Amigos de vítimas fazem vigílias e tentam entender o que ocorreu


Nas proximidades da boate Pulse, grupos de frequentadores avaliam que ataque mudará rotina de clubes LGBT

Por Cláudia Trevisan e ORLANDO

ORLANDO - Como muitos integrantes da comunidade LGBT de Orlando, Janice Rivera, de 24 anos, tentava ontem entender o que ocorreu na madrugada de ontem na Pulse, uma das casas noturnas da cidade que costuma frequentar. A poucos metros do local, ela e cinco amigas lésbicas faziam uma vigília com velas em homenagem às 50 pessoas que morreram e se perguntavam se a ação foi um crime de ódio contra homossexuais, um atentado terrorista ou ambos.

A Pulse é um dos clubes que faz parte do circuito noturno gay de Janice, ao lado do Parliament House e do Revolution. Por acaso, ela não estava lá na noite de sábado, quando a casa promoveu uma festa latina. “Era um lugar para todo mundo – heterossexuais, gays, lésbicas, jovens, velhos. Todo mundo era bem-vindo”, disse ao Estado. “Tudo que tem a ver com destruição em massa é terrorismo. Dessa vez, o alvo foi a nossa comunidade”, observou.

Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA

1 | 23

Ataque em Orlando

Foto: _pixel_trappa
2 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Chris O'Meara
3 | 23

Omar Mateen

Foto: MySpace/Reprodução
4 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Stephen Crowley/The New York Times
5 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M.Ebenhack
6 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo|Phelan M. Ebenhack
7 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
8 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
9 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
10 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
11 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
12 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
13 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
14 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
15 | 23

Ataque em Orlando

Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA
16 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Gerardo Mora/Getty Images/AFP
17 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
18 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Kevin Kolczynski
19 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
20 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
21 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
22 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
23 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
continua após a publicidade

A seu lado, a amiga Neicha Rivera, de 23 anos, interpretava o ataque como um crime de ódio. “Pode ter sido um ataque contra a comunidade LGBT. Muita gente não gosta de nós. Eles nos julgam”, afirmou. 

O porto-riquenho Rafael Martinez tentava encontrar sua amiga mexicana Alicia, uma transexual que se apresentaria no show de drag queens que deveria ocorrer na Pulse na noite de sábado. Quando soube da tragédia, ele tentou falar com ela por telefone, sem sucesso. Ontem, foi a sua casa, mas não a encontrou. Como não é um parente, Martinez não conseguiu entrar nos hospitais onde os 53 feridos estão sendo tratados.

Sem notícias de Alicia, ele decidiu permanecer ao lado de uma das barreiras policiais no local do crime. Ao lado da namorada Antonette Gonzalez, Martinez exibia um cartaz que desenhou com a imagem de Mickey Mouse chorando. “Por que o ódio?”, perguntava Martinez.

continua após a publicidade

Sua namorada disse que morava em Nova York quando ocorreram os atentados do 11 de Setembro, em 2001. “O ataque contra o World Trade Center foi claramente terrorismo. Nós ainda não temos uma resposta completa, mas o que aconteceu aqui me parece mais um crime de ódio, algo pessoal.” 

Seu navegador não suporta esse video.

Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas durante um ataque a uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos. O atirador foi identificado como sendo um cidadão americano de origem afegã.

Tim H., que pediu para não ser identificado pelo sobrenome, disse que o tiroteio foi um “ataque sem sentido” contra a comunidade gay, da qual faz parte. Mas ele também viu a ação de Omar Mateen como um ato de terrorismo contra os Estados Unidos. “Eu temo que outros virão”, afirmou.

continua após a publicidade

Em sua opinião, o atentado mudará a maneira como os clubes LGBT funcionam no país. “A partir de agora, haverá mais segurança.” Para ele, o ataque não seria evitado com regras mais rigorosas sobre a comercialização de armas nos EUA. “O atirador trabalhava como segurança e tinha porte de armas”, observou.

ORLANDO - Como muitos integrantes da comunidade LGBT de Orlando, Janice Rivera, de 24 anos, tentava ontem entender o que ocorreu na madrugada de ontem na Pulse, uma das casas noturnas da cidade que costuma frequentar. A poucos metros do local, ela e cinco amigas lésbicas faziam uma vigília com velas em homenagem às 50 pessoas que morreram e se perguntavam se a ação foi um crime de ódio contra homossexuais, um atentado terrorista ou ambos.

A Pulse é um dos clubes que faz parte do circuito noturno gay de Janice, ao lado do Parliament House e do Revolution. Por acaso, ela não estava lá na noite de sábado, quando a casa promoveu uma festa latina. “Era um lugar para todo mundo – heterossexuais, gays, lésbicas, jovens, velhos. Todo mundo era bem-vindo”, disse ao Estado. “Tudo que tem a ver com destruição em massa é terrorismo. Dessa vez, o alvo foi a nossa comunidade”, observou.

Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA

1 | 23

Ataque em Orlando

Foto: _pixel_trappa
2 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Chris O'Meara
3 | 23

Omar Mateen

Foto: MySpace/Reprodução
4 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Stephen Crowley/The New York Times
5 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M.Ebenhack
6 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo|Phelan M. Ebenhack
7 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
8 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
9 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
10 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
11 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
12 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
13 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
14 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
15 | 23

Ataque em Orlando

Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA
16 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Gerardo Mora/Getty Images/AFP
17 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
18 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Kevin Kolczynski
19 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
20 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
21 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
22 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
23 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP

A seu lado, a amiga Neicha Rivera, de 23 anos, interpretava o ataque como um crime de ódio. “Pode ter sido um ataque contra a comunidade LGBT. Muita gente não gosta de nós. Eles nos julgam”, afirmou. 

O porto-riquenho Rafael Martinez tentava encontrar sua amiga mexicana Alicia, uma transexual que se apresentaria no show de drag queens que deveria ocorrer na Pulse na noite de sábado. Quando soube da tragédia, ele tentou falar com ela por telefone, sem sucesso. Ontem, foi a sua casa, mas não a encontrou. Como não é um parente, Martinez não conseguiu entrar nos hospitais onde os 53 feridos estão sendo tratados.

Sem notícias de Alicia, ele decidiu permanecer ao lado de uma das barreiras policiais no local do crime. Ao lado da namorada Antonette Gonzalez, Martinez exibia um cartaz que desenhou com a imagem de Mickey Mouse chorando. “Por que o ódio?”, perguntava Martinez.

Sua namorada disse que morava em Nova York quando ocorreram os atentados do 11 de Setembro, em 2001. “O ataque contra o World Trade Center foi claramente terrorismo. Nós ainda não temos uma resposta completa, mas o que aconteceu aqui me parece mais um crime de ódio, algo pessoal.” 

Seu navegador não suporta esse video.

Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas durante um ataque a uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos. O atirador foi identificado como sendo um cidadão americano de origem afegã.

Tim H., que pediu para não ser identificado pelo sobrenome, disse que o tiroteio foi um “ataque sem sentido” contra a comunidade gay, da qual faz parte. Mas ele também viu a ação de Omar Mateen como um ato de terrorismo contra os Estados Unidos. “Eu temo que outros virão”, afirmou.

Em sua opinião, o atentado mudará a maneira como os clubes LGBT funcionam no país. “A partir de agora, haverá mais segurança.” Para ele, o ataque não seria evitado com regras mais rigorosas sobre a comercialização de armas nos EUA. “O atirador trabalhava como segurança e tinha porte de armas”, observou.

ORLANDO - Como muitos integrantes da comunidade LGBT de Orlando, Janice Rivera, de 24 anos, tentava ontem entender o que ocorreu na madrugada de ontem na Pulse, uma das casas noturnas da cidade que costuma frequentar. A poucos metros do local, ela e cinco amigas lésbicas faziam uma vigília com velas em homenagem às 50 pessoas que morreram e se perguntavam se a ação foi um crime de ódio contra homossexuais, um atentado terrorista ou ambos.

A Pulse é um dos clubes que faz parte do circuito noturno gay de Janice, ao lado do Parliament House e do Revolution. Por acaso, ela não estava lá na noite de sábado, quando a casa promoveu uma festa latina. “Era um lugar para todo mundo – heterossexuais, gays, lésbicas, jovens, velhos. Todo mundo era bem-vindo”, disse ao Estado. “Tudo que tem a ver com destruição em massa é terrorismo. Dessa vez, o alvo foi a nossa comunidade”, observou.

Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA

1 | 23

Ataque em Orlando

Foto: _pixel_trappa
2 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Chris O'Meara
3 | 23

Omar Mateen

Foto: MySpace/Reprodução
4 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Stephen Crowley/The New York Times
5 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M.Ebenhack
6 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo|Phelan M. Ebenhack
7 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
8 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
9 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
10 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
11 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
12 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
13 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
14 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
15 | 23

Ataque em Orlando

Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA
16 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Gerardo Mora/Getty Images/AFP
17 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
18 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Kevin Kolczynski
19 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
20 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
21 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
22 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
23 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP

A seu lado, a amiga Neicha Rivera, de 23 anos, interpretava o ataque como um crime de ódio. “Pode ter sido um ataque contra a comunidade LGBT. Muita gente não gosta de nós. Eles nos julgam”, afirmou. 

O porto-riquenho Rafael Martinez tentava encontrar sua amiga mexicana Alicia, uma transexual que se apresentaria no show de drag queens que deveria ocorrer na Pulse na noite de sábado. Quando soube da tragédia, ele tentou falar com ela por telefone, sem sucesso. Ontem, foi a sua casa, mas não a encontrou. Como não é um parente, Martinez não conseguiu entrar nos hospitais onde os 53 feridos estão sendo tratados.

Sem notícias de Alicia, ele decidiu permanecer ao lado de uma das barreiras policiais no local do crime. Ao lado da namorada Antonette Gonzalez, Martinez exibia um cartaz que desenhou com a imagem de Mickey Mouse chorando. “Por que o ódio?”, perguntava Martinez.

Sua namorada disse que morava em Nova York quando ocorreram os atentados do 11 de Setembro, em 2001. “O ataque contra o World Trade Center foi claramente terrorismo. Nós ainda não temos uma resposta completa, mas o que aconteceu aqui me parece mais um crime de ódio, algo pessoal.” 

Seu navegador não suporta esse video.

Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas durante um ataque a uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos. O atirador foi identificado como sendo um cidadão americano de origem afegã.

Tim H., que pediu para não ser identificado pelo sobrenome, disse que o tiroteio foi um “ataque sem sentido” contra a comunidade gay, da qual faz parte. Mas ele também viu a ação de Omar Mateen como um ato de terrorismo contra os Estados Unidos. “Eu temo que outros virão”, afirmou.

Em sua opinião, o atentado mudará a maneira como os clubes LGBT funcionam no país. “A partir de agora, haverá mais segurança.” Para ele, o ataque não seria evitado com regras mais rigorosas sobre a comercialização de armas nos EUA. “O atirador trabalhava como segurança e tinha porte de armas”, observou.

ORLANDO - Como muitos integrantes da comunidade LGBT de Orlando, Janice Rivera, de 24 anos, tentava ontem entender o que ocorreu na madrugada de ontem na Pulse, uma das casas noturnas da cidade que costuma frequentar. A poucos metros do local, ela e cinco amigas lésbicas faziam uma vigília com velas em homenagem às 50 pessoas que morreram e se perguntavam se a ação foi um crime de ódio contra homossexuais, um atentado terrorista ou ambos.

A Pulse é um dos clubes que faz parte do circuito noturno gay de Janice, ao lado do Parliament House e do Revolution. Por acaso, ela não estava lá na noite de sábado, quando a casa promoveu uma festa latina. “Era um lugar para todo mundo – heterossexuais, gays, lésbicas, jovens, velhos. Todo mundo era bem-vindo”, disse ao Estado. “Tudo que tem a ver com destruição em massa é terrorismo. Dessa vez, o alvo foi a nossa comunidade”, observou.

Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA

1 | 23

Ataque em Orlando

Foto: _pixel_trappa
2 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Chris O'Meara
3 | 23

Omar Mateen

Foto: MySpace/Reprodução
4 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Stephen Crowley/The New York Times
5 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M.Ebenhack
6 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo|Phelan M. Ebenhack
7 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
8 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
9 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
10 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
11 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
12 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
13 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
14 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
15 | 23

Ataque em Orlando

Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA
16 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Gerardo Mora/Getty Images/AFP
17 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Steve Nesius
18 | 23

Ataque em Orlando

Foto: REUTERS/Kevin Kolczynski
19 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
20 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
21 | 23

Ataque em Orlando

Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
22 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
23 | 23

Ataque em Orlando

Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP

A seu lado, a amiga Neicha Rivera, de 23 anos, interpretava o ataque como um crime de ódio. “Pode ter sido um ataque contra a comunidade LGBT. Muita gente não gosta de nós. Eles nos julgam”, afirmou. 

O porto-riquenho Rafael Martinez tentava encontrar sua amiga mexicana Alicia, uma transexual que se apresentaria no show de drag queens que deveria ocorrer na Pulse na noite de sábado. Quando soube da tragédia, ele tentou falar com ela por telefone, sem sucesso. Ontem, foi a sua casa, mas não a encontrou. Como não é um parente, Martinez não conseguiu entrar nos hospitais onde os 53 feridos estão sendo tratados.

Sem notícias de Alicia, ele decidiu permanecer ao lado de uma das barreiras policiais no local do crime. Ao lado da namorada Antonette Gonzalez, Martinez exibia um cartaz que desenhou com a imagem de Mickey Mouse chorando. “Por que o ódio?”, perguntava Martinez.

Sua namorada disse que morava em Nova York quando ocorreram os atentados do 11 de Setembro, em 2001. “O ataque contra o World Trade Center foi claramente terrorismo. Nós ainda não temos uma resposta completa, mas o que aconteceu aqui me parece mais um crime de ódio, algo pessoal.” 

Seu navegador não suporta esse video.

Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas durante um ataque a uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos. O atirador foi identificado como sendo um cidadão americano de origem afegã.

Tim H., que pediu para não ser identificado pelo sobrenome, disse que o tiroteio foi um “ataque sem sentido” contra a comunidade gay, da qual faz parte. Mas ele também viu a ação de Omar Mateen como um ato de terrorismo contra os Estados Unidos. “Eu temo que outros virão”, afirmou.

Em sua opinião, o atentado mudará a maneira como os clubes LGBT funcionam no país. “A partir de agora, haverá mais segurança.” Para ele, o ataque não seria evitado com regras mais rigorosas sobre a comercialização de armas nos EUA. “O atirador trabalhava como segurança e tinha porte de armas”, observou.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.