O presidente venezuelano Hugo Chávez considerou "natural" a saída do governador Henri Falcon do situacionista Partido Socialista da Venezuela (PSUV), porque o político não concordava mais com a "revolução bolivariana", segundo Chávez.
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"Nós seguiremos aprofundando a revolução no estado (ocidental) de Lara, agora com maior liberdade, porque não fará falta a opinião do governador" Falcón, disse o presidente em uma coletiva de imprensa no palácio de Miraflores.
"A saída da Henri Falcón tem sido e será bom para nós", acrescentou o chefe de Estado.
Após sua saída, o governador ex-chavista se inscreveu no Partido Pátria para Todos (PPT), considerado um aliado do PSUV, e argumentou que abandonou a sigla devido a falta de debate interno "porque o partido ficou sequestrado" e os militantes, "encerrados entre suas paredes".
"Temos que ir com a verdade adiante. Entendemos que o diálogo, o debate e a autocrítica são básicos para a revisão permanente do modelo a construir", acrescentou Falcón, que reconheceu Chávez como "líder indiscutível".
A mudança de partido do governador não altera em princípio a correlação de forças entre a oposição e o chavismo, já que o PPT faz parte do "bloco da mudança" revolucionária.
A diretora do PSUV e presidente da Assembleia Nacional, Cilia Flores, chamou s renúncia de Falcón de "traição", enquanto outros porta-vozes do partido governista falaram de um "congelamento" das relações com o PPT.