Os Hermanos

Nos anos 70 e 80 os Kirchners também foram "abutres"


Por arielpalacios
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"Abutres" é a denominação que o governo da presidente Cristina aplica aos "holdouts', aos quais acusa de conspirar contra a Argentina. No jargão financeiro um "fundo abutre" é um fundo de capital de risco ou fundo de investimento livre que investe em uma dívida pública de uma entidade que seja fraca ou esteja próxima da falência.

No entanto, o modus operandi dos "abutres" é similar ao que o próprio casal Néstor e Cristina Kirchner aplicou na Patagônia durante a ditadura militar (1976-83), quando enriqueceu graças à execuções hipotecárias.

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Recém-formados como advogados em La Plata, os Kirchners foram em 1976 a Rio Gallegos, capital da província de Santa Cruz, onde instalaram-se como assessores jurídicos da agência financeira Finsud, que realizava cobranças extrajudiciárias.

O jovem advogado, quando ficava sabendo que um proprietário deixava de pagar a parcela mensal de crédito, ia até sua casa e lhe explicava que tinha poucas opções. Uma delas era resignar-se a ter a casa leiloada e ficar sem nada. A outra, a de vendê-la ao próprio Kirchner por um preço significamente inferior ao valor real.

Na época o ministro José Alfredo Martinez de Hoz, que comandava a economia do regime militar, havia desregulado o mercado financeiro, permitindo a criação de centenas de agências financeiras em todo o país. Mas, em janeiro de 1980, Martinez de Hoz emitiu a circular número 1050, que - suspendendo as taxas predeterminadas para os créditos - permitia a indexação das dívidas pela inflação, que era de 150% anual. Dezenas de milhares de pessoas faliram imediatamente. O novo cenário favoreceu o casal Kirchner, que ampliou a compra de imóveis.

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Segundo diversas investigações jornalísticas, em apenas cinco anos, entre 1977 e 1982, o jovem casal comprou 22 propriedades. "Compraram as casas daquelas pessoas que não as podiam pagar", explicou anos atrás o ex-deputado Javier Bielle, da União Cívica Radical (UCR) de Santa Cruz.

"Para fazer política é primeiro necessário juntar dinheiro", dizia o casal Kirchner nos anos 80 aos amigos em Santa Cruz.

Os Kirchners continuaram prosperando mesmo quando chegaram ao governo de Santa Cruz e posteriormente na presidência da República. Seu patrimônio, entre 1995 e 2010, segundo os dados de suas declarações juramentadas, aumentou em 4.567%.

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Gravura de inglesa de 1892 mostra abutres núbios fazendo um breve coffee break com um involuntário quitute quadrúpede.

AVÔ - O escritor anarquista Osvaldo Bayer, em sua obra "Os vingadores da Patagônia trágica", um clássico da História argentina, afirma que o avô de Kirchner, Karl Kirchner, era conhecido em Santa Cruz nas primeiras décadas do século 20 por ser um agiota.

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E nesta semana de embalos financeiros, vamos com Tita Merelo cantando a "ranchera" "Donde hay un mango?":

//www.youtube.com/embed/6caWUOsXtjU

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Em 2009 "Os Hermanos" recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra). Em 2013 publicou "Os Argentinos", pela Editora Contexto, uma espécie de "manual" sobre a Argentina. Em 2014, em parceria com Guga Chacra, escreveu "Os Hermanos e Nós", livro sobre o futebol argentino e os mitos da "rivalidade" Brasil-Argentina.

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E, the last but not the least, siga @EstadaoInter , o Twitter da editoria de Internacional do Estadão.

 

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Comentários racistas, chauvinistas, sexistas, xenófobos ou que coloquem a sociedade de um país como superior a de outro país, não serão publicados. Tampouco serão publicados ataques pessoais aos envolvidos na preparação do blog (sequer ataques entre os leitores) nem ocuparemos espaço com observações ortográficas relativas aos comentários dos participantes. Propaganda eleitoral (ou político-partidária) e publicidade religiosa também serão eliminadas dos comentários. Não é permitido postar links de vídeos. Os comentários que não tiverem qualquer relação com o conteúdo da postagem serão eliminados. Além disso, não publicaremos palavras chulas ou expressões de baixo calão (a não ser por questões etimológicas, como background antropológico).

 
 
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"Abutres" é a denominação que o governo da presidente Cristina aplica aos "holdouts', aos quais acusa de conspirar contra a Argentina. No jargão financeiro um "fundo abutre" é um fundo de capital de risco ou fundo de investimento livre que investe em uma dívida pública de uma entidade que seja fraca ou esteja próxima da falência.

No entanto, o modus operandi dos "abutres" é similar ao que o próprio casal Néstor e Cristina Kirchner aplicou na Patagônia durante a ditadura militar (1976-83), quando enriqueceu graças à execuções hipotecárias.

Recém-formados como advogados em La Plata, os Kirchners foram em 1976 a Rio Gallegos, capital da província de Santa Cruz, onde instalaram-se como assessores jurídicos da agência financeira Finsud, que realizava cobranças extrajudiciárias.

O jovem advogado, quando ficava sabendo que um proprietário deixava de pagar a parcela mensal de crédito, ia até sua casa e lhe explicava que tinha poucas opções. Uma delas era resignar-se a ter a casa leiloada e ficar sem nada. A outra, a de vendê-la ao próprio Kirchner por um preço significamente inferior ao valor real.

Na época o ministro José Alfredo Martinez de Hoz, que comandava a economia do regime militar, havia desregulado o mercado financeiro, permitindo a criação de centenas de agências financeiras em todo o país. Mas, em janeiro de 1980, Martinez de Hoz emitiu a circular número 1050, que - suspendendo as taxas predeterminadas para os créditos - permitia a indexação das dívidas pela inflação, que era de 150% anual. Dezenas de milhares de pessoas faliram imediatamente. O novo cenário favoreceu o casal Kirchner, que ampliou a compra de imóveis.

Segundo diversas investigações jornalísticas, em apenas cinco anos, entre 1977 e 1982, o jovem casal comprou 22 propriedades. "Compraram as casas daquelas pessoas que não as podiam pagar", explicou anos atrás o ex-deputado Javier Bielle, da União Cívica Radical (UCR) de Santa Cruz.

"Para fazer política é primeiro necessário juntar dinheiro", dizia o casal Kirchner nos anos 80 aos amigos em Santa Cruz.

Os Kirchners continuaram prosperando mesmo quando chegaram ao governo de Santa Cruz e posteriormente na presidência da República. Seu patrimônio, entre 1995 e 2010, segundo os dados de suas declarações juramentadas, aumentou em 4.567%.

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Gravura de inglesa de 1892 mostra abutres núbios fazendo um breve coffee break com um involuntário quitute quadrúpede.

AVÔ - O escritor anarquista Osvaldo Bayer, em sua obra "Os vingadores da Patagônia trágica", um clássico da História argentina, afirma que o avô de Kirchner, Karl Kirchner, era conhecido em Santa Cruz nas primeiras décadas do século 20 por ser um agiota.

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Em 2009 "Os Hermanos" recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra). Em 2013 publicou "Os Argentinos", pela Editora Contexto, uma espécie de "manual" sobre a Argentina. Em 2014, em parceria com Guga Chacra, escreveu "Os Hermanos e Nós", livro sobre o futebol argentino e os mitos da "rivalidade" Brasil-Argentina.

 
 

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No entanto, o modus operandi dos "abutres" é similar ao que o próprio casal Néstor e Cristina Kirchner aplicou na Patagônia durante a ditadura militar (1976-83), quando enriqueceu graças à execuções hipotecárias.

Recém-formados como advogados em La Plata, os Kirchners foram em 1976 a Rio Gallegos, capital da província de Santa Cruz, onde instalaram-se como assessores jurídicos da agência financeira Finsud, que realizava cobranças extrajudiciárias.

O jovem advogado, quando ficava sabendo que um proprietário deixava de pagar a parcela mensal de crédito, ia até sua casa e lhe explicava que tinha poucas opções. Uma delas era resignar-se a ter a casa leiloada e ficar sem nada. A outra, a de vendê-la ao próprio Kirchner por um preço significamente inferior ao valor real.

Na época o ministro José Alfredo Martinez de Hoz, que comandava a economia do regime militar, havia desregulado o mercado financeiro, permitindo a criação de centenas de agências financeiras em todo o país. Mas, em janeiro de 1980, Martinez de Hoz emitiu a circular número 1050, que - suspendendo as taxas predeterminadas para os créditos - permitia a indexação das dívidas pela inflação, que era de 150% anual. Dezenas de milhares de pessoas faliram imediatamente. O novo cenário favoreceu o casal Kirchner, que ampliou a compra de imóveis.

Segundo diversas investigações jornalísticas, em apenas cinco anos, entre 1977 e 1982, o jovem casal comprou 22 propriedades. "Compraram as casas daquelas pessoas que não as podiam pagar", explicou anos atrás o ex-deputado Javier Bielle, da União Cívica Radical (UCR) de Santa Cruz.

"Para fazer política é primeiro necessário juntar dinheiro", dizia o casal Kirchner nos anos 80 aos amigos em Santa Cruz.

Os Kirchners continuaram prosperando mesmo quando chegaram ao governo de Santa Cruz e posteriormente na presidência da República. Seu patrimônio, entre 1995 e 2010, segundo os dados de suas declarações juramentadas, aumentou em 4.567%.

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Gravura de inglesa de 1892 mostra abutres núbios fazendo um breve coffee break com um involuntário quitute quadrúpede.

AVÔ - O escritor anarquista Osvaldo Bayer, em sua obra "Os vingadores da Patagônia trágica", um clássico da História argentina, afirma que o avô de Kirchner, Karl Kirchner, era conhecido em Santa Cruz nas primeiras décadas do século 20 por ser um agiota.

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No entanto, o modus operandi dos "abutres" é similar ao que o próprio casal Néstor e Cristina Kirchner aplicou na Patagônia durante a ditadura militar (1976-83), quando enriqueceu graças à execuções hipotecárias.

Recém-formados como advogados em La Plata, os Kirchners foram em 1976 a Rio Gallegos, capital da província de Santa Cruz, onde instalaram-se como assessores jurídicos da agência financeira Finsud, que realizava cobranças extrajudiciárias.

O jovem advogado, quando ficava sabendo que um proprietário deixava de pagar a parcela mensal de crédito, ia até sua casa e lhe explicava que tinha poucas opções. Uma delas era resignar-se a ter a casa leiloada e ficar sem nada. A outra, a de vendê-la ao próprio Kirchner por um preço significamente inferior ao valor real.

Na época o ministro José Alfredo Martinez de Hoz, que comandava a economia do regime militar, havia desregulado o mercado financeiro, permitindo a criação de centenas de agências financeiras em todo o país. Mas, em janeiro de 1980, Martinez de Hoz emitiu a circular número 1050, que - suspendendo as taxas predeterminadas para os créditos - permitia a indexação das dívidas pela inflação, que era de 150% anual. Dezenas de milhares de pessoas faliram imediatamente. O novo cenário favoreceu o casal Kirchner, que ampliou a compra de imóveis.

Segundo diversas investigações jornalísticas, em apenas cinco anos, entre 1977 e 1982, o jovem casal comprou 22 propriedades. "Compraram as casas daquelas pessoas que não as podiam pagar", explicou anos atrás o ex-deputado Javier Bielle, da União Cívica Radical (UCR) de Santa Cruz.

"Para fazer política é primeiro necessário juntar dinheiro", dizia o casal Kirchner nos anos 80 aos amigos em Santa Cruz.

Os Kirchners continuaram prosperando mesmo quando chegaram ao governo de Santa Cruz e posteriormente na presidência da República. Seu patrimônio, entre 1995 e 2010, segundo os dados de suas declarações juramentadas, aumentou em 4.567%.

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Gravura de inglesa de 1892 mostra abutres núbios fazendo um breve coffee break com um involuntário quitute quadrúpede.

AVÔ - O escritor anarquista Osvaldo Bayer, em sua obra "Os vingadores da Patagônia trágica", um clássico da História argentina, afirma que o avô de Kirchner, Karl Kirchner, era conhecido em Santa Cruz nas primeiras décadas do século 20 por ser um agiota.

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