Anistia Internacional acusa Israel de crimes de guerra em Gaza


ONG contesta ofensiva em Rafah que matou 135 civis, 75 deles crianças; governo israelense diz que relatório tem 'pontos fracos'

Foguete lançado da faixa costeira atingiu o sul de Israel Foto: Said Khatib / AFP

LONDRES - A ONG Anistia Internacional (AI) acusou nesta quarta-feira, 29, Israel de cometer crimes de guerra ao tentar resgatar um soldado capturado por milicianos palestinos durante a última invasão à Faixa de Gaza. O ataque, conhecido como sexta-feira negra, matou 135 civis, 75 deles crianças.

"Esse relatório é resultado de uma investigação de um ano na qual foram recolhidos testemunhos e comparados com todos os tipos de evidências, inclusive imagens de satélite, fotos, vídeos, todos feitos no momento e no lugar e que nos permitiu identificar ataques individuais israelenses e analisar o que ocorreu", disse Deborah Hyams, investigadora para Israel e para os territórios palestinos da Anistia.

continua após a publicidade

A análise possibilitou à ONG apresentar o que considera as evidências mais fortes até o momento de que as forças israelenses cometeram crimes de guerra e possíveis crimes contra a humanidade entre 1 e 4 de agosto de 2014 em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Segundo Hyams, após ser divulgada a captura do soldado israelense Hadar Goldin, as forças israelenses lançaram ataques desproporcionais e indiscriminados no leste de Rafah, a princípio atacando lugares onde o soldado poderia ter sido levado ou acessos aos túneis. "Umas duas horas depois, começou a destruição em massa. Atacaram ambulâncias e alvos muito perto do hospital principal e atacaram civis que estavam nas ruas fugindo", disse a porta-voz.

A Anistia estima que as investigações realizadas pelo Exército israelense sobre suas operações não cumprem com as exigências internacionais de independência, imparcialidade, efetividade em localizar os culpados, amplitude, prontidão e transparência e pede uma investigação criminal internacional.

continua após a publicidade

Para o estudo, foram empregadas avançadas técnicas digitais e de imagem para reconstruir cenários de conflito, depois analisados por analistas militares e jurídicos.

"Há sólidas provas de que as forças israelenses cometeram crimes de guerra em seu implacável e em massa bombardeio de áreas civis a fim de frustrar a captura do tenente Goldin, mostrando indiferença pela vida de civis", afirmou hoje Philip Luther, diretor do Programa para o Oriente Médio e África na AI.

Israel reagiu ao relatório com o argumento de que está cheio de pontos fracos em sua metodologia e nos fatos, em sua análise legal e em suas conclusões, disse por meio de nota Ministério das Relações Exteriores.

continua após a publicidade

"Quando se lê o relatório, a impressão que dá é que o Exército israelense estava lutando contra ele mesmo, já que não há quase menção das ações militares do Hamas e de outras organizações terroristas palestinas. Em nenhum lugar a Anistia descreve a cruel estratégia destas organizações terroristas de realizar suas operações militares desde entornos civis e de disparar contra o Exército e a população civil israelense desde entornos civis", diz a nota. /EFE

Foguete lançado da faixa costeira atingiu o sul de Israel Foto: Said Khatib / AFP

LONDRES - A ONG Anistia Internacional (AI) acusou nesta quarta-feira, 29, Israel de cometer crimes de guerra ao tentar resgatar um soldado capturado por milicianos palestinos durante a última invasão à Faixa de Gaza. O ataque, conhecido como sexta-feira negra, matou 135 civis, 75 deles crianças.

"Esse relatório é resultado de uma investigação de um ano na qual foram recolhidos testemunhos e comparados com todos os tipos de evidências, inclusive imagens de satélite, fotos, vídeos, todos feitos no momento e no lugar e que nos permitiu identificar ataques individuais israelenses e analisar o que ocorreu", disse Deborah Hyams, investigadora para Israel e para os territórios palestinos da Anistia.

A análise possibilitou à ONG apresentar o que considera as evidências mais fortes até o momento de que as forças israelenses cometeram crimes de guerra e possíveis crimes contra a humanidade entre 1 e 4 de agosto de 2014 em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Segundo Hyams, após ser divulgada a captura do soldado israelense Hadar Goldin, as forças israelenses lançaram ataques desproporcionais e indiscriminados no leste de Rafah, a princípio atacando lugares onde o soldado poderia ter sido levado ou acessos aos túneis. "Umas duas horas depois, começou a destruição em massa. Atacaram ambulâncias e alvos muito perto do hospital principal e atacaram civis que estavam nas ruas fugindo", disse a porta-voz.

A Anistia estima que as investigações realizadas pelo Exército israelense sobre suas operações não cumprem com as exigências internacionais de independência, imparcialidade, efetividade em localizar os culpados, amplitude, prontidão e transparência e pede uma investigação criminal internacional.

Para o estudo, foram empregadas avançadas técnicas digitais e de imagem para reconstruir cenários de conflito, depois analisados por analistas militares e jurídicos.

"Há sólidas provas de que as forças israelenses cometeram crimes de guerra em seu implacável e em massa bombardeio de áreas civis a fim de frustrar a captura do tenente Goldin, mostrando indiferença pela vida de civis", afirmou hoje Philip Luther, diretor do Programa para o Oriente Médio e África na AI.

Israel reagiu ao relatório com o argumento de que está cheio de pontos fracos em sua metodologia e nos fatos, em sua análise legal e em suas conclusões, disse por meio de nota Ministério das Relações Exteriores.

"Quando se lê o relatório, a impressão que dá é que o Exército israelense estava lutando contra ele mesmo, já que não há quase menção das ações militares do Hamas e de outras organizações terroristas palestinas. Em nenhum lugar a Anistia descreve a cruel estratégia destas organizações terroristas de realizar suas operações militares desde entornos civis e de disparar contra o Exército e a população civil israelense desde entornos civis", diz a nota. /EFE

Foguete lançado da faixa costeira atingiu o sul de Israel Foto: Said Khatib / AFP

LONDRES - A ONG Anistia Internacional (AI) acusou nesta quarta-feira, 29, Israel de cometer crimes de guerra ao tentar resgatar um soldado capturado por milicianos palestinos durante a última invasão à Faixa de Gaza. O ataque, conhecido como sexta-feira negra, matou 135 civis, 75 deles crianças.

"Esse relatório é resultado de uma investigação de um ano na qual foram recolhidos testemunhos e comparados com todos os tipos de evidências, inclusive imagens de satélite, fotos, vídeos, todos feitos no momento e no lugar e que nos permitiu identificar ataques individuais israelenses e analisar o que ocorreu", disse Deborah Hyams, investigadora para Israel e para os territórios palestinos da Anistia.

A análise possibilitou à ONG apresentar o que considera as evidências mais fortes até o momento de que as forças israelenses cometeram crimes de guerra e possíveis crimes contra a humanidade entre 1 e 4 de agosto de 2014 em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Segundo Hyams, após ser divulgada a captura do soldado israelense Hadar Goldin, as forças israelenses lançaram ataques desproporcionais e indiscriminados no leste de Rafah, a princípio atacando lugares onde o soldado poderia ter sido levado ou acessos aos túneis. "Umas duas horas depois, começou a destruição em massa. Atacaram ambulâncias e alvos muito perto do hospital principal e atacaram civis que estavam nas ruas fugindo", disse a porta-voz.

A Anistia estima que as investigações realizadas pelo Exército israelense sobre suas operações não cumprem com as exigências internacionais de independência, imparcialidade, efetividade em localizar os culpados, amplitude, prontidão e transparência e pede uma investigação criminal internacional.

Para o estudo, foram empregadas avançadas técnicas digitais e de imagem para reconstruir cenários de conflito, depois analisados por analistas militares e jurídicos.

"Há sólidas provas de que as forças israelenses cometeram crimes de guerra em seu implacável e em massa bombardeio de áreas civis a fim de frustrar a captura do tenente Goldin, mostrando indiferença pela vida de civis", afirmou hoje Philip Luther, diretor do Programa para o Oriente Médio e África na AI.

Israel reagiu ao relatório com o argumento de que está cheio de pontos fracos em sua metodologia e nos fatos, em sua análise legal e em suas conclusões, disse por meio de nota Ministério das Relações Exteriores.

"Quando se lê o relatório, a impressão que dá é que o Exército israelense estava lutando contra ele mesmo, já que não há quase menção das ações militares do Hamas e de outras organizações terroristas palestinas. Em nenhum lugar a Anistia descreve a cruel estratégia destas organizações terroristas de realizar suas operações militares desde entornos civis e de disparar contra o Exército e a população civil israelense desde entornos civis", diz a nota. /EFE

Foguete lançado da faixa costeira atingiu o sul de Israel Foto: Said Khatib / AFP

LONDRES - A ONG Anistia Internacional (AI) acusou nesta quarta-feira, 29, Israel de cometer crimes de guerra ao tentar resgatar um soldado capturado por milicianos palestinos durante a última invasão à Faixa de Gaza. O ataque, conhecido como sexta-feira negra, matou 135 civis, 75 deles crianças.

"Esse relatório é resultado de uma investigação de um ano na qual foram recolhidos testemunhos e comparados com todos os tipos de evidências, inclusive imagens de satélite, fotos, vídeos, todos feitos no momento e no lugar e que nos permitiu identificar ataques individuais israelenses e analisar o que ocorreu", disse Deborah Hyams, investigadora para Israel e para os territórios palestinos da Anistia.

A análise possibilitou à ONG apresentar o que considera as evidências mais fortes até o momento de que as forças israelenses cometeram crimes de guerra e possíveis crimes contra a humanidade entre 1 e 4 de agosto de 2014 em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Segundo Hyams, após ser divulgada a captura do soldado israelense Hadar Goldin, as forças israelenses lançaram ataques desproporcionais e indiscriminados no leste de Rafah, a princípio atacando lugares onde o soldado poderia ter sido levado ou acessos aos túneis. "Umas duas horas depois, começou a destruição em massa. Atacaram ambulâncias e alvos muito perto do hospital principal e atacaram civis que estavam nas ruas fugindo", disse a porta-voz.

A Anistia estima que as investigações realizadas pelo Exército israelense sobre suas operações não cumprem com as exigências internacionais de independência, imparcialidade, efetividade em localizar os culpados, amplitude, prontidão e transparência e pede uma investigação criminal internacional.

Para o estudo, foram empregadas avançadas técnicas digitais e de imagem para reconstruir cenários de conflito, depois analisados por analistas militares e jurídicos.

"Há sólidas provas de que as forças israelenses cometeram crimes de guerra em seu implacável e em massa bombardeio de áreas civis a fim de frustrar a captura do tenente Goldin, mostrando indiferença pela vida de civis", afirmou hoje Philip Luther, diretor do Programa para o Oriente Médio e África na AI.

Israel reagiu ao relatório com o argumento de que está cheio de pontos fracos em sua metodologia e nos fatos, em sua análise legal e em suas conclusões, disse por meio de nota Ministério das Relações Exteriores.

"Quando se lê o relatório, a impressão que dá é que o Exército israelense estava lutando contra ele mesmo, já que não há quase menção das ações militares do Hamas e de outras organizações terroristas palestinas. Em nenhum lugar a Anistia descreve a cruel estratégia destas organizações terroristas de realizar suas operações militares desde entornos civis e de disparar contra o Exército e a população civil israelense desde entornos civis", diz a nota. /EFE

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.