EUA ordenam extradição de afegão preso em Guantánamo


Preso em 2002, Mohamed Jawad foi torturado por americanos e afegãos; juíza considera prisão ilegal

Por Reuters e Associated Press

A juíza federal americana Ellen Huvelle ordenou nesta segunda-feira, 24, a libertação do afegão Mohamed Jawad, um dos mais jovens prisioneiros da base de Guantánamo. De acordo com Ellen, sua prisão é ilegal e ele deve ser enviado de volta para o Afeganistão em um prazo de três semanas.

 

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A juíza acatou um pedido de habeas corpus dos advogados de Jawad, que argumentaram que o afegão foi preso pelo Exército americano quando tinha apenas 12 anos. Segundo a versão do Pentágono, ele teria 17 anos no momento de sua captura, em 2002 - sua idade correta não pôde ser determinada por ele ter nascido em um campo de refugiados no Paquistão.

 

Jawad é acusado de atirar uma granada contra um veículo ocupado por dois soldados americanos e seu intérprete afegão, em dezembro de 2002 - os três ficaram gravemente feridos. Na prisão, o tratamento que o jovem recebeu foi tão chocante que o tenente-coronel Darrel Vandeveld, oficial condecorado do Exército americano encarregado de comandar o processo, acabou se retirando do caso por estar "escandalizado" com as evidências de torturas sofridas por Jawad.

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Antes de chegar a Guantánamo, Jawad esteve na base americana de Bagram, no Afeganistão. Lá, segundo Vandeveld, ele foi várias vezes esbofeteado no rosto, teve a cabeça coberta com um capuz e foi empurrado de uma escada com o rosto coberto e algemado - mais tarde, dezenas de guardas de Bagram admitiram abusar dos detentos exatamente do modo descrito pelo jovem. A tortura prosseguiu em Guantánamo, onde Jawad, com frequência, era transferido de uma cela para outra - a ideia era impedir que ele dormisse.

 

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Os registros carcerários indicaram que ele foi transferido 112 vezes de uma cela para outra em um período de duas semanas - em média, 8 mudanças por dia durante 14 dias. Em 25 de dezembro de 2003, o jovem tentou se suicidar, batendo sua cabeça repetidas vezes contra a parede da cela.

 

A decisão de Ellen, contudo, não põe fim ao drama de Jawad. O subsecretário de Justiça dos EUA, Ian Gershengorn, disse à juíza que o Departamento de Justiça está realizando uma investigação penal sobre o caso e ainda não decidiu se vai levá-lo ou não a julgamento em um tribunal americano.

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Ellen respondeu, dizendo não ter autoridade para impedir que o governo faça uma acusação formal contra o jovem, mas aconselhou o Departamento de Justiça a pensar nos detalhes do caso, no estado mental de Jawad e no fato de ele estar preso há seis anos e meio. "Depois dessa história horrível, espero que o governo acabe por devolvê-lo a seu país. Já é o suficiente o que foi imposto a esse jovem até agora", disse a juíza.

A juíza federal americana Ellen Huvelle ordenou nesta segunda-feira, 24, a libertação do afegão Mohamed Jawad, um dos mais jovens prisioneiros da base de Guantánamo. De acordo com Ellen, sua prisão é ilegal e ele deve ser enviado de volta para o Afeganistão em um prazo de três semanas.

 

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Jawad é acusado de atirar uma granada contra um veículo ocupado por dois soldados americanos e seu intérprete afegão, em dezembro de 2002 - os três ficaram gravemente feridos. Na prisão, o tratamento que o jovem recebeu foi tão chocante que o tenente-coronel Darrel Vandeveld, oficial condecorado do Exército americano encarregado de comandar o processo, acabou se retirando do caso por estar "escandalizado" com as evidências de torturas sofridas por Jawad.

 

Antes de chegar a Guantánamo, Jawad esteve na base americana de Bagram, no Afeganistão. Lá, segundo Vandeveld, ele foi várias vezes esbofeteado no rosto, teve a cabeça coberta com um capuz e foi empurrado de uma escada com o rosto coberto e algemado - mais tarde, dezenas de guardas de Bagram admitiram abusar dos detentos exatamente do modo descrito pelo jovem. A tortura prosseguiu em Guantánamo, onde Jawad, com frequência, era transferido de uma cela para outra - a ideia era impedir que ele dormisse.

 

Os registros carcerários indicaram que ele foi transferido 112 vezes de uma cela para outra em um período de duas semanas - em média, 8 mudanças por dia durante 14 dias. Em 25 de dezembro de 2003, o jovem tentou se suicidar, batendo sua cabeça repetidas vezes contra a parede da cela.

 

A decisão de Ellen, contudo, não põe fim ao drama de Jawad. O subsecretário de Justiça dos EUA, Ian Gershengorn, disse à juíza que o Departamento de Justiça está realizando uma investigação penal sobre o caso e ainda não decidiu se vai levá-lo ou não a julgamento em um tribunal americano.

 

Ellen respondeu, dizendo não ter autoridade para impedir que o governo faça uma acusação formal contra o jovem, mas aconselhou o Departamento de Justiça a pensar nos detalhes do caso, no estado mental de Jawad e no fato de ele estar preso há seis anos e meio. "Depois dessa história horrível, espero que o governo acabe por devolvê-lo a seu país. Já é o suficiente o que foi imposto a esse jovem até agora", disse a juíza.

A juíza federal americana Ellen Huvelle ordenou nesta segunda-feira, 24, a libertação do afegão Mohamed Jawad, um dos mais jovens prisioneiros da base de Guantánamo. De acordo com Ellen, sua prisão é ilegal e ele deve ser enviado de volta para o Afeganistão em um prazo de três semanas.

 

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Antes de chegar a Guantánamo, Jawad esteve na base americana de Bagram, no Afeganistão. Lá, segundo Vandeveld, ele foi várias vezes esbofeteado no rosto, teve a cabeça coberta com um capuz e foi empurrado de uma escada com o rosto coberto e algemado - mais tarde, dezenas de guardas de Bagram admitiram abusar dos detentos exatamente do modo descrito pelo jovem. A tortura prosseguiu em Guantánamo, onde Jawad, com frequência, era transferido de uma cela para outra - a ideia era impedir que ele dormisse.

 

Os registros carcerários indicaram que ele foi transferido 112 vezes de uma cela para outra em um período de duas semanas - em média, 8 mudanças por dia durante 14 dias. Em 25 de dezembro de 2003, o jovem tentou se suicidar, batendo sua cabeça repetidas vezes contra a parede da cela.

 

A decisão de Ellen, contudo, não põe fim ao drama de Jawad. O subsecretário de Justiça dos EUA, Ian Gershengorn, disse à juíza que o Departamento de Justiça está realizando uma investigação penal sobre o caso e ainda não decidiu se vai levá-lo ou não a julgamento em um tribunal americano.

 

Ellen respondeu, dizendo não ter autoridade para impedir que o governo faça uma acusação formal contra o jovem, mas aconselhou o Departamento de Justiça a pensar nos detalhes do caso, no estado mental de Jawad e no fato de ele estar preso há seis anos e meio. "Depois dessa história horrível, espero que o governo acabe por devolvê-lo a seu país. Já é o suficiente o que foi imposto a esse jovem até agora", disse a juíza.

A juíza federal americana Ellen Huvelle ordenou nesta segunda-feira, 24, a libertação do afegão Mohamed Jawad, um dos mais jovens prisioneiros da base de Guantánamo. De acordo com Ellen, sua prisão é ilegal e ele deve ser enviado de volta para o Afeganistão em um prazo de três semanas.

 

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Jawad é acusado de atirar uma granada contra um veículo ocupado por dois soldados americanos e seu intérprete afegão, em dezembro de 2002 - os três ficaram gravemente feridos. Na prisão, o tratamento que o jovem recebeu foi tão chocante que o tenente-coronel Darrel Vandeveld, oficial condecorado do Exército americano encarregado de comandar o processo, acabou se retirando do caso por estar "escandalizado" com as evidências de torturas sofridas por Jawad.

 

Antes de chegar a Guantánamo, Jawad esteve na base americana de Bagram, no Afeganistão. Lá, segundo Vandeveld, ele foi várias vezes esbofeteado no rosto, teve a cabeça coberta com um capuz e foi empurrado de uma escada com o rosto coberto e algemado - mais tarde, dezenas de guardas de Bagram admitiram abusar dos detentos exatamente do modo descrito pelo jovem. A tortura prosseguiu em Guantánamo, onde Jawad, com frequência, era transferido de uma cela para outra - a ideia era impedir que ele dormisse.

 

Os registros carcerários indicaram que ele foi transferido 112 vezes de uma cela para outra em um período de duas semanas - em média, 8 mudanças por dia durante 14 dias. Em 25 de dezembro de 2003, o jovem tentou se suicidar, batendo sua cabeça repetidas vezes contra a parede da cela.

 

A decisão de Ellen, contudo, não põe fim ao drama de Jawad. O subsecretário de Justiça dos EUA, Ian Gershengorn, disse à juíza que o Departamento de Justiça está realizando uma investigação penal sobre o caso e ainda não decidiu se vai levá-lo ou não a julgamento em um tribunal americano.

 

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