Boca de urna mostra vitória de Correa no 1º turno no Equador


Pesquisa aponta que presidente teria 56% dos votos, contra 29% do segundo colocado, garantindo a reeleição

O presidente Rafael Correa deve ganhar a reeleição com ampla maioria na eleição deste domingo, 26, no Equador, revelou uma pesquisa preliminar de boca de urna obtida pela Reuters e que está em linha com a tendência apontada por levantamentos realizados nos últimos dias. A pesquisa da empresa Santiago Pérez, contratada pelo governo e por empresas privadas, estimou que 56% dos equatorianos teriam votado em Correa, enquanto que 29% teriam apoiado o ex-presidente Lucio Gutiérrez, o que evitaria um segundo turno. A votação deve terminar às 19 horas (horário de Brasília).

 

Convocada após a aprovação da nova Constituição, a votação renovará todos os cargos eletivos do Equador. Caso ele não consiga a maioria absoluta ou 40% dos votos com uma diferença de 10% sobre o segundo colocado, haverá outra votação em 14 de junho. Mas, no médio e longo prazos, há dúvidas mais significativas por trás da votação que, segundo analistas, definirão o futuro do Equador: Afinal, até onde vai o "socialismo do século 21 equatoriano"? E quanto o projeto de Correa de fato se aproxima do modelo venezuelano? Correa seguiu passos de Chávez na ampliação de seu controle sobre o Estado. Eleito em 2007 (após uma década em que o Equador teve dez presidentes), ele ganhou popularidade com uma fórmula que combina investimentos sociais, nacionalizações e um discurso contra bancos, "oligarquias" e "ameaças à soberania do Equador". "Medidas como decretar a moratória e expulsar a Odebrecht do país agradaram a população", diz Felipe Burbano, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Em 2007, após eleger 70% da Assembleia Constituinte, Correa exigiu o fechamento do Congresso. Em setembro, obteve a aprovação da nova Carta, que permite a reeleição presidencial e a dissolução do Legislativo pelo Executivo. "Como Chávez, Correa rejeita os partidos e prefere um contato direto com a população", diz Burbano. "Após as eleições, será grande a tentação para que ele avance em direção a uma maior concentração de poder e autoritarismo." É claro que em muitos aspectos o líder equatoriano prefere um caminho próprio. Cabe lembrar, por exemplo, que ele criticou o projeto de reeleições indefinidas de Chávez. Também se recusou a aderir formalmente à Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e evita a confrontação com os EUA. Além disso, até por sua formação - economista com estudos nos EUA - , Correa parece mais tolerante à economia de mercado. "Correa não é tão hostil aos empresários, nem motiva tanto a formação de movimentos populares", diz Milton Benítez Torres, da Universidade Católica do Equador. Seja qual for o socialismo do século 21 que Correa quer adotar, as eleições de hoje devem ser um grande impulso. "Só a crise econômica pode desacelerar as mudanças de Correa hoje", prevê Burbano. "Ainda assim, será difícil: a oposição está desarticulada e enquanto não houver alternativas viáveis, ele seguirá avançando."

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(Com Ruth Costas, de O Estado de S. Paulo) var keywords = "";

O presidente Rafael Correa deve ganhar a reeleição com ampla maioria na eleição deste domingo, 26, no Equador, revelou uma pesquisa preliminar de boca de urna obtida pela Reuters e que está em linha com a tendência apontada por levantamentos realizados nos últimos dias. A pesquisa da empresa Santiago Pérez, contratada pelo governo e por empresas privadas, estimou que 56% dos equatorianos teriam votado em Correa, enquanto que 29% teriam apoiado o ex-presidente Lucio Gutiérrez, o que evitaria um segundo turno. A votação deve terminar às 19 horas (horário de Brasília).

 

Convocada após a aprovação da nova Constituição, a votação renovará todos os cargos eletivos do Equador. Caso ele não consiga a maioria absoluta ou 40% dos votos com uma diferença de 10% sobre o segundo colocado, haverá outra votação em 14 de junho. Mas, no médio e longo prazos, há dúvidas mais significativas por trás da votação que, segundo analistas, definirão o futuro do Equador: Afinal, até onde vai o "socialismo do século 21 equatoriano"? E quanto o projeto de Correa de fato se aproxima do modelo venezuelano? Correa seguiu passos de Chávez na ampliação de seu controle sobre o Estado. Eleito em 2007 (após uma década em que o Equador teve dez presidentes), ele ganhou popularidade com uma fórmula que combina investimentos sociais, nacionalizações e um discurso contra bancos, "oligarquias" e "ameaças à soberania do Equador". "Medidas como decretar a moratória e expulsar a Odebrecht do país agradaram a população", diz Felipe Burbano, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Em 2007, após eleger 70% da Assembleia Constituinte, Correa exigiu o fechamento do Congresso. Em setembro, obteve a aprovação da nova Carta, que permite a reeleição presidencial e a dissolução do Legislativo pelo Executivo. "Como Chávez, Correa rejeita os partidos e prefere um contato direto com a população", diz Burbano. "Após as eleições, será grande a tentação para que ele avance em direção a uma maior concentração de poder e autoritarismo." É claro que em muitos aspectos o líder equatoriano prefere um caminho próprio. Cabe lembrar, por exemplo, que ele criticou o projeto de reeleições indefinidas de Chávez. Também se recusou a aderir formalmente à Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e evita a confrontação com os EUA. Além disso, até por sua formação - economista com estudos nos EUA - , Correa parece mais tolerante à economia de mercado. "Correa não é tão hostil aos empresários, nem motiva tanto a formação de movimentos populares", diz Milton Benítez Torres, da Universidade Católica do Equador. Seja qual for o socialismo do século 21 que Correa quer adotar, as eleições de hoje devem ser um grande impulso. "Só a crise econômica pode desacelerar as mudanças de Correa hoje", prevê Burbano. "Ainda assim, será difícil: a oposição está desarticulada e enquanto não houver alternativas viáveis, ele seguirá avançando."

 

(Com Ruth Costas, de O Estado de S. Paulo) var keywords = "";

O presidente Rafael Correa deve ganhar a reeleição com ampla maioria na eleição deste domingo, 26, no Equador, revelou uma pesquisa preliminar de boca de urna obtida pela Reuters e que está em linha com a tendência apontada por levantamentos realizados nos últimos dias. A pesquisa da empresa Santiago Pérez, contratada pelo governo e por empresas privadas, estimou que 56% dos equatorianos teriam votado em Correa, enquanto que 29% teriam apoiado o ex-presidente Lucio Gutiérrez, o que evitaria um segundo turno. A votação deve terminar às 19 horas (horário de Brasília).

 

Convocada após a aprovação da nova Constituição, a votação renovará todos os cargos eletivos do Equador. Caso ele não consiga a maioria absoluta ou 40% dos votos com uma diferença de 10% sobre o segundo colocado, haverá outra votação em 14 de junho. Mas, no médio e longo prazos, há dúvidas mais significativas por trás da votação que, segundo analistas, definirão o futuro do Equador: Afinal, até onde vai o "socialismo do século 21 equatoriano"? E quanto o projeto de Correa de fato se aproxima do modelo venezuelano? Correa seguiu passos de Chávez na ampliação de seu controle sobre o Estado. Eleito em 2007 (após uma década em que o Equador teve dez presidentes), ele ganhou popularidade com uma fórmula que combina investimentos sociais, nacionalizações e um discurso contra bancos, "oligarquias" e "ameaças à soberania do Equador". "Medidas como decretar a moratória e expulsar a Odebrecht do país agradaram a população", diz Felipe Burbano, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Em 2007, após eleger 70% da Assembleia Constituinte, Correa exigiu o fechamento do Congresso. Em setembro, obteve a aprovação da nova Carta, que permite a reeleição presidencial e a dissolução do Legislativo pelo Executivo. "Como Chávez, Correa rejeita os partidos e prefere um contato direto com a população", diz Burbano. "Após as eleições, será grande a tentação para que ele avance em direção a uma maior concentração de poder e autoritarismo." É claro que em muitos aspectos o líder equatoriano prefere um caminho próprio. Cabe lembrar, por exemplo, que ele criticou o projeto de reeleições indefinidas de Chávez. Também se recusou a aderir formalmente à Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e evita a confrontação com os EUA. Além disso, até por sua formação - economista com estudos nos EUA - , Correa parece mais tolerante à economia de mercado. "Correa não é tão hostil aos empresários, nem motiva tanto a formação de movimentos populares", diz Milton Benítez Torres, da Universidade Católica do Equador. Seja qual for o socialismo do século 21 que Correa quer adotar, as eleições de hoje devem ser um grande impulso. "Só a crise econômica pode desacelerar as mudanças de Correa hoje", prevê Burbano. "Ainda assim, será difícil: a oposição está desarticulada e enquanto não houver alternativas viáveis, ele seguirá avançando."

 

(Com Ruth Costas, de O Estado de S. Paulo) var keywords = "";

O presidente Rafael Correa deve ganhar a reeleição com ampla maioria na eleição deste domingo, 26, no Equador, revelou uma pesquisa preliminar de boca de urna obtida pela Reuters e que está em linha com a tendência apontada por levantamentos realizados nos últimos dias. A pesquisa da empresa Santiago Pérez, contratada pelo governo e por empresas privadas, estimou que 56% dos equatorianos teriam votado em Correa, enquanto que 29% teriam apoiado o ex-presidente Lucio Gutiérrez, o que evitaria um segundo turno. A votação deve terminar às 19 horas (horário de Brasília).

 

Convocada após a aprovação da nova Constituição, a votação renovará todos os cargos eletivos do Equador. Caso ele não consiga a maioria absoluta ou 40% dos votos com uma diferença de 10% sobre o segundo colocado, haverá outra votação em 14 de junho. Mas, no médio e longo prazos, há dúvidas mais significativas por trás da votação que, segundo analistas, definirão o futuro do Equador: Afinal, até onde vai o "socialismo do século 21 equatoriano"? E quanto o projeto de Correa de fato se aproxima do modelo venezuelano? Correa seguiu passos de Chávez na ampliação de seu controle sobre o Estado. Eleito em 2007 (após uma década em que o Equador teve dez presidentes), ele ganhou popularidade com uma fórmula que combina investimentos sociais, nacionalizações e um discurso contra bancos, "oligarquias" e "ameaças à soberania do Equador". "Medidas como decretar a moratória e expulsar a Odebrecht do país agradaram a população", diz Felipe Burbano, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Em 2007, após eleger 70% da Assembleia Constituinte, Correa exigiu o fechamento do Congresso. Em setembro, obteve a aprovação da nova Carta, que permite a reeleição presidencial e a dissolução do Legislativo pelo Executivo. "Como Chávez, Correa rejeita os partidos e prefere um contato direto com a população", diz Burbano. "Após as eleições, será grande a tentação para que ele avance em direção a uma maior concentração de poder e autoritarismo." É claro que em muitos aspectos o líder equatoriano prefere um caminho próprio. Cabe lembrar, por exemplo, que ele criticou o projeto de reeleições indefinidas de Chávez. Também se recusou a aderir formalmente à Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e evita a confrontação com os EUA. Além disso, até por sua formação - economista com estudos nos EUA - , Correa parece mais tolerante à economia de mercado. "Correa não é tão hostil aos empresários, nem motiva tanto a formação de movimentos populares", diz Milton Benítez Torres, da Universidade Católica do Equador. Seja qual for o socialismo do século 21 que Correa quer adotar, as eleições de hoje devem ser um grande impulso. "Só a crise econômica pode desacelerar as mudanças de Correa hoje", prevê Burbano. "Ainda assim, será difícil: a oposição está desarticulada e enquanto não houver alternativas viáveis, ele seguirá avançando."

 

(Com Ruth Costas, de O Estado de S. Paulo) var keywords = "";

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