Para analista, câncer de Cristina garante 'novo período de trégua' na Argentina


Cientista vê cair risco de greve geral e aposta que presidente do país ainda centralizará decisões

Por Marina Guimarães e de O Estado de S. Paulo

BUENOS AIRES - A doença da presidente Cristina Kirchner levará a uma nova lua de mel do governo com os mercados e com a população, segundo a cientista política Mariel Formoni, diretora da consultoria Management & Fit. Reeleita com 54% dos votos em outubro, Cristina enfrentou uma corrida dos argentinos aos bancos nas duas semanas seguintes à eleição, o que provocou uma perda de 15% dos depósitos em dólares.

Paralelamente, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Casa Rosada romperam o diálogo e ameaças de um 2012 com conflitos sociais povoam os jornais. Em entrevista ao Estado, a analista afirma que o problema de saúde concederá à presidente um período de trégua.

Qual o significado da doença da presidente Cristina Kirchner para a política argentina?

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Houve muita ênfase no fato de que vários presidentes latino-americanos sofrem, em maior ou menor medida, com câncer. A explicação dada pelo Secretário de Comunicação (Alfredo Scoccimarro) transmitiu tranquilidade para que não se especulasse que há metástase nem nada grave. Os meios de comunicação trataram de ouvir especialistas e pessoas que passaram pelo mesmo problema para mostrar que a doença tem cura. Câncer é uma palavra difícil, mas nesse caso o assunto foi comunicado e tratado de forma objetiva. O anúncio oficial foi uma novidade na comunicação do governo, onde tudo costuma ser tratado de forma hermética e sem tantos detalhes.

Que tipo de impacto político pode haver no país?

A doença vai lhe dar um novo período de lua de mel porque, diante dessa situação, a presidente volta a despertar empatia. Se (Hugo) Moyano (presidente da Confederação Geral do Trabalho, CGT) quiser levar adiante a ideia de uma greve geral ou qualquer outro líder tentar algum tipo de oposição ou pressão contra o governo, ninguém se atreverá a apoiar.

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Então a doença dá à presidente créditos como na morte do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, em outubro de 2010, quando sua aprovação pública disparou?

Exatamente. Assim como ocorreu quando morreu Néstor Kirchner, agora ela cai nas graças, ganha apoio popular e fica protegida.

Cristina poderia ter algum tipo de surpresa com o vice-presidente, Amado Boudou, que assumirá o cargo durante 20 dias?

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O governo de Cristina Kirchner é absolutamente centralizador e o gabinete nomeado para esse segundo mandato mostra que as decisões são tomadas somente por ela. Creio que ela se afastará por alguns dias, mas as decisões vão continuar centralizadas nela. O gabinete é fraco, sem nenhuma figura forte que tome alguma decisão. Creio que Boudou será muito controlado por ela e pelo filho (Máximo Kirchner). A função dele deverá se restringir às questões administrativas e protocolares. A licença médica da presidente seria mais para preservá-la de desgastes com compromissos protocolares, mas ela continuará tomando as decisões. Ela confia em Boudou, mas nem ele nem ninguém no gabinete tem poder político para tomar nenhum tipo de decisão que possa mudar as políticas atuais ou ir contra a presidente. Agora, o período de trégua é para ela. Não para Boudou.

BUENOS AIRES - A doença da presidente Cristina Kirchner levará a uma nova lua de mel do governo com os mercados e com a população, segundo a cientista política Mariel Formoni, diretora da consultoria Management & Fit. Reeleita com 54% dos votos em outubro, Cristina enfrentou uma corrida dos argentinos aos bancos nas duas semanas seguintes à eleição, o que provocou uma perda de 15% dos depósitos em dólares.

Paralelamente, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Casa Rosada romperam o diálogo e ameaças de um 2012 com conflitos sociais povoam os jornais. Em entrevista ao Estado, a analista afirma que o problema de saúde concederá à presidente um período de trégua.

Qual o significado da doença da presidente Cristina Kirchner para a política argentina?

Houve muita ênfase no fato de que vários presidentes latino-americanos sofrem, em maior ou menor medida, com câncer. A explicação dada pelo Secretário de Comunicação (Alfredo Scoccimarro) transmitiu tranquilidade para que não se especulasse que há metástase nem nada grave. Os meios de comunicação trataram de ouvir especialistas e pessoas que passaram pelo mesmo problema para mostrar que a doença tem cura. Câncer é uma palavra difícil, mas nesse caso o assunto foi comunicado e tratado de forma objetiva. O anúncio oficial foi uma novidade na comunicação do governo, onde tudo costuma ser tratado de forma hermética e sem tantos detalhes.

Que tipo de impacto político pode haver no país?

A doença vai lhe dar um novo período de lua de mel porque, diante dessa situação, a presidente volta a despertar empatia. Se (Hugo) Moyano (presidente da Confederação Geral do Trabalho, CGT) quiser levar adiante a ideia de uma greve geral ou qualquer outro líder tentar algum tipo de oposição ou pressão contra o governo, ninguém se atreverá a apoiar.

Então a doença dá à presidente créditos como na morte do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, em outubro de 2010, quando sua aprovação pública disparou?

Exatamente. Assim como ocorreu quando morreu Néstor Kirchner, agora ela cai nas graças, ganha apoio popular e fica protegida.

Cristina poderia ter algum tipo de surpresa com o vice-presidente, Amado Boudou, que assumirá o cargo durante 20 dias?

O governo de Cristina Kirchner é absolutamente centralizador e o gabinete nomeado para esse segundo mandato mostra que as decisões são tomadas somente por ela. Creio que ela se afastará por alguns dias, mas as decisões vão continuar centralizadas nela. O gabinete é fraco, sem nenhuma figura forte que tome alguma decisão. Creio que Boudou será muito controlado por ela e pelo filho (Máximo Kirchner). A função dele deverá se restringir às questões administrativas e protocolares. A licença médica da presidente seria mais para preservá-la de desgastes com compromissos protocolares, mas ela continuará tomando as decisões. Ela confia em Boudou, mas nem ele nem ninguém no gabinete tem poder político para tomar nenhum tipo de decisão que possa mudar as políticas atuais ou ir contra a presidente. Agora, o período de trégua é para ela. Não para Boudou.

BUENOS AIRES - A doença da presidente Cristina Kirchner levará a uma nova lua de mel do governo com os mercados e com a população, segundo a cientista política Mariel Formoni, diretora da consultoria Management & Fit. Reeleita com 54% dos votos em outubro, Cristina enfrentou uma corrida dos argentinos aos bancos nas duas semanas seguintes à eleição, o que provocou uma perda de 15% dos depósitos em dólares.

Paralelamente, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Casa Rosada romperam o diálogo e ameaças de um 2012 com conflitos sociais povoam os jornais. Em entrevista ao Estado, a analista afirma que o problema de saúde concederá à presidente um período de trégua.

Qual o significado da doença da presidente Cristina Kirchner para a política argentina?

Houve muita ênfase no fato de que vários presidentes latino-americanos sofrem, em maior ou menor medida, com câncer. A explicação dada pelo Secretário de Comunicação (Alfredo Scoccimarro) transmitiu tranquilidade para que não se especulasse que há metástase nem nada grave. Os meios de comunicação trataram de ouvir especialistas e pessoas que passaram pelo mesmo problema para mostrar que a doença tem cura. Câncer é uma palavra difícil, mas nesse caso o assunto foi comunicado e tratado de forma objetiva. O anúncio oficial foi uma novidade na comunicação do governo, onde tudo costuma ser tratado de forma hermética e sem tantos detalhes.

Que tipo de impacto político pode haver no país?

A doença vai lhe dar um novo período de lua de mel porque, diante dessa situação, a presidente volta a despertar empatia. Se (Hugo) Moyano (presidente da Confederação Geral do Trabalho, CGT) quiser levar adiante a ideia de uma greve geral ou qualquer outro líder tentar algum tipo de oposição ou pressão contra o governo, ninguém se atreverá a apoiar.

Então a doença dá à presidente créditos como na morte do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, em outubro de 2010, quando sua aprovação pública disparou?

Exatamente. Assim como ocorreu quando morreu Néstor Kirchner, agora ela cai nas graças, ganha apoio popular e fica protegida.

Cristina poderia ter algum tipo de surpresa com o vice-presidente, Amado Boudou, que assumirá o cargo durante 20 dias?

O governo de Cristina Kirchner é absolutamente centralizador e o gabinete nomeado para esse segundo mandato mostra que as decisões são tomadas somente por ela. Creio que ela se afastará por alguns dias, mas as decisões vão continuar centralizadas nela. O gabinete é fraco, sem nenhuma figura forte que tome alguma decisão. Creio que Boudou será muito controlado por ela e pelo filho (Máximo Kirchner). A função dele deverá se restringir às questões administrativas e protocolares. A licença médica da presidente seria mais para preservá-la de desgastes com compromissos protocolares, mas ela continuará tomando as decisões. Ela confia em Boudou, mas nem ele nem ninguém no gabinete tem poder político para tomar nenhum tipo de decisão que possa mudar as políticas atuais ou ir contra a presidente. Agora, o período de trégua é para ela. Não para Boudou.

BUENOS AIRES - A doença da presidente Cristina Kirchner levará a uma nova lua de mel do governo com os mercados e com a população, segundo a cientista política Mariel Formoni, diretora da consultoria Management & Fit. Reeleita com 54% dos votos em outubro, Cristina enfrentou uma corrida dos argentinos aos bancos nas duas semanas seguintes à eleição, o que provocou uma perda de 15% dos depósitos em dólares.

Paralelamente, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Casa Rosada romperam o diálogo e ameaças de um 2012 com conflitos sociais povoam os jornais. Em entrevista ao Estado, a analista afirma que o problema de saúde concederá à presidente um período de trégua.

Qual o significado da doença da presidente Cristina Kirchner para a política argentina?

Houve muita ênfase no fato de que vários presidentes latino-americanos sofrem, em maior ou menor medida, com câncer. A explicação dada pelo Secretário de Comunicação (Alfredo Scoccimarro) transmitiu tranquilidade para que não se especulasse que há metástase nem nada grave. Os meios de comunicação trataram de ouvir especialistas e pessoas que passaram pelo mesmo problema para mostrar que a doença tem cura. Câncer é uma palavra difícil, mas nesse caso o assunto foi comunicado e tratado de forma objetiva. O anúncio oficial foi uma novidade na comunicação do governo, onde tudo costuma ser tratado de forma hermética e sem tantos detalhes.

Que tipo de impacto político pode haver no país?

A doença vai lhe dar um novo período de lua de mel porque, diante dessa situação, a presidente volta a despertar empatia. Se (Hugo) Moyano (presidente da Confederação Geral do Trabalho, CGT) quiser levar adiante a ideia de uma greve geral ou qualquer outro líder tentar algum tipo de oposição ou pressão contra o governo, ninguém se atreverá a apoiar.

Então a doença dá à presidente créditos como na morte do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, em outubro de 2010, quando sua aprovação pública disparou?

Exatamente. Assim como ocorreu quando morreu Néstor Kirchner, agora ela cai nas graças, ganha apoio popular e fica protegida.

Cristina poderia ter algum tipo de surpresa com o vice-presidente, Amado Boudou, que assumirá o cargo durante 20 dias?

O governo de Cristina Kirchner é absolutamente centralizador e o gabinete nomeado para esse segundo mandato mostra que as decisões são tomadas somente por ela. Creio que ela se afastará por alguns dias, mas as decisões vão continuar centralizadas nela. O gabinete é fraco, sem nenhuma figura forte que tome alguma decisão. Creio que Boudou será muito controlado por ela e pelo filho (Máximo Kirchner). A função dele deverá se restringir às questões administrativas e protocolares. A licença médica da presidente seria mais para preservá-la de desgastes com compromissos protocolares, mas ela continuará tomando as decisões. Ela confia em Boudou, mas nem ele nem ninguém no gabinete tem poder político para tomar nenhum tipo de decisão que possa mudar as políticas atuais ou ir contra a presidente. Agora, o período de trégua é para ela. Não para Boudou.

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