uma semelhança importante é que, em sua essência, elas são todas lutas ideológicas." Críticos da maneira como Bush lida com a guerra no Iraque também evocaram a experiência americana no Vietnã. Mas esses críticos se concentraram em outros temas, afirmando que a escalada militar dos Estados Unidos no Iraque só vai piorar a situação. O analista James Denselow, do King´s College de Londres, que é especialista em Iraque, disse à BBC que as declarações de Bush parecem ser uma última cartada para se antecipar ao lobby contra a guerra e justificar a permanência americana no país. "Esta é uma questão de como os Estados Unidos vão à guerra e de como saem dela. É raro um líder de uma democracia levar um país à guerra, e também tirá-lo de lá." Segundo Denselow, a situação no Iraque é mais heterogênea que a do Vietnã. No Iraque, de acordo com o analista, há a divisão sectária, mas não da mesma maneira que o Vietnã era dividido, entre Norte e Sul, quando os Estados Unidos chegaram ao país asiático. A luta no Iraque também é menos convencional, segundo Denselow, e a situação de segurança em Bagdá "já é pior". Analistas afirmam que a retirada americana do Iraque deve afetar os países vizinhos. Já há um grande êxodo de refugiados iraquianos para os países vizinhos. E, segundo eles, já há caos no Iraque, apesar de a situação ainda poder piorar. A comparação com o Vietnã vinha sendo rejeitada até agora. Mas essa comparação vem sendo feita cada vez com maior freqüência tanto por opositores quando por aqueles que apóiam a guerra no Iraque. A batalha agora parece ser sobre quem decide os pontos de comparação e que lições escolhe tirar deles. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, evocou a "tragédia do Vietnã" para alertar sobre as conseqüências de uma retirada apressada das tropas americanas do Iraque. Suas declarações deverão gerar um grande debate sobre as semelhanças entre os dois conflitos. Mas está claro que as diferenças são muitas. No auge dos oito anos de envolvimento militar americano no Vietnã, mais de meio milhão de soldados americanos estavam no país, lutando contra o Norte comunista. Quando o último soldado americano deixou o Vietnã, em 1973, o conflito havia custado aos Estados Unidos mais de 58 mil vidas. Cerca de 4 milhões de civis vietnamitas foram mortos. O conflito causou muita divisão nos Estados Unidos. A retirada foi humilhante. O Vietnã é até hoje um tema complexo e doloroso para milhões de americanos. O comprometimento dos Estados Unidos no Iraque é bem menor (cerca de 160 mil soldados) e houve menos baixas entre as tropas (cerca de 3,7 mil americanos mortos). O objetivo é partir de cabeça erguida bem mais cedo. Mas, apesar de a dimensão da Guerra do Vietnã poder fazer o conflito no Iraque parecer pequeno, o presidente Bush afirma que há uma semelhança de "significado especial", no momento em que líderes americanos enfrentam novamente crescente pressão para uma rápida retirada de uma guerra muito impopular. Bush afirma que o "legado inegável do Vietnã é o de que o preço pela retirada dos Estados Unidos foi pago por milhões de cidadãos inocentes, cuja agonia iria acrescentar ao nosso vocabulário novos termos como ''boat people'' (como foram chamados os milhares de vietnamitas que fugiram do país, de barco, depois da retirada americana), campos de reeducação e ''killing fields'' (campos de extermínio, comuns no regime do Khmer Vermelho, no Camboja, a partir de 1975)". O presidente está evocando páginas sombrias dos livros de história para alertar sobre as conseqüências de sair do Iraque muito cedo. Dois anos depois da retirada americana, os vietnamitas do Norte lançaram uma grande invasão ao Sul, que antes tinha o apoio militar americano. O Sul logo se rendeu. Depois da invasão, milhares de vietnamitas do Sul foram aprisionados em "campos de reeducação". Dezenas de milhares morreram. Mais de 2 milhões de pessoas fugiram do Vietnã. O sofrimento dessas pessoas, as chamadas "boat people", tornou-se uma crise humanitária internacional. No vizinho Camboja, no brutal regime do Khmer Vermelho, comandado por Pol Pot, mais de 1 milhão de pessoas, acusadas de crimes contra o governo, foram mortas nos campos de extermínio mencionados pelo presidente Bush em seu discurso. A ligação feita por Bush entre a retirada americana do Sudeste Asiático e a ascensão do Khmer Vermelho deverá provocar um acalorado debate. Alguns historiadores afirmam que Pol Pot jamais teria chegado ao poder sem a desestabilização econômica e militar provocada pelos Estados Unidos no Camboja. Mas o ponto defendido pelo presidente Bush é que a luta dos Estados Unidos naquela época - e também agora, na chamada guerra contra o terror - não mudou e que a retirada traria caos semelhante ao povo do Iraque e significaria um golpe semelhante à credibilidade dos Estados Unidos. "Há muitas diferenças entre as guerras que nós lutamos no Extremo Oriente e a guerra ao terror na qual estamos lutando agora", disse Bush. "Mas uma semelhança importante é que, em sua essência, elas são todas lutas ideológicas." Críticos da maneira como Bush lida com a guerra no Iraque também evocaram a experiência americana no Vietnã. Mas esses críticos se concentraram em outros temas, afirmando que a escalada militar dos Estados Unidos no Iraque só vai piorar a situação. O analista James Denselow, do King´s College de Londres, que é especialista em Iraque, disse à BBC que as declarações de Bush parecem ser uma última cartada para se antecipar ao lobby contra a guerra e justificar a permanência americana no país. "Esta é uma questão de como os Estados Unidos vão à guerra e de como saem dela. É raro um líder de uma democracia levar um país à guerra, e também tirá-lo de lá." Segundo Denselow, a situação no Iraque é mais heterogênea que a do Vietnã. No Iraque, de acordo com o analista, há a divisão sectária, mas não da mesma maneira que o Vietnã era dividido, entre Norte e Sul, quando os Estados Unidos chegaram ao país asiático. A luta no Iraque também é menos convencional, segundo Denselow, e a situação de segurança em Bagdá "já é pior". Analistas afirmam que a retirada americana do Iraque deve afetar os países vizinhos. Já há um grande êxodo de refugiados iraquianos para os países vizinhos. E, segundo eles, já há caos no Iraque, apesar de a situação ainda poder piorar. A comparação com o Vietnã vinha sendo rejeitada até agora. Mas essa comparação vem sendo feita cada vez com maior freqüência tanto por opositores quando por aqueles que apóiam a guerra no Iraque. A batalha agora parece ser sobre quem decide os pontos de comparação e que lições escolhe tirar deles. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, evocou a "tragédia do Vietnã" para alertar sobre as conseqüências de uma retirada apressada das tropas americanas do Iraque. Suas declarações deverão gerar um grande debate sobre as semelhanças entre os dois conflitos. Mas está claro que as diferenças são muitas. No auge dos oito anos de envolvimento militar americano no Vietnã, mais de meio milhão de soldados americanos estavam no país, lutando contra o Norte comunista. Quando o último soldado americano deixou o Vietnã, em 1973, o conflito havia custado aos Estados Unidos mais de 58 mil vidas. Cerca de 4 milhões de civis vietnamitas foram mortos. O conflito causou muita divisão nos Estados Unidos. A retirada foi humilhante. O Vietnã é até hoje um tema complexo e doloroso para milhões de americanos. O comprometimento dos Estados Unidos no Iraque é bem menor (cerca de 160 mil soldados) e houve menos baixas entre as tropas (cerca de 3,7 mil americanos mortos). O objetivo é partir de cabeça erguida bem mais cedo. Mas, apesar de a dimensão da Guerra do Vietnã poder fazer o conflito no Iraque parecer pequeno, o presidente Bush afirma que há uma semelhança de "significado especial", no momento em que líderes americanos enfrentam novamente crescente pressão para uma rápida retirada de uma guerra muito impopular. Bush afirma que o "legado inegável do Vietnã é o de que o preço pela retirada dos Estados Unidos foi pago por milhões de cidadãos inocentes, cuja agonia iria acrescentar ao nosso vocabulário novos termos como ''boat people'' (como foram chamados os milhares de vietnamitas que fugiram do país, de barco, depois da retirada americana), campos de reeducação e ''killing fields'' (campos de extermínio, comuns no regime do Khmer Vermelho, no Camboja, a partir de 1975)". O presidente está evocando páginas sombrias dos livros de história para alertar sobre as conseqüências de sair do Iraque muito cedo. Dois anos depois da retirada americana, os vietnamitas do Norte lançaram uma grande invasão ao Sul, que antes tinha o apoio militar americano. O Sul logo se rendeu. Depois da invasão, milhares de vietnamitas do Sul foram aprisionados em "campos de reeducação". Dezenas de milhares morreram. Mais de 2 milhões de pessoas fugiram do Vietnã. O sofrimento dessas pessoas, as chamadas "boat people", tornou-se uma crise humanitária internacional. No vizinho Camboja, no brutal regime do Khmer Vermelho, comandado por Pol Pot, mais de 1 milhão de pessoas, acusadas de crimes contra o governo, foram mortas nos campos de extermínio mencionados pelo presidente Bush em seu discurso. A ligação feita por Bush entre a retirada americana do Sudeste Asiático e a ascensão do Khmer Vermelho deverá provocar um acalorado debate. Alguns historiadores afirmam que Pol Pot jamais teria chegado ao poder sem a desestabilização econômica e militar provocada pelos Estados Unidos no Camboja. Mas o ponto defendido pelo presidente Bush é que a luta dos Estados Unidos naquela época - e também agora, na chamada guerra contra o terror - não mudou e que a retirada traria caos semelhante ao povo do Iraque e significaria um golpe semelhante à credibilidade dos Estados Unidos. "Há muitas diferenças entre as guerras que nós lutamos no Extremo Oriente e a guerra ao terror na qual estamos lutando agora", disse Bush. "Mas uma semelhança importante é que, em sua essência, elas são todas lutas ideológicas." Críticos da maneira como Bush lida com a guerra no Iraque também evocaram a experiência americana no Vietnã. Mas esses críticos se concentraram em outros temas, afirmando que a escalada militar dos Estados Unidos no Iraque só vai piorar a situação. O analista James Denselow, do King´s College de Londres, que é especialista em Iraque, disse à BBC que as declarações de Bush parecem ser uma última cartada para se antecipar ao lobby contra a guerra e justificar a permanência americana no país. "Esta é uma questão de como os Estados Unidos vão à guerra e de como saem dela. É raro um líder de uma democracia levar um país à guerra, e também tirá-lo de lá." Segundo Denselow, a situação no Iraque é mais heterogênea que a do Vietnã. No Iraque, de acordo com o analista, há a divisão sectária, mas não da mesma maneira que o Vietnã era dividido, entre Norte e Sul, quando os Estados Unidos chegaram ao país asiático. A luta no Iraque também é menos convencional, segundo Denselow, e a situação de segurança em Bagdá "já é pior". Analistas afirmam que a retirada americana do Iraque deve afetar os países vizinhos. Já há um grande êxodo de refugiados iraquianos para os países vizinhos. E, segundo eles, já há caos no Iraque, apesar de a situação ainda poder piorar. A comparação com o Vietnã vinha sendo rejeitada até agora. Mas essa comparação vem sendo feita cada vez com maior freqüência tanto por opositores quando por aqueles que apóiam a guerra no Iraque. A batalha agora parece ser sobre quem decide os pontos de comparação e que lições escolhe tirar deles. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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