Antichavistas denunciam manobras ilegais


Órgão eleitoral já foi acusado de ser tolerante com o uso de recursos e meios do Estado por parte do chavismo

Por Juan Francisco Alonso e Caracas

CARACAS - A oposição venezuelana acusa o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de favorecer o partido do governo com medidas como a extensão do tempo de votação, mesmo quando não há eleitores esperando, ou a reconfiguração dos distritos eleitorais, para atribuir mais deputados aos redutos do partido no poder. 

+ Desafio da oposição venezuelana nas eleições regionais é combater abstenção

“O governo e o CNE tomaram medidas para desencorajar a participação e reforçar a ideia de que as eleições não servem para resolver a crise, uma ideia que ficou no ar depois da obstrução do Congresso”, disse o jornalista especializado em questões eleitorais Eugenio Martínez. “Isso forçou a oposição a passar os últimos dias ensinando seus eleitores a votar nos 19 Estados onde não houve consenso em torno de seus candidatos e foi preciso fazer primárias”.

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+ Os três cenários possíveis para as eleições de governadores na Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que os eleitos deverão se subordinar ao órgão responsável pela elaboração de uma nova Constituição Foto: Miraflores Palace/Handout / REUTERS

A medida que provocou mais controvérsia e que pode ter o maior impacto nos resultados finais é a fusão de 274 centros eleitorais, onde votam mais de 700 mil eleitores, com outras unidades. Algumas dessas mudanças foram decididas pela maioria do CNE apenas 72 horas antes do início da votação.

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“Os centros e mesas de votação foram reduzidos nas zonas da oposição. Isso vai causar confusão, porque não informaram direito para onde os eleitores foram deslocados”, disse Martínez.

5 tópicos da crise venezuelana

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Os principais fatores da crise venezuelana

Foto: REUTERS/Ricardo Moraes
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Os principais fatores da crise venezuelana

Foto: EFE/MIGUEL GUTI?RREZ
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Foto: EFE/David Fern?ndez

Essas medidas afetaram não só a oposição, mas também o chavismo dissidente. Antonia Muñoz, histórica líder governista, não poderá concorrer para voltar ao governo de Portuguesa, 480 quilômetros a sudoeste de Caracas, Estado que dirigiu entre 2000 e 2008. 

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Na quarta-feira, o presidente Nicolás Maduro disse que os eleitos deverão se subordinar ao órgão responsável pela elaboração de uma nova Constituição. “Os governadores que o povo escolher (...) terão de se subordinar à Assembleia Constituinte como uma condição inescapável. Nenhum governador ou governadora poderá receber diploma e assumir o cargo sem antes fazer seu juramento.”

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Por falta de uma agenda clara, a oposição venezuelana decidiu deixar em suspenso sua participação na nova reunião para estabelecer as bases de um possível diálogo com o governo. A aliança Mesa da Unidade Democrática pede garantias, entre elas a realização de eleições presidenciais em 2018 e a libertação de dirigentes políticos presos.

O chavismo convocou mais uma Constituinte, formada em eleições contestadas por observadores internacionais e boicotadas pela oposição, e deu a ela em agosto as atribuições do Congresso, dominado pelos opositores. A ação tirou os poderes que ainda restavam ao Legislativo venezuelano.

CARACAS - A oposição venezuelana acusa o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de favorecer o partido do governo com medidas como a extensão do tempo de votação, mesmo quando não há eleitores esperando, ou a reconfiguração dos distritos eleitorais, para atribuir mais deputados aos redutos do partido no poder. 

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“O governo e o CNE tomaram medidas para desencorajar a participação e reforçar a ideia de que as eleições não servem para resolver a crise, uma ideia que ficou no ar depois da obstrução do Congresso”, disse o jornalista especializado em questões eleitorais Eugenio Martínez. “Isso forçou a oposição a passar os últimos dias ensinando seus eleitores a votar nos 19 Estados onde não houve consenso em torno de seus candidatos e foi preciso fazer primárias”.

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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que os eleitos deverão se subordinar ao órgão responsável pela elaboração de uma nova Constituição Foto: Miraflores Palace/Handout / REUTERS

A medida que provocou mais controvérsia e que pode ter o maior impacto nos resultados finais é a fusão de 274 centros eleitorais, onde votam mais de 700 mil eleitores, com outras unidades. Algumas dessas mudanças foram decididas pela maioria do CNE apenas 72 horas antes do início da votação.

“Os centros e mesas de votação foram reduzidos nas zonas da oposição. Isso vai causar confusão, porque não informaram direito para onde os eleitores foram deslocados”, disse Martínez.

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Essas medidas afetaram não só a oposição, mas também o chavismo dissidente. Antonia Muñoz, histórica líder governista, não poderá concorrer para voltar ao governo de Portuguesa, 480 quilômetros a sudoeste de Caracas, Estado que dirigiu entre 2000 e 2008. 

Na quarta-feira, o presidente Nicolás Maduro disse que os eleitos deverão se subordinar ao órgão responsável pela elaboração de uma nova Constituição. “Os governadores que o povo escolher (...) terão de se subordinar à Assembleia Constituinte como uma condição inescapável. Nenhum governador ou governadora poderá receber diploma e assumir o cargo sem antes fazer seu juramento.”

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Por falta de uma agenda clara, a oposição venezuelana decidiu deixar em suspenso sua participação na nova reunião para estabelecer as bases de um possível diálogo com o governo. A aliança Mesa da Unidade Democrática pede garantias, entre elas a realização de eleições presidenciais em 2018 e a libertação de dirigentes políticos presos.

O chavismo convocou mais uma Constituinte, formada em eleições contestadas por observadores internacionais e boicotadas pela oposição, e deu a ela em agosto as atribuições do Congresso, dominado pelos opositores. A ação tirou os poderes que ainda restavam ao Legislativo venezuelano.

CARACAS - A oposição venezuelana acusa o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de favorecer o partido do governo com medidas como a extensão do tempo de votação, mesmo quando não há eleitores esperando, ou a reconfiguração dos distritos eleitorais, para atribuir mais deputados aos redutos do partido no poder. 

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“O governo e o CNE tomaram medidas para desencorajar a participação e reforçar a ideia de que as eleições não servem para resolver a crise, uma ideia que ficou no ar depois da obstrução do Congresso”, disse o jornalista especializado em questões eleitorais Eugenio Martínez. “Isso forçou a oposição a passar os últimos dias ensinando seus eleitores a votar nos 19 Estados onde não houve consenso em torno de seus candidatos e foi preciso fazer primárias”.

+ Os três cenários possíveis para as eleições de governadores na Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que os eleitos deverão se subordinar ao órgão responsável pela elaboração de uma nova Constituição Foto: Miraflores Palace/Handout / REUTERS

A medida que provocou mais controvérsia e que pode ter o maior impacto nos resultados finais é a fusão de 274 centros eleitorais, onde votam mais de 700 mil eleitores, com outras unidades. Algumas dessas mudanças foram decididas pela maioria do CNE apenas 72 horas antes do início da votação.

“Os centros e mesas de votação foram reduzidos nas zonas da oposição. Isso vai causar confusão, porque não informaram direito para onde os eleitores foram deslocados”, disse Martínez.

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Essas medidas afetaram não só a oposição, mas também o chavismo dissidente. Antonia Muñoz, histórica líder governista, não poderá concorrer para voltar ao governo de Portuguesa, 480 quilômetros a sudoeste de Caracas, Estado que dirigiu entre 2000 e 2008. 

Na quarta-feira, o presidente Nicolás Maduro disse que os eleitos deverão se subordinar ao órgão responsável pela elaboração de uma nova Constituição. “Os governadores que o povo escolher (...) terão de se subordinar à Assembleia Constituinte como uma condição inescapável. Nenhum governador ou governadora poderá receber diploma e assumir o cargo sem antes fazer seu juramento.”

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Por falta de uma agenda clara, a oposição venezuelana decidiu deixar em suspenso sua participação na nova reunião para estabelecer as bases de um possível diálogo com o governo. A aliança Mesa da Unidade Democrática pede garantias, entre elas a realização de eleições presidenciais em 2018 e a libertação de dirigentes políticos presos.

O chavismo convocou mais uma Constituinte, formada em eleições contestadas por observadores internacionais e boicotadas pela oposição, e deu a ela em agosto as atribuições do Congresso, dominado pelos opositores. A ação tirou os poderes que ainda restavam ao Legislativo venezuelano.

CARACAS - A oposição venezuelana acusa o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de favorecer o partido do governo com medidas como a extensão do tempo de votação, mesmo quando não há eleitores esperando, ou a reconfiguração dos distritos eleitorais, para atribuir mais deputados aos redutos do partido no poder. 

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“O governo e o CNE tomaram medidas para desencorajar a participação e reforçar a ideia de que as eleições não servem para resolver a crise, uma ideia que ficou no ar depois da obstrução do Congresso”, disse o jornalista especializado em questões eleitorais Eugenio Martínez. “Isso forçou a oposição a passar os últimos dias ensinando seus eleitores a votar nos 19 Estados onde não houve consenso em torno de seus candidatos e foi preciso fazer primárias”.

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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que os eleitos deverão se subordinar ao órgão responsável pela elaboração de uma nova Constituição Foto: Miraflores Palace/Handout / REUTERS

A medida que provocou mais controvérsia e que pode ter o maior impacto nos resultados finais é a fusão de 274 centros eleitorais, onde votam mais de 700 mil eleitores, com outras unidades. Algumas dessas mudanças foram decididas pela maioria do CNE apenas 72 horas antes do início da votação.

“Os centros e mesas de votação foram reduzidos nas zonas da oposição. Isso vai causar confusão, porque não informaram direito para onde os eleitores foram deslocados”, disse Martínez.

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Essas medidas afetaram não só a oposição, mas também o chavismo dissidente. Antonia Muñoz, histórica líder governista, não poderá concorrer para voltar ao governo de Portuguesa, 480 quilômetros a sudoeste de Caracas, Estado que dirigiu entre 2000 e 2008. 

Na quarta-feira, o presidente Nicolás Maduro disse que os eleitos deverão se subordinar ao órgão responsável pela elaboração de uma nova Constituição. “Os governadores que o povo escolher (...) terão de se subordinar à Assembleia Constituinte como uma condição inescapável. Nenhum governador ou governadora poderá receber diploma e assumir o cargo sem antes fazer seu juramento.”

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Por falta de uma agenda clara, a oposição venezuelana decidiu deixar em suspenso sua participação na nova reunião para estabelecer as bases de um possível diálogo com o governo. A aliança Mesa da Unidade Democrática pede garantias, entre elas a realização de eleições presidenciais em 2018 e a libertação de dirigentes políticos presos.

O chavismo convocou mais uma Constituinte, formada em eleições contestadas por observadores internacionais e boicotadas pela oposição, e deu a ela em agosto as atribuições do Congresso, dominado pelos opositores. A ação tirou os poderes que ainda restavam ao Legislativo venezuelano.

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