WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, disse nesta quarta-feira, 24, que a violência política "não tem lugar nos Estados Unidos", depois que as autoridades informaram ter interceptado pacotes suspeitos de conter explosivos, enviados a personalidades, como os democratas Barack Obama, ex-presidente, e Hillary Clinton, ex-adversária de Trump na corrida presidencial de 2016.
"Quero dizer que, nestes tempos, temos de nos unir e enviar uma só mensagem clara e contundente de que os atos de violência política não têm lugar nos Estados Unidos", afirmou Trump.
Trump afirmou que o seu governo não poupará esforços para levar à Justiça as pessoas por trás dos aparelhos e pacotes suspeitos. "Enquanto falamos, os pacotes suspeitos estão sendo inspecionados por agentes federais", revelou o republicano em um evento na Casa Branca sobre a crise de opiáceos no país.
Trump comentou estar "irritado" com os atos desta manhã e prometeu "chegar ao fundo" do que esteja por trás das remessas suspeitas.
Antes de o presidente subir ao púlpito, a primeira-dama, Melania, também se pronunciou, "condenando fortemente todos aqueles que escolhem a violência", após citar os ataques aos Clinton e aos Obama bem como a autoridades públicas e organizações.
Hillary
Mais cedo, Hillary também havia pedido união ao comentar pela primeira vez a intercepção de artefatos explosivos dirigidos a ela. Na sua avaliação, o país passa por um período "preocupante".
"Vivemos tempos de profundas divisões e temos de fazer tudo o que possamos para unir nosso país", ressaltou Hillary em um ato eleitoral em Miami para apoiar Donna Shalala, candidata democrata à Câmara dos Deputados, que também recebeu pacotes suspeitos, mas que, segundo a polícia, eram alarme falso.
Hillary agradeceu ao Serviço Secreto por ter interceptado os pacotes suspeitos que também foram dirigidos a outras figuras do Partido Democrata, como Obama em Washington e à congressista Debbie Wasserman Schultz na Flórida.
"Todos os dias agredecemos ao Serviço Secreto. Estamos bem graças a ele", afirmou.
Em seguida, brincou ao falar dos seus netos, "os mais fabulosos do mundo inteiro", e se deteve para expressar a grande "preocupação" que lhe causa a "direção que tomou" o país. / AFP, Ansa e EFE